Mais um incêndio contra os pobres a favor da especulação imobiliária!
Após o incêndio que destruiu cerca de
300 barracos na favela do Piolho, Zona Sul de São Paulo, as famílias
continuam sem nenhuma assistência. A única representação do Estado nas
imediações da comunidade é a PM, numa nítida iniciativa de inibir que as
famílias voltem a montar barracos. Abandonadas, muitas famílias
improvisam barracos na calçada e organizam uma cozinha comunitária para
alimentar principalmente as crianças.
Em reunião com representantes da favela,
a prefeitura sinalizou que não permitirá a volta das famílias. O
senador Eduardo Suplicy esteve na favela no último dia 7 e fez, em
conjunto com os moradores, uma carta de reivindicações para ser entregue
ao prefeito Gilberto Kassab.
Na mesma semana, Kassab anunciou um
pacote de mais de R$ 3 bilhões para construtoras e 46 mil despejos na
cidade, comprovando para quem ele governa.
O MTST acompanha a situação da favela do
Piolho e presta solidariedade aos trabalhadores que tiveram suas casas
incendiadas. Resistir aos incêndios, que curiosamente afetam favelas nas
regiões mais valorizadas da cidade, é lutar contra a especulação
imobiliária, as grandes construtoras e o Estado que as protege.
Fonte: MTST http://www.mtst.org
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