*Por Pedro Ferreira
Palmas é uma das capitais
brasileira onde há um dos piores serviços de transporte coletivo do Brasil.
Transporte que é controlado por apenas um grupo empresarial que presta um
péssimo serviço à população tirando lucros exorbitantes. Isso tudo com a
conivência dos políticos de plantão que são financiados por esses empresários
durante a campanha.
Todos os anos a tarifa
aumenta, no entanto a qualidade dos serviços prestados segue na contra mão,
isto é, só piora. Ônibus sucateados e superlotados, terminais sem
infraestrutura, ausência de linhas na periferia. Além da exploração dos
trabalhadores do transporte coletivo que ganham salários baixos e tem que
desempenhar mais de uma função.
Nesse sentido o movimento
pelo fim do monopólio do transporte coletivo na capital do Tocantins é extremamente
importante e deve ser fortalecido por todas as organizações de luta da classe
trabalhadora, pois é o povo trabalhador que sofre no dia a dia com um
transporte caótico, caro e de péssima qualidade.
Mas não adianta apenas a
quebra do monopólio, sobretudo em Palmas, pois seria uma medida que agradaria e
beneficiaria outros empresários que entrariam num esquema hoje dominado
unicamente por um grupo. Como também esta medida não garantiria a melhoria do
sistema do transporte coletivo da capital, ao contrario pode surgir um novo
monopólio, de dois, três ou mais grupos.
Dessa forma precisamos
avançar na nossa pauta de reivindicações. Não basta apenas a quebra do
monopólio do grupo Miracema no Transporte coletivo de Palmas. Queremos um
transporte coletivo de fato publico gratuito e de qualidade.
As duas primeiras
mobilizações em Palmas levaram para rua mais de 10 mil pessoas, em Araguaína e
Gurupi também aconteceram importantes mobilizações.
A população de Gurupi deu o
exemplo conseguindo barrar o aumento da passagem do transporte coletivo da
cidade, onde a empresa unilateralmente decidira aumentar a tarifa de R$ 2,50
para R$ 2,70. No entanto a luta deve continuar no interior do estado também
pela estatização do serviço e por tarifa zero. Serviço Público tem que ser gratuito!
Pelo
fim dos privilégios e regalias aos deputados estaduais tocantinenses.
Não
ao auxilio moradia!
A juventude que tem tomado às
ruas das principais cidades tocantinenses tem também reivindicado o fim do
auxilio moradia para os deputados estaduais, aprovado no inicio do ano na
assembleia legislativa por unanimidade.
Em um estado onde há um déficit
habitacional segundo os dados do governo de 90.604 moradias, tal privilégio é
uma imoralidade como também mostra o quanto o parlamento tocantinense esta
isolado da realidade em que sobrevivem milhares de trabalhadores no estado.
Já não bastasse um salario
de mais de 20 mil mensais, verbas de gabinetes e o 14º e 15º salários que
continuam sendo pago na assembleia legislativa do Tocantins. Ainda por cima o
deputado José Bonifácio do PR, quer instituir o auxilio saúde.
Além dos deputados estaduais o auxilio moradia também foi
ampliado para os conselheiros do TCE e do MPE. Esse absurdo não pode continuar! Fim do auxilio moradia já!
Movimento
dos Sem Terra, dos Sem teto, Feministas e LGBTs também reivindicam por seus
direitos!
A luta do movimento campesino sem terra tem sido pautada
nas mobilizações bem como do movimento dos trabalhadores sem teto. O combate ao
latifúndio e ao agronegócio no campo e ao déficit habitacional e especulação imobiliária
na cidade é fundamental para derrocada da política hegemônica no Tocantins que
privilegia esse setor. Setor este que mantem o Tocantins na miséria.
Por tanto a luta por reforma agrária e urbana deve ser
fortalecida com a perspectiva de buscar a emancipação da classe trabalhadora do
campo e da cidade.
A luta feminista tem sido
bastante forte e significativa em um estado onde impera uma cultura machista
forte, existem altos índices de violência contra as mulheres no estado, bem
como a ausência do poder público em oferecer estrutura para que as mulheres
façam valer os seus direitos. Bem como o movimento LGBTs que tem se somado as
mobilizações nacionais pelo Fora Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da câmara
federal e também dizendo não ao projeto ‘Cura Gay’.
Fortalecer
as bandeiras históricas da classe trabalhadora! Pela construção de um bloco das
organizações de esquerda nas próximas mobilizações
É tarefa das organizações da
classe trabalhadora tocantinense dá um tom contra hegemônico e anticapitalista
nas mobilizações populares que vem crescendo a cada dia no estado. Alertando a
juventude para que não caia no discurso da direito contra partidos e movimentos
sociais.
Nesse sentido precisamos
atuar em bloco nas mobilizações para fortalecer nossas bandeiras bem como as posições
de quem sempre esteve nas ruas lutando e se sacrificando pelos direitos da
classe trabalhadora. Cantando nossas canções e gritando nossas palavras de ordem.
E dialogando com os diversos setores do movimento.
Fazendo o contrario que
militantes de partidos da direita e mesmo que se diz de esquerda tem feito que
se aproveitam com o descontentamento de um amplo setor da juventude com a
politica. Jogando todas as organizações políticas em um mesmo saco. Um discurso
que despolitiza o debate e que não contribui com a luta histórica dos
trabalhadores.
Que as bandeiras vermelhas
do movimento sem terra e sem teto, da marcha das vadias e o ato em frente à
organização Jaime Câmara, onde os manifestantes gritaram – Oh rede globo o povo
não é bobo! Possam se multiplicar nas próximas mobilizações. E que antes do
hino nacional gritemos “O povo unido já mais será vencido”! Abaixo o
capitalismo! Criar, criar Poder Popular!