No dia 15 de outubro, ocorreu mais uma reunião de negociação na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). De acordo com o representante dos trabalhadores na mesa de negociação, o membro da Federação Democrática dos Metalúrgicos, Geraldo Araujo, o Batata, a patronal adotou uma postura intransigente e quer impor o banco de horas aos metalúrgicos de Minas Gerais. “A Comissão de Negociação da Federação colocou que não aceitaria este tipo de imposição.
Que significa um retrocesso para os trabalhadores a patronal tentar colocar o banco de horas”, destacou. O Banco de Horas serve para reduzir o número de trabalhadores durante o período normal aumentando a jornada. Com essa prática aumenta a produtividade, as demissões, e o lucro das empresas. As empresas também adotaram novas técnicas de gestão do trabalho, incluindo aí o assédio moral, levando outros milhares de trabalhadores a doenças psicológicas e psiquiátricas.
Preparar a Greve na categoria – Em resposta a intransigência dos patrões, os trabalhadores preparam a greve da categoria em todo o Estado. A Federação Democrática dos Metalúrgicos já contatou o grupo CUT/CTB e Femetal na tentativa de unificar as lutas da campanha salarial. “É necessário intensificar a preparação da greve em toda a categoria. A Fiemg, mais um vez, dá uma demonstração de que não está interessada em resolver as questões salariais e sociais dos metalúrgicos e caminha para o conflito”, finalizou. A contraposta apresentada pelas representações de trabalhadores foi de reajuste salarial de 10,5%; reajuste de 20% nos pisos salariais; para as empresas que negociarem PLR meio salário meio salário nominal; para as empresas que não negociarem PLR um salário nominal; licença maternidade de 180 dias; auxilio cuidador , entre outras reivindicações.
A Fiemg apresenta como proposta 5,4% para empresas com até 50 funcionários; 5,9% para empresas acima; sem abono salarial; banco de horas. Metalúrgicos da Alstom enfrentam truculência policial O Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá e Paraisópolis estão realizando esta semana uma jornada de lutas da Campanha Salarial. Na terça-feira (15), pela manhã, foram realizadas assembléias nas empresas de autopeças PKC e na Alstom. A participação dos trabalhadores foi massiva e demonstraram uma grande confiança no Sindicato e a vontade de quebrar a intransigência patronal.
Na Alstom, a Polícia Militar teve uma atitude digna dos tempos da ditadura. foram direto conversar com a direção da empresa. Segundo o próprio sargento responsável pela ação, a PM orientou colocar os ônibus para dentro, sem abrir as portas. Quando os dirigentes do Sindicato faziam seu trabalho outro sargento da PM disparou a arma para o alto, o que acarretou grande transtorno para os trabalhadores. Os metalúrgicos da Alstom deram uma grande demonstração de unidade e disposição de luta e permaneceram firmes na assembléia, atrasando do turno.
A ação da PM demonstra exatamente o seu papel na sociedade: garantir a exploração capitalista dos patrões sobre os trabalhadores, enquanto estes buscam se organizar e lutar por melhores condições de trabalho. O conjunto da classe trabalhadora deve repudiar mais esta ação da Polícia Militar, assim como, da direção da Alstom.
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