tag:blogger.com,1999:blog-19892639455688109062024-03-14T07:35:56.988-07:00BLOCO DE RESISTÊNCIA SOCIALISTASINDICAL E POPULARUnknownnoreply@blogger.comBlogger1076125tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-48146537971053346702014-04-09T11:45:00.004-07:002014-04-09T11:45:47.037-07:00Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação - “Na Copa vai ter luta!” <div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<a href="http://lsr-cit.org/images/stories/UnidadeAcao02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img align="absMiddle" alt="" border="0" height="179" src="http://lsr-cit.org/images/stories/UnidadeAcao02.jpg" width="320" /></a><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Luciano Barboza. LSR-RJ</span></span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cerca de 2 mil pessoas de todo o Brasil, de diferentes entidades sindicais, estudantis e de movimentos sociais, estiveram presentes no dia 22 de março, no Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação, que aconteceu na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. O evento buscou a construção da unidade para o fortalecimento das lutas que estão em curso e também das lutas que virão, com o objetivo de contribuir para as grandes manifestações que tomarão as ruas no período da Copa.</span><br />
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O encontro ocorreria na quadra da escola de samba Mancha Verde. Entretanto, devido a falsas denúncias, espalhadas pelo Governo do Estado de São Paulo, pela revista Veja e Rede Record, de que no encontro se planejariam atos de violência contra a Copa do Mundo, o evento foi desmarcado pela Mancha Verde, que não mais alugaria o espaço. Outros espaços particulares, misteriosamente também recusaram a oferta de aluguel para a realização do evento.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Suspeitamos que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo tenha espalhado a ideia de que nenhum espaço público ou mesmo privado deveria ser alugado para os organizadores do evento. Mas, apesar deste boicote, o evento ocorreu, transferido para outro local. Essa situação despertou ainda mais vontade para lutar por investimentos em serviços públicos de qualidade, em detrimento de investimentos na Copa do Mundo.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A primeira fase do evento foi marcada por falas de vários movimentos e organizações. A fala de abertura do encontro foi da Rejane da CUT Pode Mais-RS, que afirmou que a burguesia teme a unidade dos setores combativos da classe trabalhadora - por isso, o ataque da imprensa burguesa ao evento.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<b><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Garis e Comperj</span></b></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O gari Apa, do Rio de Janeiro, afirmou que os garis acabaram com o carnaval porque estavam sendo superexplorados e o prefeito tentou criminalizar o movimento grevista. Afirmou ainda que o sindicato traiu a categoria. Segundo ele, os garis perceberam, ao longo da greve, que a luta por melhores condições de trabalho reprersentava a luta de toda a classe trabalhadora no Brasil por dignidade.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Rasta, trabalhador da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), falou sobre a violência contra a greve da categoria, que ocorreu em março: “Há dois dias atrás, o Caveirão invadiu o canteiro de obras e nós trabalhadores tivemos que protestar. Depois do protesto, duas pessoas de moto entraram no canteiro de obras e feriram a bala dois dos nossos companheiros. Estamos aqui pela necessidade de unificar as lutas contra esse governo, e nosso sindicato e a CUT não nos representam”.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Atnagoras, da CSP-Conlutas, afirmou em sua fala no plenário: “cinquenta anos depois do golpe militar de 1964, estamos aqui enfrentando resquicios da ditadura militar, pois tentaram impedir nosso encontro, porque aqui estão aqueles que ainda sonham com o socialismo, mesmo sonho dos jovens da década de 1960”.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Afonso, pela oposição de esquerda do sindicato dos rodoviários de Porto Alegre, afirmou que a luta dos rodoviários não era só por salário e aumento do vale-refeição, mas era por dignidade no trabalho. A luta enfrentou o poder judiciário, a prefeitura, os barões do transporte e a direção pelega da CUT.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img align="absMiddle" alt="" height="423" src="http://lsr-cit.org/images/stories/UnidadeAcao03.jpg" width="500" /></span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<b><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Construir uma greve geral pela base”</span></b></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O estudante Felipe Alencar, membro da LSR, fez uma fala pelo Coletivo Construção: “Para nós, a tarefa que está colocada é de construirmos uma grande greve geral pela base! Uma grande greve geral que paralise a produção de forma radical! Para nós, a radicalidade não é quebrar banco. A radicalidade é construir uma grande paralização da produção! Queremos também construir um outro Encontro Nacional como este, ainda este ano, para convocarmos mais pessoas para lutar”.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após a mesa de abertura, os participantes do encontro fizeram uma manifestação de uma hora, marchando pela avenida Radial Leste. A principal palavra de ordem gritada pelos manifestantes foi “Dilma, escuta, na Copa vai ter luta”.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img align="absMiddle" alt="" height="281" src="http://lsr-cit.org/images/stories/UnidadeAcao04.jpg" width="500" /></span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A plenária final após a manifestação aprovou o manifesto “Carta de São Paulo: Vamos voltar às ruas – Na Copa vai ter luta” e o calendário de mobilizações. A abertura da Copa do Mundo será acompanhada de grandes manifestações populares em diversas cidades do país, pois o dia 12 de junho foi escolhido como a data de início da Jornada de Mobilizações <b>“NA COPA VAI TER LUTA”</b>.</span></div>
<div style="line-height: 15.479999542236328px; margin-bottom: 5px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 20px;">
<b><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Calendário de lutas aprovado no Encontro:</span></b></div>
<ul style="line-height: 15.479999542236328px; list-style: none inside; margin: 0px 0px 0px 20px; padding: 0px;">
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Abril e Maio</b>: Realização dos encontros e plenárias nos estados para organizar o calendário de lutas.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Abril</b>: Realização de um ato nacional contra a criminalização das lutas, dirigentes e ativistas, da população pobre e de periferia, vinculando ao aniversário dos 50 anos do golpe militar de 1964. Ampliar essa iniciativa para além dos movimentos sociais, procurando outras entidades como a OAB, ABI, Comissão Justiça e Paz, Comissões de Direitos Humanos etc.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>28 de abril</b>: Dia de luta e denúncia dos acidentes de trabalho.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Abril e maio</b>: Jornada de lutas convocada por vários segmentos do movimento popular para defender o direito à cidade (moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc.).</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>1º de maio</b>: O Dia Internacional do Trabalhador/a contará com a organização e participação em atos classistas.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>1º a 3 de maio</b>: I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos (Belo Horizonte – MG).</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>15 de maio</b>: Dia Nacional contra as Remoções da Copa.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>12 de junho</b>: Abertura da Jornada de Mobilizações “NA COPA VAI TER LUTA”, com grandes mobilizações populares em todas as grandes cidades do país.</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Período dos jogos da Copa</b>: realização de manifestações nos estados conforme definição dos encontros e plenárias estaduais</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>15 e 16 de julho</b>: Mobilizações contra a Cúpula dos BRICS (Fortaleza).</span></li>
<li style="background-image: url(http://www.lsr-cit.org/templates/js_jamba/images/style3/bullet.gif); background-position: 0px 5px; margin: 0px; padding-left: 9px; text-align: justify;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>1º a 7 de setembro</b>: Semana da Pátria e Grito dos/as Excluídos/as, com o lema: “Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos”.</span></li>
</ul>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-46560196874139658252014-04-09T11:40:00.001-07:002014-04-09T11:40:37.255-07:00A ocupação da maré e o Estado Autoritário de Direito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpICmyF1LNpur_5Hd7r_0Fvk_ZDRSIpvQXB4jeh0J8c5-auTirYFbBmkqwkDt_H76X3rl81UvAgyXOg8Kz3GDHTbPWsYonC80bSaZcZNkZ_XypKXEuH1qg8OMcRrRgWCRk-hdNRZsrs4CO/s1600/250xNx030414_mare.jpg.pagespeed.ic.Y2x0BvCb49.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpICmyF1LNpur_5Hd7r_0Fvk_ZDRSIpvQXB4jeh0J8c5-auTirYFbBmkqwkDt_H76X3rl81UvAgyXOg8Kz3GDHTbPWsYonC80bSaZcZNkZ_XypKXEuH1qg8OMcRrRgWCRk-hdNRZsrs4CO/s1600/250xNx030414_mare.jpg.pagespeed.ic.Y2x0BvCb49.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Léo Lince</span></strong></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os militares de pensamento democrático (eles existem, basta rememorar os punidos em 64) sempre foram radicalmente contrários ao uso das forças armadas no papel de polícia. Ancorados por inúmeras lições da história, acontecidas aqui mesmo no Brasil e pelo mundo afora, eles sustentam sua tese em posições de princípio e na análise dos resultados concretos, nefastos na totalidade dos casos, de semelhantes intervenções.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nelson Werneck Sodré, general e de esquerda, foi por algum tempo, nos meados do século passado, diretor da Biblioteca do Exército. Autor de uma volumosa e respeitada obra, ele foi responsável pela primeira edição entre nós de um livro que se tornou referência para o tema em pauta: “Servidão e grandeza militares”, do grande escritor francês Alfred de Vigny.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste belo livro (para os interessados: DIFEL, São Paulo, 1967), o consagrado autor produz uma reflexão comovida sobre os dilemas de sua própria experiência no exercício do ofício militar. Segundo ele, a grandeza e abnegação dos que entregam a vida na defesa da pátria se transveste em servidão abjeta quando as baionetas se voltam contra o “inimigo interno”. Diz que “ninguém mais do que o soldado sofre com o papel de ‘gendarme’ que lhe impõem os governos modernos”, ainda mais quando reacionários, impopulares e corruptos.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A força bruta pode avassalar, mas não é capaz de convencer as consciências. Foi o que disse, em outras palavras, Salvador Allende antes de ser assassinado pelo exército do país que ele, legitimamente, presidia. Não se discute a eficácia temporária da violência repressiva, mas a corrosão permanente que ela provoca nos aparelhos que a realizam. Em suma, a história não registra exemplo de grandeza militar nas tarefas de manutenção da ordem interna.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No contraponto de tal ensinamento, os militares brasileiros das três armas acabam de ser convocados pelo governo federal para desempenhar o papel de polícia no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. As razões e as consequências de tão grave decisão ainda estão envoltas nas nuvens do mistério. A chefia do governo central não cuidou de explicar nada, apenas assinou o decreto como se de coisa corriqueira se tratasse.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ninguém sabe, ao certo, de nada. Os jornais diários trazem notícias desencontradas. Até o tempo de duração da ocupação, que o decreto que a deliberou deveria estipular, não foi objeto de informação oficial. Alguns dizem ser o final de julho, o que explicitaria o objetivo primordial de prevenir manifestações durante os jogos da Copa. Sobre os efetivos destacados para a ocupação, a depender do jornal, serão menos de dois mil, oito mil ou até quinze mil. Anuncia-se o uso vasos de guerra e blindados da Marinha, helicópteros e aviões da Aeronáutica, tropas de elite do Exército, batalhão de paraquedistas, brigadas da infantaria, além das múltiplas polícias do poder local.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em meio à confusão generalizada, algumas questões se mostram com meridiana clareza. Uma delas é a desmoralização completa do governo estadual e a falência de sua antes tão decantada política de segurança pública. Outra é o ânimo autoritário do poder judiciário local. A concessão do mandado de busca coletiva, que deve ter sido objeto das tratativas secretas que prepararam a ocupação, é uma aberração própria dos períodos totalitários. Ao contrário do preceito que rege o Estado Democrático de Direito, todos os moradores da Maré são culpados até prova em contrário. É a criminalização da pobreza, expressão concreta da vigência entre nós do “Estado Autoritário de Direito”.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em tais situações, quando as forças armadas são chamadas a apontar suas baionetas contra o “inimigo interno”, a cautela recomenda botar as barbas de molho. Quando se admite, na letra da “lei”, a existência de cidadãos de segunda categoria, fica claro que em tal sociedade ninguém é cidadão. Quando parte da população é tratada como estrangeira em seu próprio país, recomenda-se tomar o máximo cuidado: a próxima vítima pode ser você.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda não se trata, é claro, de uma nova ditadura meio século depois da outra. Pode ser um mero arreganho para garantir os lucros da máquina mercante nos negócios da copa. Desfile de luzidos equipamentos da segurança cenográfica que será desmontada depois do megaevento. O aprendiz de feiticeiro, no entanto, desencadeia forças que depois não sabe controlar. A ocupação da Maré pelas forças armadas, na base da GLO, sigla terrível, e do mandado coletivo de busca, que define como marco legal vigente o “Estado Autoritário de Direito”, abre espaços para as soturnas botas que podem pisotear a nossa precária democracia, aquela plantinha tenra.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Léo Lince é sociólogo</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-5830930266476322712014-04-09T11:37:00.001-07:002014-04-09T11:37:33.308-07:00O silêncio dos inocentes<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisp96pKq-DeNAaAVmToo7O92ivRNbkQOEkh6akjFjWwJqBHuMgphyFf64z9_RXOOrGvBMOYO2dmhX23LugiT4dp69uuRLI0KPR6kNcGaQlphlHf5YUMQHhDX98rsD19kbNdNlNQaSbxXdE/s1600/250xNx080414_comissaodaverdade.jpg.pagespeed.ic.ltbCxygDoi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisp96pKq-DeNAaAVmToo7O92ivRNbkQOEkh6akjFjWwJqBHuMgphyFf64z9_RXOOrGvBMOYO2dmhX23LugiT4dp69uuRLI0KPR6kNcGaQlphlHf5YUMQHhDX98rsD19kbNdNlNQaSbxXdE/s1600/250xNx080414_comissaodaverdade.jpg.pagespeed.ic.ltbCxygDoi.jpg" /></a><strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Otto Filgueiras</span></strong></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Demorei pra entender. Ou, como dizem moças e moços de hoje, a ficha só caiu agora.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi a tal da fome com a vontade de comer. De fato, o pacto da Anistia nunca existiu.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas no fundo, além dos facínoras e do apoio à transição conservadora de Ernesto Geisel, havia a concordância dos reformistas, da turma de FHC e dos futuros demos ou demônios, sucessores do PFL, PDS e ARENA.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi uma questão de tempo para que comunistas combativos, hoje apenas de logotipo, e o chefe do futuro coletivo da Papuda, junto com Luiz Inácio Lula da Silva, escrevessem a Carta aos Brasileiros e chegassem finalmente ao governo federal.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Houve quem não concordasse e saísse do partido. Mas também há aqueles que ficaram pretendendo mudar o já sacramentado e impossível de ser mudado.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nisso tudo, a vaidade tola cumpriu papel decisivo. Gente viva foi transformada em heroínas e heróis, passou-se a homenagear torturadas e torturados, perseguidas e perseguidos. Enfim, os que restaram da brutalidade atrás das muralhas.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, pareceu estranho o ufanismo dos que apregoam um golpe contra o Brasil e não principalmente contra a classe operária, trabalhadores do campo e das cidades. Até então, parecia apenas o velho aparelhamento de uma esquerda sem base social, fraudando a história e se auto-homenageando para sair bem na fotografia.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas aí chamou muita atenção a presença de Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e candidato do PT ao governo de São Paulo, e de seu pai, Anivaldo, no dia do ato no antigo DOI-CODI paulista. Os dois berrando a favor da revisão da Lei da Anistia, para punir, finalmente, os facínoras.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dava-se como certo que a pressão popular seria suficiente para convencer a turma do Geisel, e com garantia do apoio da presidente Dilma Rousseff, que teria sinalizado para alguns antigos companheiros sua disposição de rever a Lei da Anistia.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o imponderável ou previsível aconteceu. Os bate-paus dos capitalistas, os militares torturadores, não serão tocados e a presidenta tratou de garantir que nada será alterado. Afinal, “pactos” precisam ser preservados.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora não tenha havido pacto algum, conforme comprovei documentalmente na pesquisa para o livro <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Revolucionários sem rosto: uma história da Ação Popular</em>. A proposta da direita, ou da ditadura, de Anistia foi aprovada com apenas quatro votos a mais no Congresso Nacional.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando falou da volta dos exilados, a presidenta até chorou.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A campanha das Diretas Já não obteve votos suficientes no Congresso Nacional; em seguida veio o Colégio Eleitoral, José Sarney, o neoliberalismo com Fernando Collor de Mello, Itamar Franco no meio e Fernando Henrique Cardoso, que depois de 1996 estabeleceu indenizações financeiras, pensões vitalícias, para as vítimas vivas do regime militar. Mais tarde, petistas e outros perseguidos (muitos por justiça, outros nem tanto) aceitaram de bom grado as indenizações e alguns se lambuzaram. Afinal, como diz o padeiro, é impossível fazer pão de primeira com farinha de terceira.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora houve um pacto de elites, armado pela presidente Dilma com os militares. O que esvazia a precária Comissão Nacional da Verdade e mais uma vez leva para a conciliação de classe e fortalece o capitalismo social-liberal no país.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O jogo de cena da investigação de atrocidades em algumas unidades militares tirou os crimes cometidos da justiça comum e os mandou para a corporativa justiça militar.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E ainda tem gente que acredita que a presidente fará a revisão da Lei da Anistia. Menos o Aton Fon Filho (<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><a href="http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9494%3Amanchete050414&catid=34%3Amanchete&" style="margin: 0px; padding: 0px;">‘O Estado brasileiro ainda se curva ao poder militar’ </a>), </strong>da Rede de Advogados Populares, que passou dez anos encarcerado, de 1969 a 1979, e barbaramente torturado. Em entrevista ao Correio da Cidadania, ele disse que recentemente o Estado brasileiro pediu desculpas pelas atrocidades que sofreu. E avisou ao ministro Celso Amorim que abre mão de qualquer reparação financeira pela revisão da Lei da Anistia e punição dos torturadores.<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada parece suficiente para mudar a correlação de forças, nem mesmo a valentia do deputado Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade Rubens Paiva, da Assembleia Legislativa de São Paulo. Mas um dia, mais hoje, mais amanhã, mesmo depois que o socialismo finalmente triunfar, os pegaremos. E se os antigos militares e civis torturadores tiverem morrido, pela idade, os seus sucessores, os novos trogloditas, serão julgados nos tribunais do poder operário e popular.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Otto Filgueiras é jornalista.</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-32787812456271981742014-04-09T11:31:00.005-07:002014-04-09T11:31:59.786-07:00Semana de lutas: servidores organizados pelo Fórum do funcionalismo público intensificam mobilizações <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ioUMTGkMxiI8Chp-Lr9uA-qozLsr9ObiEwyfV21GwYBeU2UpL3C4r2Wvvnbc5XLJYGdGk6AlyHdmuiRhcSl7lb8bCBfBFaTi4vQ3RSGl-e_2l4N-l4_xBpX9D5YUIWzlzeZ5dsY4kY8V/s1600/servidoresp%C3%BAblicos-470x210.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ioUMTGkMxiI8Chp-Lr9uA-qozLsr9ObiEwyfV21GwYBeU2UpL3C4r2Wvvnbc5XLJYGdGk6AlyHdmuiRhcSl7lb8bCBfBFaTi4vQ3RSGl-e_2l4N-l4_xBpX9D5YUIWzlzeZ5dsY4kY8V/s1600/servidoresp%C3%BAblicos-470x210.jpg" height="142" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os servidores públicos federais seguem mobilizados e aprovaram um calendário intenso de mobilização que será intensificado essa semana. Atos, paralisações, greves e muita luta estão sendo preparados pelas diversas categorias que compõem o setor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais definiu uma agenda unificada de ações para a campanha salarial. A categoria cobra um posicionamento do governo que ainda não deu resposta à pauta de reivindicações protocolada no início desse ano. Como parte das diversas ações aprovadas pelo Fórum, os servidores realizaram nesta segunda-feira (7), o ato pelo Dia da Saúde, reuniu cerca de 250 pessoas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A mobilização foi organizada pelo Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, composto por diversas entidades, entre as quais a CSP-Conlutas. A manifestação contou também com a participação do movimento estudantil e de entidades organizadas no Fórum do Funcionalismo Federal. Os presentes denunciaram a privatização da saúde, a corrupção, e o dinheiro gasto com a copa do mundo em detrimento à verba para saúde e educação. “Denunciamos a criminalização do movimento sindical e social pelo PT e fizemos um chamado para unidade da esquerda contra a política da privatização dos hospitais universitários e contra as Organizações Sociais (OS) nos hospitais público”, informou a servidora da saúde e representante da secretaria executiva estadual da CSP-Conlutas Rio de Janeiro, Cintia Teixeira. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cintia criticou o governo do estado do Rio que repassou R$ 2 bilhões para organizações sociais. Também condenou a gestão municipal do prefeito Eduardo Paes que repassou 1 bilhão de reais para implantar as Os nos hospitais “e privatiza a cada dia o serviço”. O governo “dá bilhões para barões da saúde e o caos no setor permanece, somos submetidos às condições precárias de trabalho, e os usuários continuam recebendo péssimos serviços”,avalia. Nesta terça-feira (8) haverá um dia de mobilização, com paralisações e atos públicos nos estados. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Greves em curso e anunciadas para o próximo período fortalecem campanha Os servidores do judiciário federal definiram estado de greve. No congresso do Sintrajud/SP foi aprovada paralisação de 24 horas da categoria nesta quinta-feira (10). Na pauta especifica estão o cumprimento à data-base, o fim da política de congelamento salarial e a instalação da mesa nacional de negociação. Neste dia 10 de abril, os docentes organizados pelo Andes-SN realizarão uma paralisação nacional nas universidades federais de ensino. Haverá também nesta data uma audiência do ANDES-SN com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os professores e técnicos administrativos organizados pelo Sinasefe marcaram para o dia 21 de abril a greve da categoria. De acordo com a entidade, o governo descumpriu acordos assinados em greves anteriores. Esses profissionais salientam que os grupos de trabalho instalados para discutir e solucionar demandas como democratização das Instituições Federais de Ensino (IFE), reposicionamento de aposentados, racionalização do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativos em Educação (PCCTAE), dimensionamento da força de trabalho, terceirização nas IFE e inclusão dos técnicos das IFE militares no PCCTAE estão longe de atingir seus objetivos de nada adiantaram e só enrolaram a categoria. Os técnicos administrativos das instituições superiores de ensino estão em greve há mais de 20 dias, com 80% de adesão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A categoria possui 180 mil trabalhadores que, organizados pela Fasubra, ocupam reitorias, fazem mobilizações, atos no Congresso Nacional e realizaram uma forte campanha nas redes sociais para chamar atenção da categoria e da população em geral para a sua luta. Entre as reivindicações estão o cumprimento integral do acordo de greve de 2012, o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com jornada de 30 horas sem redução salarial, revogação da Lei que cria a EBSERH e concurso público pelo Regime Jurídico Único nos Hospitais Universitários entre outros. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O dirigente da Fasubra e um dos integrantes do Fórum de entidades do funcionalismo federal, Gibran Jordão, destaca que apesar de setores cutistas tentarem desmontar a greve, o movimento cresce e se consolida a cada dia com muita disposição de luta. De acordo com o dirigente, “ao mesmo tempo que a nossa greve cresce a popularidade do governo cai”, aponta. Segundo Gibran, existe um espaço na sociedade para discutir a valorização dos servidores e serviços públicos. “Bem como apontar o papel do governo que não atende as nossas demandas, mas repassa bilhões para pagar a dívida pública, ou seja, os banqueiros”, complementa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O dirigente faz uma avaliação mais geral da campanha do funcionalismo que se fortalecerá com a adesão do Sinasefe ao movimento grevista no dia 21 bem como com a paralisação nacional do Andes-SN no dia 10 de abril. Gibran aponta que muitas lutas virão. “No próximo dia 11 de abril, as entidades do fórum do funcionalismo vão se reunir e definir um ato nacional dos servidores em Brasília, previsto para o dia 7 de maio. Existe disposição de todos em fazer uma grande mobilização que mostre ao governo nossa unidade e disposição em lutar por direitos”, reiterou. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Matéria atualizada dia 8/04 às13h </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-21654713839731770102014-04-09T11:28:00.000-07:002014-04-09T11:28:50.190-07:00Servidores municipais de Bayeux realizam assembleia nesta quinta e podem entrar em greve <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_YjfyMIuOlkNRo-8rptl34c-7uyK-q_hS30ZK49dQW9tUHaMxTcR2SWb6WzJvob1Z2_9pwrW2xCfSZFDnbaVF9N-GUKgXPkw8O1JSFakcgWEziYWAjyZ35xP_XRf8Pc4LGj2kkNKBOp67/s1600/greve.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_YjfyMIuOlkNRo-8rptl34c-7uyK-q_hS30ZK49dQW9tUHaMxTcR2SWb6WzJvob1Z2_9pwrW2xCfSZFDnbaVF9N-GUKgXPkw8O1JSFakcgWEziYWAjyZ35xP_XRf8Pc4LGj2kkNKBOp67/s1600/greve.jpg" height="174" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os servidores municipais de Bayeux realizarão, nesta quinta-feira (10), a partir das 9h, no Centro de Formação da Igreja São Sebastião, uma Assembleia Geral da categoria. A pauta principal será a deflagração da greve dos servidores municipais por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Bayeux (SINTRAMB), Antonio Radical, “desde que o prefeito Expedito Pereira assumiu a prefeitura pela 4ª vez, que o sindicato vem buscando o diálogo com a administração municipal, porém sem sucesso nas negociações”. Ainda segundo Antonio Radical, a resposta da prefeitura tem sido impor mais ataques à categoria, como retirada de direitos assegurados ao longo dos anos. Os servidores se reuniram pela primeira vez este ano, em fevereiro, quando aprovou a pauta de reivindicações para ser entregue e debatida pelo sindicato com a administração municipal. “Já tivemos duas reuniões com a Secretaria de Segurança, uma com a Educação e outra com a Saúde. Infelizmente, em nenhuma dessas houve avanço nas negociações, o que tem deixado a categoria muito revoltada”, afirma Radical. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pauta de reivindicações aprovada pela categoria engloba desde pontos do magistério, como o pagamento do piso salarial nacional, o descongelamento da GEAD (gratificação para os professores), reajuste salarial de 20% e mais segurança nas escolas municipais, até questões envolvendo os vigilantes, como fornecimento de uniforme por parte da prefeitura e garantia do calendário de férias dos servidores, passando pela saúde (com pontos como o cumprimento do PCCR da categoria, isonomia salarial entre ACE’s e ACS’s, como também o pagamento dos adicionais de insalubridade, periculosidade e risco de vida, além do adicional noturno e gratificação do SUS) e pelo pessoal de apoio, que tem vários pontos de seu PCCR sendo descumpridos pela prefeitura, como o não pagamento de gratificações e do vale transporte, além de estarem sendo atacados na sua jornada de trabalho, que é segundo o PCCR, de 6h/dia em sistema de horário corrido. “Tudo isso vem sendo buscado uma negociação por parte da direção do Sindicato, mas sem termos nenhuma resposta concreta por parte do prefeito e secretários. Continuamos aberto ao diálogo, mas caso ele não ocorra até a realização da Assembleia, deflagraremos a greve por tempo indeterminado”, concluiu Antonio Radical. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-7925453849304263522014-04-09T11:25:00.002-07:002014-04-09T11:26:17.651-07:00Em campanha salarial, trabalhadores da Imbel Itajubá (MG) pedem apoio <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKYxAYG5iM0QqGvPgHfDkSeUkTw0abIglr5L_GvaihB8WYQwi80Rrz9ozReWgcprgrbkJgCoVXJkm4mM0_9abbT5REc2y186bT2dGYMsxAFK49t9PtCoGTd2At_JhNPkMpDvuu9H440gf2/s1600/ESTADO-DE-GREVE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKYxAYG5iM0QqGvPgHfDkSeUkTw0abIglr5L_GvaihB8WYQwi80Rrz9ozReWgcprgrbkJgCoVXJkm4mM0_9abbT5REc2y186bT2dGYMsxAFK49t9PtCoGTd2At_JhNPkMpDvuu9H440gf2/s1600/ESTADO-DE-GREVE.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os trabalhadores da unidade da IMBEL-INDUSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL, empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa – Governo Federal, estão em campanha salarial, cuja data base é 01/04/2014. Diante a posição intransigente do governo, que propôs somente 5,68% de reajuste salarial, em na assembléia realizada nesta terça-feira (8), a categoria decidiu deflagrar estado de greve. Caso a empresa e governo não atendam as reivindicações, haverá paralisação por prazo indeterminado a partir de segunda-feira (14). Outras ações também definidas como o atraso do turno de trabalho em 4 horas. A nova assembleia da categoria será realizada nesta quarta-feira (10). Para o coordenador-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá, a luta dos trabalhadores da Imbel é importante por se tratar de uma batalha contra o governo de frente popular. </span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>A CSP-Conlutas apoia essa luta.</b></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-71478107304182458032014-04-09T11:20:00.001-07:002014-04-09T11:20:41.045-07:00Novo filme de Tendler, O Veneno Está na Mesa 2, será lançado na próxima semana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo6wPVU-INhMYfgT35S5941dnz_t3N4ILKHX1Qyq7Dgslwyp4FZhO8CsdgEKoNUShrCicdswHxcp6GrePlOQVyrOQmJu1Ga637b91iIu_Xi7C35nrNb7o_pNsUDKEun-z8eEZlu6FHb7LM/s1600/lan%C3%A7amento_veneno+esta+na+mesa.jpg" imageanchor="1" style="background-color: #cc0000; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo6wPVU-INhMYfgT35S5941dnz_t3N4ILKHX1Qyq7Dgslwyp4FZhO8CsdgEKoNUShrCicdswHxcp6GrePlOQVyrOQmJu1Ga637b91iIu_Xi7C35nrNb7o_pNsUDKEun-z8eEZlu6FHb7LM/s1600/lan%C3%A7amento_veneno+esta+na+mesa.jpg" height="300" width="400" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Da Página do MST</em><br /><br />O lançamento do novo documentário do diretor Silvio Tendler, <em>O Veneno está na Mesa 2</em>, já tem estréia marcada para o próximo dia 16 de abril, no Rio de Janeiro.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O evento acontece no Teatro Casa Grande, às 20h. Após a exibição, haverá um debate com o diretor, João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e Luiz Cláudio Meirelles, pesquisador da Fiocruz e ex-gerente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entrada é gratuita.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />O Veneno está na Mesa 2</span></strong></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após impactar o Brasil mostrando as perversas consequências do uso de agrotóxicos em <em>O Veneno está na Mesa</em>, o diretor Sílvio Tendler apresenta no segundo filme sob uma nova perspectiva.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><em>O Veneno Está Na Mesa 2</em> atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. O filme apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />Com este documentário, vem a certeza de que o país precisar tomar um posicionamento diante do dilema que se apresenta: Em qual mundo queremos viver? O mundo envenenado do agronegócio ou da liberdade e da diversidade agroecológica?</span></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-59108462210856022992014-04-09T11:17:00.000-07:002014-04-09T11:17:51.855-07:00Jornada pretende incentivar debate sobre Reforma Agrária nas universidades<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<em style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por José Coutinho Júnior</span></em></div>
<em style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<em>Da Página do MST</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.315170288085938px;"><br /></span></div>
</span></em><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj4maKTbnwDmx1Pee6GavHCzbaQ3YjX8sKa4xn7JfF9iEmVU0YylMCTAlUUqCYc9mu0IEuioEy4qlqAtt8rJt1NoxaL9Y5dXYMTz1U25h0DE5X8xrMSESXYHrxr1_FA0DZ1tyqE95hyoJh/s1600/mst.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj4maKTbnwDmx1Pee6GavHCzbaQ3YjX8sKa4xn7JfF9iEmVU0YylMCTAlUUqCYc9mu0IEuioEy4qlqAtt8rJt1NoxaL9Y5dXYMTz1U25h0DE5X8xrMSESXYHrxr1_FA0DZ1tyqE95hyoJh/s1600/mst.jpg" height="177" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante o mês de abril, as cerca de 50 universidades nas quais o MST tem parcerias irão realizar a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, com debates, exibições de teatro, filmes, visitas a assentamentos e feiras da Reforma Agrária em apoio à luta no campo.</span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As atividades serão paralelas às mobilizações da jornada de lutas do MST, realizadas todo mês de abril por todo o país. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O MST tem mais de 3 mil militantes presentes nas universidades. Mais de 5 mil já se formaram em cursos universitários e de especialização, e mil professores realizam trabalhos próximo ao Movimento.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo Cristina Bezerra, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e coordenadora do curso de Especialização em Estudos Latino Americanos - uma parceria entre o MST, a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e a Faculdade de Serviço Social da universidade -, a jornada surge para “incentivar dentro do espaço acadêmico esse compromisso da universidade com a questão agrária”. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para ela, é importante “dar visibilidade às ações que as universidades desenvolvem pela Reforma Agrária e ampliar o debate, para que novas ações sejam abraçadas pelas universidades e professores”.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em entrevista à Página do MST, Cristina fala sobre a jornada universitária e discute a importância do movimento social estar presente no espaço universitário. Confira:</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como surgiu a jornada?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ideia de fazer a jornada em defesa da Reforma Agrária surgiu no segundo encontro dos professores universitários que trabalham com o Movimento, em 2013. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi sugerido que em abril fizéssemos em todas as universidades do Brasil, que tem um trabalho com o Movimento, lutas por Reforma Agrária, já que o espaço acadêmico é muito elitista, voltado para questões de interesses das classes dominantes.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Precisávamos incentivar dentro do espaço acadêmico esse compromisso da universidade com a questão agrária. Dar visibilidade às ações que as universidades desenvolvem pela Reforma Agrária e ampliar o debate para que novas ações sejam abraçadas pelas universidades e professores. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que cursos os militantes do MST participam nas universidades?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Temos cursos de extensão, graduação, especialização lato e stricto senso de mestrado. Muitos projetos de extensão, que são desenvolvidos em áreas de Reforma Agrária, na área de agroecologia, em defesa das mulheres, além de várias pesquisas sobre a questão agrária e a luta pela Reforma Agrária. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A universidade é um espaço muito rico nesse sentido. Temos muita potencialidade para colocar esse debate da questão agrária e construir ações que viabilizem o acesso da população do campo ao conhecimento, e permitir a troca de saberes que eles têm para trazer para dentro da universidade. Precisamos travar a batalha de ideias dentro do espaço acadêmico.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual a importância do movimento social estar no espaço da universidade?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De uma forma geral, os movimentos sociais, principalmente os do campo, colocam uma pauta socialmente referenciada para a sociedade. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eles têm a potencialidade de fazer com que os muros da universidade se voltem mais para as demandas socialmente referenciadas, necessárias para a população, para o crescimento do país, que legitimem o sentimento de justiça, de encaminhamentos mais voltados para a população, não só para os setores dominantes.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O agronegócio tem financiado inúmeras pesquisas dentro da universidade. Por que os movimentos sociais não podem pautar uma pesquisa para a agricultura familiar, para a Reforma Agrária, o acesso a terra, políticas de educação e saúde no campo?</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É uma presença extremamente necessária. É uma luta no sentido de questionar política e socialmente o papel da universidade na sociedade: que tipo de conhecimento ela produz e com que sentido?</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É questionar os vícios acadêmicos e os elitismos que a universidade reproduz desde seu surgimento no Brasil.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que tipo de ações serão realizadas na jornada?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vamos ter eventos para discutir a pauta da Reforma Agrária, principalmente o desafio que o MST coloca com a Reforma Agrária Popular; visitas de campo, levando alunos da universidade para áreas de assentamentos e acampamentos para conhecer a realidade; feiras de produtos da Reforma Agrária; grupos culturais, exibições de filmes para discutir o uso de agrotóxicos, que na cidade é uma pauta muito importante. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como a comunidade universitária enxerga a presença dos movimentos sociais na universidade? </span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aqui em Juiz de Fora, temos uma parceria de 15 anos, que já se consolidou. Hoje enfrentamos uma situação melhor em termos de receptividade. Mas mesmo assim, e em outras universidades também, existe um estranhamento em torno da presença dos movimentos sociais na universidade. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muito desse estranhamento se dá porque a universidade não foi preparada para isso, não foi pensada para atender aos interesses das camadas populares da sociedade. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os alunos “regulares” por assim dizer, muitas vezes acham que “aqui não é o lugar deles, não era para estar acontecendo isso, a universidade não é para formar militantes”.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que percebemos é que na medida em que essas parcerias vão se consolidando, quem mais conseguimos conquistar é o seguimento dos estudantes. Professores e técnicos tem uma resistência maior, por conta do academicismo.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos estudantes se identificam, pois deixaram suas famílias no campo para vir à cidade estudar. Com isso, temos uma capacidade de chegar até eles, apresentar as propostas do movimento com mais tranqüilidade e acabar com essa resistência.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual a importância para a universidade em absorver o saber dos camponeses?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É fundamental. Temos experiências da agroecologia onde os saberes originários colocam várias questões que o saber acadêmico foi esquecendo. Plantas medicinais, técnicas alternativas de tratamento do solo. Nessas áreas a presença do movimento tem contribuído muito para universidade no sentido de questionar sua matriz de conhecimento.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como se dá a relação do militante e do movimento social com a teoria e a prática?</span></strong></div>
</strong><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para os movimentos, a presença dos militantes na universidade é uma forma de se fortalecer no plano teórico, no preparo das questões que enfrentamos na realidade. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Teoria e prática não são contrárias; pelo contrário, as duas precisam se alimentar continuamente das questões que estão vivas na sociedade. </span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A presença é importante, porque potencializa as lutas políticas, faz com que a leitura da realidade onde os militantes atuam seja fundamentada teoricamente.</span></div>
</span><br />
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa presença também ajuda a criar alianças urbanas. Há várias expectativas que esses movimentos criam em relação à universidade. O acesso ao saber também é uma luta que merece ser feita e dá grandes resultados. </span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-43629244957423516052014-04-09T11:14:00.001-07:002014-04-09T11:14:30.038-07:00Mecanização de lavoura de cana-de-açúcar mascara problemas trabalhistas <div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<em><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Do Instituto Observatório Social)</span></em></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho15FpZKUP6UMGZueBHjBojD47rlhm_06tinhROBf_97ChkoLgLdwKISglCnhD1WKXYo5RJ9asx6ktDDBvzoTNHOR-3FMiYzj3kmpknRZy4HRfmi41SoPXZw3wsZ_MMyE_YXaKOS77K9j1/s1600/escravo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho15FpZKUP6UMGZueBHjBojD47rlhm_06tinhROBf_97ChkoLgLdwKISglCnhD1WKXYo5RJ9asx6ktDDBvzoTNHOR-3FMiYzj3kmpknRZy4HRfmi41SoPXZw3wsZ_MMyE_YXaKOS77K9j1/s1600/escravo.jpg" /></a></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />Pesquisa realizada pelo Instituto Observatório Social em plantações e indústrias no Estado de São Paulo aponta que a contaminação ao meio ambiente continua, assim como lesões por esforços repetitivos, discriminação de mulheres, baixa remuneração e alta rotatividade nos trabalhadores do setor. Com a chegada das máquinas, cresce também a preocupação com o desemprego (<strong>Acesse a pesquisa completa em anexo, ao final da notícia</strong>).</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pesquisa foi realizada ao longo de 2013 em fazendas nos municípios de Ibaté e Ipaussu, no Estado de São Paulo. Foram ouvidos trabalhadores e trabalhadoras do setor, além de sindicalistas e representante da empresa Raízen, joint venture das empresas Cosan e Shell.<br /><br />A primeira grande constatação do estudo foi a de que, com a inserção de maquinários para a colheita da cana, diminuíram os casos de trabalho degradante e análogo ao escravo na região. Por outro lado, a jornada de trabalho se tornou mais intensa, com privações de momentos de folga e, muitas vezes, em ambiente de trabalho insalubre.<br /><br />A principal reclamação dos trabalhadores das áreas de colheita mecanizada é a de que não é possível parar as máquinas. Ou seja, não há tempo para que eles possam descansar, se alimentar adequadamente e nem mesmo ir ao banheiro — quando há algum. A falta de banheiros adequados foi constatada na pesquisa, mas a situação se tornou tão recorrente que não é mais percebida pelos trabalhadores. Em Ibaté, quando os trabalhadores estão no meio da lavoura, longe do ônibus de vivência, onde há o único banheiro disponível, a única opção que lhes resta é a usar o mato.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mulheres à margem</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto a colheita da cana-de-açúcar era predominantemente manual, o esforço físico acabava sendo uma barreira às mulheres. Entretanto, a mecanização da lavoura também não lhes garante oportunidades. Entre todos os trabalhadores e trabalhadoras ouvidos pela pesquisa, as mulheres foram encontradas apenas em serviços manuais de limpeza e manutenção — a chamada coleta de bitucas. </span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste novo cenário, são elas que continuam expostas ao sol, ao calor e ao ataque de animais peçonhentos, não raros no campo. Também são elas que, mesmo em jornadas extenuantes, recebem as menores remunerações.<br /><br />Enquanto os trabalhadores mecanizados recebem de R$ 1.400 a R$ 1.800 mensais, com adicional de produtividade, e os trabalhadores de corte manual recebem mensalmente cerca de R$ 700, mais a produção, a média salarial das mulheres está no piso da categoria, de R$ 700, mais o adicional fixo de 20% pela atividade de coleta. Ou seja, indiferentemente da produtividade, as mulheres têm fixo o valor máximo a ser recebido mensalmente.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Oportunidades limitadas</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tanto entre as mulheres quanto entre os homens, a falta de oportunidade de crescimento é uma reclamação constante. Entre os cortadores manuais, prevalece a terceirização do trabalho. Entre os contratados da empresa, há a reclamação comum de que não lhes é oferecida a capacitação para ingressar no corte mecanizado.<br /><br />Todos reconhecem a necessidade de capacitação para alguma ascensão profissional. Entretanto, são raras as chances para treinamento e aprendizagem. Segundo os trabalhadores, a preferência da empresa é por contratar profissionais que já tenham experiência na função, mesmo que sejam novos na companhia.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora todos os trabalhadores entrevistados concordem que a mecanização da lavoura é benéfica por privar o trabalhador da exaustão do corte manual, a maioria acredita que não estará mais empregado no próximo ano.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Velhos problemas</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A falta de transparência na pesagem e na remuneração por produtividade na colheita da cana-de-açúcar não é uma reclamação nova. Apesar de muito ter evoluído no campo, a remuneração dos trabalhadores manuais ainda é baseada na confiança.<br /><br />A longa jornada e a dependência da produtividade impendem ao trabalhador de conferir a da pesagem da cana colhida — pesada no campo e novamente na empresa. E, impedido de largar o trabalho para acompanhar a pesagem, resta ao trabalhador ver em seu registro de produtividade valores que raramente condizem com o que é pesado em sua presença.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O uso de agrotóxicos, a queima eventual e o descarte de subprodutos da cadeia produtiva também são problemas recorrentes nas lavouras e processadoras de cana-de-açúcar. Os programas ambientais e das certificações buscadas têm auxiliado as empresas a reaproveitarem os produtos até então descartados. A poluição diminui, mas ainda está longe do ideal.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diálogo</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As condições de trabalho na colheita e no processamento da cana-de-açúcar são temas constantes nas pautas trabalhistas. É reconhecida a aproximação ente empresas e sindicatos e a busca pelo diálogo social.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Até 2013, apesar das críticas e limitações, o Compromisso Nacional pelo Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar mostrou-se como um primeiro passo na direção da garantia de condições decentes de trabalho.<br /><br />Há, ainda, a iniciativa parlamentar de reconhecer o corte manual como atividade penosa e insalubre, além da tentativa de proibição da realização de horas extras e o pagamento por produção. Embora arquivadas ou expiradas, são indicativos de que ainda há um caminho a ser percorrido.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre a pesquisa</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pesquisa O comportamento sociotrabalhista da Raízen na colheita da cana-de-açúcar foi realizada pelo Instituto Observatório Social em parceria com a central sindical holandesa Federatie Nederlandse Vakbeweging (FNV). Foram ouvidos trabalhadores e trabalhadoras, diretos e indiretos, manuais e mecanizados nas unidades nos municípios paulistas de Ipaussu e Ibaté.</span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Realizada entre fevereiro e julho de 2013, o objetivo geral da pesquisa foi contribuir para o fortalecimento das entidades sindicais no processo de diálogo com a empresa Raízen e fornecer subsídios ao debate sobre a construção de uma Rede Mundial de Trabalhadores (as) da Shell. </span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="attachmentsContainer" style="clear: both; margin: 0px 0px 0.5em;">
<div class="attachmentsList" id="attachmentsList_com_content_article_2010">
<table style="border: 1px solid rgb(192, 192, 192); font-size: 14px; font-weight: bold; line-height: 23.03999900817871px; text-align: justify;"><caption style="font-size: 16px; margin-top: 4px; text-align: left;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Anexos:</span></caption><tbody style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">
<tr class="odd" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><td class="at_filename" style="background-color: transparent; padding: 1px 3px;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a class="at_icon" href="http://www.cptnacional.org.br/attachments/article/2010/pesquisa_raizen_marco_2014.pdf" style="margin: 0px; padding: 0px 4px 0px 0px; text-decoration: none;" title="Fazer download deste arquivo (pesquisa_raizen_marco_2014.pdf)"></a><a href="http://www.cptnacional.org.br/components/com_attachments/media/icons/pdf.gif" rel="lightbox-gallery" style="margin: 0px; padding: 0px;"><img alt="Fazer download deste arquivo (pesquisa_raizen_marco_2014.pdf)" src="http://www.cptnacional.org.br/components/com_attachments/media/icons/pdf.gif" style="border: 0px; margin: 0px; vertical-align: text-bottom;" /></a><a class="at_url" href="http://www.cptnacional.org.br/attachments/article/2010/pesquisa_raizen_marco_2014.pdf" style="background-image: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;" target="_blank" title="Fazer download deste arquivo (pesquisa_raizen_marco_2014.pdf)">Pesquisa Raizen - Instituto Observatório Social</a></span></td><td class="at_description" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; padding: 1px 3px;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[ ]</span></td><td class="at_file_size" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; padding: 1px 3px; text-align: right;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1343 Kb</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-46719430325318370952014-04-09T11:10:00.000-07:002014-04-09T11:10:02.116-07:00Assembleias Indígenas: 40 anos depois segue a luta e articulação <div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<em style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Egon Heck, do Cimi</span></em></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2q9gzTdKELn1EQqRyJT0x5HS1W43Q3qU9YSTILY7NiO6JNfhkkntzD9lIifAOsP156yacn6nKEWYlZh0Tl_dOa5ljsEwhEWh3eEs3NyM5v04xLWKdbI-CCMImDIM0DDXEOyFipjaxcjCQ/s1600/400_II+Assembleia+dos+Povos+indgenas+-+CIMI.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2q9gzTdKELn1EQqRyJT0x5HS1W43Q3qU9YSTILY7NiO6JNfhkkntzD9lIifAOsP156yacn6nKEWYlZh0Tl_dOa5ljsEwhEWh3eEs3NyM5v04xLWKdbI-CCMImDIM0DDXEOyFipjaxcjCQ/s1600/400_II+Assembleia+dos+Povos+indgenas+-+CIMI.jpg" height="196" width="320" /></a></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em abril de 1974, em pleno “milagre brasileiro”, anos de chumbo da ditadura militar, duas dezenas de indígenas se reuniram embaixo de algumas mangueiras, em Diamantino (MT).</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Era abril. Uma comemoração diferente. Fato que viria marcar profundamente a luta dos povos indígenas no Brasil. Se lançavam as sementes de um novo movimento indígena no país. Nos dez anos seguintes, foram mais 50 Assembleias Indígenas em todo o país. A segunda foi em Cururu, território Munduruku, e a terceira se realizou em Meruri, território Bororo. Foi no bojo desses momentos de encontros regionais e nacionais que em 1980 surge a União das Nações Indígenas (UNI). Apesar das dificuldades e fragilidade de uma organização indígena de abrangência nacional, foi um passo importante na consolidação das lutas dos povos indígenas por seus direitos.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há 40 anos se dava um passo decisivo para conquistas fundamentais, particularmente na questão da posse dos territórios tradicionais, na perspectiva da autonomia, como consta do registro do encontro: “Os índios redescobriram que eles devem ser os sujeitos de seus destinos, não é a Funai e nem as missões os que resolverão os problemas deles, mas nós mesmos”, como afirmaram insistentemente. Apesar do apoio inicial do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em muitos momentos eles ficaram sem a presença de brancos, para traçar suas estratégias de luta. Essa primeira Assembleia Indígena teve o registro silencioso do padre Iasi, conforme consta no Boletim do Cimi nº10, de maio de 1974. Iasi se encontra em Belo Horizonte, tendo completado 95 anos no último dia 5 deste mês de abril.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Quarenta anos depois, uma delegação dos povos indígenas do Mato Grosso está em Brasília para dizer: “Nós existimos!”. Apesar do genocídio continuar, também se fortalece nossa luta, principalmente pelo reconhecimento e garantia de nossos territórios”, afirma Faustinho Tucumã Kayabi.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembram que nessas quatro décadas muita luta aconteceu, muitos morreram lutando pelos direitos, mas mais guerreiros nasceram, povos se ergueram e línguas se reconheceram. “Estamos sofrendo com a expansão do agronegócio, com a construção de hidrelétricas e hidrovias. Muitas das nossas terras estão invadidas e outras não demarcadas, como a dos Chiquitanos”, declara Faustino.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terão uma semana de encontros em diversos ministérios, na Câmara e Senado, além de órgãos ligados a questão indígena. A comitiva irá entregar documentos exigindo a demarcação das terras, o direito dos povos isolados. Também manifestaram preocupação com o sofrimento e agressões de diversos povos indígenas em todo o Brasil, especialmente os Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul, os Tupinambá do sul da Bahia, os Kaingang no Rio Grande do Sul, dentre outros.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para o Cimi, tais lutas têm um significado todo especial, pois na região destes povos do Mato Grosso que se concretizaram atitudes corajosas de ruptura, como no caso dos jesuítas em Utiairiti e os salesianos em seu compromisso de vida com os Bororo e Xavante. Foi em consequência dessa nova e radical atitude de defesa da vida e cultura desses povos que foram assassinados Simão Bororo e padre Rodolfo, em meados de 1976, e o padre João Bosco, no mesmo ano. Dez anos depois era assassinado Irmão Vicente Cañas, que trabalhava com os Enawenê-Nawê. Sementes de sonhos e de martírio, acreditando que um mundo novo será possível.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os direitos ameaçados</span></strong></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em contato com os diversos espaços de poder, os indígenas pretendem dar visibilidade na demonstração de preocupações com relação à paralisação da demarcação dos territórios tradicionais. Também vão dizer não à intenção do Ministro da Justiça em mudar, a toque de caixa, a dinâmica do procedimento demarcatório das terras indígenas, a imposição do decreto de morte, a Portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), além de várias portarias, como as 215 e 227, que pretendem suprimir direitos constitucionais.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A delegação de indígenas do Mato Grosso vem dar continuidade às lutas históricas destes povos para ampliar e consolidar alianças, exigindo seus direitos e denunciando todas as formas de violações. “No Mato Grosso, o agronegócio se impõe sem nos respeitar. Onde tem cerrado querem soja. Onde tem mata querem tirar madeira, onde tem rio querem fazer usina e nosso ar e água estão sendo envenenados por agrotóxicos”, afirmam os representantes Kayabi, Xavante, Bororo, Myky, Chiquitanos, Munduruku e Manoki.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-37464230492239491702014-04-02T11:09:00.000-07:002014-04-02T11:09:20.077-07:00 Copa do Mundo institui o novo estado de guerra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9jsPuF15MNWlQ97lnNm7o1zh-nn2q45vcuFfjYfsb4s5_FDklhacWcme8mZLiMnNpadIWYfdyo6GZhefvbHGQ6sVrDvDGNB8A7awzZyNTgBmbGGzhgZXon2AshLukrs-IecACYOIpBGkM/s1600/250xNx280314_copamanif.jpg.pagespeed.ic.tkHyM7Fj6t.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9jsPuF15MNWlQ97lnNm7o1zh-nn2q45vcuFfjYfsb4s5_FDklhacWcme8mZLiMnNpadIWYfdyo6GZhefvbHGQ6sVrDvDGNB8A7awzZyNTgBmbGGzhgZXon2AshLukrs-IecACYOIpBGkM/s1600/250xNx280314_copamanif.jpg.pagespeed.ic.tkHyM7Fj6t.jpg" /></a><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16.416000366210938px; text-align: justify;">O governo brasileiro pratica uma escalada de barbaridades para assegurar o lucro privado da FIFA e de seus patrocinadores. Advinha quem vai pagar a conta...</span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No futuro, quando uma Comissão da Verdade e da Justiça apurar todos os crimes praticados pelo governo brasileiro para impor ao país a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014, nos moldes exigidos pela FIFA, as autoridades atuais terão de explicar por que ordenaram o despejo de tantas famílias de suas casas, desviaram dinheiro público para evento privado, espezinharam o direito de livre manifestação e colocaram as Forças Armadas em funções policiais – para intimidar os moradores de bairros, comunidades e favelas do Rio de Janeiro e de outras cidades do Brasil.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os presidentes da República, os ministros da Justiça, Defesa e de Esportes, entre outros, e os comandantes militares serão chamados a esclarecer por que feriram os artigos 142 e 144 da Constituição, que tratam, respectivamente, das atribuições das Forças Armadas e da Segurança Pública, sendo que aquelas “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, enquanto que a segurança pública “é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio”, através da polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde quando os moradores das comunidades cariocas ou de outras cidades representaram uma ameaça à Pátria, aos poderes constitucionais, à lei e à ordem? Desde quando esses cidadãos e cidadãs foram considerados subversivos ou outra categoria de inimigos internos para serem patrulhados diretamente pelas Forças Armadas? Desde quando governos constituídos sob a denominação do Estado Democrático de Direito se valem de medidas previstas na antiga Lei de Segurança Nacional aprovada pela Ditadura Militar originada no golpe de 1964?</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os dirigentes da República precisam justificar por que criaram no país um verdadeiro Estado de Guerra contra todos os tipos de manifestações democráticas e contra as populações dos bairros mais carentes e desprovidos de serviços públicos. Afinal, por que utilizaram o aparato policial e militar, das três forças – Exército, Marinha e Aeronáutica –, para, de um lado, intimidar o povo, e, de outro, assegurar que uma elite econômica e um contingente de turistas possam desfrutar do campeonato de futebol sem o menor vestígio das mazelas que atormentam cotidianamente a maioria da população?</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muito provavelmente eles serão inquiridos pela futura Comissão da Verdade e da Justiça a dizer se os protestos populares relativos à Copa do Mundo teriam acontecido se o megaevento do capital tivesse ficado restrito ao âmbito exclusivo da iniciativa privada, se não tivesse carreado recursos públicos escassos para atividades prioritárias do Estado, como saúde, educação, moradia, transportes etc.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Certamente precisarão expor, em detalhes, por que vislumbraram utilizar a Copa de 2014 como trunfo político com fins eleitorais, explorando o sentimento popular para fazer uma exaltação ufanista de um sistema econômico que causa a desigualdade e a exclusão. Tal procedimento não reproduz a mesma lógica do governo Médici em relação à Copa de 1970, quando se procurou fundir a euforia esportiva com o regime ditatorial? Isso já não foi amplamente condenado pelo povo brasileiro junto com outras barbaridades e violências praticadas pela Ditadura?</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vale lembrar que as esquerdas brasileiras sempre se posicionaram de longa data contra a utilização do futebol, assim como de qualquer outro esporte, como instrumento de manipulação das pessoas para fins mercantis, eleitorais ou simplesmente como forma de alienação política e da cidadania. As esquerdas brasileiras criticaram duramente a Ditadura Argentina, em 1978, quando os militares usaram a Copa do Mundo para encobrir o genocídio de milhares de militantes da oposição ao regime. Há inúmeros registros sobre isso nos jornais alternativos da época e na produção acadêmica das principais universidades do país.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As autoridades não poderão escapar da responsabilidade por tudo aquilo que estão causando à nação hoje em função de um espetáculo patrocinado pelo capital. Os danos são evidentes, não apenas aos mais pobres, que foram preteridos nos recursos públicos e tratados como classes perigosas. Não apenas aos perseguidos de sempre, os jovens, negros e moradores das periferias, que levam porradas de todos os lados e são vigiados de perto, inclusive nos mais inocentes rolezinhos.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o estrago se dá também na incipiente democracia brasileira, nos passos dados no processo civilizatório, nas mais diferentes relações da sociedade. Ao trazer as Forças Armadas para o centro do palco, o governo reativou na direita saudosa a retomada da velha lenga lenga de um governo dos militares com “ordem, progresso e muita segurança”. Espalharam a desavença e a discórdia aos quatro cantos, pelas iniquidades escancaradas por todos os lados, nos rombos orçamentários dos estádios, nas isenções especiais de impostos para empresas vinculadas ao megaevento – tudo isso resultando em inquéritos policiais, processos jurídicos, protestos públicos e todos os tipos de desagrados e reparações.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Copa da FIFA vai acontecer, mas será para o país também a Copa da Cizânia, do acirramento de todas as diferenças, o campeonato mor da desagregação. Alguém, algum dia, vai ter que pagar por isso. Vai ter que se desculpar publicamente porque chamou as Forças Armadas para atuarem contra o povo. Esporte sim, viva o futebol! Fazer os brasileiros engolirem a Copa da FIFA de qualquer maneira, não! Autoritarismo nunca mais.</span></span></div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', 'Geneva CY', Verdana; line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', 'Geneva CY', Verdana; line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor.</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-49744325109540243762014-04-02T11:05:00.000-07:002014-04-02T11:05:56.336-07:00Petroleiros: “Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8GkjFHLtpcZifGSwoCmwRTEACCBOvPJ1pPtf1AakAFBOXi0deOEnwc4-A-ZZYncCIsEnZ5da6RfY1FzBa7FA1f2aML7D-9lPLJrgJyo3cI8BIUavMy9ruKz2aVhNnqavMaONgRMiikYXV/s1600/charge-leiloes-petroleo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8GkjFHLtpcZifGSwoCmwRTEACCBOvPJ1pPtf1AakAFBOXi0deOEnwc4-A-ZZYncCIsEnZ5da6RfY1FzBa7FA1f2aML7D-9lPLJrgJyo3cI8BIUavMy9ruKz2aVhNnqavMaONgRMiikYXV/s1600/charge-leiloes-petroleo.jpg" height="320" width="226" /></a></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhões e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhões.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1,5 milhão de barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 milhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: Federação Única dos Petroleiros (FUP).</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-41117279608474373982014-04-02T11:03:00.000-07:002014-04-02T11:03:05.798-07:00O esquartejador é coronel do Exército<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFj6EFA1oBnnetrAKrbQ53uRBWl2hCX22Db6JrIImwyN9j4rAJYAKruZZuhdHbcL_6bJIEebUG59QFbLtxpSiwJ2XkDRDSrMacaUD4qdCpwqSNb1FFbXuq-yWoUv_q97UjmeNWgIRCMpOa/s1600/250xNx280314_casadamore.jpg.pagespeed.ic.CPd_fzanSu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFj6EFA1oBnnetrAKrbQ53uRBWl2hCX22Db6JrIImwyN9j4rAJYAKruZZuhdHbcL_6bJIEebUG59QFbLtxpSiwJ2XkDRDSrMacaUD4qdCpwqSNb1FFbXuq-yWoUv_q97UjmeNWgIRCMpOa/s1600/250xNx280314_casadamore.jpg.pagespeed.ic.CPd_fzanSu.jpg" /></a><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16.416000366210938px; text-align: justify;">A grande mídia (no que reside a sua grandeza?) cobre com muito mais intensidade os passos do misterioso esquartejador paulistano que as declarações do coronel esquartejador de presos políticos, na ditadura. Assim como os espaços reservados às confissões do assassino sádico, impenitente e impune já haviam sido largamente suplantados pela cobertura da vexaminosa tentativa de se repetir a tal marcha com Deus e o golpe.</span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seguro da sua intangibilidade, e ciente de que não provocaria qualquer reação ou comoção no Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, nas duas casas do Congresso, no STF, na Advocacia da União ou no Ministério Público Federal; e menos ainda na (re)dita grande imprensa, o coronel foi perdulário nos detalhes dos horrores a que os militares se entregavam na Casa da Morte, parte do hediondo complexo de torturas, assassinatos e desparecimentos de corpos espalhado pelo país.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Era de se esperar, se este fosse um país com instâncias de poder minimamente respeitadoras de princípios comezinhos da civilização humana, se a sua assim chamada “elite” política, econômica, social e intelectual não fosse tão obtusa e mesquinha, era de se esperar que o coronel fosse imediatamente preso, interrogado, acareado e processado.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas não. O assassino confessa que torturou, esquartejou e ocultou corpos, crimes, que a malfada Lei da Anistia não cobre, e assim mesmo permanece fora do alcance da Polícia, do Ministério Público e da Justiça. Espontaneamente, sem qualquer tipo de pressão, o coronel confessou. No entanto, as autoridades a quem competisse o caso, omitem-se, lixam-se.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não se trata de legalismo, de se prender ao que diz ou não a Lei de Anistia. Isso são detalhes. O que conta, acima de qualquer lei, de toda lei, de qualquer regulamento, de qualquer filigrana, o que importa é a clara, desabrida, arrogante confissão dos crimes.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Eu fiz. Eu torturei. Eu matei. Eu esquartejei. Eu mutilei e ocultei os cadáveres. E não me arrependo de nada”.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que país é esse que ouve a confissão desse Heydrich reencarnado e se cala? Que país é esse que segue indiferente, rumo à Copa, rumo às eleições, rumo aos shoppings e às praias, como se entre nós não se revelasse um monstro ameaçador?</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse país, é o último país que vai libertar os negros da escravidão; esse país é o país que isola, indigita, persegue, mata, apeia do poder qualquer um que ouse torná-lo um milímetro menos desigual. Esse país é o país onde 5 mil clãs apoderam-se da metade da renda e da riqueza nacional, deixando que 200 milhões de pessoas roam o osso do que sobra. Esse país é o país onde um por cento dos proprietários rurais detém 45 por cento de todas as terras. Nesse país, até o final do ano, morrerão assassinados 50 mil brasileiros, a maioria negros e pobres; nesse país, até o final do ano, morrerão 50 mil brasileiros no trânsito, a maioria, negros e pobres, atropelados entre o ir e vir ao trabalho.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse país do coronel esquartejador, nenhum dos seis governantes civis que sucederam os generais-presidentes-ditadores teve coragem para exigir informações sobre torturas, assassinatos, desaparecimentos, esquartejamentos, mutilações de milhares de oponentes da ditadura.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que futuro tem esse país?</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Em tempo e um tanto fora do eixo, só para não perder o incrível registro. No meio disso tudo eis que surge um Carlos Lacerda tardio, sem o estilo, a eloquência e a correta sintaxe do original, é verdade, mas ainda assim tão bufão quanto: encarapitado em seu apartamento de Higienópolis, como se estivesse pontificando do Guanabara, o ex-presidente diz que o clima, hoje, entre a presidente e o Congresso assemelha-se ao clima existente entre Jango e os parlamentares, às vésperas do golpe. E ninguém proclama a nudeza do rei. Santo e misericordioso deus!)</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">José Benedito Pires Trindade e Otto Filgueiras são jornalistas. Otto está lançando o livro<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Revolucionários sem rosto: uma história da Ação Popular.</em></span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-89452536199175199322014-04-02T10:58:00.001-07:002014-04-02T10:58:20.879-07:00Técnicos universitários em luta: Fasubra inicia com disposição segunda semana de greve <div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="http://cspconlutas.org.br/2014/03/tecnicos-universitarios-fasubra-inicia-segunda-semana-de-greve/fasubra-01/" style="border: 0px; clear: left; color: #993d3d; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; margin-top: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="" class="attachment-thumbnail" height="200" src="http://cspconlutas.org.br/wp-content/uploads/2014/03/fasubra-01-150x150.jpg" style="border: 2px solid rgb(207, 207, 207); margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" width="200" /></a><span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Fasubra Sindical (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) inicia a segunda semana de greve e lança campanha na internet para divulgar as reivindicações da entidade e denunciar os prejuízos do setor da educação devido ao descaso do poder público.</span></span></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para Gibran Jordão, coordenador geral da Fasubra, é lamentável que o governo Dilma, de uma sigla cujo histórico é sindicalista, decida acionar a AGU – Advocacia-Geral da União – para autorizar o corte de ponto dos grevistas. “O governo decide atacar os trabalhadores das universidades em vez de negociar. Parece que o governo prefere fazer negócios somente com as empreiteiras da Copa”, disse.</span></span></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A greve teve início no dia 17 de fevereiro, com a participação de 180 mil trabalhadores, parte da categoria, que deliberaram pela deflagração do movimento paredista durante uma Plenária Nacional realizada pela entidade em 8 e 9 de fevereiro, quando foi avaliado que havia condições de implementar uma greve forte.</span></span></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border: 0px; line-height: 18px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Confira abaixo os materiais divulgados na web:</span></span></div>
<div class="gallery galleryid-116088 gallery-columns-3 gallery-size-thumbnail" id="gallery-1" style="background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: auto; outline: none; padding: 0px;">
<dl class="gallery-item" style="border: 0px; float: left; margin: 10px 0px 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 728.296875px;">
<dt class="gallery-icon landscape" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"></dt>
</dl>
<dl class="gallery-item" style="border: 0px; float: left; margin: 10px 0px 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 728.296875px;">
<dt class="gallery-icon portrait" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><a href="http://cspconlutas.org.br/2014/03/tecnicos-universitarios-fasubra-inicia-segunda-semana-de-greve/fasubra-03/" style="border: 0px; color: #993d3d; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="" class="attachment-thumbnail" height="150" src="http://cspconlutas.org.br/wp-content/uploads/2014/03/fasubra-03-150x150.jpg" style="border: 2px solid rgb(207, 207, 207); margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" width="150" /></a></dt>
</dl>
<dl class="gallery-item" style="border: 0px; float: left; margin: 10px 0px 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 728.296875px;">
<dt class="gallery-icon landscape" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;"><a href="http://cspconlutas.org.br/2014/03/tecnicos-universitarios-fasubra-inicia-segunda-semana-de-greve/fasubra-02-2/" style="border: 0px; color: #993d3d; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration: none;"><img alt="" class="attachment-thumbnail" height="150" src="http://cspconlutas.org.br/wp-content/uploads/2014/03/fasubra-021-150x150.jpg" style="border: 2px solid rgb(207, 207, 207); margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" width="150" /></a></dt>
</dl>
</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-14627835440814632512014-04-02T10:53:00.000-07:002014-04-02T10:53:50.273-07:0050 anos do golpe: ato no DOI-Codi pede punição aos torturadores e desmilitarização da polícia <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeGhr6Jw4VlTxV9OukMSvV-WJ4uzfgSL7_skthgdxiZ0aAIB_reFTFjZfGBWKKae7i-5k0Dn1uF0cC8kKCOrJDFCZmscJNcUYzA0CdkOILPwFru9YdYwoas5v6dNPAUXv0yflpUdXdco26/s1600/DSC_0020.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeGhr6Jw4VlTxV9OukMSvV-WJ4uzfgSL7_skthgdxiZ0aAIB_reFTFjZfGBWKKae7i-5k0Dn1uF0cC8kKCOrJDFCZmscJNcUYzA0CdkOILPwFru9YdYwoas5v6dNPAUXv0yflpUdXdco26/s1600/DSC_0020.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), considerado um dos principais centros de repressão e tortura na ditadura militar, foi palco nesta segunda-feira, 31 de março, da lembrança de seus mortos e dos tantos que lutaram contra a ditadura brasileira. Um ato que reuniu cerca de 500 pessoas lembrou as atrocidades cometidas pelo regime militar. Momentos emocionantes tomaram conta dos presentes. Entre eles, durante a leitura de um manifesto, e voz uníssona por todos os presentes. “Hoje, 31 de março de 2014, completam-se 50 anos do golpe que implantou a ditadura militar brasileira, que atingiu violentamente nosso povo por longos 21 anos. Mais de 70 mil pessoas foram presas e perseguidas e 437 foram mortas e desaparecidas, de acordo com levantamento realizado por familiares das vítimas nas últimas quatro décadas. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse número pode chegar a milhares se considerado o extermínio de indígenas a mando dos governos militares”, começava assim o manifesto cuja leitura era encabeçada por Amelinha Teles, ex-presa política e torturada; Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva; e Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe-SP), também ex-preso político e torturado nas áreas do DOI-Codi, assim como Amelinha. Durante a leitura do texto podia-se observar vozes embargadas e muito com lágrimas escorrendo pelo rosto. Foi denunciada a tortura naquele prédio do DOI-Codi, onde estima-se que pelos menos 56 pessoas morreram, e também o financiamento de empresas para essas torturas e perseguições. “A prática de tortura e de outros crimes contra a humanidade foi generalizada e sistemática. Este prédio é a clara demonstração disso, pois era possível ouvir, do lado de fora, o grito das pessoas torturadas por horas e dias seguidos. O terrorismo de Estado, executado pela ditadura, teve o comando do alto escalão das Forças Armadas e foi financiado diretamente por muitos empresários e suas entidades, que se beneficiaram com a ditadura militar e ainda hoje estão na elite econômica do país e na estrutura do Estado.” </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O manifesto não se referiu somente ao passado, relacionando os resquícios da ditadura nas ações violentas que ocorrem hoje nas periferias e na criminalização dos que lutam. “A cultura da morte praticada pelas Polícias Militares é continuidade do que fizeram os assassinos do DOI-CODI, com a mesma falsa versão de resistência seguida de morte para ocultar o extermínio de jovens negros e pobres das periferias de nossas cidades. A banalização da violência por parte da PM é a pior herança da ditadura militar. Além disso, há as propostas de reformas legislativas conservadoras como a Lei Antiterror e a Portaria denominada “Garantia da Lei e da Ordem” que ressuscitam a legislação ditatorial e restauram a figura do “inimigo interno” contida na Lei de Segurança Nacional”, uma denúncia de como o governo federal vem tratando a repressão atualmente. Por fim, o documento, assinado por mais de 140 organizações, exigia entre outras reivindicações a identificação e punição dos torturadores, estupradores, assassinos, mandantes, financiadores e ocultadores de cadáveres, assim como a desmilitarização das Polícias e rompimento do ciclo de violência perpetuado pelas corporações. Os cartazes com imagens de vítimas do regime militar também foram marcantes durante o ato. Esses cartazes por diversos momentos foram levantados, inclusive quando foi lido os nomes dos que morreram nas dependências do DOI-Codi. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apresentações musicais e teatrais com referências à ditadura foram aplaudidas por todas. Um destaque para os grupos teatrais da periferia Cara e Coragem que aproveitou a oportunidade para homenagear o grupo teatro Popular e União Olho Vivo dirigido pelo conhecido advogado de presos políticos Idibal Piveta, que também esteve ato. Por fim, aproximadamente às 13h se encerrava o ato político, iniciado por volta das 10h. Reencontros e abraços expressavam a emoção dos muitos que lutaram contra a ditadura militar e hoje cobram que o governo transforme que o DOI-Codi seja convertido em um lugar de memória. </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-46802851383183820732014-04-02T10:51:00.000-07:002014-04-02T10:51:10.574-07:00Denúncia de trabalho escravo em obra da prefeitura será tratada em audiência SRTE/SP nesta quinta (3) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM7GqhSqbzpy5w4llvpqbekOiJF_P9pb9kDluDSK3RUQ-LqooCUMUXjarHrxrnJ-21fZZN8NAtfliIY7o9rF93nS_xS0FfIb5n3B0NLKkP1GWnujXa_qNCHGoPYJ9yODforve2f4hZBgwQ/s1600/DSC08813-470x210.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM7GqhSqbzpy5w4llvpqbekOiJF_P9pb9kDluDSK3RUQ-LqooCUMUXjarHrxrnJ-21fZZN8NAtfliIY7o9rF93nS_xS0FfIb5n3B0NLKkP1GWnujXa_qNCHGoPYJ9yODforve2f4hZBgwQ/s1600/DSC08813-470x210.jpg" height="142" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em mesa de mediação, a empreiteira da obra e o aliciador devem prestar esclarecimentos e firmar acordo com os trabalhadores Nesta quinta-feira (3), a CSP-Conlutas e os operários resgatados em situação análoga à escravidão devem comparecer na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, (SRTE/SP), para mesa de mediação com a presença da Kallas Engenharia, responsável pela obra da prefeitura, e do aliciador da empreiteira subcontratada para os serviços. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O encontro visa firmar a garantia dos direitos trabalhistas dos operários e os recursos para que possam retornar ao Piauí, além de indenização por danos morais devido ao sistema de trabalho análogo à escravidão. Este é o terceiro caso do tipo que envolve trabalhadores vindos de Barras, Piauí. Ao todo, mais de 40 pessoas foram resgatadas em tais condições. Mesa de mediação na SRTE/SP Endereço: Rua Martins Fontes, 109, 5º andar Horário: 14h Quando: quinta-feira, 3/4 Entenda o caso – No início deste ano, a CSP-Conlutas denunciou um caso de situação de trabalho análogo à escravidão em São Paulo. As seis vítimas eram de Barras, município do Piauí, e aqui sofreram atraso de pagamento, más condições de alojamento e até mesmo ameaças de morte. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 11 de março, em um período de menos de dois meses após a última denúncia, a Central descobre mais um caso. Coincidência ou não, os trabalhadores também são piauienses de Barras, e estes atuavam nas obras da Escola de Ensino Fundamental Cortegaça, localizada no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, cuja responsabilidade é da prefeitura e empreiteira contratada Kallas Engenharia. A princípio eram nove os funcionários vindos de Barras. Um deles, Paulo Ricardo Neto da Silva, de 30 anos, adoeceu e foi mandado ao Piauí pelo gato – atravessador que faz a contratação de forma fraudulenta para as empresas – da empreiteira subcontratada para a obra. O pedreiro foi despachado na rodoviária sem nenhum tipo de encaminhamento médico e sem sua carteira profissional. O outro, Francisco Gama de Lima, de 26 anos, decidiu ir embora após 15 dias de trabalho. Todos trabalham sem registro na carteira profissional, sem direitos recolhidos, e a maioria chegou a São Paulo no dia 25 de janeiro. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de um mês de contato com a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), após 1h30 de espera por atendimento dos auditores da pasta, o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas que acompanha o caso, Atnágoras Lopes, foi informado de que os fiscais não o receberiam naquele momento, embora estivesse com fotos, áudio de uma entrevista de 30 minutos feita com os trabalhadores, e um vídeo entregue por eles que mostra a precariedade do cômodo que abrigava sete dos nove funcionários. “Nós só queremos voltar ao Piauí, receber nossos direitos e poder estar em segurança. Tem um rapaz que pega carona com o gato todo dia para ir à obra. Ele mostra a pistola embaixo do banco e diz que usa a arma para resolver os problemas mais arriscados. Quando pedimos folga, ele diz ‘só vai descansar quando morrer’”, diz Antônio Francisco do Nascimento, um dos pedreiros da obra. O vídeo entregue pelos operários mostra um cômodo de menos de 4mx4m, com os alimentos estocados no chão, abaixo da pia, próximo a um banheiro improvisado. O local não possui cozinha. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia seguinte a visita na SRT, Atnágoras enviou ofício com os materiais recolhidos para a denúncia, e até a tarde desta quarta-feira (26) a superintendência não respondeu ao pedido de flagrante. Diante da omissão dos órgãos competentes, e da pressão dos trabalhadores que relataram ameaças de morte, na manhã do dia 16 a CSP-Conlutas organizou o resgate dos sete operários e deve encaminhar o caso a Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância (Decradi) para registro de Boletim de Ocorrência. Após as primeiras medidas de urgência, a denúncia deve voltar aos órgãos trabalhistas responsáveis, e uma nova conversa deve ser agendada na SRT.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-3275105828752971562014-04-02T10:45:00.002-07:002014-04-02T10:45:37.888-07:00Hõpryre Ronore Jopikti Payaré: o grande chefe do povo Akarãtikatêjê<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGG-j6Y2tn142KdD-rhelOQZZotw5j71Z_pDXiwLH_sacf4iNH9-ay6YX3qccQh6xxZNSyr82cK62hknFW-DpSdy5zg2pz2PtrqHxD3QRuEFP3l54fBPtP4ODohMyOYM4nfpYIOIQaLgQ3/s1600/Payar%C3%A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGG-j6Y2tn142KdD-rhelOQZZotw5j71Z_pDXiwLH_sacf4iNH9-ay6YX3qccQh6xxZNSyr82cK62hknFW-DpSdy5zg2pz2PtrqHxD3QRuEFP3l54fBPtP4ODohMyOYM4nfpYIOIQaLgQ3/s1600/Payar%C3%A9.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hõpryre Ronore Jopikti Payaré: o grande chefe do povo Akarãtikatêjê</span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como definir Hõpryre Ronore Jopikti Payaré, ou Edvaldo Valdenilson, através de palavras, além de dizer que este nobre filho da Mãe Terra foi um grande homem, um grande pai, um grande filho, um grande sábio, um grande guerreiro, um grande defensor dos direitos humanos e ambientais, um grande líder político e espiritual que sempre lutou pela vida e os direitos do seu povo, os Akrãtikatêjê da Montanha, e dos demais povos indígenas da Amazônia e do Brasil?</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como nos reportar a este valoroso homem que, desde cedo, aprendeu o significado do que é resistir, lutar e enfrentar poderosas ameaças e desafios, a não ser lembrando que o Seu Payaré, como era conhecido por muitos aqui nessa região, foi um sobrevivente de um grande povo na Amazônia, praticamente dizimado pelo Estado Brasileiro em um dos momentos mais perversos e genocidas da história desse país para com os povos indígenas do Brasil, a década de 70 e a famigerada e assassina política de integração e desenvolvimento econômica do Governo Militar?</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De fato não conseguimos encontrar palavras para tentar descrever a tão importante personalidade política, pois tememos que nossas palavras não deem conta de traduzir a grandeza moral, ética e espiritual de alguém tão importante e grandioso para nós. É muito doloroso tentarmos escrever um texto sobre a vida do Seu Payaré, pois isso implica descrevermos uma perversa cadeia de acontecimentos violentos históricos que nunca foram reparados, justiçados ou assegurados os direitos para este líder e todo o seu povo. Contudo a forma como esse homem lutou a vida toda, consolidando-se como uma verdadeira expressão viva de força, resistência e teimosia nas últimas décadas frente às investidas de morte do capitalismo na Amazônia.</span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resistência</span></strong></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.315170288085938px;"><br /></span></div>
</strong><span style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
O grupo Akrãtikatêjê da Montanha foi contatado e instalado no Posto de Atração da FUNAI em 1960, com uma população de aproximadamente 75 indivíduos. Com a desastrosa política de contato do Estado e a localização do aldeamento próximo à cidade de Tucuruí, o grupo sofreu um terrível processo de depopulação. De 75 indígenas apenas 10 sobreviveram, tornando-se esses, testemunhos vivos da violenta política de expansão econômica na época. Com o avanço das obras de construção da UHE Tucuruí a FUNAI “removeu” os 10 membros sobreviventes do grupo para a Terra Indígena Mãe Maria, de domínio dos Parkatêjê. </div>
</span></span></span><br />
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No entanto uma família, chefiada pelo líder Payaré, inconformada com a notícia de que o antigo e tradicional território iria ser completamente inundado pelo lago do reservatório da UHE Tucuruí, se recusou a acompanhar o restante do grupo. Permaneceram na área indígena até do final de 1983, quando, após muitas ameaças e violências sofridas, um escuso e desrespeitoso acordo financeiro com a Eletronorte obrigou forçadamente o último Akrãtikatêjê a abandonar definitivamente o seu antigo território e a se incorporar aos outros grupos Gavião, na Terra Indígena Mãe Maria, mesmo sabendo que, em um passado não muito distante, o grupo ao qual ele pertencia e o grupo Parkatêjê haviam travado algumas guerras –fato que permaneceu registrado para sempre na memória de D. Rônore , a “Mamãe Grande” do grupo e dos seus filhos. </span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-weight: bold; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<strong style="line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Luta por território</span></strong></div>
</strong><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É na Terra Indígena Mãe Maria que o grande líder Payaré, junto com a sua querida mãe, a D. Honore e seus irmãos, mesmo com todas as divergências e dificuldades, iniciam uma nova luta política e jurídica que perdura até hoje. À revisão do direito de um território para o seu grupo, embora a justiça já tenha determinado a devolução de uma área similar àquela que foi destruída pelo Estado, na ocasião da construção da UHE Tucuruí, mas que não foi efetivada até hoje pela empresa Eletronorte.</span></div>
</span><br />
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De lá pra cá, foram mais de três décadas de luta, de resistência, de enfrentamento de um homem só, com sua mãe, contra todo um sistema opressor para ter o direito de ser ouvido e de denunciar o que todo o seu povo sofreu e perdeu com as políticas governamentais do Estado brasileiro de um tempo escuro, sombrio e sem perspectiva de futuro para os povos indígenas do Brasil.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seu Payaré, nesse período histórico de luta, precisou se articular, se organizar e ir em busca de aliados e parceiros para denunciar as violações de direitos humanos sofridas pelo seu povo, exigindo respeito, direitos e justiça. É nessa ocasião que ele também conheceu os indigenistas do ISA, do CIMI, da Comissão Pró Índio de São Paulo, da CPT, educadores populares da região, líderes sindicais, juristas como Frederico Marés e, tantas outras pessoas que puderam ajudá-lo a mover ações judiciais contra a Eletronorte e o Estado brasileiro, que até hoje não resultaram em nada. </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo dessa batalha ele precisou também deixar sua família e seu povo por algum tempo e em vários momentos, para numa peregrinação sem fim, no Brasil e mundo a fora, denunciar o governo brasileiro sobre essas violações. Nesse percurso chegou a ir até a OEA e ONU com o objetivo de mostrar ao mundo a forma violenta com que o país tratava os povos indígenas. Sempre retornava convicto de que era preciso apoiar e ajudar ainda mais o seu povo Gavião, agora visto como um povo só, a se preparar e se unir ainda mais para enfrentar as ameaças perversas dos grandes projetos que assolavam os territórios indígenas na região.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Grandes projetos</span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Várias iniciativas foram pensadas, organizadas e articuladas por essa liderança indígena para garantir os direitos dos Gavião e de outros povos indígenas frente as obras do Programa Grande Carajás. Seu Payaré, também conhecido como Edvaldo Valdenilson, seu nome de batismo, não foi só um defensor da causa indígena, foi também um grande defensor dos direitos humanos, da natureza, tão violados e violentados pelos interesses nefastos do grande capital na Amazônia ao longo desses anos.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Junto com a sua família permaneceu na Aldeia Mãe Maria até o ano de 2009, quando resolveu se separar do grupo e construir sua própria aldeia, na região norte da Terra Indígena, visto por ele como um espaço onde finalmente poderia realizar um grande sonho, que era de reorganizar o seu grupo, os Akrãtikatêjê da Montanha, enquanto um povo distinto, falando sua língua materna, observando seus usos e costumes tradicionais próprios. Na nova aldeia pode lutar com mais força, contra a empresa Vale, para terem o direito de serem assistidos pelos programas da empresa, como as etnias Gavião que outrora vivem no mesmo território Mãe Maria.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Incansável, o Seu Payaré questionava e denunciava firme e duramente a forma como esta empresa comprometeu a soberania política dos grupos Gavião, através dessa “assistência”, fragilizando as relações sociopolíticas e culturais do grupo, favorecendo uma série de divisões internas que fragmentou a unidade política das comunidades, bem como ocasionou uma série de impactos socioambientais, econômicos e culturais irreversíveis para a vida dos grupos Gavião, que compromete os seus projetos de vida e de futuro. </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Atualmente na luta contra os grandes projetos, ele sempre se posicionou contrário à duplicação da Ferrovia Carajás e a nova ameaça da construção de outra hidrelétrica que atingiria novamente o seu povo, a UHE Marabá, exigindo que cada grupo Gavião pudesse ter o direito de ser consultado de forma livre, prévia e informada, conforme a Convenção 169 da OIT, a Declaração Mundial dos Povos Indígenas da ONU e a própria Constituição Federal do Brasil, que aprendeu desde cedo a estudá-las, observá-las e a defendê-las como instrumentos políticos de garantia de direitos humanos e transformação de estruturas injustas de poder. Sempre manifestou, também, solidariedade e apoio incondicional à luta de outros povos indígenas na Amazônia e no Brasil pela conquista e respeito aos seus direitos. </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seu Payaré, indiscutivelmente foi um facilitador do Reino de Deus, do Bem Viver, da Terra Sem Males e de um outro mundo, melhor e possível para seu povo e para todos aqueles que conheceram a incomensurável nobreza de um espírito tão nobre e guerreiro. Por isso a perda de uma personalidade tão importante, que nunca chegou a vivenciar e sentir a alegria de ver o sonho se realizar, que era de usufruir o outro território que seu povo sempre teve direito e que até hoje é negado, é algo que incomoda, que revolta e que nos enche de indignação.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É por isso que no dia 30 de março de 2014, às nove horas da manhã, D. Honore, mergulhada em uma profunda dor -que remonta a uma vida inteira de sofrimento, de luta, de perdas, juntamente com seus netos e família, bem como demais parentes Gavião e outros amigos - não apenas sepultou Seu Payaré naquela cova simples, no alto de uma pequena serra próxima à Aldeia Akrãti, onde reside o grupo, mas ela o devolvia para a Mãe Terra um dos seus mais nobres e valentes filhos que até o seu último momento soube viver sua vida com honra, ética e um amor profundo para com o seu povo, a natureza e a pessoa humana. </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela sabia que assim o seu querido e primogênito filho voltaria através da terra e da natureza que sempre amou, para os seus antepassados, a fim de que este continue amparando e ajudando o seu povo a continuar forte, firme e unido na luta por justiça contra violências que não podemos esquecer, e que serve de exemplo de resistência e luta para outros povos indígenas que vivem a mesma situação hoje na Amazônia. Nesses dias, em que o grande líder indígena partiu daqui para outras terras, observamos que não tem parado de chover. Para nós, que acreditamos no Deus da Vida, este é um sinal de que a vida continua, se renova e de que a morte do Seu Payaré não foi e não será em vão. </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seus legados de justiça, de amor, de resistência, de luta, fé, solidariedade, fraternidade, comunhão pela vida e pelos direitos dos povos originários, tão ameaçados hoje em dia pela ganância do capital devem pulsar dentro de cada um dos seus descendentes e jamais ser esquecido pelos corações daqueles que o conheceram. Seu Payaré vive em todos os nossos sonhos de libertação, de justiça e de amor.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Marabá, Pará, 31 de março de 2014.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conselho Indigenista Missionário; Comissão Pastoral da Terra; Diocese de Marabá; Pastorais Sociais Ampliadas; Observatório Socioambiental do Sudeste Paraense; Justiça nos Trilhos; Sociedade Paraense de Direitos Humanos; Movimento dos Atingidos por Barragem; Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará; Instituto Federal do Pará -Campus Marabá; Universidade do Estado do Pará -Campus Marabá; Nova Cartografia Social da Amazônia; Fórum da Amazônia Oriental; Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular; Movimento Debate e Ação; Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará; Faculdade de Educação do Campo – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-79141194661854975212014-04-02T10:42:00.000-07:002014-04-02T10:42:55.363-07:00Leis antiterrorismo preocupam movimentos sociais<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLwusEcXvhZCoOA6uZMS9N70I9qdEFBuOlqfi-_5O5wLae4UIMAT6n8_hI1o_e-bWxRtuGAUVD8-46Ddd8cf-P1mTeRH_hABGZKrAHpypwty-Ozcmuo5OhmdCpqvnxSKSMvicc9vw4d0Wb/s1600/congresso-nacional-lei-antiterrorismo-2.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLwusEcXvhZCoOA6uZMS9N70I9qdEFBuOlqfi-_5O5wLae4UIMAT6n8_hI1o_e-bWxRtuGAUVD8-46Ddd8cf-P1mTeRH_hABGZKrAHpypwty-Ozcmuo5OhmdCpqvnxSKSMvicc9vw4d0Wb/s1600/congresso-nacional-lei-antiterrorismo-2.gif" height="201" width="320" /></a></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<em style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Bruno Fonseca</span></em></div>
<em style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<em>Da Apública</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.315170288085938px;"><br /></span></div>
</span></em><br />
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passada a aprovação do Marco Civil da Internet na Câmara dos Deputados, na última terça-feira (25), o foco agora se volta para a casa vizinha. O Senado, além de ser o atual responsável por conduzir o texto de regulamentação da internet, pode, a qualquer momento, nas próximas semanas, avançar com a tramitação das leis antiterrorismo – como foram apelidadas – e que estão estagnadas desde o final de fevereiro.</span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A tentativa de tipificar o terrorismo na legislação brasileira é atualmente encabeçada por três projetos de lei diferentes.</span></div>
</span><br />
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Projeto de Lei do Senado (PLS) 728, de 2011, é o pioneiro e, provavelmente, o menos promissor dos três. Apresentado pelos senadores Marcelo Crivella (PRB RJ), provável candidato ao governo do Rio, Ana Amélia (PP RS), futura candidata ao governo gaúcho; e Walter Pinheiro (PT BA), o texto pretendia tipificar o terrorismo antes mesmo da realização da Copa das Confederações 2013 e cita explicitamente a Copa 2014 como justificativa, argumentando que é preciso que “honremos os compromissos assumidos na subscrição dos Cadernos de Encargos perante a FIFA”.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O PL 728 foi enviado à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) no final de fevereiro e, somente no dia 24 de março, foi designado à relatora Gleisi Hoffmann (PT PR). Caso aprovado na CCJ, não precisa ir a Plenário e segue diretamente para a Câmara dos Deputados (decisão terminativa).</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entretanto, nas quatro comissões em que tramitou, o PL 728 recebeu pareceres desfavoráveis de três – apenas a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) o aprovou. Prevê penas de 15 a 30 anos para quem “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo” (em caso de morte, a pena aumenta para 24 a 30 anos).</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pena aumenta um terço se praticado em estádios de futebol no dia de jogos da Copa. O PL ainda define penas para terrorismo contra coisa (8 a 20 anos), ataque a delegações (2 a 5 anos), violação de sistemas de informática (1 a 4 anos), falsificação (2 a 6 anos) e revenda ilegal de ingressos (6 meses a 2 anos) e falsificação de credencial (1 a 5 anos), dentre outros.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A condenação mínima do PL 728 é cinco vezes a prevista pela Lei 7.170/83, a quarta e última Lei de Segurança Nacional da Ditadura Brasileira, ainda em vigor, que prevê 3 a 10 anos de reclusão para quem “praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo”. Foi esta a Lei aplicada no enquadramento de Humberto Caporalli, 24 anos, e Luana Bernardo Lopes, 20, durante o protesto em 7 de outubro do ano passado, no Centro de São Paulo. Na época, os dois jovens foram acusados de participar do quebra-quebra de uma viatura policial, detidos na delegacia e encaminhados a Centros de Detenção Provisória no estado (leia o depoimento de Humberto aqui). A acusação dos jovens sob a legislação do período ditatorial chegou a ser criticada pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="Imagem-PL-707-2011" src="http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2014/03/Imagem-PL-728-2011.jpg" style="border: none;" /></span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Terrorismo no "novo código penal"</span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Duas semanas após o PL 728 ter sido proposto, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do partido no Senado, apresentou uma proposta bastante similar, o PLS 762/11.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A definição de terrorismo e a pena são exatamente as mesmas do PL 728, com pequenas modificações nos critérios que levam ao aumento da condenação: o PL 762, por exemplo, define que a pena aumenta de um terço se o terrorismo é praticado “em locais de grande aglomeração de pessoas”.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O PL 762 também prevê condenação ao terrorismo contra coisa e traz penas para incitação ao terrorismo (3 a 8 anos), grupo terrorista e financiamento ao terrorismo (5 a 15 anos).</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="Imagem-PL-707-2011" src="http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2014/03/Imagem-PL-762-2011.jpg" style="border: none;" /> </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O futuro do PL 762 é duvidoso. O projeto esteve próximo a ser votado na CCJ, ao final de 2012, após receber relatório favorável do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Entretanto, o próprio senador Aloysio Nunes retirou o PL da Pauta atendendo a um ofício da Presidência do Senado para que o texto tramitasse em conjunto ao PL 707/11, do senador Blairo Maggi (PR MT).</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O texto de Maggi, por sua vez, apesar de ter sido publicado em novembro de 2011 não havia avançado na tramitação nem conseguido relatórios favoráveis, como obteve o PL 762 de Aloysio. Além disso, a definição de terrorismo do texto de Maggi é distinta:</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="Imagem-PL-707-2011" src="http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2014/03/Imagem-PL-707-2011.jpg" style="border: none;" /> </span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim, ambos os projetos foram anexados ao PL 236/12, da reforma do Código Penal Brasileiro, que tramita com mais de 140 projetos apensados – tornando ainda mais complexo o futuro da lei antiterrorismo. Agora, é preciso que o Senado vote a reforma do Código Penal para que o PL 762 seja aprovado.</span></div>
</span><br />
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A lei antiterror</span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após o PL 762 ser apensado à reforma do Código Penal, o mesmo senador Aloysio Nunes participou do PL 499, talvez o mais conhecido dos projetos antiterrorismo. Proposto por uma comissão mista de 14 senadores e deputados presididos pelo senador Romero Jucá (PMDB RR) e o deputado Cândido Vaccarezza (PT SP), o projeto foi publicado em novembro de 2013.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O texto tem pontos bastantes similares ao 762 e ao 728, define terrorismo como “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa”, e mantém a mesma pena de 15 a 30 anos de reclusão. O projeto também prevê condenação ao terrorismo contra coisa, incitação, formação de grupo terrorista e financiamento.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="Imagem-PL-707-2011" src="http://www.apublica.org/wp-content/uploads/2014/03/Imagem-PL-499-2013.jpg" style="border: none;" /> </span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A diferença é que, por ser proposto por uma comissão mista, o PL 499, inicialmente, não precisaria passar à CCJ e seria avaliado – e votado – pela própria comissão que o propôs no Senado e na Câmara.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contudo, em fevereiro de 2014, o senador Paulo Paim (PT RS) entrou com requerimento para que o texto fosse enviado à Comissão de Direitos Humanos. “Eu apresentei a pedido de comissões de direitos humanos do Brasil e a nível internacional. Me apresentaram que essa lei, da forma que está, irá criminalizar os movimentos sociais”, explica o senador à Pública.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paim confirmou que o requerimento foi uma estratégia para que a matéria não fosse votada prontamente. “Da forma genérica como está escrito, abre espaço para você inibir que haja manifestações como as jornadas de junho que aconteceram no país. Não terá o nosso apoio. Eu acho que não há necessidade ter uma lei antiterrorismo no Brasil. É um trabalho desgastante, desnecessário e que não corresponde à realidade da jovem democracia brasileira”, completa.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O deputado Cândido Vaccarezza discorda: para ele, é necessário que o Brasil tenha uma lei antiterrorismo. “Há 25 anos, quando foi elaborada, a Constituição disse o seguinte: é preciso ter uma legislação específica do crime de terrorismo que será regulamentada em Lei Federal – isso nunca foi discutido ao longo desses anos”, disse à reportagem. O deputado explicou que o PL 499 se insere em um conjunto de mais de 100 assuntos que estão sendo avaliados pela Comissão Mista da Consolidação da Legislação Federal e regulamentação de dispositivos da Constituição Federal, criada em 2013 pelo Senado e Câmara.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando questionado se a legislação poderia criminalizar movimentos sociais, Vaccarezza responde: “isso é uma crítica de quem não entende do assunto. Não existe hipótese em um projeto desse de criminalizar movimentos sociais. Não cabe na lei”, assegura.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vaccarezza afirma que o PL 499 não tem nenhuma relação com as manifestações de rua ou black blocs. “Nada disso. Tem relação com o seguinte: vai ter Copa, teve a vinda do Papa, o Brasil cada vez mais vai receber eventos internacionais, vem o Elton John na Bahia… Se um grupo terrorista quiser matar metade da delegação americana, vai ser julgado no Brasil pelo Código Penal, não tem um código específico para punição de crime terrorista”, argumenta.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Pública tentou contato durante semanas com o senador Aloysio Nunes, sem sucesso.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda em fevereiro, os senadores Eduardo Braga, Randolfe Rodrigues e Eduardo Suplicy entraram com requerimentos para quem o PL 499 passasse também pela CCJ e Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora, os requerimentos precisam ser aprovados ou rejeitados antes que o PL 499 possa avançar, votação que pode ser realizada de forma simbólica sem que isto precise ser incluído na ordem do dia.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vaccarezza afirmou que a Câmara dos Deputados têm condições de votar rapidamente a proposta assim que liberada do Senado, mas disse não estar articulando a aprovação do PL junto à presidente.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há ainda a possibilidade que o senador Eunício Oliveira (PMDB CE), que conta com apoio do presidente do Senado Renan Calheiros, elabore uma nova proposta de tipificação do terrorismo, ainda sem prazo. A Pública tentou contato com o senador, mas não obteve resposta até o fechamento.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contra o terrorismo vs anti-antiterror</span></strong></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O deputado não está sozinho na defesa da necessidade urgente de uma tipificação na legislação brasileira, tendo como justificativa a Copa do Mundo e mesmo o crescimento econômico e político do Brasil no cenário internacional, apesar do risco que podem representar, como destacou o senador Paim.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Nenhum país do mundo está imune a essa ameaça. Precisamos estar preparados para que, se ocorre uma atentado de qualquer tipo, tenhamos condições de punir os responsáveis com o rigor que esse tipo de ameaça representa”, argumenta Leandro Piquet Carneiro, professor do Instituto de Relações Internacionais de Universidade de São Paulo (USP).</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Carneiro não acredita que seria possível enquadrar um ato eventual de uma manifestação como ato de terrorismo com base nas propostas de lei antiterror. “Fica claro que atos como os que os black blocs organizam são um ato de violência política – que deveriam ser assunto do legislativo – mas não terrorismo. Não vejo aonde essas coisas poderiam ser confundidas. Quem não gosta da legislação antiterror criou essa falsa confusão, uma coisa é voltada para proteger Estado e sociedade de um tipo de ameaça muito específica, que é absurdamente necessária, versus uma onda de violência política praticada por organizações novas que não são terroristas. São conversas paralelas”, diz.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem acreditar no argumento de que a legislação anti-terrorismo não seria aplicada contra as manifestações e movimentos sociais, o Comitê Popular da Copa de São Paulo e o Comitê Pela Desmilitarização da Polícia e da Política realizam hoje um debate crítico às propostas antiterror.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A pergunta que nós, dos Comitês Populares da Copa, e os movimentos populares tem feito é: como você vai separar o joio do trigo se o projeto é absolutamente genérico? A legislação não pode ser uma previsão genérica que busque abarcar todos os casos. Quando o Projeto de Lei coloca uma tipificação tão genérica e aberta, é impossível para nós termos a ilusão [de] que não há a intenção do Estado de criminalizar os movimentos populares – e isso não apenas pela legislação do terrorismo, mas por conta de outras iniciativas que temos observado, como o Decreto de Lei e Ordem, que diz, com todas as letras, que movimentos sociais são forças oponentes do Estado “, diz Juliana Machado, membro do Comitê Popular da Copa de São Paulo e da articulação nacional.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A militante se refere a uma portaria publicada em dezembro de 2013 pelo Ministério da Defesa que estabelece o uso das Forças Armadas para a garantia da Lei e da Ordem. O texto define como forças oponentes ” São segmentos autônomos ou infiltrados em movimentos sociais, entidades, instituições, e/ou organizações não governamentais que poderão comprometer a ordem pública ou até mesmo a ordem interna do País, utilizando procedimentos ilegais”. Após receber críticas, o ministro da Defesa, Celso Amorim, determinou ‘ajustes pontuais’ no conjunto de regras.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Nós sabemos que mudar as palavras não muda as intenções. Para nós é bastante complicado perceber que existe toda uma constelação de iniciativas nesse sentido e não vamos nos iludir que esse PL específico (PL 499) não vai nos atingir”, completa Juliana.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Tipificar o crime de terrorismo foi percebido pela sociedade como um retrocesso democrático muito grande, especialmente agora que estamos rememorando os 50 anos da Ditadura Militar. A imagem de ‘procura-se terroristas’ com a fotografia de militantes políticos fizeram parte da nossa história é muito marcada na nossa sociedade. Foi essa a imagem que chegou à memória das pessoas de forma muito clara com essa iniciativa”, diz Gabriel Elias, cientista político e membro do Comitê Pela Desmilitarização da Polícia e da Política.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gabriel, entretanto, sinaliza que lhe preocupa ainda mais a aprovação de um projeto vindo do Executivo que limite o direito de manifestação. Ele faz referência ao texto, ainda mantido em segredo, que circula entre a presidente, a Casa Civil e o Ministério da Justiça e que deve trazer limitações ao uso de máscaras e aumentar a pena por danos ao patrimônio público em manifestações. A Pública conversou com a assessoria da Casa Civil que afirmou não ter previsão para que a proposta seja enviada ao Congresso e tampouco confirmou o teor do texto.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Eu acredito que é uma ameaça muito maior que o governo tome a iniciativa de aumentar a carga de criminalização de movimentos sociais [do] que um parlamentar que tipifique o terrorismo. Hoje eu acho muito difícil que seja aprovada uma lei de terrorismo. Já o próprio ato do governo federal enviar um projeto desse tipo já passa uma mensagem muito grave. E segundo que, com o governo federal enviando essa lei a probabilidade de se aprovar uma lei é muito maior”, completa Elias.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Comitê Pela Desmilitarização da Polícia e da Política irá lançar em breve uma campanha nacional junto a políticos e artistas no site Avaaz pela desmilitarização e contra legislações que cerceiem o direito à manifestação.</span></span></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O debate sobre as leis antiterror acontece nesta quinta-feira (27), às 19h no Espaço Latino Americano, à rua da Abolição 244, no Bexiga. Ele será transmitido via streaming pela Mídia Negra.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-59667044870384060212014-04-02T10:36:00.001-07:002014-04-02T10:37:59.800-07:00INB: a vida no entorno da mina de urânio <iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/69KhzmY-DY0" width="480"></iframe><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Está no ar o curta "INB: a vida no entorno da mina de urânio" (com legendas em alemão). O documentário, produzido pela CPT Bahia, mostra um pouco da tragédia humana no sertão baiano onde os moradores temem pelo seu futuro. Para assistir, <a href="http://www.cptnacional.org.br/index.php/component/hwdvideoshare/viewvideo/69/mineracao/inb-a-vida-no-entorno-da-mina-de-uranio?Itemid=91" style="margin: 0px; padding: 0px;">clique aqui</a>.</span></span></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A única mina de urânio da América Latina encontra-se no Nordeste brasileiro, no estado da Bahia. Em Caetité são retirados anualmente 400 toneladas de concentrado de urânio pelo INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e transformado em “yellow cake”. Em seguida a produção segue para o Canadá e Europa onde o material é enriquecido e volta para ser utilizado nas usinas em Angra – Rio de Janeiro. Os moradores do entorno da mina de urânio nunca foram consultados ou informados pelos órgãos responsáveis. Recebem constantemente a poeira tóxica das implosões para a obtenção do urânio, além de terem suas casas rachadas pelo impacto dessas explosões.</span></span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-46939252521016947102014-04-02T10:33:00.000-07:002014-04-02T10:33:24.566-07:00NESTE 28 DE ABRIL VAMOS LEMBRAR DOS ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO PARA QUE POSSAMOS ATUAR NA PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO DOS TRABALHADORES CONTRA ESTE GENOCÍDIO QUE MATA E LESIONA A NOSSA CLASSE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAzwAcLINBi7UWh0GAdA8cHGaeMDjBoAjJ_Ngt_S9ZTmYG_C0DYdr6BuTewAO1DHKLnOpL880CbHcNJOWJJp7bbMxlPEqgZnFpqvAskIv02LF0iFXjPunkRqkeWKk67Nh-XUBbuGhmfbxL/s1600/1978808_728018150562706_869943318_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAzwAcLINBi7UWh0GAdA8cHGaeMDjBoAjJ_Ngt_S9ZTmYG_C0DYdr6BuTewAO1DHKLnOpL880CbHcNJOWJJp7bbMxlPEqgZnFpqvAskIv02LF0iFXjPunkRqkeWKk67Nh-XUBbuGhmfbxL/s1600/1978808_728018150562706_869943318_n.jpg" height="70" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">*Por Joaquim Aristeu Benedito da Silva</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
28 de abril é dia mundial em memória às víti<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">mas de acidentes e doenças do trabalho. É uma data que deve ser marcada pela luta por justiça e em defesa dos direitos e da saúde do trabalhador.</span></div>
</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
É dia de lembrar dos trabalhadores que perderam suas vidas por conta do trabalho e da exploração capitalista. Em suma, é dia de lembrar para não esquecer, para que lutemos contra situações que ocorrem no interior das empresas, onde prevalece a lógica de que o lucro vale mais que a vida.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
O 28 de abril surgiu no Canadá. A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra este dia à reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgados em 2013, 2 milhões de pessoas morrem por ano por conta de doenças ocupacionais no mundo. Já o número de acidentes de trabalho fatais ao ano chegam a 321 mil. Neste panorama, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de uma doença relacionada ao trabalho.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Os dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) colocam o Brasil como quarto colocado no ranking mundial de acidentes fatais de trabalho. São números que representam uma verdadeira guerra contra os trabalhadores, fruto da ganância dos patrões e do descaso dos governos.</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
No Brasil, são quase 4 mil mortes anualmente em decorrência de acidentes de trabalho.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Esses são números de guerra. De uma guerra contra os trabalhadores, fruto da ganância dos patrões e do descaso dos governos capitalistas.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Um dever que deveria ser cumprido pelos patrões e governo é desrespeitado</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
A legislação de saúde do trabalhador aplicável e vigente no Brasil</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Hodiernamente, em nosso ordenamento jurídico, a segurança, higiene e medicina do trabalho, foi alçada a matéria de direito constitucional, sendo direito social indisponível dos trabalhadores, ou melhor, direito público subjetivo dos trabalhadores, exercerem suas funções em ambiente de trabalho seguro e sadio, cabendo ao empregador tomar as medidas necessárias no sentido de reduzir os riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (inciso XXII do art. 7º).</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
O direito à saúde, ao trabalho, à segurança e à previdência social está previsto no art. 6º da Constituição da República. Os arts. 196 a 200 da Carta Constitucional dispõem que a Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantir e promover a efetividade desse direito, mediante políticas, ações e serviços públicos de saúde, organizados em um sistema único, que podem ser complementados por outros serviços de assistência à saúde prestados por instituições privadas. Tais ações e serviços são de relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Hoje o abandono por parte do governo em relação a fiscalizações e o não cumprimento das normas de segurança e saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, e o aprofundamento da restruturação produtiva, junto com o assédio moral que se tornou pratica em muitas das empresas em nosso pais a tendência deste exercito de lesionados por acidentes e doenças do trabalho é se manter e milhares de mortes da nossa classe continuar ocorrendo impunemente.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
BASTA DE MORTES ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Todos os anos os números de acidentes e doenças crescem e fazem novas vítimas. É preciso lutar contra esse quadro, que é fruto da exploração a que os trabalhadores são submetidos e pela omissão do governo federal.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Só nas obras da Copa do Mundo já houveram 9 morte por acidentes do trabalho, outras centenas adquiriram doenças do trabalho ou ficaram mutilados devido a ganancias dos patrões das empreiteiras e o descuido dos nossos governantes.</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Só a organização e mobilização dos trabalhadores podem enfrentar esta realidade. Basta de mortes e acidentes! Lutar por saúde e segurança no trabalho, em defesa dos direitos e contra a exploração.</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Neste sentido o setorial de saúde e segurança dos trabalhadores da CSP CONLUTAS aprovou em sua ultima coordenação Nacional ocorrido no dia 21 de março em SÃO PAULO que na semana que antecede de 21 a 28 de abril deste ano quando se lembra em todo mundo das vitimas em acidentes e doenças do trabalho vamos realizar em todo pais uma semana de combate aos acidentes e doenças do trabalho.</div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Vamos realizar audiências publicas e palestras sobre o tema, realizaremos assembleias e atos nas portas das empresas e no serviço publico e no dia 28 de abril vamos transformar esta data como um dia nacional de mobilização e combate aos acidentes e doenças do trabalho, com paralisações de fabricas, ocupações das sedes do Ministério do trabalho, DRT e sedes do INSS.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
VAMOS TAMBÉM REALIZAR MANIFESTAÇÕES NOS ESTÁDIOS ONDE OCORRERAM OS ACIDENTES FATAL MATANDO 9 TRABALHADORES E MUTILANDO OUTROS TANTOS DEVIDO AS OBRAS DA COPA DO MUNDO.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><span style="line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
INFORME O SETORIAL DE SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA CSP CONLUTAS DAS ATIVIDADES EM SUA CATEGORIA E EM SEU ESTADO.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
COORDENAÇÃO DO SETORIAL DE SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS NACIONAL DA CSP CONLUTAS.</div>
</span></span></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-56780967668147325532014-03-26T10:49:00.001-07:002014-03-26T10:49:15.202-07:00Tortura: o requinte da crueldade humana<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<a href="http://www.correiocidadania.com.br/images/stories/fotos_artigos/260314_refagraria1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="alt" border="0" src="http://www.correiocidadania.com.br/images/stories/fotos_artigos/260314_refagraria1.jpg" style="margin-top: 0px; padding: 0px;" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: #cc0000;">Por Frei Marcos Sassatelli</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dia primeiro de abril de 1964 é uma data que não pode ser esquecida. Passaram-se 50 anos do golpe civil-militar, que deu início no Brasil a um longo período de ditadura, terminado somente em 15 de março de 1985. Fazemos a memória, ou seja, tornamos presente esta data para que os horrores praticados durante a ditadura nunca mais aconteçam na história do Brasil.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 15 do mês corrente, participei – no Auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa de Goiás – da Audiência Pública sobre a luta camponesa de Trombas e Formoso, no norte de Goiás, realizada conjuntamente pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia do Estado de Goiás (CDH-ALEGO), pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) e pela Associação dos Anistiados Políticos de Goiás (ANIGO), com o apoio do Comitê Goiano da Verdade, uma organização da sociedade civil.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fizeram parte da mesa Maria Rita Kehl (integrante da CNV, que coordena o grupo de trabalho "Graves violações de Direitos Humanos no campo ou contra indígenas"), o deputado Mauro Rubem (presidente da CDH-ALEGO), Marcantônio Dela Côrte (presidente da ANIGO) e Dirce Machado da Silva (representante da Associação de Lavradores de Trombas e Formoso).</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi uma audiência que resgatou a biografia do líder camponês José Porfírio de Souza (ou Zé Profiro, como era chamado pelos posseiros) e nos emocionou a todos e todas. Dirigentes de entidades civis, que conviveram com Porfírio, e seus descendentes, nos contaram a história da luta camponesa de Trombas e Formoso, exigindo do governo a localização dos restos mortais de José Porfírio.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa luta começou em 1950. De um lado, estavam camponeses sem terra, apoiados por estudantes, operários e militantes de grupos de esquerda. Do outro, grileiros, apoiados por jagunços e forças policiais.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">José Porfírio liderou um movimento camponês de resistência e luta pela reforma agrária, que, após dez anos de conflitos, conseguiu a vitória, conquistando terras devolutas, que os grileiros queriam tomar dos posseiros. Em 1962 – após a vitória dos camponeses –, Porfírio elegeu-se deputado estadual, o primeiro do país de origem camponesa.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o golpe civil-militar de 64, os camponeses da região foram perseguidos e torturados. No início dos anos 70, a repressão foi brutal. Porfírio mergulhou na clandestinidade e passou a organizar focos de combate à ditadura. Foi literalmente caçado pelos órgãos de repressão do regime autoritário civil-militar. Foi preso em 1972 no Maranhão – onde tentava articular um movimento de resistência – durante a Operação Mesopotâmia, organizada pelo Exército, que queria eliminá-lo. Foi levado para o Pelotão de Investigações Criminais (PIC) do Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde permaneceu preso até 7 de julho de 1973. Foi torturado e – no dia que foi libertado – deixado na rodoviária da capital federal por sua advogada. Desde então, José Porfírio está desaparecido.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na época, foram realizadas, no norte de Goiás, inúmeras prisões. Entre elas, a de Durvalino, de 17 anos, filho de José Porfírio, que foi barbaramente torturado e, depois, internado, com transtornos mentais, num hospital psiquiátrico de Goiânia, onde desapareceu.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Audiência Pública começou com a exibição de trechos do documentário <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Cadê Profiro?,</em> do cineasta Hélio Brito. Durante a Audiência, a ex-militante comunista Dirce Machado da Silva, presidente da Associação dos Lavradores de Trombas e Formoso, enviada à região em 1954 pelo PCB para dar orientação política ao líder dos posseiros, afirmou: “José Porfírio foi um líder rural autêntico”. O presidente da ANIGO, Marcoantônio Dela Côrte, disse: “os militares tinham muito medo do Porfírio”.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cláudio Maia, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), lembrou que o Estado, diante do conflito agrário, agiu sempre em defesa do latifúndio e da exploração. Trombas foi um encontro de experiências. Mesmo tendo a presença de um partido de esquerda, o mais importante neste encontro eram os militantes, pessoas que acreditavam “no modelo camponês de fazer as coisas”.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Trombas – afirmou o professor – ficou na memória do estado de Goiás como um movimento vitorioso. E a figura de Porfírio se tornou muito conhecida no estado. Ele espelhava não só sua individualidade, como também a sua luta e a luta de cada posseiro. Porfírio mantinha a característica de uma liderança consolidada. Esta áurea da vitória de Trombas atravessou 1964”.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No final da audiência, Sebastião de Abreu, jornalista e militante da luta de Trombas e Formoso, declarou: "não vamos parar de lutar. Queremos que os militares devolvam os restos mortais de José Porfírio".</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O que mais me impressionou e me chocou na Audiência Pública foram os relatos de torturas de Dirce Machado da Silva. O requinte de crueldade das torturas do tempo da ditadura civil-militar chega a ser tão sofisticado, diabólico e repugnante que é assustador. Não dá para acreditar que um ser humano seja capaz de usar sua inteligência para ser tão mau. É realmente uma barbárie!</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fala-se de dez tipos de torturas (com todas as variantes possíveis e imagináveis) praticadas nos “porões da humanidade” da ditadura: cadeira do dragão, pau-de-arara, choques elétricos, espancamentos, cama cirúrgica, afogamentos, soro da verdade, geladeira, arrastamento pela viatura, coroa de Cristo ou capacete. Que mancha indelével! Que vergonha para o Brasil!</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para qualquer pessoa, que tem um mínimo de sensibilidade humana e de senso ético, falar de torturas – seja por motivos políticos ou outros – dá vômito. Além disso, a prática da tortura denota um atraso cultural inconcebível e inadmissível no mundo de hoje. Ditadura, nunca mais! Tortura, nunca mais!</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para os torturadores de ontem e de hoje – que na realidade são verdadeiros monstros humanos – vale a advertência do profeta Isaías: “vocês estão com as mãos sujas de sangue, estão com os dedos manchados de crimes, seus lábios só falam mentira e suas línguas susurram maldade” (Is 59, 3).</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que a memória das torturas da ditadura civil-militar nos coloque, a todos e todas, num estado de silenciosa e profunda meditação sobre o sentido da vida humana e nos leve a um compromisso radical na defesa e promoção dos direitos humanos.</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que a justiça seja feita e que todos os torturadores sejam processados, julgados e punidos!</span></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: center;">
</div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: #cc0000; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foto: Comissão Nacional da Verdade</span></strong></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: center;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img alt="alt" src="http://www.correiocidadania.com.br/images/stories/fotos_artigos/260314_refagraria2.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px;" /></span></span></div>
<div style="padding: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; line-height: 16.416000366210938px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="line-height: 16.416000366210938px; margin: 0px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Audiência Pública sobre a Luta Camponesa de Trombas e Formoso; no detalhe, acima, José Porfírio.</strong></div>
</strong><span style="font-weight: bold; line-height: 16.416000366210938px; margin: 0px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span></span></span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, é doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP); é professor aposentado de Filosofia da UFG</span></span><span style="background-color: white; color: #454545; font-family: 'Trebuchet MS', 'Geneva CY', Verdana; font-size: 12px;">.</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-71954554126368936352014-03-26T10:46:00.000-07:002014-03-26T10:46:41.426-07:0050 anos do Golpe: TV Brasil estreia duas séries inéditas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwE-va3KORP5PPJ151nRyFQSb_g_EtmK1HGqH-K3EMb-WkbJi-429X269WMpxI-KJZJ-JswQzS3X3CoxPFtnD60l_KWYqoTwQjbsazAheUxEAC5JUVJZd1UEuCRIRVg2mTSn_gErQ__sf4/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwE-va3KORP5PPJ151nRyFQSb_g_EtmK1HGqH-K3EMb-WkbJi-429X269WMpxI-KJZJ-JswQzS3X3CoxPFtnD60l_KWYqoTwQjbsazAheUxEAC5JUVJZd1UEuCRIRVg2mTSn_gErQ__sf4/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há 50 anos, entre o dia 31 de março e 1º de abril de 1964, deflagrou-se o golpe militar para destituir o presidente João Goulart do poder. Censura, cerceamento à liberdade de expressão e perseguições políticas fizeram parte da história recente do país. Para lembrar este período, a<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">TV Brasil</strong> montou uma programação especial com filmes, documentários, programas de entrevistas, jornalísticos e documentários. No dia 24 de março, próxima segunda-feira, a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">TV Brasil </strong>exibe duas séries inéditas, produzidas especialmente para a emissora: <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Resistir É Preciso </em>e<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados contra Ditadura</em>.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<h4 style="line-height: 16.416000366210938px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resistir é preciso</span></h4>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com apoio do Instituto Vladimir Herzog, a série<em style="margin: 0px; padding: 0px;"> Resistir É Preciso</em> possui dez episódios com 26 minutos de duração (de segunda a sexta, às 19h30) e resgata a trajetória da imprensa brasileira que resistiu e combateu ao golpe militar. Os programas irão ao ar de segunda a sexta-feira, às 19h. A série traz depoimentos e material historiográfico de jornalistas que atuaram em três frentes de combate: a imprensa alternativa, a clandestina e a que atuava no exílio. A série, narrada e apresentada pelo ator Othon Bastos, recupera a história de jornais alternativos, como o PifPaf, o Pasquim, Bondinho, Opinião e outros mais, permitindo conhecer as dificuldades de produção, as perseguições e manobras para mantê-los em circulação.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para relembrar e construir essas histórias, Resistir É Preciso conta com depoimentos de jornalistas como Audálio Dantas, Juca Kfouri, Laerte, Raimundo Pereira, Paulo Moreira Leite, Bernardo Kucinsky, José Hamilton Ribeiro, entre tantos outros. No primeiro episódio, no dia 24 de março, <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Resistir É Preciso</em> faz uma viagem no tempo e recua a 1867, ano em que foi publicada a que é considerada uma das primeiras charges políticas da nossa história, desenhada por Ângelo Agostini.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<h4 style="line-height: 16.416000366210938px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Advogados Contra Ditadura</span></h4>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A série <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados Contra Ditadura </em>também estreia na próxima segunda-feira, dia 24 de março. É composta por cinco episódios, cada um com 52 minutos. Entra na grade da <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">TV Brasil</strong> de segunda a sexta, às 23h30, e faz um apanhado do papel estratégico da Justiça Militar durante o regime e presta uma homenagem aos advogados que estiveram na defesa de presos políticos.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados Contra Ditadura</em> se tornou uma série graças ao olhar precioso de um dos maiores documentaristas brasileiros, Silvio Tendler, conhecido como o “cineasta dos vencidos” ou “o cineasta dos sonhos interrompidos” por abordar em seus filmes personalidades como Jango, JK, Carlos Marighella, entre outros. Silvio Tendler já produziu cerca de 40 filmes e agora vai contar, na<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"> TV Brasil</strong>, memórias de homens e mulheres fundamentais na luta contra as atrocidades cometidas pelo Estado: os advogados que atuaram na defesa de presos políticos.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A série foi realizada em parceria com o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ideia da série surgiu do livro <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados e a Ditadura de 1964 – A defesa dos perseguidos políticos no Brasil</em>, organizado pelos professores Fernando Sá, Oswaldo Munteal e Paulo Emílio Martins. Foi lançado em 2010 pela editora PUC-Rio e tomado como inspiração para a série que teve direção de Silvio Tendler.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O primeiro episódio de <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados Contra Ditadura</em>, na segunda, dia 24 de março às 23h30, narra os primeiros dias do golpe e como eles foram vivenciados pelos advogados que viriam a atuar na defesa dos presos políticos: conflito da Cinelândia, a resistência armada que não houve, a prisão dos advogados de esquerda, a resistência dos estudantes, o primeiro estádio usado como prisão da América Latins, entre outros assuntos com depoimentos de Técio Lins e Silva, Modesto da Silveira, Eny Moreira, Sepúlveda Pertence, Ivan Proença e Cecília Coimbra.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Militares pela Democracia</span></strong></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">TV Brasil</strong> também vai exibir uma segunda série sobre o tema criada especialmente por Silvio Tendler.<em style="margin: 0px; padding: 0px;"> Militares pela Democracia</em> entra no ar no dia 31 de março e fala sobre os homens do exército, da Marinha e da Aeronáutica que sofreram por reagir ao golpe dentro dos quartéis. "Sempre penso em como enfrentar injustiças e a censura, seja ela qual for. Foi assim que surgiu a ideia de realizar a série sobre os advogados, mas fiquei instigado em fazer seu irmão gêmeo, para mostrar também como nem todos os militares perseguiram, torturaram e foram algozes nessa história. Alguns se viram expulsos das Forças Armadas, cassados, tiveram suas vidas sacrificadas por conta da ditadura", conclui o cineasta.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Militares da Democracia</em>, também realizada em parceria com o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, retoma-se o percurso de vários grupos de militares que muito antes do golpe de 1964 já vinham se organizando por novos direitos, melhores condições de trabalho, e na defesa de uma sociedade melhor. E como, a partir de 1964, esses distintos grupos passaram a ser tratados, sofrendo represálias, como a perda do direito de usar a farda, de seus direitos trabalhistas, assim como foram impedidos de exercer suas atividades profissionais.</span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></div>
<div style="padding: 0px;">
</div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; text-align: justify;">
<strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px;">TV Brasil</strong></div>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16.416000366210938px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16.416000366210938px;"><em style="margin: 0px; padding: 0px;"></em></span></span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px;">Resistir É Preciso </em><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">– estreia no dia 24 de março, às 19h30 (de segunda a sexta, com dez episódios)</span></div>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Advogados Contra Ditadura</em> – estreia no dia 24 de março, às 23h30 (de segunda a sexta, com cinco episódios)</div>
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;">Militares pela Democracia</em> – estreia no dia 31 de março, às 23h30 (de segunda a sexta, com cinco episódios)</div>
</em></span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></div>
<div style="padding: 0px;">
</div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; text-align: justify;">
<strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px;">Sintonize a TV Brasil:</strong></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16.416000366210938px; text-align: justify;">
<br /></div>
</span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">RJ/TV aberta – canal 2 VHF e 32 UHF (transmissora da zona rural)</span></div>
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
Em SP, canal digital 63 UHF</div>
<div style="text-align: justify;">
Net - canais 4 (SP), 16 (DF), 18 (RJ e MA)</div>
<div style="text-align: justify;">
Sky-Direct TV – canal 116</div>
<div style="text-align: justify;">
TVA digital - canal 181 (RJ e SP)</div>
</span><br />
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;"></strong></span></div>
<div style="line-height: 16.416000366210938px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por <a href="http://www.ebc.com.br/cidadania/2014/03/50-anos-do-golpe-tv-brasil-estreia-duas-serie-ineditas" style="margin: 0px; padding: 0px;">EBC – Agência Brasil</a>.</span></strong></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-69738960879858707382014-03-26T10:42:00.002-07:002014-03-26T10:42:39.514-07:00Encontro nacional reafirma abertura da Copa do Mundo terá manifestações em grandes cidades <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8_-l7TRwQGrQzw5oONewqnlChu5C4XZgU9wwdQoc7BDUHYZvoJDNyAdyDE8E-ndzyXhmNHtKJz3S03YloK28pn5WcGpeCEdSvCr63f5XimDQgRV6PR01bOENcjHv-hYI2xwVNl9HdXTXz/s1600/thumb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8_-l7TRwQGrQzw5oONewqnlChu5C4XZgU9wwdQoc7BDUHYZvoJDNyAdyDE8E-ndzyXhmNHtKJz3S03YloK28pn5WcGpeCEdSvCr63f5XimDQgRV6PR01bOENcjHv-hYI2xwVNl9HdXTXz/s1600/thumb.jpg" height="142" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A abertura da Copa do Mundo será acompanhada de grandes manifestações populares, em diversas cidades do país. 12 de junho foi escolhida como a data de início da Jornada de Mobilizações “NA COPA VAI TER LUTA”, organizada pelas entidades que se reuniram no Encontro Nacional do Espaço de Unidade de Ação, neste sábado, dia 22, em São Paulo. Após oito horas de discussões, cerca de 2,5 mil pessoas de diferentes entidades sindicais, estudantis, sociais e populares aprovaram o manifesto “Carta de São Paulo: Vamos voltar às ruas – Na Copa vai ter luta” e o calendário de mobilizações. O Encontro aconteceu na Quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O manifesto ressalta os recursos destinados pelos governos federal e estaduais às obras da Copa do Mundo, em detrimento de serviços públicos para a população. “A Copa do Mundo é mais uma expressão desta política desigual que privilegia poderosos e impõe situação de penúria à maioria da população. O governo federal e dos estados estão gastando mais de 34 bilhões de reais com a construção e reforma de estádios, aeroportos outras obras para a Copa, dinheiro colocado nas mãos de empreiteiras, enquanto a população pobre é despejada de suas casas para dar lugar a essas obras”, diz um trecho do manifesto. Como forma de protestar contra essa situação, as entidades participantes pretendem mostrar ao mundo o destino dado ao dinheiro público, com gastos abusivos na construção de estádios e infraestrutura, em que os grandes beneficiados são a Fifa e empreiteiras. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Nós queremos recursos públicos para saúde, educação, moradia, transporte público e reforma agrária!”, diz ainda o manifesto (veja a íntegra no final deste texto). Durante o encontro, aconteceu também uma passeata na Radial Leste, em São Paulo, para dar um alerta à presidente Dilma Rousseff: “Dilma, escuta, na Copa vai ter luta”, gritavam os manifestantes. Cerca de 2,5 mil pessoas ocuparam a avenida, entre as 14h e 14h30 deste sábado. (SEGUE LINK DE VÍDEO DA PASSEATA: http://www.youtube.com/watch?v=4V2C59qq_V4&feature=youtu.be Leia o manifesto, final, atualizado nesta segunda-feira (24) CARTA DE SÃO PAULO Vamos voltar às ruas! NA COPA VAI TER LUTA Chega de dinheiro para a FIFA, grandes empresas e bancos! Recursos públicos para saúde, educação, moradia, transporte público e reforma agrária! Basta de violência e de criminalização das lutas populares! Ditadura nunca mais! O país se prepara para a Copa do Mundo, nosso povo gosta de futebol e quer apoiar a seleção brasileira. O governo e a mídia tratam de transformar tudo isso em uma grande festa nacional e internacional. Mas nada disso pode esconder uma certeza: o Brasil vai se consagrando como campeão da desigualdade, injustiça, exploração e violência contra seu próprio povo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estamos convivendo com o caos da saúde pública, o descaso com a educação, a precariedade do transporte e nos serviços públicos, nas três esferas, assim como a falta de moradia e de terra para plantar e produzir alimentos. Desde junho do ano passado este tem sido o grito cada vez mais alto dos trabalhadores e da juventude brasileira. Os governos –federal, estaduais e municipais – não atendem as reivindicações dos que lutam. Nunca tem verbas para atender as necessidades do povo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para bancos e grandes empresas nunca faltam recursos. O governo isenta as empresas de pagar impostos, repassa quase metade do orçamento para os banqueiros todos os anos através do pagamento da dívida pública. Além disso, o patrimônio publico é privatizado e entregue aos empresários, do petróleo aos portos, aeroportos e estradas. Isto condena os trabalhadores a uma condição de vida cada vez pior. Dentro da classe trabalhadora, as mulheres, negros e negras e LGBT’s sofrem ainda mais com essa política, pois estão também sujeitos a toda sorte de discriminação e violência. Na periferia das grandes cidades a única presença visível do Estado é a da polícia, promovendo um verdadeiro genocídio contra a juventude e a população pobre e negra. As mobilizações dos trabalhadores e demais segmentos são violentamente atacadas pela polícia. Há uma escalada militarista e um processo de criminalização dos ativistas e jovens lutadores, com prisões, inquéritos policiais e administrativos, e demissões dos que lutam. Esta política tem sido praticada pelos governos dos estados (PMDB, PSDB, PSB, PT e etc). </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o governo Dilma segue o mesmo caminho, colocando a Forca Nacional de Seguranca e o Exército Brasileiro a serviço da repressão das lutas populares. Tudo isso acontece quando se completam os 50 anos da instauração da ditadura militar no Brasil. Ao invés de punir os torturadores do passado e revogar toda a legislação antidemocrática faz o contrário, não atende as necessidades da população e quer impedir o povo de lutar por seus direitos, assim como na ditadura. Lamentável! Os trabalhadores estão lutando e buscando fazer ouvir a sua voz. Assim o fizeram os garis do Rio de Janeiro, em pleno carnaval carioca mostraram ao mundo a real situação a que são submetidos. Assim também fizeram os rodoviários de Porto Alegre (RS), os operários do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e tantas outras categorias, como os servidores federais que estão iniciando sua campanha salarial deste ano. O movimento popular luta sem trégua por moradia e por melhores condições de vida nos bairros. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na Copa, vamos ocupar as ruas A Copa do Mundo é mais uma expressão desta política desigual que privilegia poderosos e impõe situação de penúria à maioria da população. O governo federal e dos estados estão gastando mais de 34 bilhões de reais com a construção e reforma de estádios, aeroportos outras obras para a Copa, dinheiro colocado nas mãos de empreiteiras, enquanto a população pobre é despejada de suas casas para dar lugar a essas obras. Chega! Vamos dar um basta nesta situação. Vamos apoiar e unificar as lutas que já estão em curso e unificar as nossas bandeiras. Voltaremos às ruas com grandes mobilizações sociais em todo o país no período da Copa do Mundo. Vamos mostrar ao mundo que o que acontece de fato no Brasil é a destinação do dinheiro público para as mãos de poucos beneficiados, entre eles a Fifa, grandes empresas e bancos. Nós queremos recursos públicos para saúde, educação, moradia, transporte público e reforma agrária! Vamos voltar às ruas! </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossas reivindicações: - Chega de dinheiro para a Copa, Fifa e para as grandes empresas! Recursos públicos para a saúde e educação! 10% do PIB para a educação pública, já! 10% do orçamento federal para a saúde pública, já! - Chega de dinheiro para os bancos! Suspensão imediata do pagamento das dívidas externa e interna! Dinheiro para a moradia popular e para o transporte coletivo! Tarifa zero já! Transporte e moradia são direitos de todos! - Chega de arrocho salarial e desrespeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras! Fim do fator previdenciário! Aumento das aposentadorias! Anulação da reforma da Previdência de 2003 e do Funpresp! - Respeito aos direitos dos trabalhadores assalariados do campo e agricultores familiares! Reforma agrária e prioridade para a produção de alimentos para o povo! - Chega de privatizações! Reestatização das empresas privatizadas! Petróleo e Petrobras 100% estatal! Estatização dos transportes! - Basta de machismo, racismo, homofobia e transfobia! - Respeito aos direitos dos povos originários, quilombolas e indígenas! - Basta de violência, repressão e criminalização das lutas sociais! Desmilitarização da PM! Arquivamento de todos os inquéritos e processos contra movimentos sociais e ativistas! Liberdade imediata para todos os presos! Revogação das leis que criminalizam a luta dos trabalhadores e da juventude! Ditadura nunca mais! Plano de lutas Vamos transformar nossa indignação em um amplo processo de mobilização social para defender nossas demandas e reivindicações. Lançamos este Manifesto como um chamado a todos e todas que neste pais querem lutar por uma vida melhor. E orientamos a realização de encontros e plenárias em todos os estados, que reúnam todos os lutadores e lutadoras de cada região, preparando de forma concreta as mobilizações previstas no calendário de lutas. Calendário A organização das manifestações começa efetivamente em abril e maio, com a realização de plenárias nos estados. Entre os dias 1º e 3 de maio, acontecerá o I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos, em Belo Horizonte (MG). Haverá ainda o Dia Internacional contra as Remoções da Copa, marcado para 15 de maio. Segue abaixo o calendário. - 22 de março: Encontro Nacional “Na Copa vai ter luta”. - Abril e Maio: Realização dos encontros plenárias nos estados para organizar o calendário de lutas. - Abril: Realização de um ato nacional contra a criminalização das lutas, dirigentes e ativistas, da população pobre e de periferia, vinculando ao aniversário dos 50 anos do golpe militar de 1964. Ampliar essa iniciativa para além dos movimentos sociais, procurando outras entidades como a OAB, ABI, Comissão Justiça e Paz, Comissões de Direitos Humanos etc. - 28 de abril: Dia de luta e denúncia dos acidentes de trabalho. - Abril e maio: Jornada de lutas convocada por vários segmentos do movimento popular para defender o direito à cidade (moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc.). - 1º de maio: O Dia Internacional do Trabalhador/a será com a organização e participação em atos classistas. - 1º a 3 de maio: I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos (Belo Horizonte – MG). - 15 de maio: Dia Internacional contra as Remoções da Copa. - 12 de junho: Abertura da Jornada de Mobilizações “NA COPA VAI TER LUTA”, com grandes mobilizações populares em todas as grandes cidades do país. - Período dos jogos da Copa: realização de manifestações nos estados conforme definição dos encontros e plenárias estaduais - 15 e 16 de julho: Mobilizações contra a Cúpula dos BRICS (Fortaleza). - 1º a 7 de setembro: Semana da Pátria e Grito dos/as Excluídos/as, com o lema: “Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos”. Entidades que assinam o manifesto “Carta de São Paulo”: </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">CSP-Conlutas </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A CUT Pode Mais (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Feraesp </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Condsef </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jubileu Sul </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fenasps </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Andes-SN </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sinasefe </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">FNTIG </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">FNP </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conafer </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cobap </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Asfoc </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sindicato dos Metroviários de São Paulo </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">CPERS Simpe (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">APCEF (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sindserf (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sindjus (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sindicato dos Aeroviários (RS) </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">ANEL </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">MTL</span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Luta Popular </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quilombo Raça e Classe </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">MML </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Coletivo Construção </span></span><br />
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juntos</span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-56507402657122845352014-03-26T10:38:00.002-07:002014-03-26T10:38:16.250-07:001º Encontro Nacional de Negras e Negras da CSP-Conlutas é sucesso com a presença de 1.500 pessoas <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWnT0K7jLaY9t7ff60o6liGNQafrB6oupyAIkqE4hyphenhyphenf4kAoPMwAyN5nR5W0O6Dj2lL4S5Vr5r2VjdpS1uzKtNgVZXKIXzqVR4CqIvJlLzvNfFw0dZb0rpY2gDsADuhonVop_FELXOTTQnN/s1600/1609592_595234603895911_1246928289_n-470x210.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWnT0K7jLaY9t7ff60o6liGNQafrB6oupyAIkqE4hyphenhyphenf4kAoPMwAyN5nR5W0O6Dj2lL4S5Vr5r2VjdpS1uzKtNgVZXKIXzqVR4CqIvJlLzvNfFw0dZb0rpY2gDsADuhonVop_FELXOTTQnN/s1600/1609592_595234603895911_1246928289_n-470x210.jpg" height="142" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Encontro aprova resoluções sobre campanha contra a violência racista na Copa e sobre a organização dos Negros e Negras da CSP-Conlutas A abertura do 1º Encontro Nacional de Negras e Negros da CSP-Conlutas, que ocorreu neste domingo (23), no Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi emocionante. As cerca de 1.500 pessoas que lotaram o plenário mostraram sua determinação e disposição e unidade para dizer “Chega racismo, exploração e dinheiro para a Copa”. Veja também: Encontro de Negr@s da CSP-Conlutas destaca a importância da aliança internacional O membro do Quilombo Raça e Classe e também do Setorial de Negros e Negras da CSP-Conlutas, Wilson Honório, antes do anúncio da composição da mesa de debates, saudou os presentes. Disse que simbolicamente a mesa era composta também personalidades históricas da luta contra o racismo, machismo, e de luta contra as opressões. Entre os nomes citados, estavam Zumbi dos Palmares, Rosa Park, Solano Trindade. Também lembrou dos que tombaram recentemente e se tornaram símbolo da luta contra o racismo e contra o machismo, como Claudia e Sandra e tantos outros. A mesa foi composta pelo representante do Moquibom do Maranhão, Antonio Lambão, pela integrante Luta Popular, Helena Silvestre, pelo dirigente do Andes-SN, Gean Santana, representando a CSP-Conlutas, Julio Condaque, do Quilombo Raça e Classe e Tamiris Rizzo, o integrante da Frente Nacional em Defesa do Território Quilombola, Nelson Morale, a representante da Comissão Organizadora do Encontro Maristela Farias, e a representante do GT de Negros do Sinasefe, Eugênia Tavares Martins. Gean foi mediador da mesa e também saudou a todos dizendo que sentia grande emoção em participar dessa atividade, considerada por ele, histórica. Compartilhou da mesma opinião o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Julio Condaque. O dirigente resgatou seu histórico de mais de 25 anos de militância. “Para nós que temos mais tempo de luta esse encontro representa um marco. Podem ter certeza que nós incomodamos o governo”, ressaltou. Lembrou-se de sua militância desde 2001 quando a entidade que fazia parte se desfiliou da CUT, e da importância da reorganização e seu fortalecimento. “Hoje, essa reorganização sela um desafio que foi o espaço de unidade de ação. De unificar todos os lutadores contra a copa e contra o racismo. Por isso esse encontro vai apontar uma direção”, frisou. A integrante do Luta Popular, Helena Silvestre, com a voz embargada pela emoção parabenizou a todos pela realização do Encontro. “A emoção é muito forte. Nós não queremos só trabalhadores aqui, mas também que deem espaço para os oprimidos. Somos nós que estamos submetidos a todo o tipo de exploração e opressão. Somos aqueles que são transformados em mercadoria. Temos que disputar nossos espaços. A nossa cultura de resistência para que os negros possam se reconhecer na sua história que é a história da classe trabalhadora”, disse emocionada. A luta dos povos quilombolas foi salientada pelo integrante do Moquibom do Maranhão, Antonio, que fez a exigência da necessidade da titulação dessas terras. Criticou o governo que em sua avaliação está sucateando o Incra. “Mas estamos lutando e desde 2005, são mais de 100 entidades, para ajudar nossos irmãos. Nosso foco principal é luta pelos territórios livres. Nos unimos a entidades e a povos como a CSP-Conlutas, Quilombo e Anel e para lutar por educação, saúde, transporte, mas fundamentalmente também queremos as terras tituladas para plantar, não queremos bolsa do governo”, completou. Tamiris também muito emocionada falou em nome do Quilombo Raça e Classe sobre os recentes casos de racismo. “Choramos pela morte de Claudia. Mas estamos aqui resistindo respondendo contra o racismo”, disse. Citou também os outros casos de racismo, como os do pedreiro Amarildo, justiceiros. A representante do Quilombo Raça e Classe também criticou a Copa que colocou uma lente de aumento para o racismo que ocorre no país há quatro séculos. Criticou o PT de Dilma e Lula que em dez anos de governo tem uma dívida com negras e negros do país. “Não foi capaz de acabar com a desigualdade entre negros e não negros. Ainda ganhamos 30% a menos do que os não negros. Mas isso ocorre porque o governo privilegia empresário e banqueiros e não os trabalhadores negros e negras”, destacou. Segundo ela, no país morrem em média 150 negros por dia. “Vamos organizar os negros a para assumir sua negritude sob a perspectiva de raça e classe. Trabalhadores garis, operários do Comperj e rodoviários deram o exemplo. Nós, negros, que vivemos essa exploração e racismo temos a tarefa histórica de sermos vanguarda na classe trabalhadora”, reafirmou, também emocionada. A representante do Sinasefe, Eugênia fez uma saudação a todos os presentes e abordou a importância de se fazer nos sindicatos a discussão sobre o racismo. “Entendemos a importância dessa luta que precisa ser cíclica. A educação é a base. Trabalhar a questão racial e desmascarar o mito da democracia racial, leis que prejudicam os negros, e lidam com as opressões”, pontuou. Nelsinho da Frente Negra Quilombola também destacou a importância da educação para combater o racismo. “Tivemos um avanço nesse sentido nas comunidades quilombolas. Uma das vertentes é com a questão da educação, fizemos um trabalho para acabar com o analfabetismo”, destacou. Ao final, homenageou sua mãe que tombou e “não pode ver em vida o seu quilombo titulado”, completou: “é em sua memória que vamos fazer a luta. Axé a todos os quilombos”, finalizou. Logo em seguida, a mesa abriu para as saudações de representações de diversos segmentos. Garis de Niterói, indígenas da Aldeia Maracanã, companheiros do Comperj, e as representações internacionais da África do Sul. O companheiro Rasta do Comperj informou que sairia fortalecido daquele encontro. “Travamos uma luta contra o sindicato pelego eles podem me matar, mas a luta continua. Amanhã vamos fazer uma paralisação junto com as mulheres que trabalham na cozinha”, disse. Uma trabalhadora da cozinha fez o uso da palavra e disse que vai lutar junto com os operários do Comperj. “Sem a gente o Comperj não vai andar. Nós mulheres decidimos que amanhã nossa luta vai continuar”, disse. O gari Luiz Fernando também deu sua contribuição “estou nessa luta, pois quero estar junto aos negros e negras e alcançar o que é de cada um de nós”. As representações da África do Sul do movimento estudantil, Thando Manzi, e o representante da organização sindical dos metalúrgicos NUMSA , Hlokoza também saudaram o plenário. Thando disse que estava feliz por estar ali. “Estou feliz em estar participando desse capitulo da historia e levar comigo hoje esse momento. Nós somos parte dessa luta internacional que também tem cor”, disse. Hlokoza falou que o racismo sobre o regime democrático é algo que acontece de forma velada. E finalizou, “precisamos acabar com o sistema capitalista, não vamos esperar mais 500 anos para ter o mesmo salários que os brancos”, disse. As saudações também foram feitas pelos militantes da Anel, do MML, setorial LGBT, da Anel que também fizeram saudações ao plenário. Além de representantes das organizações LRS, LER e POR. Todas as falas convergiram na importância do combate ao racismo e na unidade de todos para combatê-la. Ao final, Julio pediu um minuto de silencio em homenagem a todos os negros que tombaram. Ao final entoou junto com o plenário: Todos, presente! Todos, presente! Todos, presente! Em seguida a mesa de abertura saudou os presentes que se reuniram em 13 grupos de trabalho. Tudo o que for discutido nos grupo, bem como moções, serão enviadas num relatório final do encontro. Encontro aprova resoluções sobre campanha contra a violência racista na Copa e de organização dos Negros e Negras da CSP-Conlutas Na volta do almoço foi apresentada duas resoluções, uma sobre a violência racista e a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, outra resolução é sobre a organização de negras e negros na estrutura da base, para ser votada pelo plenário. Ambas foram aprovadas pelo plenário. Confira abaixo, as resoluções aprovadas: Resolução sobre a violência racista e a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza Considerando: </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Que a violência, nas suas mais diversas manifestações, tem marcado a vida e a história de negros e negras desde que nossos ancestrais foram sequestrados da África, num projeto perverso e cruel que tentou, desde sempre, “coisificá-los” e desumanizá-los para satisfazer os interesses da elite branca capitalista. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2. Que, após quase 400 anos de escravidão, negros e negras ingressaram no mundo do trabalho assalariado predominantemente nos serviços mais pesados e precarizados, quando não no completo desemprego e marginalização, ficando expostos às piores condições de vida e, consequentemente, imersos na violência cotidiana das moradias precárias, do transporte desumano, da falta de acesso à saúde, à educação ou qualquer tipo de direitos ou serviços. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3. Que as políticas compensatórias e reformistas desenvolvidas nos 10 anos de governo da Frente Popular não têm contribuído para reverter esta situação. Pelo contrário, a adoção do projeto neoliberal pelo governo petista, só tem acirrado o racismo e suas consequências, em particular a violência. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4. Que, desde o início, o projeto da Copa construído pelos governos (federal, estaduais e municipais) e a FIFA (em benefício dos empresários e banqueiros) tem significado um acirramento desta violência em relação a todos os trabalhadores, mas particularmente em relação aos mais explorados e oprimidos, através, por exemplo, de despejos, ataques higienistas (remoções forçadas, expulsão de pobres – majoritariamente negros e negras – dos centros das cidades-sede etc.) e a quilombos e comunidades de povos originários. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5. Que, também como reflexo da Copa, negros e negras tem sido ainda mais expostos a trabalhados insalubres e perigosos, sendo a maioria daqueles que fazem os serviços mais pesados na construção civil e nas obras do PAC, nas terceirizadas, bem como nos serviços de limpeza etc. O que, particularmente na construção dos estádios, já resultou na morte de vários operários. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">6. Que, na atual situação, a população negra é vítima cotidiana de um processo de genocídio e higienização social que atravessa todas as políticas do governo petistas e seus aliados e cujos efeitos podem ser constatados em dados como os seguintes: a) a possibilidade de um jovem negro ser assassinado no Brasil é 135% maior do que a de um branco (dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade – 53,3% — dos 49.932 mortos por homicídios, no Brasil, em 2010, eram jovens, dos quais 76,6% eram negros; b) segundo o “Mapa da Violência, 2012”, entre 2002 a 2010 foram registrados\ 272.422 assassinatos de negros, sendo 34.893 só em 2010 e que, como exemplo da cumplicidade da Frente Popular, entre 2002 e 2010 houve uma redução de 24,8% nos homicídios de jovens brancos entre 15 e 24 anos, contra um aumento de 36% no assassinato de negros. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">7. Que, como também temos presenciado, a imposição do projeto da Copa, bem como a crescente insatisfação popular, particularmente a partir de Junho de 2013, têm sido encarados pelos governos com um grau sem precedentes de repressão aos movimentos sociais e o emprego de forma cada vez mais violenta da Política Militar e dos aparatos de repressão (orientados e amparados pela fascista “Lei de Garantia e da Ordem”), o que já resultou em milhares de presos, centenas de feridos e, inclusive, mortos entre os que saíram às ruas para protestar. Que este projeto tem se combinado com processos anteriores, como, por exemplo, a implementação da UPPS’s no Rio de Janeiro, que já significaram um aumento enorme nos índices de genocídio da juventude negra e repressão da população em geral. Uma situação que tem feito que ganhe cada vez mais força a reivindicação pelo fim das PM e forças de repressão. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">8. Que Amarildo, Douglas, Jean e, recentemente, Claudia, dentre tantos outros, são lamentáveis exemplos do processo de genocídio a que nos referimos e do destino que o governo petista e o sistema que ele defende reserva a negros e negras. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">9. Que a combinação de todos os fatores da atual conjuntura tem aumentado a polarização racial no país (tanto através do aumento de ataques quanto do maior número de denúncias), algo expresso em lamentáveis exemplos como a de jovens negros acorrentados a postes (e, ainda, atacados pela mídia, como foi o caso da jornalista Sherazade, do SBT); violentos ataques racistas nos campos de futebol etc. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">10. Que toda e qualquer forma de violência é particularmente perversa em relação às mulheres negras entre as quais a combinação de racismo e machismo resulta em ataques físicos, assédio moral e sexual, super exploração etc. Algo que, como já temos visto, só tem piorado com a Copa do Mundo, particularmente no que se refere à exposição ao turismo e à exploração sexual (como ficou evidente na asquerosa camiseta comercializada pela Adidas). </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">11. Que a CSP-Conlutas e as entidades a ela filiadas, desde sua fundação e em seus princípios, defendem a luta contra toda forma de opressão e suas consequências no cotidiano da vida dos trabalhadores e da juventude, através da ação direta e na luta pela reorganização sindical e política dos movimentos, dentro de uma perspectiva classista e de transformação socialista da sociedade. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O I Encontro do Setorial Negros e Negras da CSP-Conlutas resolve: 1. Desenvolver uma ampla campanha, na base da CSP-Conlutas e em aliança com as organizações que se articularam em torno do Espaço Unidade de Ação e do movimento negro combativo em torno do tema“Chega de dinheiro para os patrões, banqueiros e a FIFA: contra violência racista na Copa!”, englobando todos os aspectos da violência (inclusive a provocada pela falta de acesso aos serviços públicos básicos), mas centrada no tema do genocídio negro e do avanço do aumento da repressão e da militarização. 2. Que a Campanha tenha como base o mesmo calendário de lutas que será aprovado no Encontro do Espaço Unidade de Ação, o que significa, por exemplo, a confecção de faixas voltadas para o tema para os atos, a formação de colunas de negros e negras nestas atividades e a inclusão dos temas da Campanha em todos os materiais e debates que promovamos neste período, procurando apoiar-se tanto nos dados gerais quanto naqueles específicos a cada setor ou categoria. 3. Que um dos eixos desta campanha seja a luta pela desmilitarização das polícias, visando o fim de todas as polícias. 4. Que durante a campanha seja dada a devida ênfase e particularidade ao tema do turismo sexual e a luta contra violência à mulher negra e às mulheres trans e conseqüente mercantilização de seus corpos. 5. Que, como parte da campanha, sejam tomadas iniciativas institucionais tanto como forma de denúncia como para apoiar as vítimas (apoio jurídico, denúncia às cortes internacionais) e defender, juridicamente, os companheiros e companheiras que têm sido criminalizados. 6. Fortalecer a luta pela descriminalização das drogas e fim do tráfico, pois são uma das principais justificativas para o extermínio da população negra. 7. Aprofundar a discussão e atuar para fortalecer a autodefesa e resistência do movimento, contra a repressão policial nas manifestações e periferias. 8. Combate a discriminação religiosa, que também se materializa em preconceito e violência contra o povo negro e sua cultura. 9. Combate ao racismo institucional, que respalda a violência racista e promulga o mito da democracia racial por meio de várias instituições (como a escola e a imprensa) e também, na forma de não fazer valer os direitos já conquistados pela população negra, como a aplicação da Lei nº10.639 e o trato do racismo como crime. Segunda resolução Resolução sobre a organização de negros e negras na estrutura e base da CSP-Conlutas Considerando: 1. Que, no interior dos movimentos sociais – sindical, estudantil, de mulheres, LGBT, popular etc. –, um dos principais reflexos do “mito da democracia” é a “invisibilização” da questão racial em todos seus aspectos – da história às reais condições de vida de negros e negras –, o que faz com que a abordagem sobre os temas relacionados ao racismo seja formal, secundarizada ou simplesmente menosprezada. 2. Que reverter esta situação é uma tarefa extremamente difícil, já que esta postura está profundamente enraizada na própria história dos movimentos operário e sociais do Brasil, particularmente pela forte tradição que o populismo (fortemente alicerçado no mito da democracia racial) e o stalinismo (que , na prática, sempre se recusou a fazer um debate de raça e classe) tiveram em nossa história. 3. Que os efeitos sociais, econômicos e ideológicos do racismo têm como uma de suas consequências a maior dificuldade que negros – e muito particularmente as mulheres negras – têm em se organizar e participar do dia a dia das entidades do movimento, o que se reflete na presença “racialmente desproporcional” nas direções e inclusive militância das categorias (o que pode ser facilmente verificado particularmente naquelas em que a base é formada majoritariamente por negros e negras). 4. Que a ideologia racista está profundamente enraizada no interior da classe trabalhadora e da juventude (sendo propagandeada cotidianamente pelos instrumentos de “formação” da burguesia, como o sistema educacional, os meios de comunicação etc.), o que faz com que, pela falta de um “contradiscurso” (classista e anti-racista), trabalhadores e jovens reproduzam toda e qualquer forma de preconceitos e discriminação, o que, evidentemente, divide a classe e os lutadores. 5. Que, em consequência de tudo isto, negros e negras têm enormes dificuldades para se identificar com os movimentos (e, consequentemente, suas políticas), exatamente por não “se verem” na estrutura e atuação das entidades, o que é um enorme obstáculo para qualquer projeto de mudança social em um país composto majoritariamente por negros e negras. 6. Que a CSP-Conlutas, desde seu processo de fundação, tem se caracterizado por lutar para romper esta tradição, a começar pelo seu caráter “sindical e popular” e a inclusão, em suas fileiras, dos movimentos de combate ao machismo, ao racismo e à homofobia. Contudo, exatamente pelos motivos apontados acima, este é um processo extremamente difícil que necessita medidas concretas e permanentes que busquem trazer negros e negras para nossas fileiras. 7. Que a realização dos Encontros do Espaço de Unidade de Ação e do Encontro de Negros e Negras da CSP-Conlutas e, principalmente, as mobilizações que ocorreram no próximo período, irão, certamente, colocar milhares de negros e negras em contato com a Central e suas entidades, muitos deles procurando uma alternativa de organização. O I Encontro do Setorial de Negros e Negras resolve: 1. Que as direções de todas as instâncias da CSP-Conlutas – suas coordenações nacional, estaduais e regionais; as diretorias sindicais; as coordenações dos movimentos popular, estudantil, LGBT e de mulheres e dos grupos do movimento negro combativo; bem como as minorias e oposições – tenham como uma de suas tarefas prioritárias a organização e implementação da Campanha contra a violência racistas na Copa, que deve ser tomada como parte de uma política permanente de incentivo à construção de Secretarias, Setoriais, Coletivos ou qualquer outra forma de estrutura destinada a organizar negros e negras, no interior das entidades, na base das categorias e setores (como os movimentos negros etc.). Essa Campanha deve continuar após a Copa, denunciando o extermínio da juventude e do povo negro da periferia, que já acontecia antes da Copa e que se refletiu nos casos do Amarildo, Douglas, Jean e Claudia. 2. Que a exemplo do que já foi feito em algumas entidades – como a Secretaria de Combate ao Racismo do Sindicato dos Metroviários (SP) – as entidades filiadas a CSP-Conlutas realizem censos e pesquisas que auxiliem a entidade a fazer uma análise mais objetiva e concreta da situação de negros e negras em suas bases, com objetivo de construir políticas concretas que respondam à “realidade racial” da categoria e suas demandas. 4. Que as instâncias da CSP-Conlutas – a começar por suas coordenações – promovam uma política de formação em torno do tema racial, através de cursos e palestras que visem atacar os problemas apontados acima. Neste sentido, estes cursos devem abordar tantos aspectos ideológicos e históricos, como também servir para armar a militância para o cotidiano de suas lutas e atividades, como, por exemplo, atividades de formação em torno de temas como “saúde da população negra”, “aplicação da lei 10.369”, “comunidades quilombolas” etc. Estes cursos devem ser formulados em parceria com o Setorial e aliados da CSP-Conlutas nos projetos de formação, como o Ilaese; como também em propostas formuladas pelos membros do Setorial, como o curso “Globalização e Racismo”, que já vem sendo oferecido pelo Quilombo Raça e Classe. 5. Que além de garantir publicações especiais nas datas simbólicas da luta contra o racismo – Dia Internacional de Combate ao Racismo (21/03), Dia 14 de maio Dia de discussão e de luta pós fim da escravidão; Dia de Protesto Contra a Ocupação do Haiti (01/07), Dia latino americano e caribenho da Mulher Negra (25/07) e Dia Nacional da Consciência Negra (20/11) – as instâncias da CSP-Conlutas adotem a política de publicar regularmente materiais (como cartilhas, boletins especiais etc.) que auxiliem no debate sobre o racismo e na armação da militância. No mesmo sentido, que, em base a dados concretos, se procure sempre dar um “corte” de raça e classe nos materiais publicados regularmente pelas entidades (jornais, boletins etc.). 6. Que nos processos eleitorais, as chapas em que os militantes da CSP-Conlutas participem abordem o tema racial em seus programas e debates. 7. Que, como parte de seus esforços internacionalistas, a CSP-Conlutas – a exemplo do que vem sendo feito, através de viagens a Inglaterra e a África do Sul – estimule a troca de experiência e o desenvolvimento de parcerias e campanhas em relação ao racismo, tema que deve ser levado a todas iniciativas internacionais que a Central tem desenvolvido. 8. Que a CSP-Conlutas discuta nas suas instâncias a realização de encontros de negros e negras com mais freqüência e que reflita nos seus congressos esse debate. 9. Incentivar a construção de espaços de auto-organização de negras e negros para que sejamos protagonistas das construção das lutas. 10. Incentivar a construção de comitês de base que organizem as lutas das negras e negros e nível local, acumulando para futuros encontros nacionais. 11. Campanha contra a impunidade e pelo julgamento dos assassinos de Quilombolas (negros e índios). Contra a violência no campo e pela Reforma Agrária. </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1989263945568810906.post-73676532261488608852014-03-26T10:32:00.002-07:002014-03-26T10:32:25.139-07:00Exportação 'oculta' pelo agronegócio daria para abastecer 1,5 bi de pessoas<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em style="background-color: #cc0000;">Por Liana Melo</em></div>
<em><div style="background-color: #cc0000; text-align: justify;">
<em>Do Valor</em> </div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKTSFLTwqQRxQwx7psrBN-g15QNV78wn7Q_0P2oylrwPzYzh6HP4DR_LF14FwSI-0qeGDbDvSQZHL6Ar3z-tAGV6BvhI8Vbf1zm75Lrxlsazr4ihikesYioRUO2DWkHALMD2X3MyfRbWKJ/s1600/seca!_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKTSFLTwqQRxQwx7psrBN-g15QNV78wn7Q_0P2oylrwPzYzh6HP4DR_LF14FwSI-0qeGDbDvSQZHL6Ar3z-tAGV6BvhI8Vbf1zm75Lrxlsazr4ihikesYioRUO2DWkHALMD2X3MyfRbWKJ/s1600/seca!_2.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">O Brasil é o quarto maior exportador de água virtual do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, China e Índia. São 112 quilômetros cúbicos (km3) de água que saem anualmente do país sob a forma de soja, frango, açúcar, café, carne bovina e uma enorme lista de produtos manufaturados. Como para atender às necessidades básicas de higiene, saúde e bem-estar uma pessoa consome em média 200 litros de água por dia, o volume de água virtual que o país exporta seria suficiente para abastecer 1,5 bilhão de pessoas, o que significaria sete vezes e meia a população brasileira.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">A grandiosidade desses números traduz o excesso de consumo de água nos processos produtivos. O Brasil, apesar da seca que impera no semiárido, é um país rico em recursos hídricos e dono de solos agricultáveis espalhado por diferentes regiões. Não à toa essa vantagem comparativa acaba saindo de graça daqui. Países com escassez de água preferem, por sua vez, seguindo uma lógica do mercado, importar água virtual, por meio da compra de produtores alimentícios ao invés de usar seus limitados recursos hídricos para a produção agrícola interna.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">Os maiores importadores de água virtual do mundo são, pela ordem de grandeza, EUA, Japão, Alemanha, China e Itália. O Brasil não consta da lista dos grandes importadores do mundo.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 0.5em 8px;">
</div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">"Qualquer país que almeja a preservação e a conservação dos seus recursos naturais deve ter estudos que avaliem as demandas hídricas das suas commodities agropecuárias", avalia Julio Palhares, da Embrapa, que está à frente do estudo sobre a "Pegada Hídrica da Produção Animal". "O Brasil deve ter estudos que avaliem essa demandas, caso contrário, o país sempre será refém de estudos internacionais."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000; font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: #cc0000;"><strong style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong>Leia mais:</strong></div>
</strong><strong style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><a href="http://www.mst.org.br/node/15885" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Jornada da juventude promete radicalizar as lutas desse ano, afirma Raul Amorim</a></strong></div>
</strong><strong style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><a href="http://www.mst.org.br/node/15882" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">Ministério Público entra com ação contra liberação de mais agrotóxicos</a></strong></div>
</strong><strong style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><a href="http://www.mst.org.br/node/15881" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;">"Ditadura selou aliança entre latifúndio e burguesia industrial", afirma professora</a></strong></div>
</strong></span><div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify; text-decoration: none;">
<a href="http://www.mst.org.br/node/15884" style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"></a><a href="http://www.mst.org.br/node/15884" style="margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><strong><span style="background-color: #cc0000; color: black;">É preciso democratizar o Judiciário para resolver conflitos agrários, diz advogado</span></strong></a></div>
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<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">O levantamento comandado pela Embrapa está previsto para ficar pronto em 2016 e a maior dificuldade para concluí-lo vem sendo, segundo Palhares, a inexistência de uma cultura hídrica nas cadeias de produção de bovinos, de suínos e das aves. A empresa está trabalhando em parceria com a TNC (The Nature Conservancy) e com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">O estudo é uma resposta aos cálculos internacionais que apontam um consumo de 15,5 mil litros de água para produzir um quilo de carne bovina. A pegada hídrica da cadeira produtiva do setor, computada do campo à mesa do consumidor, há anos é contestada por empresários do agronegócio.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">Eles dizem que aqui não se adota o sistema de confinamento, como ocorre em outros países produtores. Daí vem uma certeza, ainda não comprovada, de que a pegada hídrica da produção animal no país seja bem menor. O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o terceiro em aves. Em ambos os casos, o país é o maior exportador mundial.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">"O valor da água no preço das commodities precisa ser incluído no preço final dos produtos", defende Arjen Hoekstra, criador do conceito de pegada hídrica, no início dos anos 2000.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">Por email, Hoekstra explicou que "essa precificação deve levar em consideração as diferentes realidades do país", que combina áreas secas com regiões ricas em recursos hídricos.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">Ao lado da pegada de carbono e a ecológica, a pegada hídrica, que é divulgada pela ONG Water Footprint Network, é a menos famosa. Todas tentam entender os sistemas de produção como elos de uma cadeia, que se inicia na geração de insumos e termina na oferta de produtos ao consumidor.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">"A falta de preparação para situação de escassez de água nos países emergentes, mesmo em países como o Brasil, é uma receita para o desastre", alerta o australiano Michael Young, do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide e um dos autores do capítulo sobre água do estudo apresentado pelas Nações Unidas durante a Rio + 20.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">O gerente de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Furlan, não concorda com esse tipo de análise. "A soja brasileira se abastece exclusivamente da água da chuva."</span></div>
<div style="font-family: Arial, Verdana, Helvetica, sans-serif; line-height: 19.315170288085938px; padding: 0px 0px 0.5em 8px; text-align: justify;">
<span style="background-color: #cc0000;">O coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, defende uma gestão hídrica mais responsável. "Como apenas 10% da nossa produção agrícola é irrigada, nossa pegada azul tende a ser baixa. Em compensação a agricultura brasileira tem uma pegada verde bastante alta." A água da chuva entra na categoria de pegada verde, enquanto os recursos de rios, lagos e águas superficiais são definidos como pegada azul. A produção de soja do país tem uma pegada verde alta e uma pegada azul baixa.</span></div>
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