segunda-feira, 29 de abril de 2013

Israel: Sindicato dos Assistentes Sociais se preparam para a próxima batalha

Membro do SSM, Suiher Daska e outros candidatos de esquerda foram eleitos para a liderança do sindicato no cenário de próximas lutas contra austeridade.
 
Doron Ginosar e Efrat Levin, do Movimento Luta Socialista (Socialist Struggle Movement, CWI in Israel/Palestine)
 
Uma conquista significativa para os delegados da oposição a cortes e privatização foi registrada na quinta feira, 9 de abril, quando a conferência do sindicato dos assistentes sociais de Israel elegeu membros do secretariado e sete comissões permanentes da união.
 
Suheir Daska, membro do Movimento Luta Socialista, foi eleito por delegados de Haifa e do Distrito Norte, para uma das dezesseis cadeiras no secretariado, junto com sete membros do movimento progressista dos assistentes sociais, “Atideiru” (Nosso Futuro), e Tami Farber, do Forum de Luta dos Assistentes Sociais. Juntas elas constituíram um reforço significativo das forças de esquerda no sindicato.
 
Membros de longa data do sindicato não se recordam deuma eleição com tantos candidatos, quase 90% dos delegados eleitos foram votar. Isso reflete a luta contínua para a futura direção do sindicato.
Anteriormente, nas eleições de delegados para a conferência pela base, em 29 de janeiro, também viram um significante ganho para os candidatos que desafiaram a atual direção do sindicato com base nas demandas por reforma democrática, por principio, a luta firme por melhorias de salários, e contra corte de orçamento e privatização.
 
Suheir Daksa Halabi e Naama Levin ambas assistentes sociais e membros do SSM iniciaram uma campanha conjunta, introduzindo um programa de 15 reivindicações por mudanças democráticas no sindicato e para preparar para as lutas futuras por maiores salários e contra as medidas de austeridade que virão.
 
Entre outras coisas, eles exigiram que qualquer acordo futuro de trabalho deve ser votado pelos milhares de membros do sindicato, antes de assinarem. Eles pediram a criação de uma sede, de onde a luta pode ser coordenada com todas as organizações de trabalhadores contra as medidas de austeridade e privatização, e lutas para a nacionalização dos serviços de bem-estar privatizados, que deveriam ser geridas de uma forma democrática. Eles também chamaram pelo fim da discriminação racial no orçamento e alocação da força de trabalho para cidades e comunidades palestinas e árabes.
Significativamente, Suheir foi eleito com base nesses principios após enfrentar outros candidatos mais conhecidos, como representante dos assistentes sociais em departamentos de assistência social em municipios Árabes no norte.

Para a próxima luta

Nas últimas três décadas, os serviços sociais foram deliberadamente subfinanciados, com as privatizações de larga escala por diferentes governos capitalistas neoliberais. A carga de trabalho aumenta ano após ano, e o número ridicularmente baixo de assistentes sociais não podem atender às reais necessidades, tendo em conta o aumento da pobreza e miséria social. O saláro absurdamente baixo foram reduzidos ainda mais ao longo da última década, e trabalhadores em setores privatizados sofrem pela falta de emprego e previdência social.
 
A luta dos militantes na assistência social em 2011 não atingiu seus objetivos uma vez que foi vendida pela cabeça de Histadrut (a maior federação sindicalista em Israel) e a liderança conservadora do sindicato dos assistentes sociais. Agora o sindicato deve se preparar para lutar pelas medidas de austeridade que virão, bem como para os ataques aos trabalhadores organizados. Ao mesmo tempo, deve demandar uma melhoria vital de salário e das condições de trabalho.
 
No fim de abril, o sindicato irá para a sua primeira reunião com as lideranças recém-eleitas, e em 12 de junho outra conferência será realizada. Par começar a preparar para a luta contra os novos planos do governo, Suheir irá propor uma resolução que pede a criação de uma sede onde a luta de todas as organizações sindicais, sociais e estudantis possam ser coordenadas, tendo como pauta contra todos os cortes e ataques do governo.
 
Suiher explica: “Nesse período, o governo planeja cortar o abono familiar, salários de trabalhadores do serviço público, incluindo de assistentes sociais, mas também impor medidas de austeridade que irão ferir diretamente os pobres e a classe trabalhadora e intensificar a carga sobre serviços de assistência social que já estão desabando. A necessidade de organizar os trabalhadores pela base para luta e tornar o sindicato um instrumento democrático e combativo dos trabalhadores para defender seus interesses – isso é realmente fundamental”.
 
O resultado da eleição para a conferência do sindicato e do secretariado mostram o potencial para uma mudança efetiva no sindicato. Para que isso aconteça existe a necessidade de organizar reuniões e discussões nos locais de trabalho e no sindicato. E há uma necessidade urgente de colaboração de todos os delegados dedicados para a virada do sindicato como uma estratégia comum que irá pavimentar o caminho para vitórias nas lutas que virão.
 
Para ler mais sobre os ataques que virão e as propostas do Movimento Luta Socialista de como respondê-los, veja também: “There is a future” – of cuts,racism and resistance.

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