No dia 22 de janeiro de 2013 completa-se um ano da desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). O ato será às 18h, no Centro Poliesportivo Fernando Avelino
Lopes, em frente ao terreno do Pinheirinho (Rua Walter Dellu, s/nº- Campo dos Alemães).
A data servirá para intensificar a luta pela reparação dos danos morais e materiais, punição dos responsáveis e desapropriação do terreno para a construção de moradias para as famílias do Pinheirinho.
Luta dos moradores do Pinheirinho e suas primeiras conquistas – A luta no decorrer de todo o ano dos moradores do Pinheirinho já possibilita a primeira conquista o movimento: o início da construção de casas para as famílias.
A Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais, que organiza os moradores do Pinheirinho, junto com MUST (Movimento Urbano dos Sem-Teto), negociou com a prefeitura a construção de cerca de 570 moradias, com previsão para a serem construídas no mês de fevereiro.
Essa conquista não seria possível se não fosse a organização do movimento que realizou atos, manifestações, audiência públicas na Câmara, reuniões com representantes nas esferas estadual e federal entre tantas outras ações dos moradores do Pinheirinho.
Segundo o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Valdir Martins, o Marrom, que também integra a Associação dos Moradores do Pinheirinho e o MUST, essa luta, tem feito a fila para construção de moradia na região andar. “Antes do Pinheirinho não se falava em construção de casa. Mesmo pessoas que não participam do movimento, agora estão sendo beneficiadas com a construção de casas, a fila da moradia está andando. Isso demonstra que nosso movimento não é em vão”, destacou.
Desafios – Para manter o movimento organizado o MUST promove assembleias a cada 15 dias com a finalidade de informar a população sobre a situação da construção das casas. Também ocorrem, periodicamente, reuniões de núcleo nos bairros onde grande parte das famílias estão concentradas.
Das famílias cerca de 1.700 que recebem o bolsa aluguel no valor R$ 500, muitas são obrigadas a juntarem seus benefícios para conseguir pagar uma moradia.
Algumas dessas famílias ainda não recebem a bolsa auxilio, outras perderam o beneficio devido a negligencia da prefeitura durante atualização do cadastro, por isso essas famílias seguem na luta por seus direitos.
“As mais de 1.800 famílias do Pinheirinho seguem na batalha, mesmo um ano após a desocupação. O Pinheirinho não é só um terreno, virou símbolo da luta por moradia que para ser conquistada o caminho é seguir resistindo e lutando”, ressaltou.
O terreno do Pinheirinho hoje – Quase um ano após a desocupação, o cenário no local e para as famílias ainda é de abandono. Nenhuma moradia foi construída pelo poder público e a situação dos ex-moradores ainda é precária.
O terreno, uma área de mais de um milhão de metros quadrados, voltou a ficar abandonado, sem cumprir qualquer função social. A Selecta, massa falida do especulador Naji Nahas, continua devendo milhões de reais em impostos e multas à Prefeitura.
As famílias ainda lutam pela desapropriação do terreno para que possam construir suas casas e viver novamente no Pinheirinho.
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