Por Pedro Ferreira
Aconteceu
neste final de semana (19 e 20 de novembro) o III Seminário do Bloco de
Resistência Socialista, realizado na sede do sindicato dos gráficos de Minas Gerais em BH. Com a presença de
militantes das correntes políticas: LSR (Liberdade, Socialismo e Revolução),
Reage Socialista e do GAS (Grupo de Ação Socialista), como também de militantes
e dirigentes da FNTIG (Federação Nacional dos Gráficos), STIG-MG (Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Minas Gerais), STIG-DF (Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Distrito Federal), SINDSAÚDE – RN
(Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Único de Saúde do Rio Grande do Norte),
Sindicato dos Metalúrgicos de Itaúna - MG, Coletivo Luta Educadora - RJ,
Oposição dos Trabalhadores Rodoviários do DF, Oposição dos Trabalhadores do
SITAEMA-SP e do Movimento Popular Terra Livre.
Conjuntura internacional
O
Seminário teve inicio com cada organização presente tendo a oportunidade de
fazer uma breve analise de como esta vendo a conjuntura atual no Brasil e no
mundo, e os limites e desafios colocados para as organizações da classe
trabalhadora.
Foi
colocado que vivemos em um período de crise global do sistema capitalista, na
Europa os trabalhadores estão se levantando contra o ataque aos seus direitos,
os levantes e revoluções também são efeitos dessa crise, a perna do W esta em
queda mais uma vez e tende a piorar, na América latina apesar de não vermos os
mesmos efeitos sentidos na Europa e no EUA, a mesma não esta isolada da crise,
ao contrario vemos isso na Bolívia e na Venezuela.
Também
foi colocada a necessidade de não fazermos uma analise equivocada do momento,
achar como algumas organizações que estamos em um período pré-revolucionário e
em alguns lugares revolucionários. Foi colocado que a atual crise tem
características diferentes, é necessário ter paciência, saber compreender para
atuar sem equívocos.
Para
os companheiros fazer uma analise equivoca da crise atual é retroceder, o fato
é que tem acontecido mobilizações por todo o globo, na sua maioria tem um
caráter ante - partidário, mais estão questionando o sistema capitalista,
sabemos que não há alternativa criada se não o socialismo, mais todos foram
unânimes em afirmar que vivemos uma crise com falta de uma direção
revolucionaria e conseqüente.
Nesta
crise esta colocada a contradição capital X trabalho, o momento de crise é o
momento de tirada de concessões dada pela burguesia aos trabalhadores, a
questão da globalização se resgatarmos veremos que se globalizou o poder do
capital mais não a luta dos trabalhadores. Vivemos em um período de
fragmentação da luta de classe trabalhadora, setores da classe não se vêem como
classe.
Foi
colocada a necessidade de entendermos que a crise que vivemos atualmente é uma
só, que é a crise do sistema capitalista, no entanto os seus efeitos são sentidos
diferentes de acordo com o nível de desenvolvimento de cada país ou região. Por
isso que na Europa vemos um tipo de levante, no norte da áfrica outro e na
América latina e Brasil outro. Mais a crise é uma só, apenas os seus efeitos
são sentidos diferentes nos vários lugares.
Conjuntura Nacional
O
Brasil não esta isolado da crise, ao contrario os seus efeitos estão sendo
sentidos muito fortemente, no inicio do ano o corte no orçamento por parte do
governo Dilma, as demissões, a retirada de direito dos trabalhadores. Por outro
lado à esquerda esta fragmentada, teve no ano 12 greves da educação nos estados,
mais todas foram lutas isoladas pela falta de uma organização nacional que
fizesse uma articulação de todas.
Vivemos
um período de fragmentação da esquerda, isso ficou muito claro no congresso da
CSP-Conlutas que em vez de nos unir nos dividiu. Mais mesmo diante de todo esse
processo cada vez mais vemos a necessidade de um partido revolucionário.
O
governo Dilma esta forte, tem alta popularidade, e as denuncias de corrupção
não tem respingado nela ao contrario ela tem saído fortalecida, as greves que
tem acontecido, são por data base, acontece todos os anos, as pautas são
rebaixadas, já no campo da questão agrária a coisa se complica, o governo Dilma
não assentou ninguém até agora, seu governo só perde para o de Collor de Mello.
Vivemos
um período onde contamos com um nível muito rebaixado de direções política,
perdemos nossa capacidade teórica de produzir, não sabemos mais fazer greves,
entender o processo atual da classe trabalhadora.
No
entanto foi ressaltado que há muito tempo não víamos tantas mobilizações tal
qual, estamos vendo hoje no Brasil, setores que antes não se mobilizavam estão
lutando, em algumas organizações a base passa por cima das direções pelegas.
Vivemos em um período diferente e é necessário nos atentar para isso e nos
organizar para o enfrentamento. É preciso fazer trabalho de base, querer
mobilizar com o discurso do passado não dá, é preciso entender que vivemos em
um outro período histórico.
Reorganização sindical e
popular
No
Seminário também foi discutido e reafirmado a posição do Bloco de Resistência
Socialista de continuar lutando pela reorganização da classe trabalhadora em
uma central sindical e popular unitária, posição essa também afirmada pelo MTST
que participou do ponto como convidado.
É
necessário retomar o processo de recomposição fracassado no CONCLAT, nesse
sentido a linha do Bloco de Resistência Socialista no interior da CSP-Conlutas
é atuar sempre no sentido de buscar a unidade das organizações de luta da
classe trabalhadora. Sobretudo em um período de intensos ataques aos trabalhadores
que tende a se aprofundar com uma crise mundial que a cada dia faz sentir os
seus efeitos na America Latina e no Brasil.
Informe das Eleições
Sindicais
Foi
dado também informe das eleições sindicais na qual as organizações que compõem
o Bloco estiveram envolvidas no ultimo período e ás quais estaremos envolvidas
futuramente. Como por exemplo, no
SITAEMA onde não importante vitória política onde conseguimos a maioria dos
votos dos trabalhadores ativos.
No
próximo período estaremos envolvidos em importantes eleições no sindicato dos
Trabalhadores das Indústrias Gráficas de Minas Gerais, no Sindicato dos
Trabalhadores Rodoviários do Distrito Federal entre outros, por tanto devemos
nos organizar para potencializar essas importantes batalhas.
Organização e
funcionamento do Bloco de Resistência Socialista
Também
discutimos a importância da organização e funcionamento do Bloco, sendo que no
próximo período temos uma boa perspectiva de crescimento do mesmo, mais
organização tem se aproximado e temos sido uma referencia na busca pela unidade
das organizações de luta da classe trabalhadora.
No
entanto é necessário nos organizarmos para respondermos as varias demandas que
tem sido apresentada para o Bloco. Nesse sentido foram feito vários
encaminhamentos no sentido de fortalecer nossa organização e funcionamento.
Informe do Congresso da
CSP – Conlutas
Foi
dado também um informe sobre o congresso da CSP – Conlutas que será realizado
de 27 de abril a 1º de maio de 2012 em Sumaré, assim como as resoluções e datas
para envio das teses, tiragem de delegados entre outros. O Bloco de Resistência
Socialista vez uma serie de encaminhamentos para organização de nossa
participação no congresso da CSP.
“Maior que o amor a
liberdade, só o ódio a quem tenta aniquila - lá”.
(Che Guevara)
Pedro Ferreira Nunes –
Estudante de Serviço Social, Educador Popular, Militante da Corrente Liberdade
Socialismo e Revolução e do Bloco de Resistência Socialista.
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