*Por
Joaquim Aristeu Benedito da Silva
Os trabalhadores da AmBev de Jacareí SP estão a
quase 4 meses sem o aumento da data base, desde primeiro de julho que a empresa
vem enrolando nas negociações negando a conceder as reivindicações dos
trabalhadores em campanha salarial.
A maior cervejaria do mundo que neste primeiro
semestre alcançou um crescimento de 13,36% em seus faturamentos mantém um
índice de reposição de apenas 7,5%, mais 700 reais desde que se aceite o
reconhecimento de uma política de remuneração variável, chamado PEF como PLR.
Porém este tal PEF é demais perverso para com os
trabalhadores e trabalhadoras, suas metas são muito abusivas, se não bastasse
que as mesmas são impostas pela diretoria e gerencia coorporativa e gerencias
fabril, as mesmas são muito difíceis de serem alcançadas, os índices de
produção são altíssimos, as verbas para investimentos nos maquinários são
reduzidíssimas, (o chamado OBZ), as exigências de qualidade total ( 5s), o
congelamento das promoções atrelado a política de avaliação individual, a
exigência de reuniões fora dos horários de trabalho, o ritmo de produção
acelerado, junto com a polivalência (trabalho em mais de uma maquina) estas
medidas todas e outras para serem cumpridas leva a uma política permanente de
assédio moral por parte da chefia que tem elevado o numero de acidentes na
ambev seja altíssimo e as doenças do trabalho e o estresses aumente perante os
trabalhadores de forma assustadora.
Junto a esta política de aprovação do PEF como PLR
escondido por trás desta que parece uma simples votação esta todas estas
exigências absurdas e o pior, para ter PEF, a gerencia precisa cumprir a meta
de horas extras zero, ou limitar ao máximo possível, só que isso dentro da política
por eles estabelecidas só tem um jeito de atingir esta meta ( BANCO DE HORAS),
e ainda para que o tal do PEF seja alcançado não pode ter conflito na unidade(
ou seja não poderá ter greve), e para completar não é automático cumpriu todas
estas metas recebe o PEF, também existe um limitador de acidentes do trabalho e
morte na empresa se houver morte não tem PEF, cumprido tudo isso se as demais
unidades não tiveram uma colocação melhor você esta candidato a receber o PEF
desde de que as malditorias certifique que toda a pontuação apresentada sejam
comprovadas, quem faz estas auditorias, os cargos de confiança da empresa é
claro., se ficar de fora recebe um premio de consolação de 0,4 salário o que já
ocorreu por vários anos aqui em Jacareí.
Contado toda esta história vamos para o
que ocorreu nestes últimos dois dias.
Depois de muita discussão entre os diretores do
sindicato segundo ficamos sabendo, resolveu se realizar a assembléia, e segundo
informações na mesa de negociação ocorrida ontem o sindicato deixou bem claro
que não iria defender esta proposta, aliás, corretamente iria bater na proposta
e chamar reprovação.
E assim foi feito foi feito no terceiro
turno, houve uma votação onde em torno de 40% dos trabalhadores que pararam na assembléia
votaram contra, em torno de 30% votaram a favor da proposta e outros 30% se
abstiveram de votar.
No primeiro turno outra vez o sindicato se
posicionou contra a proposta da empresa colocou em votação e mais uma vez houve
a reprovação por pelo menos 55%, e em torno de 30% votaram
favorável, e uns 15% se abstiveram de votar.
Veio o turno administrativo, em numero de
trabalhadores muito maior que os outros dois turnos, fomos para os ônibus e
solicitamos que os trabalhadores descesse dos ônibus e participasse da assembléia,
isso foi feito em todos os ônibus que haviam chegado até as 8 horas, ninguém
deste horário quis descer do ônibus entraram apara trabalhar, o sindicato
corretamente foi se embora, entendendo que o setor administrativo havia se
abstido de votar, até porque na ata havia ficado claro que a assembléia seria
realizado nas entradas dos turnos.
Mesmo já tendo sido reprovado a proposta da empresa
em dois turnos, o sindicato retornou a tarde para fazer a consulta consultiva
ao segundo turno, ao chegar na fabrica recebeu a denuncia de alguns
trabalhadores do primeiro turno que estava havendo pressão para eles sair para
fora na assembléia do segundo turno e votar de novo, a favor da proposta,
quando chegou os ônibus do segundo turno, começou a sair gente do primeiro
turno que já havia votado de manhã e o pessoal do administrativo que haviam se
abstido de votar em seu horário.
Foi quando o Sindicato ao meu ver acertado
comunicou os trabalhadores do segundo turno que já havia sido reprovado por
dois turno a proposta e para evitar tumulto e desgastes deles trabalhadores,
até porque a chefaiada estava todos vindo para assembléia estava dispensando
todos os trabalhadores do segundo turno da assembléia, até porque sua votação
não mudaria em nada o resultado haja visto que a maioria que havia participado
e votado já havia reprovado a proposta.
Depois desta posição do sindicato vários chefes e
pau mandado da chefia passaram a tumultuar exigindo votação secreta, o
sindicato mais uma vez em minha opinião acertadamente não aceitou realizar assembléia
pressionada por gente da chefia e seus apoiadores.
A empresa em minha opinião mais uma vez tentou no
grito fazer com que os trabalhadores descem um cheque em branco para ela e
depois em março ela devolveria este cheque aos trabalhadores com um bônus de
0,4 salários, enquanto a chefia estaria com o bolso cheio com o seu bônus que
já chegou até 12 salários no passado, acho eu como apoiador que sou que a
melhor saída é a AmBev retirar esta história de reconhecer o PEF agora, deixe o
mesmo e vote em março quando fechar o resultado do mesmo, ai sim pode até fazer
uma nova assembléia e votar a proposta.
*Este
texto de esclarecimento é de um apoiador e diretor da CSP – Conlutas e do Bloco
de Resistência Socialista que goza de vários simpatizantes e inclusive uma
minoria da diretoria hoje parte da CSP Conlutas.
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