Um trabalhador da General Motors de São Caetano do Sul foi encontrado enforcado nas dependências da montadora, na última quinta-feira, dia 25, durante o horário da janta. Segundo familiares da vítima, ele era lesionado e vinha sofrendo pressão na fábrica.
Trabalhadores e cipeiros contam que Pedro Souza da Silva era restrito em razão de acidente de trabalho e doença ocupacional. Ele trabalhava na GM há nove anos e era portador de estabilidade. Por isso mesmo, estava sendo assediado moralmente, com perseguições, pressão para troca de turno e outras intimidações. Tais atitudes o teriam levado a essa situação de desespero. Para a CSP-Conlutas, essas denúncias são muito graves e devem ser investigadas.
O aumento no ritmo de produção tem levado ao crescimento das doenças profissionais e a acidentes de trabalho. A pressão por produção e metas faz com que as empresas queiram produzir mais com cada vez menos trabalhadores.
Aqueles que têm restrição médica não conseguem acompanhar esse ritmo, são discriminados e se sentem constantemente pressionados. Tais fatos podem levar a uma saída desesperada, como colocar fim à própria vida.
São de conhecimento público os constantes suicídios na linha de montagem da empresa Foxconn, montadora de celular chinesa. A empresa chegou a colocar cartazes e fazer os trabalhadores assinarem um termo se comprometendo a não se suicidar.
Essa barbárie não pode continuar. A CSP-Conlutas se solidariza aos familiares de Pedro Souza e exige total apuração das circunstâncias da morte do trabalhador, com acompanhamento pelas organizações sindicais e CIPA.
Pela punição de todos os casos de assédio moral e discriminação dos trabalhadores!
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