quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Todo apoio às greves dos bancários, metalúrgicos, construção civil e trabalhadores dos Correios




Em assembleias realizadas nesta segunda-feira (17), bancários de todo país decidiram por greve por tempo indeterminado.  Os metalúrgicos do ABC, na grande São Paulo, na última sexta-feira (14), também decidiram parar suas atividades nesta terça.  Essas categorias reivindicam reajustes acima da inflação.



Os bancários decidiram entrar em greve, diante da intransigência da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que apresentou reajuste salarial de somente 6%.  A categoria reivindica 10,25%, piso salarial de R$ 2.416,38 e participação sobre lucro de R$ 4.961,25.

De acordo com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), dos 127 sindicatos filiados à entidade, 122 aprovaram a greve.

No ABC paulista, entram nesta terça-feira em greve os metalúrgicos das empresas que ainda não atenderam a principal reivindicação da categoria de reajuste 8%. Isso significa que por volta de 46 mil dos 70 mil trabalhadores da base irão parar. Os 35 mil trabalhadores nas montadoras não participam da campanha neste ano, pois, em 2011, fecharam acordo válido por dois anos, o que os impediu de brigar por aumento real neste ano.

A construção civil do Pará também está parada – Os bancários e os metalúrgicos de ABC paulista se somam aos operários da construção do Pará que também estão em greve por reajuste salarial.

Noventa e cinco por cento dos trabalhadores continuam parados desde o dia 4 de setembro. A greve é unificada pelos sindicatos das cidades de Belém, Ananindeua e Marituba. Esses trabalhadores enfrentam a dureza nas negociações com tentativas da patronal de descontar os dias parados.

Após conseguir liminar, na última sexta-feira (14), que obriga os empresários a pagarem os dias de greve, os operários realizaram assembleia nesta segunda-feira (17) e decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

Eles querem um reajuste geral de 16% e aumentos específicos nos pisos salariais da categoria. Para os profissionais, que hoje ganham R$ 900,00, a entidade reivindica um novo piso no valor de R$ 1.120,00. Para os ajudantes a proposta é que sejam elevados dos atuais R$ 650,00 para R$ 780,00. O direito à cesta básica é outro ponto decisivo nesse impasse, assim como o direito a eleição de delegados sindicais de base, entre outras reivindicações.

Unificar as lutas e as greves para conquistar a vitória – Nesta terça-feira (18) ocorre a assembleia dos trabalhadores dos Correios no qual também decidirão por greve a partir da zero hora do dia 19.  Os metalúrgicos de São José dos Campos também estão convocando paralisações em diversos setores nesta semana.

Mais que nunca é preciso intervir nessas campanhas apoiando incondicionalmente as greves e chamando a unificação das atividades. A CSP-Conlutas entende que é preciso seguir o exemplo da poderosa greve dos servidores federais, que derrotou o governo Dilma (PT), e buscar a unidade das categorias em luta, pois só dessa forma será possível aos trabalhadores conquistarem suas reivindicações.

O apoio da CSP-Conlutas - A SEN ampliada realizada no último dia 5 aprovou uma série de orientações para as campanhas salariais deste segundo semestre. Neste momento, a tarefa prioritária das seções estaduais/regionais de nossa Central é apoiar as greves em curso e chamar a unificação dessas lutas.

Em São Paulo, capital, está previsto um ato unificado no dia 20 de setembro, com as várias categorias, sindicatos e centrais sindicais, exemplo a ser seguido nos demais estados.

As CSP-Conlutas estaduais/regionais e suas entidades filiadas devem se incorporar e chamar a unificação das lutas. Além da defesa das reivindicações dos trabalhadores em greve, vamos denunciar a nova Reforma da Previdência que se pretende aprovar, acabando com a aposentadoria por tempo de contribuição e instituir a idade mínima de 65 anos para homens e 60 para mulheres.

Devemos também denunciar a tentativa de flexibilização das leis trabalhistas através do projeto de lei apresentado que cria o ACE – Acordo Coletivo Especial.

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