terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MANIFESTO DE APOIO À LUTA POR MORADIA EM SÃO PAULO E À OCUPAÇÃO VILA NOVA PALESTINA

Nos últimos anos a força do capital imobiliário no Brasil cresceu em níveis absurdos. São Paulo, a maior cidade do país, é exemplo dos efeitos excludentes dessa realidade. A valorização média dos terrenos na cidade desde 2008 foi de 192% e o aumento dos aluguéis foi de 93%, segundo o Índice Fipe/Zap. Resultados: despejos, piora das condições de moradia dos mais pobres e exclusão de populações para regiões ainda mais periféricas.
 
As mobilizações de junho tiveram um forte efeito de exemplo e milhares de trabalhadores que já vinham sofrendo com este processo ganharam força para mobilizar-se e buscar alternativas dignas de moradia. Assim, nos últimos meses temos assistido ao surgimento de dezenas de ocupações de terrenos ociosos, utilizados para especulação imobiliária, pelo povo das periferias. Muitas destas ocupações, note-se, não têm relação com qualquer movimento organizado.
 
A Prefeitura de São Paulo parece não ter levado em conta a dimensão deste processo. Atua de forma desorganizada, paliativa e frequentemente repressiva em relação às ocupações. A expectativa de que a gestão Haddad adotasse uma postura de respeito e abertura com os movimentos populares até o momento não se confirmou.
 
No último dia 29 de novembro, milhares de pessoas organizadas pelo MTST ocuparam um enorme latifúndio urbano de quase 1 milhão de metros quadrados na região do Jardim Ângela, zona sul. Já são mais de 4 mil pessoas buscando uma alternativa de moradia. Até o momento as respostas da Prefeitura têm sido o autoritarismo e a falta de diálogo efetivo.
 
O terreno tem todas as condições de vir a ser um Projeto Modelo de habitação social conjugada com preocupação ambiental, numa região marcada pelo crescimento desordenado em favor de loteadores privados, especuladores e com a conivência do Poder Público.
 
O MTST e as figuras públicas e entidades que assinam este Manifesto cobram do Prefeito Fernando Haddad a abertura de diálogo para que esta ocupação – a maior de 2013 – não se transforme em mais um caso de Polícia, tratada à base da repressão e do descaso com o interesse dos mais pobres.
 
Veja no link as figuras públicas que assinam este manifesto: MAIS DE 100 FIGURAS PÚBLICAS E ENTIDADES DECLARAM APOIO ÀS OCUPAÇÕES

Nenhum comentário:

Postar um comentário