
A massiva adesão por parte dos trabalhadores é uma resposta à intransigência da patronal, que até este momento ainda não apresentou uma proposta de reajuste salarial nas negociações da campanha salarial da categoria. Diante de tamanha má vontade, a direção do sindicato que não mobiliza os trabalhadores desde 2012, foi levado, pela base, para a luta. Além do reajuste salarial de 21,5% a categoria também reivindica melhores condições de trabalho, com a redução da jornada para 6 horas semanais, ticket alimentação com 30 folhas no valor de R$15,00 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move.
A CSP-Conlutas apoia e se solidariza com os trabalhadores dos transportes e endossa as suas reivindicações, que nada mais são do que as garantias mínimas de sobrevivência para os trabalhadores do setor. E repudiamos a ação da justiça que obriga mais de 50% da frota a rodar nos horários convencionais e 70% nos horários de pico, sob pena de multa diária de 50 mil reais para o sindicato, o direito à greve e a manifestação tem que ser preservado. Também repudiamos a ação do governo do estado, que sob a desculpa de evitar atos de violência, mandou reforçar o policiamento com vários efetivos nas portas das estações, coagindo os trabalhadores a não realizarem os piquetes.
É possível avançar mais! A participação ativa nos piquetes, realizados na manhã de segunda-feira nas maiores garagens da região, demonstram como a disposição de luta dos trabalhadores a partir das manifestações de junho do ano passado, tem mudado. Os rodoviários de Porto Alegre deram o exemplo, chegando a fazer paralisações gerais com 100% de adesão. É com greve que os motoristas e cobradores decidiram enfrentar a intransigência da patronal, e para buscar apoio para a categoria é preciso que estes se somem aos outros setores que também discutem às pautas dos transportes e que também estão em movimento.
Por isso reivindicamos que além de suas justíssimas pautas por melhores condições de vida e trabalho, os trabalhadores rodoviários também incorporem às lutas por um transporte público e de qualidade! - Pela redução da tarifa, Lacerda repasse a isenção do ‘CGO’ para a população! - Contra a redução dos postos de trabalho! Retirar os cobradores gera acumulo de função para o motorista e perigo para os passageiros! - Pela municipalização do transporte! - Transporte não é mercadoria, é direito! - Passe livre para estudantes e desempregados já! Rumo à Tarifa Zero!
Fonte: CSP-Conlutas Minas Gerais
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