Centrais sindicais apoiam a greve dos trabalhadores europeus em ato unitário no consulado espanhol, em São Paulo
Centenas de trabalhadores organizados pela CSP-Conlutas, CUT, CTB, UGT, CGTB, CTB e NCST, manifestaram seu apoio à Greve Geral convocada por trabalhadores europeus, nesta quarta-feira (14). Essas centrais entregaram no Consulado da Espanha um documento de apoio às mobilizações na Europa.
Os representantes das centrais sindicais defenderam que essa crise do capital não pode ser paga pelos trabalhadores, independente de sua nacionalidade.
O dirigente da CSP-Conlutas, Dirceu Travesso, destacou o momento histórico que representa essa Greve Geral e sua importância, nesse contexto, do ato realizado no Brasil. “Sairemos fortalecidos para enfrentar e dar o apoio para a luta dos mineiros na África do Sul, para os trabalhadores que protagonizam a primavera árabe, para as mobilizações da juventude no Chile, Quebec e também aqui no Brasil. Todos essas lutas são contra o mesmo inimigo: a crise criada pelo imperialismo”, destacou.
Dirceu lembrou que também aqui no Brasil impõem os efeitos dessa crise. Entre eles, a tentativa de demissões na GM, mesmo o setor automotivo recebendo subsídios do Governo, a tentativa de ataques aos servidores públicos, com retirada de direitos, e as privatizações, entre outros exemplos.
“Temos que resistir e lutar contra qualquer tentativa de retirada de direitos e unificar os trabalhadores da GM aos servidores públicos e estudantes para que conseguirmos mostrar a força que temos para combater os efeitos da crise”, salientou Dirceu.
“Viva a classe trabalhadora de todo o mundo”, finalizou o dirigente da CSP-Conlutas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, frisou que não podemos aceitar que a crise do capitalismo chegue ao Brasil. Segundo ele, essa crise aprofunda as desigualdades, preconceitos e intolerância e temos que lutar contra ela. “Os trabalhadores não podem pagar uma conta que não foi feita por eles”, disse.
O vice-presidente da UGT, Laerte Teixeira, destacou que as medidas de austeridade não tem dado certo e agravam ainda mais a crise. “Hoje são eles [trabalhadores europeus], amanha seremos nós [trabalhadores brasileiros] que sofreremos os ataques aos nossos direitos”, informou.
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, denunciou que a pratica de retirada de direitos dos trabalhadores para amenizar os efeitos da crise é errada e só agrava o problema com mais recessão, e que o lucro vai para o bolso do patrão.
O representante da NCST, Nilton Francisco, destacou a unidade do ato. “Conseguimos mostrar a força da unidade dos trabalhadores nesse ato e isso será visto em todo o mundo”.
Já o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, finalizou dizendo que as diversas bandeiras representadas naquele ato consolidam o apoio dos trabalhadores brasileiros à luta dos trabalhadores europeu. “Essa mostra de solidariedade deve ser permanente”, finalizou.
“Não, Não, Não, não à recessão”. Com essa palavra de ordem, os trabalhadores brasileiros demonstraram seu apoio aos trabalhadores europeus, que estão dando a resposta de que não pagarão a conta da crise e são exemplo de luta a ser seguido.
*Do site da CSP-Conlutas
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