Artigos de Opinião de militantes do BRS

Banco de horas para domésticas é golpe contra todos os trabalhadores
*Por Joaquim Aristeu Benedito da Silva (Boca)

Companheiras e companheiros, o trabalhador e a trabalhadora brasileira está preste a receber mais um golpe, este golpe se chama flexibilização da jornada de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores domésticos e domesticas do país.

O famigerado banco de horas tão detestado pelos trabalhadores de varias categorias tende a tornar lei a partir de um golpe que estão usando como bode expiatório, a lei das domesticas e a necessidade de atenuar a vida das patroas que agora vão se vê no inferno só porque agora as domesticas terão os mesmos direitos dos demais trabalhadores.

Depois de uma conquista importante das domesticas que depois de muitos anos de espera tiveram parte de seus direitos reconhecidos e terão suas jornadas de trabalho regulamentadas, não podendo mais continuar a exploração onde boa parte das domesticas tinha que posar no trabalho, ficando a disposição dos patrões durante toda a noite e nos finais de semana tendo que a partir de agora pagar horas extras.

A patroada em especial, aquelas que têm muito dinheiro e várias empregadas começaram a chiar e a presidente do sindicato das domesticas “muito preocupada” com o emprego das suas representadas foi à imprensa no outro dia e propôs que para resolver a vida das patroas e para que as empregadas domésticas não perdessem seus empregos, está falsa dirigente da categoria das domesticas propôs o banco de horas.

A burguesia e seus representantes que não são bobos, mais que depressa através de um dos mais legítimos representantes da burguesia industrial, nada mais, nada menos que o partido do presidente da FIESP o “PMDB” através do senador de renome – Romero Juca elaborou um projeto propondo que o banco de horas vire lei, ou seja, pior do que lei, que as domésticas a partir de agora não receba mais horas extras e que seus contratos de trabalho seja discutidos individualmente, ou seja, não precisará de assembleia para aceitar o banco de horas, é só assinar um termo com a patroa.

Se isto já é uma tremenda sacanagem com as domésticas, por trás dessa proposta indecente ainda tem a intenção deste partido de que através deste projeto das domésticas também individualizar o contrato de trabalho, ou seja, hoje para mudar a jornada só se for de forma coletiva através de uma assembleia e um acordo coletivo, com esta lei do banco de horas para domésticas individualiza o contrato de trabalho.

Ou seja, este projeto de banco de horas das domésticas não é um ataque só contra esta categoria, mas contra todos e todas as trabalhadoras deste país.

Precisamos abrir os olhos e colocar junto com nossas demais reivindicações e bandeiras agora no dia 24 de abril e nas nossas demais lutas e impedir que este projeto do banco de horas das domésticas seja aprovado no congresso nacional. Vamos fazer desta luta mais uma de nossas bandeiras, vamos dizer não a o banco de horas para as domésticas!

*Joaquim Aristeu Benedito da Silva (Boca) É militante do Bloco de Resistência Socialista, da LSR – CIT, do PSOL e diretor da CSP-Conlutas de SP.

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Questão agrária - Omissão do estado, avanço do agronegócio e violência no campo!




*Por Pedro Ferreira


Mais uma liderança camponesa da luta por reforma agrária foi assassinada, a vitima dessa vez foi um dos dirigentes do MST da Bahia Fábio dos Santos Silva, o mesmo foi executado com 15 tiros na frente de sua esposa e uma criança em Iguaí á 500 km de Salvador. O crime aconteceu na ultima terça-feira (02/04).


Nesta mesma semana a Comissão Pastoral da Terra – CPT divulgou nota sobre o assassinato do agricultor familiar Enival Soares da Silva no Pará na região onde atuava a missionaria americana Dorothy Stang. O agricultor atuava junto a CPT denunciando crimes de grilagem na região, e em 2011 já tivera sua casa queimada.


A CPT também divulgou dados parciais sobre o levantamento anual que realiza sobre conflitos no campo que aponta o aumento de assassinatos ligados a luta pela terra no ultimo período, sendo que o estado de Rondônia ultrapassou o Pará no numero de assassinato. Em quanto em 2011 foram 29 assassinatos, em 2012 o numero subiu para 36.


E pelos dois casos relatados acima a tendência continua, sobretudo por que a condenação dos responsáveis por esses crimes por parte da justiça é insignificante. Exemplo disso foi o que acabamos de ver no julgamento do acusado de ter mandado assassinar o casal de extrativista José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, em maio de 2011, em Nova Ipixuna, no sudeste paraense. Apenas os acusados de executar foram condenados, já o mandante foi absolvido. Há também suspeita que outros fazendeiro colaboraram com o crime financiando, esses no entanto não chegaram nem a serem presos.


São apenas alguns casos, sem falar do aumento da violência contra os indígenas a exemplo dos Guarani Kaiowa, dos Xavantes e agora a guerra eminente envolvendo os Munduruku. Ora ou outra chegam noticias de uma serie de violência cometida contra os povos indígenas, sendo que nem crianças e mulheres são poupadas.


Os quilombolas também têm sofrido ameaças e violências por parte de fazendeiros, sobretudo no Maranhão e em Minas Gerais. Recentemente acompanhamos a luta do quilombo brejo dos crioulos em Minas contra ordem de despejo por parte da justiça.


Por outro lado vemos o avanço do agronegócio, ora com o apoio ou com a omissão do estado brasileiro nas suas três esferas (executivo, legislativo e judiciário).


Recentemente vimos a CPI do trabalho escravo ser encerrada sem nenhum encaminhamento devido a tentativa de golpe da bancada ruralista que tenta flexibilizar as leis trabalhista no campo. Se a mesma fosse colocada em votação dada à força da bancada ruralista no congresso não teria muito problema para passar. Bem como a proposta apresentada pela senadora Kátia Abreu na comissão de constituição e justiça do senado que obriga os governadores a cumprir decisão judicial de reintegração de posse no máximo em 15 dias. Sem falar da reforma que será feita no código mineral proposta para esse ano, o qual o resultado não será muito diferente do código florestal aprovado em 2012.


Assim vemos uma serie de leis e ações favoráveis ao agronegócio brasileiro e de criminalização do movimento popular de luta pela terra. Essa ofensiva do agronegócio não seria possível sem o apoio na aprovação de leis e de ações de desocupação por parte do estado e de omissão nos casos de violência contra camponeses, quilombolas e indígenas.


Assim esta a situação da luta pela terra no Brasil – Omissão do estado, avanço do agronegócio e aumento da violência no campo. Situação que tende a continuar enquanto a questão agrária continuar sem uma solução.


Solução essa que não virá sem o fortalecimento e unidade dos movimentos camponeses, quilombolas e indígenas, mas também por parte de todas as organizações da classe trabalhadora. Já que a luta contra o latifúndio e o agronegócio deve ser de todos que lutam pela transformação dessa sociedade.


*Pedro Ferreira – Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista

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Todas e todos á marcha a Brasília no dia 24 de abril!



*Por Joaquim Aristeu (Boca)


 A crise econômica mundial vem se aprofundando em varias partes do mundo, vide as lutas que vem se dando em alguns continentes, exemplo da Europa onde quase todo dia tem uma greve geral em algum de seus países.


 Na África do Sul uma grande mobilização vem sendo criado pelos trabalhadores, exemplo as greves dos mineiros que vem mobilizando milhares de trabalhadores neste país.


 Aqui na América Latina a crise já dá sinal de pouso não é atoa que trabalhadores Argentinos e Bolivianos, e a juventude Chilena vêm protagonizando grandes lutas e mobilizações nos últimos meses e aqui no Brasil não é deferente.


 DILMA escorada em uma politica de incentivos fiscais aos grandes empresários vide IPI para montadoras e para as empresas de eletro domésticos, os incentivos aos latifundiários através do agro negocio e os juros altíssimos aos banqueiros, enquanto empresta dinheiro para seus aliados através do BNDS a 6% ao ano, e os créditos fácil aos trabalhadores com juros altíssimos, os quais já levou a maioria dos trabalhadores a um endividamento de em média 30 a 40% de seu orçamento e outras politicas compensatórias vem mantendo o Brasil como um pais ainda sem maiores consequências desta crise, isto é o que eles falam para manter a popularidade da presidente.


 Só que as coisas não têm funcionado bem assim, o superávit primário de menos de 1% e a quebradeiras das pequenas e médias empresas dita que as coisas não andam tão bem assim, não é atoa que as centrais pelegas CUT\FORÇA SINDICAL\CTB a menos de quinze dias atrás atendendo um chamado da presidente para defender o seu governo foram a BRASILIA para levar sua solidariedade ao governo, logo em seguida DILMA libera mais incentivos aos empresários reduzindo seus impostos na folha de pagamento e estendendo o IPI as montadoras até o final do ano.


 Por outro lado para garantir seus compromissos de campanha com os empresários das empresas de ônibus em centenas de cidade pelo país vem realizando aumentos abusivos das passagens de ônibus, criando uma grande revolta da juventude e de setores da população.


 Junto a isso DILMA e seus aliados acenam com mais ataques aos direitos dos trabalhadores, querem aprofundar os ataques à previdência publica através do fator 95\105 para aposentadoria, mesmo o STF tendo decidido que a reforma da previdência foi realizado com compra de votos dos deputados com a máfia do mensalão, eles mantem esta reforma que retirou direitos dos trabalhadores, e por cima através de seus aliados como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC\CUT que presta um desserviço à classe trabalhadora patrocinando um anti projeto de lei que permite que os patrões retirem direitos fundamentais dos trabalhadores através do chamado acordo coletivo especial que se encontra no congresso em apreciação, este acordo se aprovado como lei, tudo que hoje existe na CLT que foi fruto de anos de luta da classe trabalhadora pode ser retirado, porque neste acordo o negociado sobre prevalecerá sobre o legislado, horas extra, FGTS, férias, decimo terceiro salario, auxilio maternidade, estabilidade da gestante etc.. Poderá ser negociado pelos sindicatos e retirado dos trabalhadores.


 Grande Marcha a Brasília contra tudo isso no dia 24 de abril


 As entidades combativas e de luta do nosso país que não se renderam ao capital, e setores mesmo de algumas destas entidades que já mudara de lado, estão se mobilizando em todo o pais e vão resistir estes ataques do governo e dos patrões, formou se um fórum que conta com quase 20 entidades nacionais chamado ESPAÇO DE UNIDADE DE AÇÃO que congrega setores da CUT denominado CUT PODE MAIS, setores da CTB, MST, FERAESP, CSP CONLUTAS, INTERSINDICAL, MOVIMENTO ESTUDANTIL, APOSENTADOS COBAP, UNIDOS PRA LUTAR, INTERSINDICAL, CNTA, FENASP, CONSEFE, ANDES e varias outras, estão organizando uma grande marcha a Brasília no próximo dia 24 de abril, onde pretendem colocar 30 mil pessoas no planalto protestando contra o governo.


 Nosso partido o PSOL e sua direção tem a responsabilidade de convocar e jogar peso nesta atividade a final somos parte viva da luta dos trabalhadores, estudantes, aposentados, movimento popular em nosso país e não podemos nos omitir desta grande luta, mão a massa, vamos colocar milhares de bandeiras e militantes do PSOL em BRASÍLIA DIA 24 DE ABRIL!


* Joaquim Aristeu (Boca) É militante da LSR – Corrente interna do PSOL em Jacareí-SP, do Bloco de Resistência Socialista e da direção da CSP- Conlutas do Estado de São Paulo.

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Reforma Agrária quando...? Ou radicalizamos a luta por uma reforma agrária de fato ou abandonamos de vez essa bandeira!

"Quero ver do Sul ao Norte

O nosso caboclo forte
Trocar a casa de palha
Por confortável guarida
Quero a terra dividida
Para quem nela trabalha." 
                                             (Patativa do Assaré)


*Por Pedro Ferreira

Terminaremos 2012 novamente como um dos piores anos das ultimas décadas no processo da política de assentamento de novas famílias por parte do governo federal. Por outro lado vemos um crescimento do agronegócio não apenas através do apoio econômico do governo federal como também através de leis que flexibilizam as leis trabalhista no campo, que afrouxou na punição de crimes ambientais, que possibilita a usurpação dos territórios indígenas entre outros. Pois foi nesse sentido que foi aprovado o novo código florestal e a portaria 303 que permite a remarcação das terras indígenas e outras tantas derrotas que sofremos no congresso nacional por parte da bancada ruralista e do governo Dilma. Militantes dos movimentos de luta pela terra afirmam que vivemos em um período de reformas de base em favorecimento ao agronegócio.

Nos últimos anos tenho participado ativamente de ocupações, marchas entre outras mobilizações dos movimentos campesinos de luta pela terra em Goiás e no Brasil, bem como participando dos espaços de articulação política. Há alguns anos temos feito a analise do abandono por parte do PT e dos governos liderado por esse partido, do abandono da reforma agrária. Nesse sentido construímos varias ações conjuntas no sentido de fortalecer a luta pela terra, ou no mínimo manter a chama acesa.

O fato da maioria dos movimentos camponeses terem uma relação histórica com o PT fez com que nos últimos anos suas direções (cooptadas) recuassem nas ocupações e pressões mais aguda ao governo federal. Por outro lado sem vitórias concretas, formação e trabalho de base os movimentos perderam boa parte de suas bases que preferiram irem para as cidades atraídas pelo crescimento da oferta de trabalho (precarizado), políticas compensatórias e o mercado de consumo (endividamento).

O encontro unitário dos povos do campo realizado no mês de agosto em Brasília foi um avanço no processo de construção de unidade das organizações que atuam no campo, não só camponesa, como também os indígenas, quilombolas e ribeirinhos. E um exemplo do potencial revolucionário que a questão agrária tem no país. No entanto também mostrou as vacilações por parte das direções dos movimentos em relação a ações mais radicais de ruptura com o governo (o discurso do mal menor acaba definindo nossas ações).

Já o governo federal profundamente aliado com a burguesia agrária não vacila um instante em coordenar um processo de anti-reforma agrária profundo, de ataques ao que a luta camponesa conquistou sob o sangue de muitos camaradas que tombaram ao longo do caminho.

Os movimentos de luta pela terra encontram se numa encruzilhada - radicalizar ou não a luta por reforma agrária no Brasil. Romper ou não com o governo petista (o mal menor para muitos). Um dilema que pode ser facilmente resolvido, precisamos apenas resgatar o papel do movimento popular combativo. Ora não devemos nos aliar com nenhum governo que não defende e nem representa os nossos interesses. O papel do movimento popular é pressionar através da luta os nossos direitos negados e usurpados.

É inegável a necessidade de uma reforma agrária de fato no Brasil, bem como das organizações de luta da classe trabalhadora assumir e tocar essa luta nunca de forma isolada, mas conjunta com as lutas por uma transformação econômica e social no país.

Se as ações de articulação e mobilização desencadeadas, sobretudo depois do encontro unitário dos povos do campo não se tornarem em ações concretas como ocupações conjuntas de latifúndios e órgãos públicos, paralisação de rodovias, marchas e o acampamento permanente em Brasília. Devemos decretar o fim da luta pela reforma agrária no Brasil, sobretudo para ás milhares de famílias que ainda resistem nas margens das rodovias em baixo de barracas de lona em situação degradante na esperança de um dia ter um pedacinho de terra para produzir e sobreviver.

Mas se a opção é continuar levando adiante essa bandeira devemos parar de fazer discursos e lamentos sobre a traição do governo do PT. Façamos de fato de 2013 um ano de luta camponesa incessante no campo e na cidade, juntamente com o conjunto das organizações de luta da classe trabalhadora. Pois afinal de conta a nossa luta não é apenas por reforma agrária e sim pela superação do sistema capitalista e construção do socialismo.

*Pedro Ferreira é educador e militante dos movimentos populares de Goiás e do Bloco de Resistência Socialista. 

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ABRIR MÃO DO DIREITO DE GREVE E ACEITAR O BANCO DE HORAS É AS PROPOSTAS QUE ESTÃO POR TRÁS DO RECONHECIMENTO DO PEF COMO PLR NA AMBEV DE JACAREI

*Por Joaquim Aristeu (Boca)


Foto: ABRIR MÃO DO DIREITO DE GREVE E ACEITAR O BANCO DE HORAS É AS PROPOSTAS QUE ESTÃO POR TRÁS DO RECONHECIMENTO DO PEF COMO PLR NA AMBEV DE JACAREI 
Desde junho de 2012 que a gerencia da AmBev de Jacareí, uma das maiores unidades em produção da companhia vem tentando a todo custo enfiar uma proposta para fechamento da campanha salarial que impõe uma aceitação de um programa de remuneração variável chamado PEF ( de Excelência Fabril).
Por trás deste nome bonito esta o atrelamento de varias metas absurdas, metas estas que são impostas pela direção coorporativa da companhia sem que a direção do Sindicato e os trabalhadores possam interferir participando da elaboração das mesmas. 
E que metas são estas
Não poderá existir greve durante a vigência do
 mesmo, se ocorrer a unidade será desclassificada.
Para que seja comprido a politica de custo da mesma, chamado OBZ, não pode pagar horas extras durante a vigência do mesmo, então tem que existir o banco de horas.
Precisa ser reduzido a zero os acidentes graves na fabrica e não pode ocorrer nenhum tipo de acidente fatal, se isso vier ocorrer a unidade estará fora da premiação
As metas de produção são altíssimas e nelas estão embutidas as famosas avaliações individuais que obriga os trabalhadores a uma burocracia de preencher diversas planilhas e participar de reuniões nos finais de turno de trabalho sem receber horas extras.
Nos meses de outubro a março e em especial no natal e carnaval enquanto todos estão festando os trabalhadores da AmBev estão trabalhando, nesta época chegam a trabalhar até 60 dias sem folgas.
Com isso o assédio moral e os acidentes do trabalho são uma constante,
 fazendo da AmBev uma das empresas com maior índice de acidentes e doenças do trabalho na Região, inclusive com um acidente fatal em março deste ano. 
É bom dizer que este programa de remuneração variável chamado PEF, NÃO GARANTE ANTECIPADO NENHUM VALOR, depende daquilo que a empresa faturar durante o ano de vigência e a premiação é destinada as 10 melhores colocadas entre as mais de trinta unidades da companhia, ou seja o trabalhador pode se matar de trabalhar e depois ser desclassificada por um acidente fatal como ocorreu em Jacarei neste ano, ou uma greve por salários na data base.
O QUE ELA DA EM TROCA DESTE SACO DE MALDADE
7,5% DE AUMENTO EM UMA DATA BASE QUE SE ARRASTA DESDE O MÊS DE JULHO
800 REAIS DE ABONO
40% DE UM SALARIO COMO PLR EM MARÇO, HAJA VISTO QUE OS TRABALHADORES JÁ ESTÃO DECLASSIFICADO DEVIDO AO ACIDENTE FATAL QUE OCORREU EM MARÇO
Esta correto a direção do
 sindicato em não ter aceitado a levar para assembleia este saco de maldade, aceitar um índice que chega a ser até menor que a concorrente e um abono de apenas 800 reais e uma garantia de PLR, PEF de menos de meio salario, em troca do reconhecimento deste programa de metas abusivo seria aceitar que não vai fazer mais greve, vai acatar este banco de horas que diga se de passagem não é reconhecido pelo sindicato e aceitar que a culpa pelos acidentes são dos trabalhadores.
Nós como parte da diretoria executiva da CSP CONLUTAS ESTADUAL SÃO PAULO, apoiamos a posição dos diretores do sindicato que são contra esta proposta e temos levado a todos os fóruns de discussão sindical onde participamos a denuncia desta politica ante sindical da maior cervejaria do mundo, a exemplo do que ocorreu no ultimo dia 28 de novembro em Brasília em uma plenária com centenas de sindicatos, centrais e confederações onde fizemos uso da palavra para
 denunciar esta pratica da AmBev de Jacareí.
JOAQUIM ARISTEU BENEDITO DA SILVA
MEMBRO DA DIRETORIA EXECUTIVA DA CSP CONLUTAS ESTADUAL SÃO PAULODesde junho de 2012 que a gerencia da AmBev de Jacareí, uma das maiores unidades em produção da companhia vem tentando a todo custo enfiar uma proposta para fechamento da campanha salarial que impõe uma aceitação de um programa de remuneração variável chamado PEF ( de Excelência Fabril).


Por trás deste nome bonito esta o atrelamento de varias metas absurdas, metas estas que são impostas pela direção coorporativa da companhia sem que a direção do Sindicato e os trabalhadores possam interferir participando da elaboração das mesmas.


E que metas são estas


Não poderá existir greve durante a vigência do mesmo, se ocorrer a unidade será desclassificada.

Para que seja comprido a politica de custo da mesma, chamado OBZ, não pode pagar horas extras durante a vigência do mesmo, então tem que existir o banco de horas.


Precisa ser reduzido a zero os acidentes graves na fabrica e não pode ocorrer nenhum tipo de acidente fatal, se isso vier ocorrer a unidade estará fora da premiação.


As metas de produção são altíssimas e nelas estão embutidas as famosas avaliações individuais que obriga os trabalhadores a uma burocracia de preencher diversas planilhas e participar de reuniões nos finais de turno de trabalho sem receber horas extras.


Nos meses de outubro a março e em especial no natal e carnaval enquanto todos estão festando os trabalhadores da AmBev estão trabalhando, nesta época chegam a trabalhar até 60 dias sem folgas.

Com isso o assédio moral e os acidentes do trabalho são uma constante, fazendo da AmBev uma das empresas com maior índice de acidentes e doenças do trabalho na Região, inclusive com um acidente fatal em março deste ano.


É bom dizer que este programa de remuneração variável chamado PEF, NÃO GARANTE ANTECIPADO NENHUM VALOR, depende daquilo que a empresa faturar durante o ano de vigência e a premiação é destinada as 10 melhores colocadas entre as mais de trinta unidades da companhia, ou seja o trabalhador pode se matar de trabalhar e depois ser desclassificada por um acidente fatal como ocorreu em Jacarei neste ano, ou uma greve por salários na data base.


O QUE ELA DA EM TROCA DESTE SACO DE MALDADE


7,5% DE AUMENTO EM UMA DATA BASE QUE SE ARRASTA DESDE O MÊS DE JULHO 800 REAIS DE ABONO


40% DE UM SALARIO COMO PLR EM MARÇO, HAJA VISTO QUE OS TRABALHADORES JÁ ESTÃO DESCLASSIFICADO DEVIDO AO ACIDENTE FATAL QUE OCORREU EM MARÇO


Esta correto a direção do sindicato em não ter aceitado a levar para assembleia este saco de maldade, aceitar um índice que chega a ser até menor que a concorrente e um abono de apenas 800 reais e uma garantia de PLR, PEF de menos de meio salario, em troca do reconhecimento deste programa de metas abusivo seria aceitar que não vai fazer mais greve, vai acatar este banco de horas que diga se de passagem não é reconhecido pelo sindicato e aceitar que a culpa pelos acidentes são dos trabalhadores.


Nós como parte da diretoria executiva da CSP CONLUTAS ESTADUAL SÃO PAULO, apoiamos a posição dos diretores do sindicato que são contra esta proposta e temos levado a todos os fóruns de discussão sindical onde participamos a denuncia desta politica ante sindical da maior cervejaria do mundo, a exemplo do que ocorreu no ultimo dia 28 de novembro em Brasília em uma plenária com centenas de sindicatos, centrais e confederações onde fizemos uso da palavra para denunciar esta pratica da AmBev de Jacareí.


*JOAQUIM ARISTEU BENEDITO DA SILVA  É MEMBRO DO BLOCO DE RESISTÊNCIA SOCIALISTA E DA DIRETORIA EXECUTIVA DA CSP CONLUTAS ESTADUAL SÃO PAULO

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Usar método da CUT para tentar ganhar uma eleição não resgata a democracia operaria



*Por Joaquim Aristeu Benedito da Silva (Boca)

Se aliar a CUT principal defensora do mensalão e do projeto do ACE que flexibiliza as leis trabalhistas, caluniar militantes históricos de luta na categoria e infiltrar funcionário de confiança dentro de um processo eleitoral para tumultuar a coleta de votos, tentar agredir militantes de esquerda para garantir o corum eleitoral a qualquer custo, tentar fazer que seja apurado uma eleição mesmo sem que fosse atingido o corum, esta foi a postura dos nossos parceiros da CSP CONLUTAS ( PSTU) na eleição do SINDSAÚDE do Rio Grande do Norte.

Esta eleição ocorreu nos dias 19 e 20 de novembro de 2012, tendo como chapas escritas chapa 1 do grupo alternativo socialista (GAS) que faz parte do BLOCO DE RESISTÊNCIA SOCIALISTA, que atua dentro da CSP CONLUTAS, e chapa 2 formada por militantes do PSTU, CUT.

Num colégio eleitoral de 13013 eleitores votaram 6800, a organização das listagens era de responsabilidade de um funcionário diretor do sindicato dos funcionários dos sindicatos, ligado ao PSTU, que inclusive fez campanha aberta pela chapa 2.

Coincidentemente nos locais de votação onde a chapa 1 tinha mais peso, a listagem foi feita de forma desorganizada e o numero de votantes foi bastante reduzido, nos locais onde a chapa 2 acreditava que teria mais votos a listagem foi feita de forma organizada para favorecimento da mesma.

Esta situação fez com que houvesse muitos erros na hora de votar em especial nos votos em separados, 2200, destes aproximadamente 1000 votos foram anulados pela comissão eleitoral, com isso dos 6800 coletados, apenas 5800 votos seriam validos, e corun exigido para validade da eleição era de 6507 votos, portanto não foi atingido o corum eleitoral conforme determina os estatutos da categoria, Neste sentido o companheiro MIGUEL LEME dirigente nacional da CSP CONLUTAS que coordenava O PROCESSO DE APURAÇÃO, deu por anulado o processo eleitoral, indicando uma nova eleição para o primeiro trimestre de 2013.

Porem fatos estranhos ocorreram neste processo eleitoral, primeiro foi a aliança que a CHAPA 2 majoritária do PSTU fez com a CUT, esquecendo que na CSP CONLUTAS atuamos juntos na denuncia que a CUT hoje é um dos aparelhos do Governo Dilma, apoia o mensalão e a maioria apoia o ACE que vai retirar direito dos trabalhadores.


Também a forma como se desenvolveu a campanha da chapa 2 com calunias e acusações moraes a companheiros que estão no dia dia juntos na construção da CSP CONLUTAS.


Por ultimo a forma que tentaram ganhar a eleição, mesmo sabendo que não havia dado corum, fazendo denuncias infundadas nas redes sociais com acusações levianas e difamatórias e usando da truculência de um de seus dirigentes conforme boletim de ocorrências registrado, onde o mesmo tentou agredir fisicamente um militante da chapa1 para forçar que a apuração fosse feito, mesmo sem que o corum houvesse sido atingido.


Praticas como esta não faz parte do nosso programa de construção da CSP CONLUTAS e muito menos na esquerda socialista e combativa, este tipo de ganguisterismo é coisa da força sindical e hoje da CUT que parte para o Vale tudo para ganhar uma eleição, é desta forma que nossos camaradas do PSTU DEFENDE A DEMOCRACIA OPERARIA?


*Joaquim Aristeu é membro do Bloco de Resistência Socialista - Sindical e Popular e da Coordenação executiva da CSP-Conlutas de São Paulo.

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Time Agro Brasil: O Jogo ainda não acabou!


*Por Pedro Ferreira

É sabido que no ultimo período o setor ruralista
 tem nadado de braçada no Brasil. Com uma bancada extremamente forte no congresso nacional, cargos importantes no executivo e uma grande influência no judiciário - Tem conseguido aprovar leis importantes para o fortalecimento do setor a exemplo das recentes alterações no código florestal, mas, sobretudo conseguiu vencer a batalha ideológica sobre a necessidade de uma reforma agrária no Brasil, e não contente agora avança para usurpar as terras que ainda estão em poder dos camponeses, quilombolas e dos povos indígenas.

Apesar de toda a sua força política o modelo agrícola brasileiro não é só extremamente maléfico ao meio ambiente como também não tem nenhuma função social.  Por tanto se hoje tem algum prestigio na sociedade é devido à falsa propaganda de desenvolvimento que o mesmo trás e a falta de esclarecimento da população do que de fato representa o atual modelo agrícola brasileiro pautado na monocultura e extensa concentração de terra.

A Confederação Nacional da Agricultura e demais representantes do agronegócio sabem bem o que produz como também sabe o que devem fazer para que a maioria da população continue sem saber. Eis ai o grande objetivo do “Time Agro Brasil” programa de marketing que tem como garoto propaganda o produtor rural Pelé (que é também por acaso considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos). Programa esse que tem como principal objetivo esconder da população o que de fato é o agronegócio brasileiro.

Uso indiscriminado de agrotóxico, trabalho escravo, monocultura, usurpação dos territórios quilombolas e indígenas, extermínio dos povos indígenas, produção para exportação. Eis ai alguns exemplo do quanto de desenvolvimento o Time Agro coloca em campo, ou melhor, no campo. Mas isso você não verá nos comerciais e demais materiais de propaganda.

O Time Agro lhes apresentará um campo bonito, com o belo sorriso do rei do futebol Pelé exaltando os heróis do Brasil, e por fim dona Kátia Abreu – Senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura falando que eles produtores suam a camisa para manter o desenvolvimento do Brasil - Grande produtora que nunca se quer pegou no cabo de uma enxada.

Mas se eles pensam que o jogou acabou falamos como Raul – Oh baby, a gente ainda nem começou. A luta por terra, território e dignidade não esta encerrada, movimentos campesinos, quilombolas, indígenas como todos aqueles que apoiam a luta por uma reforma agrária de fato no nosso país nos articulemos e sacudamos esse país de norte a sul com o que de melhor sabemos fazer- Ocupar, resistir e produzir.

*Pedro Ferreira - Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista.

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