Pelo esclarecimento da situação de
encarceramento de operários de Jirau-RO e imediata solução com a libertação dos
companheiros
Mobilização dos trabalhadores de Jirau-RO em 2011 |
Todos
acompanhamos os episódios ocorridos nas Usinas de Jirau no início deste ano.
Deles, deu-se muito destaque ao que se denominou “violência” dos operários,
acusados de incendiar os barracões que seriam de alojamento e outras instalações
das obras. Não teve o mesmo destaque nos noticiários, nem mobilizou com tanta
presteza as autoridades os abusos e desrespeitos aos direitos dos trabalhadores
que eram praticados naquelas instalações, conforme vários relatórios do
Ministério Público do Trabalho. A expressão mais evidente desta desigualdade é o
fato de o Estado de Rondônia ter instalado uma delegacia de polícia dentro da
obra, para vigiar os operários. Note-se que não foi instalada nenhuma delegacia
do Ministério do Trabalho para fiscalizar o cumprimento da legislação
trabalhista pelas empresas e para zelar pelos direitos dos
trabalhadores.
Consideramos inaceitável que Jhonata Lima
Carvalho, funcionário da Enesa Engenharia e membro da Comissão de Operários
formada na última greve; e Carlos Moisés Maia da Silva, cipeiro da
Camargo Correa, presos desde o dia 4 de abril, continuem detidos no Presídio
Urso Branco, em Rondônia, sem que tenha sido esclarecido o porque dessa prisão.
As Centrais Sindicais, Federações e Confederações que assinam este texto,
consideram inadmissível a continuidade dessa situação.
Pedimos
que sejam tomadas todas as providencias necessárias, pelo governo federal
(Advocacia Geral da União, Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos
Humanos), e pelas empresas, para libertação dos companheiros presos, para dar
celeridade as devidas investigações e para que cessem os processos criminais
contra trabalhadores.
Brasília,
03 de julho de 2012
Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
CTB
UGT
NCST
CSP-Conlutas
Fenatracop
Conticom
Contricon
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