A reunião do Espaço de Unidade de Ação, que aconteceu nesta terça-feira (19), em Brasília, deu continuidade aos preparativos da jornada nacional e da marcha que ocorrerá em Brasília, no dia 24 de abril.
Na reunião foram aprovados os materiais unitários de convocação da jornada, que serão impressos nos próximos dias e enviados aos estados.
O mês de março deve ser um período de intenso trabalho de base, com a ampla divulgação do manifesto unitário e muita agitação nas bases das categorias de trabalhadores e movimentos sociais.
Esse trabalho deve ser combinado com o início da organização das caravanas nos estados e a continuidade dos seminários e atividades com todos os setores dispostos a intensificar a jornada.
Em São Paulo, está convocada uma plenária para o dia 2 de março.
Em Minas Gerais, no dia 20 de março, terá um dia estadual de mobilização, com atos de rua pela manhã e plenária das entidades e movimentos à tarde.
Em algumas entidades já estão se concretizando os objetivos de participação na marcha. O CPERS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Sul) vai organizar uma delegação com 10 ônibus. Já na assembleia do Sinte de Santa Catarina (outro sindicato de trabalhadores em educação, filiado à CUT) foi definido enviar uma delegação de dois ônibus organizados pela sede central do sindicato.
A CSP-Conlutas participou de um encontro estadual de trabalhadores assalariados rurais e sem terras do interior de SP. Nesse encontro, a federação que organiza os sindicatos do setor (em torno de 70 sindicatos), a FERAESP e também o MST do Pontal do Paranapanema, se incorporaram à jornada.
Essas entidades estão agora definindo quantos ônibus vão organizar para levar a sua representação para a marcha. Antes do ato em Brasília, esses movimentos estão convocando uma jornada de lutas contra o agronegócio e em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Já os servidores públicos federais seguem com uma intensa agenda de atividades esta semana.
A campanha salarial será lançada nesta quarta-feira (20), com um ato político em frente ao MPOG (Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão).
E, no final de semana, ocorre ainda a reunião da Coordenação Nacional da nossa Central, em São Paulo/SP.
Estarão disponíveis na reunião cartaz, 500 mil jornais da Central sobre a Marcha para serem levados aos estados, cujo objetivo será de massificar a jornada e organizar as delegações. Também será distribuída a cartilha sobre o ACE, preparada pela Central.
Em cada luta que ocorrer ou campanha salarial que se inicia, a realização da marcha deve ser uma referência no calendário de mobilização. Por exemplo, estão em greve nesse momento os servidores municipais de Teresina (PI). Já os operários do Comperj saíram de uma greve vitoriosa. Todas essas lutas devem ter a jornada como referência.
Especialmente no setor da educação a Central tem condições de organizar uma participação ampla da categoria na jornada e na marcha, com a coincidência de datas entre a marcha e a atividade que a CNTE organizará no Congresso Nacional.
Todas essas ações apontam que a CSP-Conlutas e suas entidades filiadas tem condições de construir uma jornada forte em setores expressivos e organizar delegações, a partir do funcionalismo federal, dos trabalhadores em educação, do setor do campo em SP que aderiu à jornada, além dos movimentos populares urbanos, da juventude e dos aposentados, que aderiram à marcha com sua entidade nacional, a COBAP.
Para os demais setores, cujas campanhas se dão mais à frente, a realização da marcha pode marcar o início do seu calendário de lutas, envolvendo setores da vanguarda das categorias.
Na reunião foi ainda deliberado levar às três esferas dos Poderes (Executivo Legislativo e Judiciário) as reivindicações unitárias que apresentamos na jornada e que constituem a plataforma pela qual a Central está se mobilizando.
As principais reivindicações incluem a retirada do projeto de lei do ACE (Acordo Coletivo Especial, proposto pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC/CUT) e todos os demais projetos que ameaçam os direitos trabalhistas, que são muitos na pauta do Congresso.
As entidades que assinam a plataforma de luta reivindicam ainda a revogação da reforma da previdência de 2003, aprovada com votos comprados pelo mensalão, o fim do fator previdenciário e a rejeição à qualquer nova reforma prejudicial aos trabalhadores, como a que pretende instituir o fator 85/95.
E, ainda, toda uma série de bandeiras em defesa do emprego, dos salários, dos serviços públicos, da saúde e educação, moradia, terra, contra as privatizações, contra a criminalização dos movimentos sociais etc.
A entrega dos documentos será organizada para o próprio dia da marcha, 24 de abril, pelas entidades do Espaço de Unidade de ação.
Portanto, agora, a Central orienta que em cada sindicato, movimento popular, na juventude, entre os aposentados e demais setores, em cada estado, a organização da jornada e das delegações. Sem dúvida será intenso período de trabalho pela frente.
Mãos à obra!
Veja, abaixo, os materiais já disponíveis para baixar:
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