O salário mínimo de 2013 foi anunciado às véspera do Natal: R$ 678. O anúncio foi feito com toda pompa pela ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, como se fosse um presente de Papai Noel. O que ninguém diz é que esse valor não é o suficiente para sustentar uma pessoa por mês, muito menos uma família.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo do trabalhador, em outubro de 2012, deveria ser R$ 2.616,41. Quatro vezes maior do que o valor real.
O mínimo mensal deveria suprir as necessidades básicas do brasileiro e de sua família, constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta sexta-feira pelo (Dieese). Segundo a Constituição Federal, o mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transporte, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência.
O reajuste será de cerca de 9% sobre o valor atual, de R$ 622, considerando uma variação real de 2,73% mais a reposição da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 6,1%. Os aposentados do INSS terão 5,63% de reajuste em 2013, índice abaixo da inflação.
As centrais sindicais governistas que antes do governo Lula reivindicavam o salário mínimo do Dieese, agora tem levantado esta “valorização” do salário mínimo como uma grande conquista. Uma vergonha! Esse valor é muito menos que o necessário para se viver. Além disso, os aposentados terão um reajuste abaixo da inflação. Mas, o que está ruim pode ficar pior. Com o pibinho (PIB) em torno de 1% o reajuste do ano que vem deve ser menor ainda, já que o reajuste da aposentadoria está ligado ao aumento do PIB dos anos anteriores.
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