Os servidores públicos federais seguem mobilizados e aprovaram um calendário intenso de mobilização que será intensificado essa semana. Atos, paralisações, greves e muita luta estão sendo preparados pelas diversas categorias que compõem o setor.
O Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais definiu uma agenda unificada de ações para a campanha salarial. A categoria cobra um posicionamento do governo que ainda não deu resposta à pauta de reivindicações protocolada no início desse ano. Como parte das diversas ações aprovadas pelo Fórum, os servidores realizaram nesta segunda-feira (7), o ato pelo Dia da Saúde, reuniu cerca de 250 pessoas.
A mobilização foi organizada pelo Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, composto por diversas entidades, entre as quais a CSP-Conlutas. A manifestação contou também com a participação do movimento estudantil e de entidades organizadas no Fórum do Funcionalismo Federal. Os presentes denunciaram a privatização da saúde, a corrupção, e o dinheiro gasto com a copa do mundo em detrimento à verba para saúde e educação. “Denunciamos a criminalização do movimento sindical e social pelo PT e fizemos um chamado para unidade da esquerda contra a política da privatização dos hospitais universitários e contra as Organizações Sociais (OS) nos hospitais público”, informou a servidora da saúde e representante da secretaria executiva estadual da CSP-Conlutas Rio de Janeiro, Cintia Teixeira.
Cintia criticou o governo do estado do Rio que repassou R$ 2 bilhões para organizações sociais. Também condenou a gestão municipal do prefeito Eduardo Paes que repassou 1 bilhão de reais para implantar as Os nos hospitais “e privatiza a cada dia o serviço”. O governo “dá bilhões para barões da saúde e o caos no setor permanece, somos submetidos às condições precárias de trabalho, e os usuários continuam recebendo péssimos serviços”,avalia. Nesta terça-feira (8) haverá um dia de mobilização, com paralisações e atos públicos nos estados.
Greves em curso e anunciadas para o próximo período fortalecem campanha Os servidores do judiciário federal definiram estado de greve. No congresso do Sintrajud/SP foi aprovada paralisação de 24 horas da categoria nesta quinta-feira (10). Na pauta especifica estão o cumprimento à data-base, o fim da política de congelamento salarial e a instalação da mesa nacional de negociação. Neste dia 10 de abril, os docentes organizados pelo Andes-SN realizarão uma paralisação nacional nas universidades federais de ensino. Haverá também nesta data uma audiência do ANDES-SN com a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC).
Os professores e técnicos administrativos organizados pelo Sinasefe marcaram para o dia 21 de abril a greve da categoria. De acordo com a entidade, o governo descumpriu acordos assinados em greves anteriores. Esses profissionais salientam que os grupos de trabalho instalados para discutir e solucionar demandas como democratização das Instituições Federais de Ensino (IFE), reposicionamento de aposentados, racionalização do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativos em Educação (PCCTAE), dimensionamento da força de trabalho, terceirização nas IFE e inclusão dos técnicos das IFE militares no PCCTAE estão longe de atingir seus objetivos de nada adiantaram e só enrolaram a categoria. Os técnicos administrativos das instituições superiores de ensino estão em greve há mais de 20 dias, com 80% de adesão.
A categoria possui 180 mil trabalhadores que, organizados pela Fasubra, ocupam reitorias, fazem mobilizações, atos no Congresso Nacional e realizaram uma forte campanha nas redes sociais para chamar atenção da categoria e da população em geral para a sua luta. Entre as reivindicações estão o cumprimento integral do acordo de greve de 2012, o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com jornada de 30 horas sem redução salarial, revogação da Lei que cria a EBSERH e concurso público pelo Regime Jurídico Único nos Hospitais Universitários entre outros.
O dirigente da Fasubra e um dos integrantes do Fórum de entidades do funcionalismo federal, Gibran Jordão, destaca que apesar de setores cutistas tentarem desmontar a greve, o movimento cresce e se consolida a cada dia com muita disposição de luta. De acordo com o dirigente, “ao mesmo tempo que a nossa greve cresce a popularidade do governo cai”, aponta. Segundo Gibran, existe um espaço na sociedade para discutir a valorização dos servidores e serviços públicos. “Bem como apontar o papel do governo que não atende as nossas demandas, mas repassa bilhões para pagar a dívida pública, ou seja, os banqueiros”, complementa.
O dirigente faz uma avaliação mais geral da campanha do funcionalismo que se fortalecerá com a adesão do Sinasefe ao movimento grevista no dia 21 bem como com a paralisação nacional do Andes-SN no dia 10 de abril. Gibran aponta que muitas lutas virão. “No próximo dia 11 de abril, as entidades do fórum do funcionalismo vão se reunir e definir um ato nacional dos servidores em Brasília, previsto para o dia 7 de maio. Existe disposição de todos em fazer uma grande mobilização que mostre ao governo nossa unidade e disposição em lutar por direitos”, reiterou.
Matéria atualizada dia 8/04 às13h
Nenhum comentário:
Postar um comentário