*Joaquim Aristeu Benedito da Silva (Boca)
Em base a uma nota denuncia nossa enviada ao site do Ministério Publico do Trabalho às 9 horas e 22 minutos do dia 01 de fevereiro de 2012, exatamente 15 horas depois da morte do trabalhador Fabiano Cleito silva 25 anos e posteriormente copiada pelo Sindicato e protocolado no MINISTÉRIO PUBLICO DO TABALAHO, deu origem a um inquérito Civil Publico que recebeu o Nº 000034.2012.15.002/2, e mesmo a primeira denuncia tendo sido nossa como Vice presidente da CIPA conforme folha 12 do processo, o procurador determinou que fosse lavrado como denunciante o Sindicato.
Depois de instalado o inquérito outras denuncias nossa como a ata paralela que elaboramos, nosso relatório paralelo ao relatório da CIPA e relatório que assinamos em conjunto com o sindicato foi anexado ao ICP.
Baseado em nossas denuncias o Ministério Publico abriu uma serie de procedimentos, exigiu uma infinidade de documentos junto a empresa, solicitaram junto a policia civil o relatório das investigações policiais e junto ao Ministério do trabalho e Emprego todos os laudos da investigação feita pelo mesmo, diga se de passagem fiscalização do Ministério do trabalho também solicitado por nós e pelo sindicato, e posteriormente o MPT, mesmo depois da comprovação do MINISTERIO DO TRABALHO DE VARIOS ERROS DE PROCEDIMENTOS POR PARTE DA AMBEV, elaborou a sua decisão a partir dos depoimentos dado a policia pela Técnica de segurança da OMICA, e outro trabalhador sobrevivente da Homica e outras testemunhas inclusive chefia da AmBev e da terceira, exceto nós que havíamos feito a denuncia e tínhamos posição contraria ao relatório da CIPA.
Verificando o relatório de conclusão feito pelo engenheiro Sebastião do Ministério do Trabalho verifiquei que o mesmo na maioria daquilo que denunciamos, ele comprovou e notificou a empresa, inclusive que as condições do telhado era péssima, que não existia linha de vida, que o técnico de segurança da AmBev não foi até o local fazer analise de risco e varias outras notificações.
E uma outra questão que sequer foi levantado foi a pouca experiência da técnica de segurança da OMICA que nem qualificada ainda era pelo MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, e não sabemos de onde tirou se uma conclusão que o Morto participou do dialogo de segurança, e uma outra questão no formulário de PTR não consta as observações as quais alegam ter sido feito aos trabalhadores para que os mesmos não circulassem por cima das telhas e que não havia linha vida.
Uma outra questão que se tivesse tido um acompanhamento mais eficiente por parte de nosso sindicato, poderia ter influenciado foi a demissão do Sr CRISTIAN lesionado que fazia serviço compatível executando trabalho de ATP na área da civil, onde o mesmo esta com uma ação na justiça do trabalho onde o mesmo alega que sua demissão foi porque sabia demais sobre a existência ou não de linha vida e das responsabilidades por não ter.
A partir da polemica criada nesta semana sobre a nossa demissão onde o sindicato faz uma serie de calunias e difamação contra nós, acusando de termos em conjunto com a CSP CONLUTAS DE TERMOS NEGOCIADO, VENDIDO o nosso mandato na cipa e o pior que nós negociamos a omissão com relação a manter as denuncias sobre a morte do trabalhador, fomos até o MINISTÉRIO Publico do trabalho e solicitamos vista neste processo, já que somos parte e fomos nós que apresentamos a maioria das denuncias.
Foi ai que notamos total omissão por parte de nosso sindicato com relação ao acompanhamento deste inquérito, não presenciamos nenhum movimento do sindicato nestes quase 5 meses que se passaram depois da denuncia e instauração do inquérito, se quer foi colocado um engenheiro ou técnico de segurança para acompanhar este processo, não há um questionamento com relação aos depoimentos das testemunhas e da empresa e este abandono teve conseqüências veja a decisão do procurador que cuidou do caso.
Que baseado no depoimento na policia e depois os depoimentos feito na procuradoria pela técnica de segurança e trabalhador sobrevivente constatou se então que os responsáveis pela morte foi do morto e do seu companheiro de trabalho que cometeram falha humana que resolveram a soltar o talabartes da ancoragem para percorrer sobre as telhas, criando o risco de acidente, e ainda aparece a tal analise de risco onde diz que existia pontos de ancoragem, que pode ter sido colocado por algum fantasma durante a noite depois do acidente alías existe muitos fantasmas dentro da AmBev e este fantasmas são poderosos, foram eles que causaram a demissão do CRISTIAN.
NESTE SENTIDO O MERITÍSSIMO PROCURADOR DETERMINA O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO, UM TREMENDO ABSURDO.
Neste sentido proponho que de imediato o sindicato que é o dono do processo faça a impugnação deste arquivamento fazendo um recurso de imediato.
Imediatamente tirar copia de todo o volume do processo, inclusive a documentação em anexo, diga se de passagem é muitos documentos, contratar imediatamente de um engenheiro de segurança ou melhor um perito, eu sugiro o DR António Ferreira, Toninho ex papeleiro e saúde ele além de ser técnico de segurança muito experiente é perito e advogado e junto com a Dra Nicia advogada do sindicato e com a nossa ajuda e de outras pessoas como o CRISTIAN, VALTER GILDO E OUTROS QUE PARTICIPARAM DAS INVESTIGAÇÕES DO NOSSO LADO É CLARO, elaboremos uma defesa exemplar e com certeza vamos mudar esta estória e responsabilizar a AmBev pelo acidente e a morte do trabalhador.
Caso contrario eles vão passar por correto e que tinham motivos para aplicar a justa causa em mim, e não param em mim se eles tiver esta vitória responsabilizando o morto pelo acidente vão tentar algumas represálias contra Valter Gildo, Paquinha, que bateram de frente na eleição da cipa que originou o relatório que foi um dos responsáveis pela minha demissão e no dia o gerente disse que depois de uma posição do MPT OUTRAS demissões poderia ocorrer.
Espero que esta minha contribuição sirva para alertar sobre os riscos que existe e não mais para uma polemica e gerar mais uma enxurrada de calunias e difamação contra nós, vamos assumir cada um de nós a nossa responsabilidade.
*Joaquim Aristeu Benedito da Silva - É militante do Bloco de Resistência Socialista, da CSP- Conlutas - SP e Trabalhador aposentado da AMBEV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário