O governo Dilma começa a sinalizar que não pretende votar nos próximos dias o fim da Fator Previdenciário e aprovar em seu lugar a Fórmula 85/95.
A CSP-Conlutas está entre os que encabeçam a campanha pelo fim do Fator Previdenciário, mas para que em seu lugar volte a aposentadoria contada por tempo de serviço e o não a Fórmula 85/95, como querem muitas centrais sindicais.
Para isso, levantou como uma de suas bandeiras, no último dia 28, em Brasília, pelo fim do Fator Previdenciário e não à Fórmula 85/95. O tema foi abordado no seminário nacional realizado na capital federal e apresentado aos parlamentares em visita ao Congresso Nacional.
O mecanismo do Fator Previdenciário leva em conta a idade do trabalhador ao pedir a aposentadoria, o tempo de contribuição e a expectativa de vida. Quanto menor a idade da pessoa ao se aposentar, menor será o valor do benefício.
Mas se o fator é ruim a nova fórmula, a 85/95, também é prejudicial aos trabalhadores. Com ela, para aposentar é preciso que a soma de tempo de contribuição e a idade atinjam 85 anos no caso das mulheres e 95 anos no caso dos homens. Isto restringe ainda mais a aposentadoria. Ainda que algumas centrais sindicais digam que o 85/95 é melhor, isto não é verdade. É trocar seis por meia dúzia e pode ser ainda mais cruel!
Mas, o pior de tudo isso são as centrais sindicais governistas, CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central, estarem reclamando o adiamento da votação da Fórmula 85/95 e dizerem que se cansaram de lutar contra o Fator Previdenciário. Que cara de pau! Como se a nova proposta não fosse trocar o seis por meia dúzia.
Diante desse adiamento e da posição vergonhosa da centrais sindicais governistas, a campanha pelo fim do Fator Previdenciário e não à Formula 85/95 será fundamental em 2013, assim como a exigência de anulação da Reforma da Previdência votada em 2003 com dinheiro do mensalão.
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