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Bloco de Resistência Socialista – “Na luta pela unidade da Classe trabalhadora”.

*Por Pedro Ferreira

O Bloco de Resistência Socialista (BRS), surgiu no segundo semestre do ano de 2008, fruto das articulações de militantes de sindicatos e movimentos populares que atuavam no PSOL e na Conlutas. Tendo como principal bandeira a luta pela recomposição da esquerda classista.

Por tanto a atuação do Bloco de Resistência Socialista dês do inicio foi buscar lutar no interior das organizações que participa pela recomposição da classe trabalhadora em uma central sindical e popular unitária, assim como por um partido com independência de classes e radicalmente socialista.

No ano de 2009, período de intensificação dos ataques a classe trabalhadora por parte do governo, com o agravamento da crise mundial, militantes do Bloco de Resistência Socialista teve um papel fundamental na luta dos trabalhadores contra os ataques dos governos, sobretudo em Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Pará.

 Também teve um papel importante no processo de unificação da Conlutas com a Intersindical e outros setores combativos da classe trabalhadora. Política vitoriosa com o seminário nacional que aconteceu no final do ano de 2009 e que deliberou pela convocação do Congresso de Unificação a se realizar em junho de 2010.

CONCLAT – O racha e o retrocesso no processo de recomposição

No ano de 2010 o Bloco de Resistência Socialista tinha dois grandes desafios. No primeiro semestre, a concretização da unificação dos principais setores combativos da classe trabalhadora em uma central unitária, assim nossa militância jogou todas as suas forças na construção do CONCLAT (Congresso da Classe Trabalhadora), e no processo de unificação que culminaria no mesmo.

Já no segundo semestre a luta seria por uma única candidatura da esquerda no processo eleitoral de 2010, com a reedição da frente de esquerda (PSOL, PSTU, PCB).

No entanto o que deveria ser um ano vitorioso para classe trabalhadora, ou no mínimo com importantes vitoria, não foi o que vimos na prática. O CONCLAT que deveria ser o momento de celebração do processo de unificação acabou culminando com um racha entre os principais setores envolvidos no processo, e uma grande crise interna e externa em todas as organizações que participaram, inclusive com rachas.

Mesmo com toda a crise o Bloco de Resistência Socialista optou por continuar na agora CSP-Conlutas, no esforço de retomar o processo de recomposição dos setores que romperam com o CONCLAT e os que permaneceram, contando com o apoio dos companheiros do MTST e de parte do ANDES.

Já no processo eleitoral, novamente vimos à divisão da esquerda, reflexo do que foi o CONCLAT, a esquerda saiu com três candidaturas divididas, que não conseguiram se quer 1% dos votos do eleitorado brasileiro, juntando o resultado de todos.

Resultado desse processo, organizações que faziam parte dês do surgimento do BRS, resolveram abandonar o Bloco. No entanto mesmo com todos os problemas decorrente desse processo, a articulação continuou. No final de 2010 o Bloco de Resistência Socialista realizou em Belo Horizonte no sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Gráficas de Minas Gerais, o seu primeiro seminário nacional, e no mesmo ano foi realizado em Natal – RN, o segundo seminário do Bloco de Resistência Socialista.

2011 – Intensificação da crise mundial e retomada das lutas da classe trabalhadora

O ano de 2011, será um ano marcado não só pelo os grandes levantes da juventude e da classe trabalhadora na Europa e no EUA. Como também pelas revoluções e levantes no mundo árabe. Mais, sobretudo pela retomada da luta da classe trabalhadora no Brasil, mesmo que de forma fragmentada.

O ano começou com o governo Dilma (PT) mostrando ao que veio cortando cerca de 50 bilhões do orçamento, sobretudo das áreas sociais, proposta de congelamento dos salários do funcionalismo público, aumento do salário mínimo irrisório e uma interminável crise de corrupção envolvendo ministros do seu governo. Assim o governo Dilma volta à ordem neoliberal sem maquiagem.

Mesmo que de forma fragmentada, sem uma ferramenta nacional que organizasse todos os levantes, o fato é que eles aconteceram, mesmo que por pautas especificas mais eles aconteceram.

E assim vimos estourar 12 greves dos trabalhadores na educação, com destaques para Minas Gerais e Pará, a greve dos bombeiros no RJ, trabalhadores dos correios, os bancários, o levante dos trabalhadores nas obras da usina de girau, dos trabalhadores da construção civil. A resistência contra Belo Monte, contra a reforma do código florestal, por reforma agrária, e a significativa jornada unificada nacional de lutas realizada no mês de agosto.

O Bloco de Resistência Socialista esteve presente articulando e procurando potencializar as lutas da classe trabalhadora, sobretudo sempre insistindo na necessidade de unidade e na construção de uma ferramenta unitária da classe trabalhadora para resistir aos ataques da conjuntura e preparar o contra-ataque.

É com essa linha política que os militantes e organizações dirigidas pelo Bloco de Resistência Socialista têm atuado, mesmo com a estagnação do processo de recomposição, a atuação do Bloco dentro da CSP-Conlutas é de continuar lutando pelo diálogo com os setores que abandonaram o CONCLAT e pela busca de fato de todos os setores envolvidos pela recomposição dos setores combativo da classe trabalhadora em uma central unitária.

Na terceira semana do mês de novembro, foi realizado o terceiro Seminário nacional do Bloco, onde pela primeira vez todas as forças políticas que compõe o Bloco estavam presentes, como também novos militantes e organizações. No seminário foi reafirmada a necessidade da nossa organização e fortalecimento.

Hoje o Bloco de Resistência Socialista, tem uma nova configuração, está consolidado e mais forte, é composto pelas correntes políticas Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR), pelo Reage Socialista e pelo Grupo de Ação Socialista (GAS) além de militantes independentes. Atuando dentro da CSP-Conlutas na busca pela recomposição e unidade da classe trabalhadora, como também dirigindo e atuando dentro de importantes organizações sindicais e populares tais como: SINDSÁUDE-RN, STIG-MG, STIG-DF, Oposição SITAEMA-SP, Oposição APEOSP, Militantes do Coletivo Luta Educadora – RJ entre outros.

A crise mundial tende a se agravar no próximo período no Brasil, assim como os ataques aos direitos dos trabalhadores, por tanto é de primordial importância a busca pela unidade da classe trabalhadora em uma central sindical e popular combativa, neste sentido o Bloco de Resistência Socialista continuará lutando pelo processo de recomposição no interior da CSP-Conlutas, como também tomando frente nas lutas da classe trabalhadora no próximo período.

“De pé ó vítimas da fome
De pé famélicos da terra
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra...” ( A internacional Comunista)

Pedro Ferreira – Assistente Social, Educador Popular, militante da corrente Liberdade, Socialismo e Revolução, do Bloco de Resistência Socialista e do PSOL.

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