“As organizações
sindicais de luta, combativa e classista não podem ficar só nas denuncias, têm
que ir para luta contra ás milhares de vitimas mutiladas e aleijadas pelo
capital em nosso país”.
As centrais
sindicais governistas; CTB, CUT, FORÇA SINDICAL que fazem parte do governo
Dilma, pouco tem feito com relação às denúncias das péssimas condições de
trabalho. Aliás, são os mesmos que hoje desfilam em convenções patronais junto com
o presidente da federação das indústrias do estado de São Paulo (FIESP) Paulo
Skaf recém filiado ao PMDB, partido aliado do PT, PDT e PC do B. Discutindo as
reformas pra enfrentar a crise que com certeza vem com mais demissões e
política de aumentar à exploração e os ataques a saúde dos trabalhadores.
Por dentro das fabricas a
reestruturação da produção com o aumento da polivalência e dos ritmos da
produção, as avaliações individuais, o sucateamento dos maquinários e a pressão
da chefia por cada vez mais produção, junto com os programas de qualidade total
tem levado os trabalhadores a uma verdadeira epidemia de doenças esqueléticas
(LER/DOT), contraídas por muitos esforços repetitivos na linha de produção.
Junta a isso as doenças psíquicas
devido ao assédio moral que tem levado ao stress, loucura e até ao suicídio de
trabalhadores e trabalhadoras, para não falar dos acidentes do trabalho, muitas
vezes com morte como o ocorrido no ultimo ano quando tivemos várias mortes só
dentro das categorias onde existem militantes da CSP-Conlutas envolvidos, como
ocorreu no dia 1º de fevereiro na AMBEV de Jacareí quando um trabalhador de 25
anos perdeu a vida.
Esta situação é agravada ainda mais quando
sabemos que o INSS que deveria estar do lado dos trabalhadores na hora das
pericias médicas viram as costas, muitas das vezes ficando do lado dos patrões,
não concedendo o beneficio destas doenças como doença do trabalho, e os postos
do Ministério do Trabalho que é dirigido pela Força Sindical, CUT e CTB. Órgão
do governo federal nada faz para impedir que as empresas continuem realizando
estes ataques contra a saúde do trabalhador e da trabalhadora.
Aliás, o INSS é atrelado ao ministério
da previdência social que é dirigido pelo PMDB, o mesmo partido do presidente
da FIESP que é aliado da CTB, CUT e Força Sindical, ou seja, o ministério do
trabalho e da previdência social esta na mão dos patrões e seus aliados.
Neste sentido o dia 28 de fevereiro
torna se para nós da CSP-Conlutas e das demais forças aliadas como a
INTERSINDICAL, a Unidos pra Lutar e demais forças combativas e de luta que não
tem o rabo preso com patrões e governos, essencial para denunciarmos e nos
organizarmos para lutar contra as doenças do capital.
Vamos organizar atos e assembléias nas
portas das fabricas e ocupar órgãos públicos como o INSS, Ministério do
Trabalho e Ministério Público exigindo o fim dos abusos nas empresas que tem
levado esta situação. Vamos a porta dos órgãos públicos exigir o reconhecimento
da LER/DOT como B 91(Doença do Trabalho) e exigir que as demissões feitas pelas
empresas de trabalhadores estáveis a exemplo do que ocorreu na GM de São José
dos Campos e outras empresas sejam anuladas já.
Essas devem ser as nossas ações no
próximo dia 28 de fevereiro, vamos lembrar a memória das vitimas da LER/DOT com
luta e mobilização nesta data mundial.
*Joaquim Aristeu Benedito da Silva - É
Um dos coordenadores do setorial de saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas e militante
do Bloco de Resistência Socialista.
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