‘Discute a
necessidade de assumirmos na nossa luta cotidiana um discurso classista, como
também potencializarmos o fora Marconi para além do discurso moralista. ’
*Por
Pedro Ferreira
Na ultima sexta-feira
(11/05), a RECID-GO realizou a segunda reunião ampliada com os movimentos
populares de Goiás, com o objetivo de diante da fragmentação das organizações
da classe trabalhadora, assim como de lutas e bandeiras, construir uma pauta
mínima que consiga unificar as organizações de luta da classe trabalhadora em
uma frente única.
A reunião começou com a
apresentação do vídeo ‘Maio nosso maio’ segue link (http://vimeo.com/23105830) que
mostra a história do dia da classe trabalhadora, fazendo uma reflexão no que
infelizmente se tornou o mesmo.
Logo após as organizações
foram instigadas a refletir sobre os limites e desafios para as organizações da
classe trabalhadora, assim como a concepção a cerca do que entendem como poder
popular.
Novamente foi ressaltada a
necessidade de construção da unidade das organizações da classe trabalhadora,
pautando um projeto anticapitalista com vista à superação do capitalismo.
Vivemos uma conjuntura difícil, sobre tudo após a eleição do governo Lula que
mostrou uma grande contradição e diferenças entre as diversas organizações.
‘Parte da esquerda hoje acredita que pode humanizar o capital’ (Frei Marcos).
No entanto as organizações acreditam construir essa unidade na luta, em torno
de pautas comuns que são defendidas pelos mais diversos grupos.
Também foi colocada a
necessidade de assumirmos um discurso classista, abandonando assim palavras e
termos que não nos identificam enquanto classe. Mas também respeitar os grupos
que tem uma compreensão diferente.
Foi reafirmado também que a
luta por reforma agrária, contra o novo código florestal, contra a privatização
na saúde, contra o sucateamento da educação pública, por reforma política, pela
democratização dos meios de comunicação, pelo Fora Marconi e Demóstenes e por
novas eleições, como sendo pautas que unificam os movimentos populares de
Goiás.
Potencializar
o Fora Marconi para além do discurso anticorrupção
As organizações presentes
fizeram um longo debate a cerca da necessidade dos movimentos populares de
Goiás potencializarem as mobilizações pelo Fora Marconi que vem acontecendo de
maneira quase espontânea e sem nenhuma direção.
“É incrível como os
movimentos populares e a esquerda goiana de uma forma em geral tem acompanhado
com apatia essas mobilizações, os caras estão auto se destruindo, abriu-se uma
oportunidade que já mais imaginaríamos em séculos e temos vacilado em afundar
os caras”. (Zelito – Terra Livre)
Discutiu se a necessidade de
ocupar esse espaço, pautando o porquê queremos o fora Marconi. “Queremos o fora
Marconi pela privatização dos bens públicos, por não ter uma política de apoio
agricultura familiar e camponesa no estado, pela política de segurança pública
de criminalização da pobreza e dos movimentos populares, pelo sucateamento da
educação entre outros.
Nesse sentido foi
encaminhada a elaboração de um texto nesta linha do por que queremos o fora
Marconi e distribuí-lo nas próximas mobilizações, como também potencializar e
incentivar a criação de comitês populares pelo Fora Marconi, a exemplo da
iniciativa da criação da frente sindical e popular articulado por varias
organizações da esquerda goiana, sendo importante participarmos da plenária que
esta sendo puxado por essa frente no dia 15/05 ás 19h00 na faculdade de
educação.
Continuar
as articulações em torno da busca pela unidade da classe trabalhadora goiana
Nesse sentido foi
encaminhado um encontro para aprofundarmos a nossa concepção a cerca do projeto
popular para o dia 29 e 30 de junho, fortalecendo assim nossas ações. Também
foi marcada a data da terceira reunião ampliada com os movimentos populares de
Goiás que acontecerá no dia 30 de Maio ás 18h30 na CAJU.
*Educador Popular e Militante do Bloco de Resistência Socialista.
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