sexta-feira, 26 de abril de 2013

OEA denuncia violação de direitos dos indígenas durante eleição no Paraguai

Crimes ocorreram do departamento do Chaco Paraguaio, de acordo com relatório da entidade divulgado no início desta semana.
 
A missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) que acompanhou as eleições do último domingo (21/04) no Paraguai denunciou em seu relatório a violação dos direitos dos indígenas durante o pleito no país. De acordo com o documento divulgado no início desta semana, os 68 observadores da entidade foram testemunhas das práticas de “cercos” e “currais eleitorais”.
 
De acordo com eles, “membros de comunidades indígenas foram transportados aos locais de votação” depois de permanecerem um ou dois dias presos em fazendas da região, onde supostamente foram ameaçados para que votassem em determinado candidato.
 
A OEA classifica a prática como uma “grave violação aos direitos humanos”, que “deve ser investigada, penalizada e prevenida em futuros processo eleitorais”. Tais crimes contra os indígenas aconteceram no departamento do Chaco Paraguaio e não foram verificadas no restante do país, segundo o relatório.


Fraudes

Apesar de destacar o alto índice de comparecimento dos paraguaios às urnas (68% da população, maior número da história do país), o informe da OEA também indicou que houve compra de cédulas e votos.
 
A transparência da eleição paraguaia era essencial, especialmente para o retorno do país ao Mercosul e à Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Brasil, Argentina e Uruguai sinalizaram reconhecimento ao novo presidente do país, Horacio Cartes.


Nos dias que antecederam a eleição, no entanto, observadores internacionais relataram que não havia como garantir uma eleição limpa no país. Além disso, partidos de esquerda também denunciaram crimes eleitorais nas últimas semanas.
 
 
Por Vitor Sion, Opera Mundi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário