segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O que existe de verdade por trás das demissões na GM de São Jose dos Campos


Por Joaquim Aristeu Benedito da Silva (Boca)

Na verdade existe um ataque da patronal que não se iniciou agora, em 2008. A GM queria enfiar o banco de horas como é feito no ABC e Taubaté duas bases da CUT e também como acontece em Betim base da CTB (PC do B). Foi feito toda uma ofensiva da GM que junto com o PT e o PC do B conseguiram até o apoio de setores da igreja católica e demais setores a direita de SJC.

Mesmo contra boa parte da cidade o Sindicato que é dirigido pela CSP CONLUTAS (PSTU) com apoio dos demais setores da esquerda, inclusive nós do PSOL (LSR) fomos para ofensiva e impedimos este ataque e o banco de horas não foi implementado em SJC.

Passado esta fase a GM como vingança mandou a produção do carro Corsa para São Caetano base da FORÇA SINDICAL onde tem banco de horas e outros bichos. E ai começou a jogar por dentro da fabrica e em SJC e região que devido o sectarismo do Sindicato por não ter aceitado o banco de horas ela GM tinha mandado a produção para São Caetano e que o MVA estava com os dias contados e podia fechar e que isso só poderia ser impedido se os trabalhadores nas eleições sindicais que ocorreria posteriormente trocassem a direção do sindicato.

CUT\PT e a CTB\PC do B se fundiram em SJC e passaram a fazer o mesmo discurso, o discurso da patronal da GM que o sindicato era radical e que por falta de negociar direitos estava fechando a GM, e o pior. Junto com isso incorporava um discurso atrasado dizendo que o sindicato só preocupava com o Pinheirinho fazendo o mesmo jogo do PSDB que dirigia a cidade e junto com Alckmin queria colocar as famílias para fora da ocupação.

Veio à tropa de choque de Alckmin e desocupou o Pinheirinho. Porém mesmo com a pressão da GM e a pelegagem da CUT\CTB a CSP CONLUTAS ganhou as eleições do Sindicato, passado estas eleições a GM sentindo se derrotada foi pra cima da direção do sindicato e ai de novo com apoio da mídia e do PT que havia ganho a direção da prefeitura de SJC e contando com os aliados CUT\CTB e a ultra esquerda exemplo PCO, passaram a fazer pressão pela redução da grade salarial, banco de horas, layoff e a GM dizia que iria fechar o MVA e demitir 1800 trabalhadores e se não tivesse o acordo poderia até fechar a fabrica.

A direção do Sindicato e a CSP CONLUTAS se posicionaram contrariamente, só que nós do Bloco de Resistência Socialista e fazemos parte da CSP CONLUTAS tivemos algumas divergências com a direção majoritária da CSP CONLUTAS, nós defendíamos que se esta luta contra a GM não fosse tratada como uma luta contra o capital e não houvesse uma unificação de todas as forças contrarias a este ataque da GM dificilmente conseguiríamos derrotar esta política da GM. E neste sentido nós defendíamos um grande encontro nacional de todas as forças políticas, mesmo aquelas que aqui na base suas direções estavam vacilando como era o caso da CTB e CUT. A direção da CSP CONLUTAS (PSTU) foi contra este encontro e preferiu manter o enfrentamento com a GM de forma que se unificasse os setores que era aliados da CSP CONLUTAS (CUT PODE MAIS, FERAESP, CNTA, FENASP via Fórum Espaço de Ação) isso em nosso entendimento limitou a luta contra a GM. Meses depois os companheiros tiveram que assinar um acordo que flexibilizou alguns direitos, reduziu a grade salarial e permitiu o fechamento do MVA. Mesmo assim os companheiros vieram resistindo às demissões até o presente momento.

 O que não podemos esquecer neste momento também companheiros é dos incentivos que o governo federal do PT e PMDB e do governo estadual do PSDB e do governo municipal PT, PC do B e PMDB vem dando a GM sem exigir nada dela. Em troca só de incentivos fiscais no ultimo mês foram mais de três bilhões de reais no perdão do IPI e isso sem garantir os empregos.

Agora o que não podemos é entrar na política oportunista da CTB (PC do B) e CUT (PT) e de seus aliados exemplo o PCO que de forma oportunista tenta tirar proveito desta situação. Eles são governo e se quisessem ajudar era só conversar com Dilma para que ela tirasse os incentivos fiscais, ou Carlinho Almeida prefeito de SJC (PT\PCDOB\PMDB) cortasse os incentivos que prometeu a GM quando da assinatura do acordo.

Só que isso eles não fazem, e se não o fazem é por que são aliados da patronal e querem enfraquecer a única ferramenta de luta na região a CSP CONLUTAS. É neste sentido que eu como membro da direção da CSP CONLUTAS de São Paulo, militante da LSR tendência interna do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL e do Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores e conhecedor da verdadeira historia do Sindicato na GM e conhecedor da pelegada da CUT e CTB. Solicito aos camaradas do Bloco de Resistência Socialista e da LSR muito cuidado nas analises e postagem que vierem fazer sobre este assunto, se não, podemos estar capitulando a este setores que apóia a direita e a GM e contribuindo para o enfraquecimento da luta e do enfrentamento dos setores combativos contra a GM e a pelegada da CUT\CTB.

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