Momento de aprovação da resolução final do encontro |
Nós movimentos populares que atuamos no
sudoeste goiano, região símbolo do agronegócio. Na luta direta contra o modelo
agrícola atual que concentra terra, riqueza e devasta o meio ambiente, por uma
reforma agrária de fato que dê a terra para quem nela trabalha e produza para o
bem comum e não para o lucro. Lutando
também no dia a dia contra as políticas neoliberais dos governos de plantão que
sucateiam as políticas públicas prejudicando a classe trabalhadora e
priorizando os interesses de uma pequena elite em detrimento a maioria da
população.
Com o exemplo das varias mobilizações,
levantes e revoluções que vemos sacudir o norte da áfrica, a Europa e mesmo os
Estados Unidos da America contra os ataques de governos e patrões aos direitos
historicamente conquistados pela classe trabalhadora, sobretudo nessa
conjuntura de aprofundamento da crise do sistema capitalista.
Somamo-nos a todas as iniciativas de
construção da unidade da classe trabalhadora para nos contrapor a esses ataques
disparados contra a classe trabalhadora, pois acreditamos que só a classe unificada
pode se contrapor a esses ataques. No entanto salientamos que a unidade da
classe trabalhadora tanto do campo como da cidade não pode ser simplesmente uma
retórica constante nos nossos discursos, ela tem que se dá na prática.
Sobretudo por que no Brasil temos sentido no
dia a dia o aprofundamento por parte do governo Dilma de políticas neoliberais
tanto no campo como na cidade. Está clara a opção desse governo pelo
agronegócio, pelos banqueiros e empresários, e quanto à classe trabalhadora
apenas programas compensatórios que maquiam a realidade cada dia mais desumana.
Em Goiás essa realidade é ainda mais cruel, temos
no estado um governo corrupto, a serviço do crime organizado, que
historicamente está a serviço dos grandes proprietários de terra, desenvolvendo
uma política de criminalização da pobreza e dos movimentos populares.
Por tanto diante dessa conjuntura os
movimentos populares de Goiás não tem ficado de braços cruzados, não só temos
continuado resistindo e lutando no dia a dia contra esse modelo de
desenvolvimento, mas temos construído processos de articulação e formação com
os movimentos populares, que acreditamos ser fundamental para fortalecer as
organizações e lutas da classe trabalhadora. Através de roda de conversas e
seminários de formações na região metropolitana da grande Goiânia, no nordeste
e sudoeste goiano com o objetivo de construirmos de fato a unidade da classe
trabalhadora bem como fortalecer suas lutas através do trabalho de base,
desenvolvendo a formação de uma consciência critica – ideológica e o
reconhecimento enquanto classe trabalhadora.
Esses processos de articulação e formação que
tem como objetivo principal a unidade da classe trabalhadora, vem sendo
desenvolvido com as organizações e movimentos populares nas regiões dialogando
com as especificidades de cada uma. Por tanto na região sudoeste o que tem se
discutido como fundamental para fortalecermos a luta da classe trabalhadora é:
1-
Processo de formação e luta como enfrentamento do modelo agrícola
baseado na grande concentração de terra, riquezas, monocultura e destruição do
meio ambiente;
2-
Por uma reforma agrária sob o controle dos trabalhadores, pautada
na agroecologia e proteção do meio ambiente;
3-
Por uma política de Assistência técnica e extensão rural
exclusivamente voltada para a agricultura familiar e camponesa atendendo suas
necessidades reais;
4-
Fortalecer as cooperativas e associações da agricultura familiar e
camponesa na produção e comercialização de seus produtos;
5-
Lutar por políticas públicas como saúde, educação do campo,
moradia digna entre outros para as famílias assentadas e acampadas;
6-
Potencializar todas as iniciativas e articulações de
fortalecimento e construção da unidade da classe trabalhadora tendo como uma
das ferramentas a educação popular.
Nesse
sentido os processos de formação realizados pela Rede de Educação Cidadã de
Goiás como as Escolas de formação política de educadores populares, oficinas
pedagógicas, roda de conversas e seminários com os movimentos populares têm
sido uma das ferramentas de formação de uma consciência critica – ideológica e
o fortalecimento da consciência de classe, com o objetivo de construirmos coletivamente
um projeto popular partindo das necessidades reais da classe trabalhadora, com
dialogicidade e participação popular para Goiás e para o Brasil.
Acampamento
Padre Josimo, Jataí, 29 de Setembro de 2012.
RECID-GO
Rede de
Educação Cidadã de Goiás
MST
Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
FETRAF
Federação dos Trabalhadores na Agricultura
Familiar
FETAEG
Federação
dos trabalhadores Rurais do Estado de Goiás
Terra Livre
Movimento Popular Terra Livre
MPE
Movimento dos Trabalhadores Rurais Parque das
Emas
NEAF
Núcleo de Agricultura Familiar da Universidade
Federal de Goiás
Bloco de
Resistência Socialista
Articulação
das assembléias populares de Goiás
“Se o
presente é de luta, o futuro nos pertence.” Ernesto Che Guevara
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