As mulheres de São Paulo cobriram de lilás o marco zero da cidade de São Paulo, a Praça da Sé, e exigiram um basta à violência contra as mulheres, direitos iguais e respeito. O vermelho de luta também esteve presente no ato unitário do Dia Internacional da Mulher.
Entidades do movimento sindical, centrais sindicais, movimento popular e estudantil e de luta contra as opressões cobriram com faixas, cartazes a paisagem paulistana para chamar a população para as necessidades das mulheres trabalhadoras. Participaram do ato a CSP-Conlutas, a CUT, a Intersindical e as entidades de mulheres, Movimento Mulheres em luta, Marcha Mundial das Mulheres, Confederação das Mulheres Brasileiras além de sindicatos.
A integrante da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Camila Lisboa, que também faz parte do movimento Mulheres em Luta, pediu a todas as mulheres que descem um “grito de basta contra a violência às mulheres”. Citou o julgamento do caso do goleiro Bruno, condenado, hoje, a 22 anos de prisão, salientando que, infelizmente o caso foi uma exceção, pois muitos homens que assassinam suas mulheres saem impunes. “A CSP-Conlutas quer dizer um basta. Não podemos mais admitir que num país governado por uma mulher ainda exista essa violência contra nós, trabalhadoras”, disse.
Camila falou também do projeto apresentado pelos metalúrgicos de São Bernardo do Campo que ataca os direitos das mulheres, o Acordo Coletivo Especial, que flexibiliza direitos da CLT. Convocou a todas para a marcha em Brasília, em unidade com outros setores, no dia 24 de abril. “A nossa Central vai marchar contra esses ataques e também em defesa das mulheres”.
A dirigente da Central terminou sua saudação dizendo que a manifestação “não era contra os homens e sim contra os patrões e o governo que nos humilham nos exploram e nos oprimem”.
A integrante do Movimento Mulheres em Luta, Gabriela Arione, também reivindicou no ato que a Lei Maria da Penha saia do papel e seja efetivamente aplicada. “Há avanços contra a violência às mulheres, a exemplo da Lei Maria da Penha. Mas essa lei não funciona efetivamente. Além disso, o governo não disponibiliza verba necessária, como casas abrigos, mais delegacias de mulheres para proteger as mulheres agredidas”, ressaltou.
Por volta das 14h30, o ato seguiu em marcha pelas ruas do centro e chamou a todas as mulheres que observavam a manifestação para saírem das calçadas e ocuparem as ruas. E assim a marcha seguiu.
A chuva não intimidou as manifestantes que seguiram, mesmo na chuva, com o ato.
Confira a galeria de imagens do ato:
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