quinta-feira, 31 de maio de 2012

DIA 01 DE JUNHO ATO EM APOIO ÀS ADIs



CARTA ABERTA ÀS MÃES, PAIS E COMUNIDADE

Nós, Professoras ADIs da prefeitura de Taboão da Serra, estamos no 4º dia de GREVE. 
Muitas mães e pais se surpreenderam ao saber que nós ASSISTENTES DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL - ADIs, que trabalhamos nas escolas EXATAMENTE COMO AS PROFESSORAS temos um salário de R$835,00 (bruto). O Prefeito Evilásio Farias, que declarou pagar o melhor salário da região aos professores, R$2.185,00, não disse que nós Professoras ADIs recebemos menos de 1/3 deste salário, trabalhando 6 horas por dia. Não recebemos um único centavo do FUNDEB (recursos federais do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica).
A nossa GREVE é para reivindicar o nosso REENQUADRAMENTO NO ESTATUTO DO MAGISTÉRIO. TEMOS OS DEVERES E QUEREMOS OS DIREITOS! 
Convidamos para entrar em GREVE conosco todos os trabalhadores do serviço público, que como nós, estão sem reajuste de salário e sem direitos trabalhistas.
Pedimos o APOIO à GREVE, das MÃES, PAIS e COMUNIDADE, que conhecem e respeitam o nosso trabalho, para fortalecer a nossa luta. A defesa dos nossos salários e condições de trabalho é a condição de EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE para as crianças. Este apoio é importante para que o Prefeito nos chame para negociar.
Temos uma carta assinada por todos os vereadores apoiando O NOSSO PEDIDO DE NEGOCIAÇÃO. Fomos informados na Câmara, que o prefeito se reuniria conosco para negociar.

ESTAMOS EM GREVE!
PEDIMOS O APOIO DA COMUNIDADE, DAS MÃES E PAIS.
NEGOCIAÇÃO JÁ!
ATO DE APOIO À GREVE
DIA 1 DE JUNHO DE 2012, 10 horas
PREFEITURA MUNICIPAL DE TABOÃO DA SERRA


NOSSAS REIVINDICAÇÕES:
60% DE REAJUSTE (SALÁRIO E CARTÃO ALIMENTAÇÃO)
REENQUADRAMENTO DAS PROFESSORAS ADIs NO ESTATUTO DO MAGISTÉRIO
VALE TRANSPORTE
PLANO DE SAÚDE
NÃO DESCONTO DOS DIAS DE GREVE

Comissão Independente das Professoras ADIs
31 de maio 2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Campanha de solidariedade internacionalista pela liberdade do companheiro Vadim Kuramshina!


C@S,


Estamos fazendo uma campanha internacional de solidariedade no caso do Vadim Kuramshin. Ele é um advogado de direitos humanos e militante do "Movimento Socialista Cazaquistão", que nós do CIT ajudamos a lançar e em que fazemos parte da direção. Ele tem sido uma pedra no sapato do regime ditatorial do país e em janeiro foi preso quando estava investigando um caso de corrupção. O "caso" contra foi totalmente fabricado.

Recentemente, o juiz dispensou o juri no julgamento dele, obviamente por que o caso era muito fraco e não queriam deixar a decisão com os jurados.


• Mande e-mail: Clique no  Email This Email This e preenche seu nome e e-mail (e um código que aparece)
• Preenche da petição (nome e email, e eventual comentário. No comentário é bom escrever se faz parte de algum movimento, cidade, país). Para aparecer na lista, você tem que clicar no link de confirmação que vai aparecer num e-mail que você vai receber.




Petição para a liberação de Vadim Kuramshin:


Nós, abaixo assinadoscondenamos a decisão escandalosa, de 28 de maio, de demitir o júri no caso de Vadim KuramshinEste foi semcomo a entendemos, sem qualquer intenção de nomear um novo.


Acreditamos que esta é uma negação flagrante dos direitos fundamentais do acusado e simplesmente devido ao fato de que boa parte das provas que seriam apresentadas no tribunal minam o caso da promotoria e confirma a inocência de Vadim.

Acreditamos que Vadim Kuramshin é um honesto advogado de direitos humanosComo tal, ele é uma pedra no sapato do regime ditatorial de Nursultan Nazarbayev. Ele foi enquadrado em acusações forjadas com falsas "provas" para prendê-lo por muitos anos.

Exigimos:
 Pelo fim dessa farsa de caso!
 Pela libertação imediata de Vadim Kuramshin!
• Pela anulação de todas as acusações contra ele!
 Pelo respeito do direito de todos os advogados de direitos humanos no Cazaquistão de poder trabalhar em nome de todos os injustiçados pelo regime Nazarbayev e seus lacaios!

terça-feira, 29 de maio de 2012

RECID OCUPA CENTRO OESTE - Dia 05 de Junho em GO, MT, MS E DF.

"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida."(Che Guevara)





Às entidades sindicais e aos movimentos sociais da América Latina


A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade no Brasil é parte essencial da história do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como tem sido exigência premente da população brasileira, que clama por serviços públicos com qualidade, que atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, dentre outros direitos sociais básicos.

O(a)s professore(a)s federais estão em greve desde o dia 17  de maio do corrente ano por melhores condições de trabalho e na defesa de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da população brasileira, na formação profissional e cidadã, visando prepará-la para a inserção politica na sociedade.

Há anos, no Brasil, os professores têm vivido uma experiência de desvalorização de suas atividades. Os docentes têm travado lutas peremptórias na defesa do patrimônio educacional formado pelas Instituições de Ensino Superior públicas a partir de reivindicações por melhorias das condições de trabalho e pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria, que promoverá a permanência dos profissionais nessas instituições. 

O governo vem usando um discurso e uma prática política que se apropria da crise financeira internacional como justificativa para os cortes de verbas públicas nas áreas sociais e para rejeitar as demandas dos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho e de remuneração. O não atendimento dessas reivindicações traz como conseqüência a precarização dos serviços públicos, que atinge diretamente a população que a eles têm direito.

Questões estas que nos levam a conclamar as entidades sindicais da America Latina a se solidarizarem com a nossa luta. Esta batalha não é só do(a)s professore(a)s, mas de todos aqueles que acreditam no dever de assumir a luta para garantir uma educação publica, gratuita e de qualidade, que venha a modificar as estatísticas alarmantes de exclusão social que os órgãos institucionais de pesquisa do país têm contabilizado. 

Solicitamos às entidades sindicais moções de apoio à nossa luta. 

Por uma America Latina que promova a igualdade de acesso à formação educacional de qualidade!

Moções de apoio, enviar para:
e-mail: cngandes@andes.org.br  


Brasília, 23 de maio de 2012
Comando Nacional de Greve

Greve das ADIs continua nesta terça-feira

**Por José Afonso da Silva
A assembleia das professoras ADIs de Taboão da Serra, deliberam no dia de ontem pela continuidade da greve iniciada nesta segunda-feira.

Com um índice de paralisação em torno de 20% das ADIs, a avaliação geral das professoras é que muitas professoras que até então estavam trabalhando, adeririam nesta terça-feira.

As ADIs visitaram escolas, conversaram com as colegas e distribuíram panfletos aos pais e à comunidade que explicava o porque da greve e quais as suas reivindicações.

Foi constatado durante a visita às escolas que livre-nomeados e outros funcionários foram deslocados para suprir a ausência das ADIs em sala de aula.

Por outro lado, o secretário de educação de Taboão da Serra, José Marcos, finge-se de morto – o que não deixa de ser um pouco verdade – e faz declarações à mídia que não existe greve e nem paralisação. Segundo ele, apenas 09 ADIs estariam paradas  e que pra ele “isso não é greve, é falta”.

Esta é a mesma prática do PSDB no estado, quando da última greve dos professores da rede estadual, o governador José Serra afirmava que a greve não passava de 1% de paralisação.

Numa cidade onde o prefeito Evilásio Farias e seu Secretário de educação enchem a boca pra falar que tem título de “Cidade Educadora” e é um exemplo a ser seguido por outros municípios, é no mínimo curioso, a postura nada educativa de usar das velhas práticas anti-greve: ignorar a paralisação; desqualificar as trabalhadoras; querer passar a idéia de que trata-se de baderneiros; criminalização; assédio moral, ameaças e etc.

Não foi a toa que na assembleia que deliberou pela continuidade da greve, as ADIs se posicionaram pela ida até a Secretária da Educação e de lá só sairão quando forem atendidas pelo secretário José Marcos.

Engana-se José Marcos que a ADIs estão sozinhas, pois contam com o apoio de pais, de setores do funcionalismo, da Apeoesp, da CSP-Conlutas, do PSOL, do PSTU e do MTST que deixou claro que disponibilizará toda sua militância para qualquer tipo de ação caso as ADIs solicitem.

Setores do funcionalismo começam a aderir a greve. Exemplo de ADEs e PAPs que participaram da assembleia demonstram que a indignação das ADIs também é compartilhada pelo conjunto do funcionalismo que sofrem com o arrocho salarial, assédio moral, retirada de direitos e ataques do governo Evilásio.

O funcionalismo municipal, assim como as ADIs, têm lutado desde o ano passado por suas reivindicações. Exemplos como o dos trabalhadores da Usina e da GCM, que fizeram várias mobilizações, infelizmente, não tiveram êxito, por um motivo muito objetivo: não tem sindicato para levar essa luta até as últimas conseqüências.

Não faltam motivos e nem disposição do funcionalismo para lutar, isso fica provado pelas lutas que foram travadas por estes em 2011. Lamentavelmente, o papel jogado pelo Sindtaboão e pelo Simproem foi o pior possível: jogaram o papel de autênticos pelegos a serviço do governo contra os trabalhadores do município.

É necessário que o funcionalismo siga o exemplo das ADIs e formem uma comissão independente do funcionalismo municipal e a partir daí organizem-se para entrar em greve.

Somente com a organização e a luta será possível garantir conquistas e construir uma alternativa combativa do funcionalismo no município. 

*Militante do Bloco de Resistência Socialista e da CSP-Conlutas - SP.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O GOVERNO DILMA, A GREVE NACIONAL DOS DOCENTES E A UNIVERSIDADE DE SERVIÇOS

*Por Roberto Leher (UFRJ)

A longa sequencia de gestos protelatórios que levaram os docentes das IFES a uma de suas maiores greves, alcançando 48 universidades em todo país (28/05), acaba de ganhar mais um episódio: o governo da presidenta Dilma cancelou a reunião do Grupo de Trabalho (espaço supostamente de negociação da carreira) do dia 28 de maio que, afinal, poderia abrir caminho para a solução da greve nacional que já completa longos dez dias. Existem algumas hipóteses para explicar tal medida irresponsavelmente postergatória: 
 
(i) a presidenta – assumindo o papel de xerife do ajuste fiscal – cancelou a  audiência pois, em virtude da crise, não pode negociar melhorias salariais para os docentes das universidades, visto que a situação das contas públicas não permite a reestruturação da carreira pretendida pelos professores;
(ii) apostando na divisão da categoria, a presidenta faz jogral de negociação com uma organização que, a rigor, é o seu espelho, concluindo que logo os professores, presumivelmente desprovidos de capacidade de análise e de crítica, vão se acomodar com o jogo de faz de conta, o que permitiria o governo Dilma alcançar o seu propósito de deslocar um possível pequeno ajuste nas tabelas para 2014, ano que os seus sábios assessores vindos do movimento sindical oficialista sabem que provavelmente será de difícil mobilização reivindicatória em virtude da Copa Mundial de Futebol, “momento de união apaixonada de todos os brasileiros”, e
(iii) sustentando um projeto de conversão das universidades públicas de instituições autônomas frente ao Estado, aos governos e aos interesses particularistas privados em organizações de serviços, a presidenta protela as negociações e tenta enfraquecer o sindicato que organiza a greve nacional para viabilizar o seu projeto de universidade e de carreira que ‘resignificam’ os professores como docentes-empreendedores, refuncionalizando a função social da universidade como organização de suporte a empresas, em detrimento de sua função pública de produção e socialização de conhecimento voltado para os problemas lógicos e epistemológicos do conhecimento e para os problemas atuais e futuros dos povos.
 
Em relação a primeira hipótese, a análise do orçamento 2012[1] evidencia que o gasto com pessoal segue estabilizado em torno de 4,3% do PIB, frente a uma receita de tributos federais de  24% do PIB. Entretanto, os juros e o serviço da dívida seguem consumindo o grosso dos tributos que continuam  crescendo acima da inflação. Com efeito, entre 2001 e 2010 os tributos cresceram 265%, frente a uma inflação de 90% (IPCA). Conforme a LDO para o ano de 2012, a previsão de crescimento da receita é de 13%, porém os gastos com pessoal, conforme a mesma fonte, crescerá apenas 1,8% em valores nominais. O corte de R$ 55 bilhões em 2012 (mais de 22% das verbas do MCT) não é, obviamente, para melhorar o Estado social, mas, antes, para seguir beneficiando os portadores de títulos da dívida pública que receberam, somente em 2012, R$ 369,8 bilhões (até 11/05), correspondente a 56% do gasto federal[2]. Ademais, em virtude da pressão de diversos setores que compõem o bloco de poder, o governo Federal está ampliando as isenções fiscais, como recentemente para as corporações da indústria automobilística, renúncias fiscais que comprovadamente são a pior e mais opaca forma de gasto público e que ultrapassam R$ R$ 145 bilhões/ano. A despeito dessas opções em prol dos setores dominantes, algumas carreiras tiveram modestas correções, como as do MCT e do IPEA. Em suma, a hipótese não é verdadeira: não há crise fiscal. Os governos, particularmente desde a renegociação da dívida do Plano Brady (1994), seguem priorizando os bancos e as frações que estão no núcleo do bloco de poder (vide financiamento a juros subsidiados do BNDES, isenções para as instituições de ensino superior privadas-mercantis etc.). Contudo, os grandes números permitem sustentar que a intransigência do governo em relação a carreira dos professores das IFES não se deve a falta de recursos públicos para a reestruturação da carreira. São as opções políticas do governo que impossibilitam a nova carreira. 
 
Segunda hipótese. De fato, seria muita ingenuidade ignorar que as medidas protelatórias objetivam empurrar as negociações para o final do semestre, impossibilitando os projetos de lei de reestruturação da carreira, incluindo a nova malha salarial e a inclusão destes gastos públicos na LDO de 2013. O simulacro de negociações tem como atores principais o MEC, que se exime de qualquer responsabilidade sobre as universidades e a carreira docente, o MPOG que defende a conversão da carreira acadêmica em uma carreira para empreendedores e, como coadjuvante, a própria organização pelega que faz o papel dos truões, alimentando a farsa do jogral das negociações. 
 
Terceira hipótese. É a que possui maior lastro empírico.  As duas hipóteses anteriores podem ser compreendidas de modo mais refinado no escopo desta última hipótese. De fato, o modelo de desenvolvimento em curso aprofunda a condição capitalista dependente do país, promovendo a especialização regressiva da economia. Se, em termos de PIB, os resultados são alvissareiros, a exemplo dos indicadores de concentração de renda que alavancam um seleto grupo de investidores para a exclusiva lista dos 500 mais ricos do mundo da Forbes, o mesmo não pode ser dito em relação a educação pública. 
 
Os salários dos professores da educação básica são os mais baixos entre os graduados[3] e, entre as carreiras do Executivo, a dos docentes é a de menor remuneração. A ideia-força é de que os docentes crescentemente pauperizados devem ser induzidos a prestar serviços, seja ao próprio governo, operando suas políticas de alívio à pobreza, alternativa presente nas ciências sociais e humanas ou, no caso das ciências ditas duras, a se enquadrarem no rol das atividades de pesquisa e desenvolvimento (ditas de inovação), funções que a literatura internacional comprova que não ocorrem (e não podem ser realizadas) nas universidades[4]. A rigor, em nome da inovação, as corporações querem que as universidades sejam prestadoras de serviços diversos que elas próprias não estão dispostas a desenvolver pois envolveriam a criação de departamentos de pesquisa e desenvolvimento e a contratação de pessoal qualificado. O elenco de medidas do Executivo que operacionaliza esse objetivo é impressionante: Lei de Inovação Tecnológica, institucionalização das fundações privadas ditas de apoio, abertura de editais pelas agencias de fomento do MCT para atividades empreendedoras. Somente nos primeiros meses deste ano o Executivo viabilizou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, um ente privado, que submete os Hospitais Universitários aos princípios das empresas privadas e aos contratos de gestão preconizados no plano de reforma do Estado (Lei nº. 12.550, 15 de dezembro de 2012), a Funpresp (Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais), que limita ao teto de R$ 3.916,20, medida que envolve enorme transferência de ativos públicos para o setor rentista e que fragiliza, ainda mais, a carreira dos novos docentes, pois, além de não terem aposentadoria integral, não possuirão o FGTS, restando como última alternativa a opção pelo empreendedorismo que ilusoriamente (ao menos para a grande maioria dos docentes) poderia assegurar algum patrimônio para a aposentadoria. Ademais, frente à ruina da infraestrutura, os docentes devem captar recursos por editais para prover o básico das condições de trabalho. Por isso, nada mais coerente do que a insistência do Executivo em uma carreira que converte os professores em empreendedores que ganham por projetos, frequentemente ao custo da ética na produção do conhecimento[5].
 
Os operadores desse processo de reconversão da função social da universidade pública e da natureza do trabalho e da carreira docentes parecem convencidos de que já conquistaram os corações e as mentes dos professores e por isso apostam no impasse nas negociações. O alastramento da greve nacional dos professores das IFES, o vigoroso e emocionante apoio estudantil a essa luta sugerem que os analistas políticos do governo Federal podem estar equivocados. A adesão crescente dos professores e estudantes ao movimento comprova que existe um forte apreço da comunidade acadêmica ao caráter público, autônomo e crítico da universidade. E não menos relevante, de que a consciência política não está obliterada pela tese do fim da história[6]. A exemplo de outros países, os professores e os estudantes brasileiros demonstram coragem, ousadia e determinação na luta em prol de uma universidade pública, democrática e aberta aos desafios do tempo histórico!
Rio de Janeiro, 27 de maio de 2012
 
 


[4] Mansfield, Edwin 1998 Academic research and industrial innovation: An update of empirical findings em Research Policy 26, p. 773–776.
 

[5] Charles Ferguson, A corrupção acadêmica e a crise financeira, disponível em: http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2012/05/27/a-corrupcao-academica-e-a-crise-financeira.jhtm

[6] . Marcelo Badaró Mattos, Algo de novo no reino das Universidades Federais?

sexta-feira, 25 de maio de 2012

BOLETIM: RESISTÊNCIA SOCIALISTA NA LUTA.









MOBILIZAÇÃO POR PLR CRESCE NO PAÍS

Categorias importantes vêm se mobilizando, realizando greves e conquistando vitórias com relação à PLR pelo Brasil, o ano de 2011 na maioria das montadoras de veículos a PLR incorporado aos abonos das épocas de data base giraram em torno de 15 mil reais, na Petrobrás foi de 18 mil reais e no setor elétrico como Eletropaulo e outras 47 empresas em média foi de 11 mil reais.

2012 começou a todo vapor, os trabalhadores tem ido a luta e tem conquistado PLR significativas, exemplo foram os trabalhadores da VOLVO de Curitiba PR, veja matéria abaixo publicado na agencia o estado em 18/05/2012.

Volvo do Brasil, instalada na Cidade Industrial de Curitiba, vai pagar R$ 25 mil a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valor que incorpora um abono de R$ 7 mil, para os 4,1 mil trabalhadores, dos quais 3,1 mil são metalúrgicos e o restante funcionários de setores administrativos. A proposta tinha sido apresentada ontem (17/05) à empresa, que decidiu aceitá-la após reunião com a diretoria do sindicato. A metade será paga no próximo dia 25 e o restante em fevereiro de 2013, conforme fechamento de metas. Na manhã desta sexta-feira, os trabalhadores encerraram a paralisação que tinha começado terça-feira. A Volvo disse apenas que esse foi o "acordo possível".

Metalúrgicos de todo o PAIS estão preparando seu exercito e iniciaram as mobilizações em centenas de empresas em busca de uma PLR descente também em 2012, aqui em nossa Região os trabalhadores da Volks de Taubaté fecharam acordo de 12.500 reais, na GM depois de varias assembleias com atrasos nas entradas a PLR deve aproximar dos 15 mil reais, nas demais empresas Metalúrgicas esta ocorrendo greves e assembleias com atrasos e tem sido fechado vários acordos de PLR, no dia 23 de maio os Metroviários de SÃO PAULO seguindo as dezenas de greve de condutores espalhadas pelo pais realizaram uma paralisação, e nela um dos pontos era também a PLR que foi fechado um valor mínimo de quatro mil e 70 reais.

NA AMBEV, EMPRESA QUE SÓ PERDEU EM LUCRO PARA PETROBRÁS, NO ANO PASSADO FOI MENOS DE MEIO SALARIO, E ISSO PODE REPITIR EM 2012

A política de PLR da maior cervejaria do mundo é uma das piores do Pais, com um nome sugestivo” Programa de Excelência Fabril” PEF, é imposto um programa de metas de cima pra baixo, onde quem determina as metas a cumprir são gerentes, e diretoria, e aos trabalhadores só sobra a opção de tentar cumprir as mesmas que de passagem são muitas abusivas, e muito difícil de ser cumpridas.

Quando as mesmas são alcançadas, os trabalhadores ainda enfrentam uma competição entre as demais unidades, e apenas as 10 melhores colocadas recebem, as demais pegam um cala boca de consolação como ocorreu em março aqui em Jacareí, do os trabalhadores tivera que engolir uma merreca de 40% de um salario.

        INFORMATIVO DE RESPONSABILIDADE DO BLOCO DE RESISTÊNCIA SOCIALISTA   SINDICAL E   POPULAR, CONSTRUINDO A CSP CONLUTAS RUMO A UMA CENTRAL CLASSISTA E SOCIALISTA UNITÁRIA –ENDEREÇO RUA LUIS SIMON Nº 219 CENTRO JACAREÍ SP TEL 96192646- EMAIL Juca_aristeu@yahoo.com.br
 

CARTA À SOCIEDADE BRASILEIRA



Por que os(as) professores(as) das instituições federais estão em greve?

A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como a exigência da população brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre outros direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as) federais estão em greve em defesa  da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na  vida da população brasileira.
O governo vem usando seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho, remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no serviço público, afetando diretamente a população que dele se beneficia.
Os professores federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça  o importante papel que os docentes federais tem na vida da população brasileira.

Pela reestruturação da carreira.
Há anos os(as) professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria, por acreditarem que essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas instituições federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial com o governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas, correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35) A valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.

Pela melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais.
O começo do ano de 2012 evidenciou a precariedade de várias instituições. Diversos cursos em Instituições Federais de Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade das Instituições.
O quadro é muito diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as), mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Para saber mais sobre a greve e as negociações com o governo acesse : www.andes.org.br
A Educação pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos.

ESTA SACANAGEM TEM QUE TER UM BASTA

*Por Joaquim Aristeu Benedito da Siva


Com um dos maiores faturamentos a nível mundial, sendo a maior cervejaria do planeta, e no Brasil só ficando atrás da Petrobrás em matéria de lucro, já passou da hora dos trabalhadores dar um basta nesta situação.

Desde março que a AmBev vem enrolando os trabalhadores, primeiro foi o resultado do ano passado, quando os trabalhadores tinham certeza que ficaria pelo menos entre os 10 primeiros colocados, ficaram em 18º, tendo como respostas que haviam sido desclassificados devido os mesmos ter feito uma greve na campanha salarial em 2011, com isso vieram com uma merreca de menos de meio salário.

Depois para desmobilizar os trabalhadores contra esta merreca vieram com uma ladainha que estavam dispostos a negociar uma PLR para este ano, inclusive chegou até ser ventilado uma antecipação, só enrolação, até agora nada, e pelo jeito que as coisas estão indo daqui a pouco vão querer que seja assinado de novo o cheque em branco como o acordo assinado no passado que reconheceu o PEF como PLR, com metas onde era proibido até fazer greve.


Os trabalhadores precisam fazer como fez no ano passado, mostrar para a AmBev que não estão para brincadeiras, são homens e mulheres trabalhadores e merecem respeito, o exemplo dos metalúrgicos, metroviários, petroleiros, bancários que estão indo as greves e buscando PLR e sua reivindicações deve ser seguido pelos trabalhadores da AmBev, só com luta e mobilização vai haver respeito por parte desta empresa.

CSP CONLUTAS REALIZOU SEU 1º CONGRESSO NOS DIAS 28 A 30 DE ABRIL, E VOTOU QUE NOSSA PRIORIDADE VAI SER ORGANIZAR OS TRABALHADORES EM SEUS LOCAIS DE TRABALHO

 Mais de 2200 participantes entre delegados e observadores, trabalhadores da construção civil das obras da copa, petroleiros, metalúrgicos, alimentícios, servidores públicos, estudantes, aposentados, movimentos por moradia, reforma agrária e contra opressão, alem de uma delegação internacional de mais de 20 países.

Estivemos representados por três delegados (Joaquim AmBev, Valter Paturi Heineken, João Gouveia J MACEDO) e como observador Valter Gildo AmBev, foi debatido um plano de luta contra os ataques do governo Dilma que vem pela frente através das reformas e corte nos gastos públicos com saúde, educação e moradia e também como enfrentarmos as ganâncias pelos lucros cada vez maior dos patrões.

Também discutimos formas de luta para combater os acidentes e doenças do trabalho, com mortes dentro das fabricas, organizando as cipas, dando cursos e formando setoriais de saúde e segurança por categorias, denunciando os patrões e o abandono com relação aos trabalhadores terceirizados, criando fóruns de lutas regionais em defesa da saúde dos trabalhadores, procure nós do BLOCO DE RESISTENCIA SOCIALISTA SIMDICAL E POPULAR e denuncie os abusos dos patrões.


*Militante do Bloco de Resistência Socialista e da Executiva da CSP-Conlutas-SP.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vitória importante dos movimentos de luta pela Reforma Agrária e de Direitos Humanos


Aprovada PEC do trabalho escravo

*Do Site da CPT


O Plenário da Câmara aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina à reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para exame dos senadores.

A votação da PEC do Trabalho Escravo só foi possível depois de um acordo dos líderes, em reunião na tarde desta terça-feira, na sala da Presidência da Câmara. A proposta passou com 360 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções. O texto precisava de 308 votos para ser aprovado.

Durante a discussão, diversos deputados afirmaram que o Congresso precisa agora aprovar uma lei que regulamente o assunto, definindo o que é condição análoga a trabalho escravo e os trâmites legais da expropriação.
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que as duas Casas do Congresso vão formar um grupo de trabalho para redigir o projeto de lei de regulamentação. A criação da comissão é fruto de um acordo fechado há duas semanas entre Maia e a presidente interina do Senado, Marta Suplicy, que garantiu a votação da PEC.
Contexto
A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em agosto de 2004, como uma resposta ao assassinato de três auditores do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), em 28 de janeiro daquele ano. Os quatro foram mortos depois de fazerem uma fiscalização de rotina em fazendas da região, onde haviam aplicado multas trabalhistas. O processo criminal ainda corre na Justiça, e nove pessoas foram indicadas pelos homicídios, incluindo fazendeiros.
O crime, que ficou conhecido como a chacina da Unaí, também motivou o Congresso a aprovar um projeto que transformou a data de 28 de janeiro em “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”. A proposta foi sancionada e virou a Lei 12.064/09.
Atenção


A Câmara alterou o texto original do Senado ao incluir que as áreas onde tiver detectado trabalho escravo serão expropriadas 'nos termos da lei'. Diante disto, a PEC volta ao senado para que o mesmo aceite (ou não) a inclusão e assim o texto seja promulgado. São mais dois turnos de votação.



Se o Senado negar a inclusão (o que é difícil neste cenário), o texto que vale é o original e a promulgação será feita.



Ao mesmo tempo, há um acordo de procedimento em que haja uma legislação complementar, de comum acordo entre as duas casas, para regular a PEC. A Bancada Ruralista quer alterar o Código Penal e a tipificação do que seja trabalho escravo no Brasil. 


Todo apoio à greve do metrô e CPTM em São Paulo!



*Por Marcus Kollbrunner

 As assembleias essa noite dos metroviários e trabalhadores da CPTM
(linhas trem 11 e 12) decretaram greve a partir de meia-noite (zero
horas do dia 23 de maio).

A assembleia dos metroviários confirmou a decisão de greve tirada na
semana passada, no dia 16 de maio, o mesmo dia da inédita colisão de
dois trens do metro da linha vermelha, que deixou dezenas de feridos,
evidenciando a falta de investimentos no transporte público. A decisão
de greve essa noite, numa assembleia lotada na sede do sindicato, foi
praticamente unanime, refletindo a vontade da categoria de lutar pelos
seus direitos e melhoria do metrô.

Os metroviários exigem um aumento real de 14,99%, equiparação salarial
para quem exerce a mesma função, ajuste do Vale Refeição e Vale
Alimentação, 36 horas semanas, adicional de periculosidade de 30%,
entre outras reivindicações. Os metroviários exigem também a
readmissão dos 61 demitidos da greve de 2007. Além disso os
metroviários lutam por 2% em investimento no transporte público, sob o
leme “mais metrô, menos tarifa”.

A assembleia começou atrasada, já que todos aguardavam a volta dos
representantes do sindicato que participaram numa audiência no
Tribunal Regional do Trabalho. As propostas de conciliação da
desembargadora Anélia Li Chum estavam muito mais perto da proposta da
direção do metrô. A desembargadora propôs o mesmo reajuste real que o
metrô, 1,5%, só mudava o índice de inflação a ser seguido, com uma
mínima diferença. A direção do metrô não aceitava mesmo esses mínimos
ajustes e assembleia dos metroviários também rejeitou essas propostas.


Direito de greve em perigo

Escandalosamente, a desembargadora determinou que os metroviários
devem manter 100% trabalhando durante o horário de pico e 85% nos
demais horários – proibindo na prática a greve. O sindicato vai ser
multado em 100 mil reais por dia. O sindicato desafiou o governador
Alckmin dizendo que se o governo está realmente preocupado em não
atrapalhar os paulistanos, então os metroviários estão preparados a
trabalhar durante a greve – se as catracas são liberadas. A
desembargadora proibiu também qualquer liberação de catraca, mostrando
de que lado ela está. Mesmo assim os metroviários manteram a decisão
de greve.

Isso é mais um exemplo da criminalização da luta e dos movimentos
sociais nesse momento em que os governos, patrões e a “justiça” estão
se preparando para confrontos maiores em medida que a crise começa a
afetar o Brasil. Assim qualquer greve tende a sofrer um criminalização
e o próprio direito de greve está em disputa. Por isso a luta dos
metroviários é uma luta que merece o apoio de todos trabalhadores.


Unificar as lutas

Por isso é fundamental que os trabalhadores buscam a unificar e
coordenar suas lutas. Já amanhã (quarta-feira dia 23) os trabalhadores
da Sabesp podem confirmar o indicativo de greve para dia 24 em sua
assembléia. Um grande ato, que juntam os trabalhadores do transporte
público, água e saneamento e também os professores e estudantes das
universidades federais que estão em greve, seria um passo fundamental
para construir um movimento contra a criminalização de qualquer uma
das lutas.


Onda de lutas no transporte público

Trabalhadores do transporte público estão em greve em várias partes do
país. Metroviários de Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e
Natal, estão em greve desde 14 de maio. Em Porto Alegre, metroviários
realizaram paralisação de 24 horas nesta terça. Os trabalhadores do
transporte rodoviário estão paralisados no Recife, em Natal e em São
Luís. Além disso há várias outras categorias em greve, como a greve de
50 dias no setor de saúde do Rio Grande do Norte.

Isso mostra que os governos, apesar das promessas de investimentos
como parte do PAC, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, priorizam os
interesses de empresas privadas e empreiteiras, e não transporte
público, ou outros serviços públicos, de qualidade, seguro e com
condições dignas para os trabalhadores que garantem o funcionamento
desse serviços fundamentais.

A reivindicação de investimento de 2% do PIB no transporte público
levantado pelos metroviários é justificado. Se o governo federal
tivesse um real comprometimento com o meio-ambiente e o transporte
para o povo trabalhador, isso deveria ser algo a ser afirmado no
Rio+20. Mas nós não temos ilusões nesse governo (ou nos outros que
participarão no Rio+20), que prioriza o setor automobilístico,
empreiteiras e interesses privados. Por isso só vamos conquistar
avanços com luta.

Todo apoio à greve dos metroviários e outros trabalhadores do
transporte público!

*Militante do Bloco de Resistência Socialista