Atividades começam nesta quarta-feira (2), data que marca os 21 anos do massacre do Carandiru. Protestos são contra as chacinas dentro das prisões, o genocídio da juventude negra e periférica e dos povos tradicionais
Movimentos populares de todo o país iniciam nesta quarta-feira (2) a “Semana contra a democracia dos massacres”. A data marca os 21 anos do massacre do Carandiru, quando uma operação policial resultou na morte de 111 detentos.
Os protestos são contra os massacres dentro das prisões, o genocídio da juventude negra e periférica e dos povos tradicionais. As ações se somarão à Mobilização Nacional Indígena, que começou na segunda-feira (30) e vai até o dia 5 de outubro.
Na quarta-feira (2) será realizada uma coletiva de imprensa no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo com familiares do carioca Amarildo de Souza, morador da Rocinha desaparecido há dois meses e meio. Também participa a família de Ricardo Ferreira Gama, auxiliar de limpeza que trabalhava na Universidade Federal Paulista (Unifesp), na Baixada Santista (SP), e foi assassinado no início de agosto. Nos dois casos, há um forte indício de envolvimento de policiais.
Participará do encontro ainda o fotógrafo Sérgio Silva, que ficou cego do olho esquerdo após ser atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar (PM) enquanto fazia a cobertura das manifestações de junho. Além de integrantes dos movimentos Passe Livre, Mães de Maio, Periferia Ativa, Favela do Moinho Vivo e representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Por Daniele Silveira, da Radioagência NP.
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