Em São Paulo foi dado o pontapé inicial na realização das plenárias estaduais que preparam o dia 30 de agosto – Dia Nacional de Paralisações. A atividade aconteceu neste sábado (10) reunindo diversas entidades. Entre elas, as que representam os metroviários de São Paulo, metalúrgicos de São José dos Campos, servidores públicos federais e judiciários, trabalhadores da alimentação de SJC, químicos de Osasco, representações de coletivos de arte, os DCEs da USP e Unifesp e estudantes da Anel, movimentos populares, Movimento Mulheres em Luta e o Quilombo Raça e Classe.
A mesa estava representada por um representante da CSP-Conlutas Nacional, Paulo Barela, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira – o Macapá, o diretor do Sindicato dos Metroviários Narciso Fernandes Soares e uma representante da Anel.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC, Antonio Macapá, defendeu existe hoje uma situação política distinta e que as manifestações foram superiores a do Fora Collor, exigindo agora a saída de governadores como a de Cabral, com força no Rio, e a do governador Alckmin. “Da Copa eu abro mão, quero dinheiro pra saúde e educação expressa manifestações políticas que arrancaram a redução da tarifa, o fim da PEC 37 que consolidaria a corrupção na política e engavetaram projeto cura gay Feliciano”, lembrou.
O metalúrgico frisou também a importância das categorias que estão entrando em campanha salarial vincularem o 30 de agosto às campanhas. Esta iniciativa nos dá a possibilidade de fazer um grande dia de luta e fortalece as campanhas”, ressaltou.
O diretor do Sindicato dos Metroviários-SP e da Fenametro (Federação Nacional dos Metroivários), Narciso, convocou a todos para que participem do 14 de agosto como um passo importante na preparação do dia 30. “São Paulo precisa fazer um grande dia de luta em 14 e denunciar a corrupção e a repressão policial sob o governo Alckmin”, reforçou.
O Sindicato dos Metroviários-SP e o Movimento Passe Livre estão convocando uma manifestação para o dia de luta para 14 de agosto para denunciar do suposto esquema de propina nos contratos para as obras do Metrô, que pode ter desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos. O caso, ocorrido em gestões do PSDB, foi denunciado pela multinacional Siemens recentemente. Além disso, o objetivo é denunciar a repressão policial e criminalização dos movimentos sob o governo Alckmin e melhorias no transporte público, assim como o passe livre. “Mas também faremos as nossas cobranças ao prefeito Haddad”, frisou Narciso.
O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, lembrou as lutas dos trabalhadores que vem acontecendo pelo mundo: as importantes revoluções no norte da África que derrubam ditadores, a incansável luta dos trabalhadores europeus desde de 2008 – só na Grécia foram mais de 15 greves gerais. Vinculou essas lutas às que vem acontecendo no Brasil. “A luta que vem ocorrendo no Brasil tem o protagonismo da juventude, mas também é uma juventude trabalhadora e os trabalhadores estão lutando, com uma pauta política que questiona a política econômica do governo”, salientou.
Ariele, da Anel, defendeu que a juventude que despertou pra luta é a juventude que vê seu futuro uma grande interrogação. “A partir de junho esteve posto é que é possível vencer quando a gente vai pra rua e com as nossas próprias forças”, ressaltou. A Anel estará presente na manifestação do dia 14 em São Paulo e já começa a preparar o 30 de agosto com o retorno ‘as aulas que aconteceu na semana passada na maioria das universidades. A entidade também vem promovendo uma jornada de luta neste mês de agosto pelo passe livre, que servirá também para preparar o Dia Nacional de Paralisações.
Representantes de entidades e movimentos também apresentaram ao plenário o que está sendo feito nas diversas categorias para preparar o 30 de agosto.
A orientação é que esta data de luta seja construída nas bases de cada uma das categorias, com suas bandeiras políticas e as revindicações específicas de cada setor. “Também precisamos aproveitar as campanhas salariais que estão acontecendo em diversas categorias importantes no país e trabalhar o dia 30 como parte dessas campanhas”, reforçou o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Luiz Carlos Prates, o Mancha, que também é da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
O 30 de agosto, Dia Nacional de Paralisações, foi aprovado pelas centrais sindicais como continuidade da luta iniciada no 11 de julho. A CSP-Conlutas entra nesta mobilização com perfil próprio juntamente com A CUT Pode Mais, a Feraesp, o Setor Majoritário da Condsef e a CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins). Além das revindicações aprovadas pelas centrais, essas entidades, denunciam que só haverá mudanças efetivas caso o governo efetiva uma mudança no modelo econômico implementado pelo governo Dilma.
Um jornal com a tiragem de 1 milhão de exemplares foi produzido por essas entidades para ser distribuído amplamente nas categorias. O jornal entregue para as entidades presentes na plenária de São Paulo para que começassem a divulgação do 30 de agosto.
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