quinta-feira, 5 de abril de 2012

A situação atual da luta contra a demissão de Joaquim Boca



Aos trabalhadores da AmBev – Jacareí
A situação atual da luta contra a demissão de Joaquim Boca

Companheiros e companheiras, amigos e amigas,

Durante quase 24 anos estive à frente das lutas por nossos direitos como trabalhadores da AmBev. Nesse período sempre pude contar com sua confiança e apoio. Foram vocês que me elegeram vice-presidente da CIPA e dirigente sindical por diversas vezes para que eu pudesse, junto com outros, enfrentar os patrões e defender nossos interesses.

 No dia 12 de março a direção da empresa decidiu me demitir por justa causa. Foi uma decisão ilegal e ilegítima. Os patrões pisaram na vontade dos trabalhadores que me elegeram. Fui demitido por exercer meu papel como Cipeiro e denunciar o papel da empresa na morte de um trabalhador terceirizado.

Depois de um importante ato de apoio e solidariedade na porta da empresa e de centenas de moções de apoio e protesto contra a AmBev vindas de vários sindicatos, parlamentares e personalidade de dentro e de fora do país, a empresa se sentiu pressionada e aceitou negociar.

Passaram a oferecer várias propostas que, mesmo sendo limitadas diante da ilegalidade que cometeram, poderiam atenuar meu problema pessoal, como pai de família, avô e alguém que já passou de certa idade e tem suas necessidades especiais de cuidado com a saúde.

Porém, minha disposição do fundo do coração é manter a luta pela reintegração plena na fábrica para continuar lutando pelos nossos direitos.

Mas, isso só poderá acontecer se a direção do Sindicato da Alimentação assumir o compromisso de bancar a luta até o fim e também garantir, pelo menos em parte, minha sustentação financeira até nossa vitória definitiva contra a AmBev.

Quando vencermos na Justiça todo o gasto com minha sustentação seria devolvido ao sindicato como já aconteceu no passado em nossa categoria e em várias outras categorias.

Infelizmente não temos até o momento uma definição clara da parte da diretoria do Sindicato sobre isso.

Essa definição precisa acontecer o mais rapidamente possível. Caso contrário, a única alternativa que a direção do Sindicato deixará para mim é negociar um acordo com a direção da empresa. Isso seria um retrocesso para todo o movimento sindical, mas pode acabar sendo inevitável dependendo do que faça a direção do Sindicato.

Por isso, peço a todos e todas que me ajudem a lutar para que o Sindicato assuma sua responsabilidade e para que juntos possamos derrotar a AmBev e continuar nossa luta.

Convido a todos e todas para uma reunião que vai discutir minha situação, a luta na AmBev e também o Congresso da CSP-Conlutas. Será no dia 05 de abril, quinta-feira, em três horários – 10h e 16h. A reunião será na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Jacareí – Rua José Medeiros, 80.

Por favor, compareça!

Joaquim Boca

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