Aos
trabalhadores da AmBev – Jacareí
A
situação atual da luta contra a demissão de Joaquim Boca
Companheiros e
companheiras, amigos e amigas,
Durante
quase 24 anos estive à frente das lutas por nossos direitos como trabalhadores
da AmBev. Nesse período sempre pude contar com sua confiança e apoio. Foram
vocês que me elegeram vice-presidente da CIPA e dirigente sindical por diversas
vezes para que eu pudesse, junto com outros, enfrentar os patrões e defender
nossos interesses.
No dia 12 de março a direção da empresa
decidiu me demitir por justa causa. Foi uma decisão ilegal e ilegítima. Os
patrões pisaram na vontade dos trabalhadores que me elegeram. Fui demitido por
exercer meu papel como Cipeiro e denunciar o papel da empresa na morte de um
trabalhador terceirizado.
Depois
de um importante ato de apoio e solidariedade na porta da empresa e de centenas
de moções de apoio e protesto contra a AmBev vindas de vários sindicatos,
parlamentares e personalidade de dentro e de fora do país, a empresa se sentiu
pressionada e aceitou negociar.
Passaram
a oferecer várias propostas que, mesmo sendo limitadas diante da ilegalidade
que cometeram, poderiam atenuar meu problema pessoal, como pai de família, avô
e alguém que já passou de certa idade e tem suas necessidades especiais de
cuidado com a saúde.
Porém,
minha disposição do fundo do coração é manter a luta pela reintegração plena na
fábrica para continuar lutando pelos nossos direitos.
Mas,
isso só poderá acontecer se a direção do Sindicato da Alimentação assumir o
compromisso de bancar a luta até o fim e também garantir, pelo menos em parte,
minha sustentação financeira até nossa vitória definitiva contra a AmBev.
Quando
vencermos na Justiça todo o gasto com minha sustentação seria devolvido ao
sindicato como já aconteceu no passado em nossa categoria e em várias outras
categorias.
Infelizmente
não temos até o momento uma definição clara da parte da diretoria do Sindicato
sobre isso.
Essa
definição precisa acontecer o mais rapidamente possível. Caso contrário, a
única alternativa que a direção do Sindicato deixará para mim é negociar um
acordo com a direção da empresa. Isso seria um retrocesso para todo o movimento
sindical, mas pode acabar sendo inevitável dependendo do que faça a direção do
Sindicato.
Por
isso, peço a todos e todas que me ajudem a lutar para que o Sindicato assuma
sua responsabilidade e para que juntos possamos derrotar a AmBev e continuar
nossa luta.
Convido
a todos e todas para uma reunião que vai discutir minha situação, a luta na
AmBev e também o Congresso da CSP-Conlutas. Será no dia 05 de abril, quinta-feira,
em três horários – 10h e 16h. A reunião será na sede do Sindicato
dos Metalúrgicos em Jacareí – Rua José Medeiros, 80.
Por
favor, compareça!
Joaquim
Boca
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