Nesse 29 de Janeiro é comemorado em todo o país o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Essa data nasceu quando em 2004, 27 ativistas trans entraram no Congresso Nacional para o lançamento da campanha nacional: “Travesti e Respeito”.
Desde a criação da data, organizações LGBT´s de todo o país realizam atividades para discutir a questão das travestis e transexuais, como, por exemplo, a vulnerabilidade daquelas que se prostituem, a inclusão no mercado de trabalho, a representatividade política, a formação educacional, a discriminação social e também nos ambientes escolares.
Nós do Setorial LGBT da CSP – Conlutas queremos nos somar a todas as (os) Travestis e Transexuais (TT´s) do Brasil e construir esta data como um dia de luta importante para nós oprimidos.
Infelizmente, a situação colocada para as (os) TT´S é de muito preconceito, discriminação e violência. Nos últimos 20 anos, quase mil transexuais foram assassinadas no Brasil. Uma a cada 10 dias. De acordo com o GGB (Grupo Gay da Bahia), que contabiliza a morte de LGBT´s anualmente em nosso país, só em 2011 morreram 98. As Travestis e Transexuais representam o grupo mais vulnerável, pois além do número de mortes ser proporcionalmente maior do que o de gays e lésbicas, as mortes são violentas e com requintes de crueldade, incluindo muitas vezes tortura, olhos arrancados, observando-se cada vez mais presente armas de fogo, facadas, espancamento e apedrejamento.
Além desse triste quadro, há o grande problema da aceitação da Transexualidade e a luta quotidiana que essas pessoas enfrentam. O reconhecimento do nome social, a demorada fila para conseguir o acompanhamento para a mudança de sexo no SUS (Sistema Único de Saúde) e a pouca inserção no mercado de trabalho são graves problemas que se somam a realidade de uma transexual.
Para nós da CSP – Conlutas, que construímos a luta dos trabalhadores, é fundamental que toda a sociedade conheça, respeite e ajude no enfretamento do preconceito e da discriminação.
Por isso, reivindicamos:
- Garantia do uso do nome social em todos os espaços;
- Registro de nome civil e mudança de gênero nos documentos de forma ágil;
- Fim da patologização das identidades de gênero trans;
- Garantia e ampliação dos procedimentos de transexualização, com acompanhamento psicológico, cirurgia de transgenitalização e distribuição de hormônios gratuitamente pelo SUS, com acompanhamento multiprofissional;
- Política de redução de dados para combater o uso de silicone industrial, oferecendo cirurgias estéticas gratuitamente pelo SUS;
- Políticas públicas que assegurem o ingresso e permanência de travestis e transexuais no mercado de trabalho e nas escolas e universidades;
- Criminalização da transfobia e da homofobia, através da aprovação imediata do PLC-122/06.
Setorial LGBT da CSP-Conlutas
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