As greves realizadas no ano passado foram 24% maiores do que as que ocorrem em 2010, no qual foram registradas 554 ocorrências contra 446 do ano anterior. Esse foi o maior registro desde 1997. Os dados são com base no estudo feito pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O estudo aponta que no período analisado ampliou-se o caráter defensivo dos movimentos grevistas principalmente na esfera pública. Essas mobilizações são por manutenção de condições vigentes, relacionadas a um cenário de aumento da “austeridade” dos governos em seus diferentes âmbitos na negociação com o funcionalismo público.
As greves no setor privado foram em sua maioria registrada da indústria. Na esfera privada, destacam-se também as greves dos trabalhadores da construção, especialmente nas grandes obras de infraestrutura e na região Nordeste, que mobilizaram centenas de milhares de trabalhadores em 2011.
Seguindo a tendência geral, a demanda por reajuste salarial continua a ser a principal reivindicação da esfera pública, e de maneira crescente de 2010 a 2011. Em seguida registram-se as reivindicações por cumprimento, elaboração ou implantação de Plano de Cargos e Salários.
Na esfera privada, o reajuste salarial permanece como principal reivindicação. Em seguida estão as reivindicações por introdução, manutenção ou melhoria do auxílio alimentação e Participação nos Lucros e Resultados.
Para o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida esse estudo revela uma ascensão das lutas. “Esse levantamento vem confirmar uma impressão generalizada no movimento sindical de que há uma retoma das mobilizações, mesmo que acentuada, e isso se reflete na exploração dos trabalhadores, que seguem o caminho das lutas para reivindicar seus direitos. Outro processo é de que há iniciativas que fogem das burocracias sindicais e mobilizam os trabalhadores, como a CSP-Conlutas e o espaço de unidade de ação e que também se expressam nesse crescimento e servem como alternativa de luta para os trabalhadores”, avaliou.
Para ver a íntegra a pesquisa clique aqui
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