segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cachoeira e o chefe da Veja


Desde a eclosão da Operação Monte Carlo circulam boatos sobre as sinistras relações do mafioso com jornalistas da Veja.

Por Altamiro Borges 

A Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que levou Carlinhos Cachoeira para a cadeia, segue destruindo a imagem dos falsos moralistas. Após revelar os vínculos do mafioso com o líder dos demos Demóstenes Torres, surgem agora provas sobre as íntimas relações com o editor- chefe da Veja, Policarpo Júnior – um dos participantes da entrevista desta semana com a presidenta Dilma.      
Segundo o blogueiro Luis Nassif, especialista em desmascarar as falcatruas da publicação da famiglia Civita, as escutas telefônicas da PF revelam que Cachoeira e o chefão da Veja se falaram mais de 200 vezes nos últimos meses. Abaixo, o texto publicado por Luis Nassif. Vale conferir a bomba:      
“Operação Monte Carlo chegou na Veja    
Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.    
As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasília Policarpo Jr.
Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.     
Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara.    
Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.     
Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos”.     
Nesta semana, a revista Veja publicou uma entrevista bastante elogiosa com a presidenta Dilma Rousseff. Ela também, depois de muito relutar, postou uma matéria sobre as relações entre o criminoso Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres – um antigo queridinho da publicação. Será que os grampos da PF, agora revelados por Luis Nassif, explicariam esta estranha guinada?      
Desde a eclosão da Operação Monte Carlo circulam boatos sobre as sinistras relações do mafioso com jornalistas da Veja. Agora, as gravações da PF fecham o cerco sobre a publicação da famiglia Civita.
 Artigo originalmente publicado na edição impressa 474 do Brasil de Fato

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