Neste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres,
o MTST ( Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) lembrará o massacre do
Pinheirinho e o horror dos estupros cometidos pela ROTA (PM de São
Paulo) contra duas mulheres durante o despejo do Pinheirinho, em São
José dos Campos (SP). O movimento fará um grande ato para denunciar a
Polícia Militar. O ponto de concentração será na estação da Luz, em São
Paulo, às 9h.
O dia 8 de março é reconhecido como dia internacional das mulheres
porque nesse dia em 1857, mulheres trabalhadoras morreram quando faziam
uma greve em uma fábrica dos Estados Unidos. Em luta por salários,
redução de jornada de trabalho e melhores condições de vida, milhões de
mulheres trabalhadoras já derramaram seu sangue.
Hoje, segundo o movimento, a data é tratada pela mídia e pelos ricos
como um dia de comemoração para todas as mulheres. “Eles dizem que as
mulheres só têm o que comemorar, pois conseguiram igualdade perante os
homens e alcançaram o mercado de trabalho. Em alguns países, chegaram
até a ser presidentas”, ressalta o MTST.
Entretanto, segundo o movimento, a triste realidade diz outra coisa:
“as mulheres trabalhadoras continuam tendo que trabalhar cada vez mais
e, muitas vezes para sustentar toda uma família. Elas ainda carregam o
papel de cuidar e educar seus filhos, além de cuidar da casa, limpando,
lavando e cozinhando. Em muitos casos estão expostas à violência dentro e
fora de casa”, destaca o movimento.
Tudo isso mostra que as mulheres trabalhadoras são a parte mais
explorada e oprimida da sociedade. Nada tem em comum com as mulheres
ricas que vivem esbanjando e ajudando a nos explorar.
Essa condição absurda se agrava e muito nas periferias das grandes
cidades brasileiras. Sofremos com a falta de moradia, saneamento,
transporte, entre outras coisas. É nas periferias que se completa a
exploração e opressão machista da cidade do capital. Problemas como o
alcoolismo, as drogas, a violência, a repressão policial se abatem
pesadamente nas periferias e, com mais peso ainda sobre as mulheres.
Mas isso não significa que as mulheres pobres aceitem a submissão!
Nas ocupações e lutas do MTST, por exemplo, são maioria. Coordenam,
organizam e mostram muita disposição de luta pra enfrentar governos e
patrões.
Neste 8 de março, continuarão na luta. “Enquanto houver a ROTA para
nos massacrar haverá força e lutas, muitas lutas das mulheres
trabalhadoras!”.
A luta permanente é o real significado do 8 de março para os homens e mulheres do MTST!
Com informações do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)
EU FAÇO PARTE DESSA OBRA,
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