quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sindicatos convocam greve na Turquia e manifestações se estendem pelas cidades

Não adiantou o governo recuar da construção do shopping na praça Taksim. Novas manifestações ocorrem na Turquia.
 
A confederação KESK, de servidores públicos, e a DISK, uma confederação de sindicatos de funcionários de indústrias que incluem transporte, construção, saúde e meios de comunicação, convocaram uma greve de um dia. Sindicatos que representam profissionais liberais como dentistas, médicos e engenheiros também aderiram ao movimento, segundo matéria publicada pela Agência Estado (17/06). É um repúdio à repressão policial desfechada contra os manifestantes.
 
A intensa repressão também provocou novos protestos em diversas cidades turcas, que se intensificaram há uma semana, quando a polícia fechou um parque em Istambul e expulsou os ativistas que permaneceram por 18 dias no local. Os manifestantes pedem a deposição do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
 
O primeiro-ministro, Recep Erdogan, anunciou nesta terça-feira que vai aumentar os poderes da polícia após a onda de protestos contra o governo. Se acordo com matéria da Agência Estado, a polícia turca deteve dezenas de pessoas em suas casas e invadiu dois escritórios de meios de comunicação nesta terça-feira, numa operação coordenada em todo o país, informaram advogados e jornalistas locais.
 
Pela lei turca, os detentos podem ser interrogados por quatro dias antes de serem levados ao tribunal para serem libertados ou indiciados.
 
Entretanto, a cada anúncio ou medida repressiva, o povo turco sai as ruas com mais força e determinação.
 
O metalúrgico e membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, esteve semana passada em Stuttgart, Alemanha, e participou de uma manifestação de apoio ao povo turco. Mancha havia ido para um encontro de trabalhadores da indústria automobilística, promovido em decorrência do Encontro Internacional do Sindicalismo Alternativo que aconteceu em Paris, França, no final de março.
 
De acordo com o dirigente, a manifestação em apoio à luta turca era praticamente de imigrantes e reuniu cerca de mil pessoas. Mancha aos se dirigir aos manifestantes na cidade alemão expressou sua solidariedade e da CSP-Conlutas ao movimento: “Somos todos praça Taksim, Avenida Paulista e as praças francesas”, enfatizou.
 
Fonte: Agência Estado/Associated Press/Dow Jones Newswires

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