Cerca de 150 dirigentes, cipeiros e ativistas participaram do evento
Após três dias de debates e apresentação de propostas, o 1º Encontro Nacional de Saúde dos Trabalhadores terminou, neste domingo, dia 10, de forma vitoriosa. Com a participação de diferentes categorias, o encontro foi marcado pela defesa da unidade da classe trabalhadora na luta contra todas as formas de ataque à saúde no local de trabalho.
Foram definidas resoluções a serem encampadas por todas as entidades presentes no encontro. Cada categoria representada saiu com o compromisso de ampliar as discussões e lutas voltadas para a saúde do trabalhador.
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Uma das resoluções refere-se à necessidade de se combater a política de saúde do governo Dilma e todas as medidas que precarizam as condições de trabalho e sucateiam a fiscalização às empresas, em detrimento do trabalhador. Também ficou definida a realização de encontros regionais e estaduais.
Nos próximos dias, a íntegra das resoluções será publicada no site da CSP-Conlutas, organizadora do evento, e de sindicatos participantes.
O Encontro, iniciado na sexta-feira, dia 8, reuniu cerca de 150 dirigentes sindicais, cipeiros e ativistas, na sede do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos.
“A partir desses debates, esperamos que cada categoria enxergue a melhor forma de organizar e debater a saúde. A ideia do encontro é nos prepararmos para enfrentar todos os ataques ocorridos dentro das fábricas, nos canteiros de obras, nos serviços públicos, em todas as empresas. Esse encontro já é uma vitoria, mas não pode ficar só no primeiro. Temos de construir outros encontros regionalmente”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros.
A proposta de se repetir o encontro nos estados e regiões foi amplamente apoiada por todos os Sindicatos.
O presidente do Sindicato da Construção Civil de Fortaleza, Laércio Cleiton Santos Silva, deixou claro o caminho para enfrentar o desrespeito dos patrões em relação à saúde dos trabalhadores e levar a categoria para a conquista de direitos: “a receita do bolo ainda é a luta, é o Sindicato estar na base junto com a categoria. Dentro do escritório, no ar-condicionado, não vamos resolver nada”.
Ao final do Encontro, foi aprovada uma moção de repúdio à Embraer pelos casos de racismo, machismo e opressão contra a trabalhadora Telma Cristina.
Para o membro da executiva da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, é essencial levar as questões discutidas no Encontro para Brasília, mas também para as outras centrais sindicais.
“É preciso estabelecer diálogo com outros sindicatos e com a sociedade. Temos de promover uma campanha permanente sobre a saúde do trabalhador, estender os encontros para as regiões, fortalecer os setoriais e ampliar a organização de base nos estados. Este foi um encontro vitorioso e que deve ser usado como base para nossas lutas no combate aos graves ataques que estão sendo cometidos contra a saúde e a vida dos trabalhadores”, finalizou Mancha.
Entidades que participaram do Encontro:
CSP-Conlutas
Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais
Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
Sindicato dos Metalúrgicos de Divinopolis
Sindicato dos Metalúrgicos de São João Del Rey
Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá
Sindicato Metabase de Inconfidência
Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião
Sindicato dos Metalúrgicos de Itaúna
Sindicato dos quimicos de osasco
Sindicato do Comércio de Nova Iguaçu
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São José dos Campos
Sindicato dos Trabalhadores e Profissionais de Turismo do Estado do Rio de Janeiro
Sindicato Rede de Belo Horizonte
Sindicato da Construção Civil de Fortaleza
Sinjustiça do Rio de Janeiro
Sindicato do Comércio de Nova Iguaçu
Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro
Sindjesp
Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais
Sindicato da Saúde de Belo Horizonte e Região
Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Oposição do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência do Rio de Janeiro
Associação Democrática dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas
Andes-SN
Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia
Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul
Juventude Estudantil da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Oposição Alernativa da Apeopesp – Vale do Paraíba
Oposição do Sindicato dos Condutores de São José dos Campos
Movimento Mulheres em Luta
PSTU
Foto: Tanda Melo
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