sexta-feira, 7 de junho de 2013

MST faz esclarecimento sobre a ocupação da Cutrale

Da Página do MST
Após a ocupação da Fazenda Santo Henrique pelo MST, grilada pela empresa Cutrale na região de Iaras, interior de São Paulo, diversas matérias saírem nos meios de comunicação convencinais pautando o suposto vandalismo praticado pelos Sem Terra.
 
Em nota, os Sem Terra denunciam a campanha promovida por esses meios de comunicação, que ignorarem quem realmente pratica atos criminosos, ao não citarem o fato da área ter sido comprovadamente grilada.

Clique aqui para conferir a matéria do Jornal Nacional, publicada na última quarta-feira (5).
Confira: 

O MST e o legítimo direito de reivindicar que as terras públicas sejam destinadas para a Reforma Agrária
Desde sua criação, o MST tem se dedicado na luta pela democratização do acesso a terra e pela realização da Reforma Agrária. A ocupação da Fazenda Santo Henrique, município de Iaras/Borebi e Lençóis Paulista-SP, ocorrida no último dia 2 de junho, faz parte dessa luta democrática.

A ação está inserida num conjunto de ações que buscam denunciar a grilagem de terras cometida pela empresa Cutrale. Estudo técnico da Cadeia Dominial feito na área pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) evidencia a ocupação irregular da empresa nas áreas que pertencem à União. O MST denuncia ainda, a existência de ações fraudulentas que foram feitas para justificar a suposta propriedade da área.

Leia mais:
Pela retomada das terras da União invadidas pela Cutrale

Em 2005, o Incra notificou a empresa para que desocupasse a área, já que as terras tinham sido reconhecidas como públicas. A Cutrale, no entanto, ignorou a notificação. A Fazenda Santo Henrique faz parte do conhecido Núcleo Colonial Monção, que tem cerca de 40 mil hectares reconhecidos como terras pertencentes à União.

São essas as únicas razões que motivam o MST a ocupar a área invadida pela Cutrale. Ao contrário do que foi divulgado em alguns órgãos de imprensa, o MST não praticou nenhum dano no local ou qualquer ato de destruição ou vandalismo.

Os meios de comunicação, inclusive, se utilizam desses supostos fatos e promovem uma campanha contra a luta dos Sem Terra para esconder os verdadeiros atos criminosos praticados pela empresa.

Nesse país, quem tem promovido a destruição de extensas áreas de produção de laranja tem sido a própria Cutrale e outras grandes empresas do setor, por meio da formação de cartel, monopólio e por se recusar a comprar a produção dos fornecedores, que em geral, são pequenos e médios produtores, provocando uma quebradeira em massa, como foi amplamente divulgado pela imprensa em 2012.

O MST e a sociedade brasileira não permitirão que as terras públicas do Estado sejam utilizadas indevidamente para atender a interesses particulares das empresas. Lutaremos para que a Fazenda Santo Henrique seja transformada num assentamento de Reforma Agrária.

Lutar pela democratização da terra, não é crime!

Direção Estadual do MST - SP

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