Já são mais de quinze dias do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza Lima na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Ele sumiu após ser levado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Quando desapareceu, o pedreiro estava nas mãos dos policiais que os levaram sem dizer o motivo. Depois disseram que ele havia sido liberado por ter sido confundido com outra pessoa.
Sua família vive a angústia de um provável assassinato. Nesta terça-feira (30) um corpo em decomposição foi encontrado no local, o que causou apreensão, pois poderia ser o corpo do pedreiro, mas segundo declarações da família à imprensa seria o corpo de uma mulher.
Sua esposa Elizabete Gomes declarou à imprensa ter certeza de que o marido esteja morto. “Não acredito que ele está com vida mais. Já procuramos em tudo o que é lugar e não tivemos resposta de nada. Tenho certeza de que meu marido está morto”.
O sumiço de Amarildo é comum para a maioria de trabalhadores e jovens, pobres e negros. Muitos são presos ilegalmente, desaparecem, são assassinados, vítimas da truculência e da violência policial.
Assim, este é mais um motivo para ampliarmos a campanha “Cadê o Amarildo?”. Exigir uma resposta do que aconteceu com o pedreiro já não pode ser mais uma iniciativa do povo do Rio de Janeiro. Lá, a campanha “Cadê o Amarildo?” está tomando as ruas em cada manifestação, na ocupação em frente ao prédio onde vive o governador Sérgio Cabral e protestos por notícias do pedreiro acontecem nas avenidas de São Conrado, bairro de classe media alta, próximo a Rocinha.
Esse desaparecimento não pode ficar impune. As esferas de governo no Brasil não podem se omitir diante desses crimes contra o povo pobre, trabalhador. Os governos devem ser responsabilizados por essa violência policial. Afinal, suas polícias agem sob os seus mandos.
Assim, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes devem ser responsabilizados pelo desaparecimento de Amarildo. A família tem o direito de saber. O povo carioca quer saber. Nós queremos saber: Cadê o Amarildo?
A CSP-Conlutas vem participando desta campanha desde o Rio de Janeiro e defende que a denúncia do desparecimento de Amarildo e a exigência de que seja encontrado seja uma tarefa de todos nós.
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