*Por Pedro Ferreira
Nesta quinta-feira (14/03) os movimentos
populares do sudoeste goiano tomaram as ruas de Jataí para gritarem em defesa
da reforma agrária e pelos direitos das mulheres.
A concentração da marcha foi em frente à
câmara municipal, em seguida mulheres, homens e crianças tomaram as ruas de uma
das cidades do estado onde o agronegócio é extremamente forte. Na linha de
frente uma grande faixa onde se lia “Reforma
Agrária por justiça social e soberania alimentar.”
A beleza das bandeiras vermelhas e verdes
tremulando no ar, a organização e entusiasmo dos camponeses sem terra, as
faixas, cantos e palavras de ordem chamou atenção e encantou a população, sobretudo
os trabalhadores e trabalhadoras do comercio local.
A marcha seguiu pela principal avenida da
cidade e ao longo da caminhada os camponeses foram distribuindo a população
panfletos explicando e denunciando a população o uso abusivo de agrotóxico na
região bem como a importância da agricultura familiar e camponesa para produção
saudável de alimentos e preservação do meio ambiente. Também foram distribuídos
materiais a cerca da necessidade do combate a violência contra a mulher, bem
como a defesa dos seus direitos. O conjunto da população recebeu com simpatia
os materiais distribuídos.
A marcha foi encerrada com um ato público na
praça central de Jataí onde os camponeses foram saudados por representantes do
Núcleo de Agricultura Familiar da UFG, da Rede de Educação Cidadã de Goiás e do
Bloco de Resistência Socialista.
Todos colocaram a importância da luta por
reforma agrária, para tanto a necessidade de unificação dos movimentos do campo
e da cidade por essa pauta que não é apenas dos sem terra. E só a unidade dos
trabalhadores do campo e da cidade contra o governo e patrões conseguirá tirar
a reforma agrária do papel, e não só a reforma agrária como também as
transformações necessárias para emancipação da classe trabalhadora.
Consolidação
de uma frente de luta dos movimentos no sudoeste goiano
A marcha dos movimentos populares é resultado
de um processo de articulação iniciado des do ano passado onde foram realizada
uma serie de roda de conversa para discutir a realidade da região, desse
processo foi realizado um encontro de formação em setembro onde se criou um
fórum de movimentos populares na região.
A coordenação da marcha saiu bastante
entusiasmada com o resultado da mobilização que inclusive contou com a
cobertura da mídia local, e já pensando nas próximas mobilizações. Com a
convicção da necessidade de continuar chamando os demais movimentos que atuam
na região e que não se fizeram presente na marcha.
*Pedro
Ferreira é educador popular e militante do Bloco de Resistência Socialista.
Veja mais fotos da marcha no link: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.287155408082713.1073741826.100003647684055&type=1
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