Brasília ficou pequena para o tamanho da revolta dos trabalhadores
que tiraram esta quarta-feira (15) para realizar diversas manifestações
contra o Governo Dilma.
Por volta das 15h, mais de 2 mil pessoas, entre trabalhadores da
ativa do segmento do judiciário federal em greve por melhores salários, e
estruturação da Carreira, se somaram aos aposentados que protestam
contra o redutor das aposentadorias, em frente ao Supremo Tribunal
Federal, numa grande manifestação.
Após o ato, os manifestantes saíram em passeata até o Palácio do
Planalto e bloquearam a principal via em frente ao órgão. A Tropa de
Choque chegou a ser acionada, já que os aposentados e judiciários que
ali estavam, informaram que só desocupariam a Avenida após uma reunião
com o governo.
O clima ficou tenso, os manifestantes permaneceram no local até as
19h da noite, com o intuito amanhecer ali, em vigília, até serem
recebidos por representantes do governo. A pressão da manifestação, fez
que uma comissão fosse recebida e logo em seguida os servidores e
aposentados desocuparam a via.
Também pela manhã, o clima de mobilização contagiou a Esplanada dos
Ministérios. Mais de 7 mil servidores tomaram as ruas da capital em nova
marcha. A manifestação ocupou todas as faixas no sentido
Rodoviária/Esplanada e bloqueou o transito da região.
O Ato teve concentração no acampamento montado pelos servidores,
desde o início desta semana, no gramado do Palácio dos Ministérios.
Participaram do ato as Centrais CSP-Conlutas CUT e CTB, e os diversos segmentos do funcionalismo em greve vindos de todo Brasil.
Os servidores finalizaram a passeata no Bloco C, onde está localizado
o Ministério do Planejamento, e ali realizaram um ato público. No
protesto todas as falas denunciavam a política do governo.
O membro da CSP-Conlutas, Jose Maria Almeida, presente na
manifestação, denunciou que o governo aplica a redução do IPI, dá
subsídios às grandes empresas e, com isso, deixa de arrecadar o valor
que poderia estar sendo investido nos serviços e nos servidores
públicos. Além disso, segundo ele, transfere esse prejuízo para os
servidores, que pagam a conta tendo seus salários congelados, direitos
retirados e pouco investimento no setor. “Para os empresários e
pagamento da dívida pública tem dinheiro, para os servidores não”,
disse.
Segundo o dirigente, além disso, as empresas recebem isenção, mas não
mantém o emprego. Citou o exemplo da GM que ameaçou demitir mais de 2
mil metalúrgicos, que só conseguiram reverter essa situação após intensa
mobilização.
Ao final, Zé Maria fez a exigência de que o governo atenda as
reivindicações dos servidores públicos e que o movimento se mantenha
forte em sua luta por melhores salários.
Outras atividades – Amanhã, pela manhã, no MEC
(Ministério da Educação), haverá aula publica realizada pelos docentes
em greve. Depois, às 15h, haverá uma atividade com mineiro das
Asturias, Espanha, na tenda dos servidores, que falará sobre a crise
econômica da Europa.
Na sexta- feira (17) haverá a Plenária Nacional Unificada dos Servidores Públicos, às 10h.
Confira o material especial sobre a greve que será distribuído na
manifestação. Divulgue nos locais de trabalho e para as categorias em
greve.
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