segunda-feira, 29 de abril de 2013

Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador “Unir as lutas dos trabalhadores”

Embora a propaganda do governo federal insista que a vida do povo melhorou, a realidade é que as condições de vida da grande maioria da população está bem longe da propaganda de Dilma.
A alta nos preços dos produtos da cesta básica é um bom exemplo. Não é necessário ser economista para perceber isso. Basta ir a supermercado e comparar que o valor gasto na última compra nunca dá pra comprar os mesmos produtos. É a volta da inflação penalizando os trabalhadores e a população mais pobre.
O discurso da estabilidade e do crescimento econômico dá lugar às políticas de austeridade, enxugamento do estado, privatizações, arrocho salarial e corte de verbas dos serviços públicos.
Entre as medidas adotadas, o aumento da taxa de juros é a primeira ação do governo federal. A propaganda diz que é pra controlar a inflação, mas na verdade visa atender às exigências dos banqueiros e dos parasitas da bolsa de valores.
A precarização da força de trabalho, através das terceirizações e contratos diferenciados, onde trabalhadores são contratados para fazerem o mesmo serviço, mas sem os mesmo direitos e com salário menor é a nova política dos governos e dos patrões. Estima-se que esse tipo de contração já represente 50% da força de trabalho formal no país. O exemplo dos professores Categoria ‘O”, como são chamados os contratos pela Lei 1093-2009, é um excelente exemplo desse novo tipo de exploração.
Outra faceta da política do governo é a retirada de direitos dos trabalhadores. O mais novo ataque atende pelo nome de ACE (Acordo Coletivo Especial) que visa estabelecer o negociado sobre o legislado, ou seja, os sindicatos pelegos poderão retirar direitos consagrados como férias, 13° salário, FGTS, redução de salários e etc. Tudo em nome da suposta e mentirosa manutenção do emprego.
Enquanto a economia estava crescendo, os empresários ficaram com os lucros pra eles, agora que a economia desacelerou e os reflexos da crise internacional chegam ao Brasil, querem dividir os prejuízos com os trabalhadores.
Em municípios como Taboão, Embu e Itapecerica, as conseqüências dessa crise chegam com força avassaladora. As conseqüências são sentidas pelo conjunto dos trabalhadores e da população mais pobre desses municípios.
Isso fica evidente pelo sofrimento enfrentado nos postos de saúde e hospitais da região. Faltam profissionais, medicamentos, equipamentos e atendimento digno. Consequência da política de terceirização e privatização levada a cabo pelos prefeitos, que abrem mão de suas responsabilidades e entregam a administração da saúde nas mãos de ONG e OS. O resultado mais cruel desta política são as mortes ocorridas nos hospitais da região.
Na educação a situação não é muito diferente. No município de Taboão da Serra, além da falta de creches, por exemplo, os professores (as) estão trabalhando sem giz, papel sulfite e outros materiais fundamentais para o trabalho pedagógico. Isso depois do prefeito ter anunciado uma economia de 450 mil reais nos três últimos meses somente na pasta da educação. Fica claro onde está sendo feita a economia.
Em Embu das Artes, a prefeitura retoma a política de municipalização das escolas, mesmo com todo o apelo dos funcionários, professores, pais e alunos.
O funcionalismo dos municípios da região vem enfrentando um arrocho salarial de anos, no entanto, começamos a ver as primeiras mobilizações. Em Cotia, as professoras fizeram uma bonita paralisação no último dia 19 de abril. No município de São Paulo está marcada paralisação para o dia 29/04. Em Itapecerica da Serra, o conjunto do funcionalismo fez uma grande paralisação neste dia 23/04. Em Taboão, o funcionalismo, impulsionado pela Atraspact, começa a se movimentar na luta contra um arrocho salarial que já dura 8 anos.
Neste momento, os professores da rede estadual de educação, liderados pela APEOESP, estão em greve desde o dia 19 de abril, e ao que tudo indica, serão acompanhados pelos funcionários da saúde.
Os movimentos populares depois de mais de sete anos de luta em nossa região, começam a colher os frutos de tanto esforço, esse é o exemplo das conquistas recentes do MTST. Mas também ressurge a luta das comunidades por educação, saúde, saneamento básico, transporte decente e saúde de qualidade, encampada pela Periferia Ativa.
Esses pequenos exemplos de lutas e movimentações dos trabalhadores (as), embora insipientes e localizados, são a prova viva de que a luta da classe trabalhadora está de pé e que a luta daqueles que começaram séculos atrás as primeiras lutas contra o capitalismo e os patrões está sendo honrada pelos trabalhadores de hoje e é a eles que dedicamos as comemorações do Dia do Trabalhador.
Atividades do primeiro de maio, Dia do Trabalhador
 Os movimentos populares da região, partidos de esquerda e sindicatos participarão do ato de Primeiro de Maio Unificado na Praça da Sé.
Mas também organizaremos atividades na nossa região em comemoração ao Dia do Trabalhador.
No dia 27 de abril (sábado) às 16 horas, na APEOESP de Taboão da Serra, organizaremos uma mesa de debates sobre a situação da classe trabalhadora.
No dia 30 de abril (quarta-feira) às 16 horas organizaremos um ato na Praça Nicola Vivelechio e de lá sairemos em passeata até a Câmara Municipal.

Origem do Primeiro de Maio
O dia tem origem na luta dos operários americanos que organizaram uma espetacular greve geral em 01/05/1886 contra as péssimas condições de vida da população agravada pela crise de superprodução dos EUA. E represália, os capitalistas, meses depois, iriam julgar, prender e enforcar 8 operários que estavam a frente desta luta em Chicago.
Em 1890, foi proposto pela II Internacional Socialista, o Primeiro de Maio como um dia de luta em todos os países para lembrar e protestar as punições e assassinatos dos trabalhadores de Chicago.
Mais de 130 anos desde as intensas manifestações de Chicago, os trabalhadores, jovens e a população mais pobre do mundo amarga o aumento da miséria e do desemprego, enquanto os patrões enriquecem mais e mais à custa da pobreza de bilhões de seres humanos.
Esses ricos, que chamamos de capitalistas, controlam o estado, as polícias, a imprensa, a justiça, as escolas, no intuito de se perpetuarem no poder e explorando a força de trabalho da classe trabalhadora.

Assinam: Apeoesp Taboão da Serra, Comissão Independente de Professoras ADIs/Atraspact, MTST, Ação Popular, Periferia Ativa, Movimento 3,30 eu não pago!, CSP-Conlutas, PSOL e PSTU

Abaixe o panfleto diagrama clicando aqui

Classe trabalhadora tocantinense organiza marcha unificada pelos seus direitos

"Se o campo e a cidade se unir, a burguesia não vai resistir."
 
Nesta terça-feira (30/04) nas vésperas do dia internacional da classe trabalhadora, o 1º de maio. Trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade tomarão as ruas da capital tocantinense lutando e protestando contra a atual conjuntura política no estado. De negação e ataque aos direitos da classe trabalhadora e de regalias aos políticos e aliados que hoje governam o estado.
No ultimo período vimos estourar uma crise de corrupção na secretaria de cultura do estado, comandada pelo PSDB, que desviava recursos públicos para aliados do governo no TCE e na assembleia legislativa para realização de eventos privados. Também vimos no mesmo TCE e na assembleia legislativa a aprovação do auxilio aluguel para conselheiros e deputados estaduais, além da proposta de aprovação do auxilio saúde para os deputados.
Acompanhamos também a recente nomeação do deputado Irajá Abreu como secretaria de desenvolvimento agrário e regularização fundiária, assim o governo do Tocantins comandado por Siqueira Campos (PSDB) legaliza a grilagem de terra no estado.
Além do costumeiro descaso com a saúde, educação, o desemprego, uma política de assistência social emancipatória entre outras.
Marcha Unificada dos trabalhadores e trabalhadoras
Essa articulação é inédita e animadora, diversas organizações da classe trabalhadora – Sem tetos, sem terra, professores, operários, estudantes entre outros. Percebem a necessidade da construção da luta unitária, e vão as ruas questionar a política hegemônica desenvolvida no estado de negação dos direitos da classe trabalhadora e de privilégios a aliados do governo estadual.
Essa marcha, portanto será um marco histórico no Tocantins, dai é fundamental que todas as organizações de luta das trabalhadoras e trabalhadores tocantinenses possam se fazer presente nessa manifestação. Mas não devemos parar por ai, temos que criar uma frente de luta unificada permanente em defesa dos nossos direitos, bem como de combate à política coronelista e paternalista desenvolvida hegemonicamente no Tocantins desde sua criação, sobretudo pelo Siqueirimo, mas também pelas falsas alternativas como Marcelo Miranda (PMDB), Carlos Amastha (PP) entre outros.
Marcha Unificada dos Trabalhadores Tocantinenses!
Dia 30 de Abril de 2013
Horário: 08h da Manhã
Concentração: Av. JK. Palmas – Tocantins (Em frente ao Banco do Brasil)
Organização: MTST, MST, FETAET, MNLM, ANDES, CUT, DCE/UFG, SINTET, OPM.
 *Pedro Ferreira – Educador e Assessor de Movimentos Populares, Militante do Bloco de Resistência Socialista e do PSOL-TO.

Trabalhador morre enforcado dentro da GM de São Caetano

Um trabalhador da General Motors de São Caetano do Sul foi encontrado enforcado nas dependências da montadora, na última quinta-feira, dia 25, durante o horário da janta. Segundo familiares da vítima, ele era lesionado e vinha sofrendo pressão na fábrica.
 
Trabalhadores e cipeiros contam que Pedro Souza da Silva era restrito em razão de acidente de trabalho e doença ocupacional. Ele trabalhava na GM há nove anos e era portador de estabilidade. Por isso mesmo, estava sendo assediado moralmente, com perseguições, pressão para troca de turno e outras intimidações. Tais atitudes o teriam levado a essa situação de desespero. Para a CSP-Conlutas, essas denúncias são muito graves e devem ser investigadas.
 
O aumento no ritmo de produção tem levado ao crescimento das doenças profissionais e a acidentes de trabalho. A pressão por produção e metas faz com que as empresas queiram produzir mais com cada vez menos trabalhadores.
 
Aqueles que têm restrição médica não conseguem acompanhar esse ritmo, são discriminados e se sentem constantemente pressionados. Tais fatos podem levar a uma saída desesperada, como colocar fim à própria vida.
 
São de conhecimento público os constantes suicídios na linha de montagem da empresa Foxconn, montadora de celular chinesa. A empresa chegou a colocar cartazes e fazer os trabalhadores assinarem um termo se comprometendo a não se suicidar.
 
Essa barbárie não pode continuar. A CSP-Conlutas se solidariza aos familiares de Pedro Souza e exige total apuração das circunstâncias da morte do trabalhador, com acompanhamento pelas organizações sindicais e CIPA.
 
Pela punição de todos os casos de assédio moral e discriminação dos trabalhadores!

Marcha vitoriosa em Brasília defende direitos e faz chamado à luta e à unidade

A Marcha, ocorrida dia 24, em Brasília, foi um grande chamado à unidade entre trabalhadores da cidade e do campo, dos setores público e privado, juventude e aposentados, enfim, a todas as categorias que lutam por um país mais justo, por uma sociedade igualitária.
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As ruas de Brasília foram tomadas por uma multidão de mais de 20 mil manifestantes – 25 mil segundo a própria Polícia Militar do Distrito Federal – vindos de praticamente todos os estados brasileiros. Desde a madrugada de quarta-feira, os que chegavam exibiam suas bandeiras em frente ao Estádio Mané Garrincha, com as mais diversas reivindicações e palavras de ordem. O sol nem tinha amanhecido. Mas eles estavam animados, mesmo depois de muitas horas de estrada.
 
Entre as bandeiras principais da marcha estavam a denúncia do ACE (Acordo Coletivo Especial); a anulação da reforma da previdência de 2003, comprada com dinheiro do mensalão e o fim do fator previdenciário sem a implantação da fórmula 85/95; as reivindicações dos professores estaduais em greve, a reforma agrária e a luta contra as privatizações programadas pelo governo.
 
Durante cinco quilômetros de percurso, os trabalhadores chamaram a atenção da população, de governantes e de parlamentares, e denunciaram as iniciativas do governo que atacam os direitos dos trabalhadores brasileiros. Centenas de faixas, cartazes e palavras de ordem expressavam as diversas bandeiras de luta que acolhia aquela manifestação. Entre as palavras de ordem: “O povo na rua, Dilma a culpa é sua”.
 
O secretário-geral da Condsef, Josemilton Maurício da Costa, parabenizou a iniciativa dos movimentos independentes e afirmou que a participação dos trabalhadores na Marcha superou as expectativas. “O movimento independente é diferente dos movimentos ligados ao governo. No movimento independente não tem jogo, e a Dilma sabe que é este movimento que faz a luta e que fez a greve do ano passado. Os trabalhadores e trabalhadoras têm compromisso com os trabalhadores e não com o governo Dilma”, reforçou.
 
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Denúncia do ACE - Praticamente todas as entidades que se pronunciaram no microfone fizeram duras críticas ao ACE (Acordo Coletivo Especial), projeto que abre caminho para retirada de direitos da classe trabalhadora e que está em discussão em Brasília.
 
“Viemos aqui para enterrar de uma vez por todas o ACE, para lutar contra a reforma da previdência que prejudica milhões de trabalhadores. Viemos aqui porque somos parte da luta contra a opressão e a repressão. Não é só Feliciano que tem de sair. O Congresso tem uma corja de preconceituosos, que não nos representam”, falou aos manifestantes o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
 
E o ACE de fato foi enterrado, ao menos simbolicamente. Usando um caixão funerário, as entidades fizeram o “enterro” em frente ao Ministério do Trabalho.
 
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, também ressaltou a necessidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais se unirem contra o ACE. 
 
“Esse projeto apresentado à presidente Dilma, aos deputados e senadores é um acordo para colocar nossos direitos básicos, históricos nas mãos dos empresários. Por trás desse projeto estão as grandes empresas, como GM, Volkswagen, Embraer, Ford e Scania”, disse Macapá.
 
O ACE nasceu no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, que, como a CUT, deu as costas para a classe trabalhadora e optou por apoiar o mesmo governo que aliou-se aos patrões.
 
Para o coordenador-geral do Sinasefe, Shilton Roque, a Marcha mostra que os trabalhadores não estão satisfeitos com o tipo de governo da presidenta Dilma. “Estamos aqui reunidos para dizer não ao ACE e afirmar que somos contra a precarização e ataques aos nossos direitos, conquistados ao longo dos anos. Os trabalhadores estão revoltados com essa situação, o movimento classista está na rua. O ato mostra a indignação e a estratégia de luta é a unidade”, afirmou.
 
 
Na frente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os trabalhadores fizeram o enterro simbólico do ACE. Durante o ato, Paulo Barela, da CSP-Conlutas, afirmou: “direito se amplia, não se negocia”.
 
8681575808_39ff1c4735Defesa da Previdência - A reforma de Previdência e o Fator Previdenciário também foram alvo certo das entidades.
 
O dirigente da ADMAP (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba), Josias Mello, abriu o debate.
 
“É preciso unidade entre nós, independente da categoria. Todos sofremos o mesmo ataque. O governo está destruindo a Previdência para entregar nas mãos dos empresários. Com essa política, a juventude de hoje jamais se aposentará. Agora, com a desoneração da folha de pagamento, a Previdência está sendo destruída. A Previdência não é do governo, é nossa”, disse Josias.
 
O representante de “A CUT Pode Mais” Alberto Ledur afirmou que “a Marcha tem ampla pauta classista de reivindicações e que não se rendeu ao peleguismo da direção majoritária da CUT para denunciar a Reforma da Previdência comprada e que retira direitos. Queremos seguir construindo com o Espaço de Unidade e Ação para lutar pelos direitos das classes trabalhadoras”.
 
O deputado federal Ivan Valente (PSOL) parabenizou todas as entidades presentes por propor uma pauta alternativa, não conservadora, distante da pauta patronal e do agronegócio. Ele ainda ressaltou a necessidade de se anular a reforma de previdência e barrar a privatização dos portos, que representa a entrega do patrimônio público para o setor privado.
 
“Essa é a primeira grande manifestação pela anulação da reforma da Previdência, que foi maculada pela compra de votos do mensalão. Se houve compra de votos, todo o processo da reforma foi contaminado. Os aposentados não podem pagar por isso”, disse.
 
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Luta dos Servidores - “O ANDES-SN, representado pelas suas Secretarias Regionais e Seções Sindicais de todo país, defenderam a educação e saúde contra os ataques, como é o caso da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que privatiza a saúde e retira direitos dos trabalhadores e da população usuária”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira. A diretora do Sindicato Nacional acrescentou que o ANDES-SN continuará a luta nos estados, contra as ações do governo que precarizam as condições de trabalho na área da educação.
 
Para a dirigente nacional da Fasubra, Janine Teixeira, o governo privatiza as políticas públicas do país. “Este governo será lembrado como o governo que acabou com o SUS, que está implementando com autoritarismo a Ebserh. Um governo travestido de esquerda pior que de FHC. O acordo feito com a Fasubra não foi cumprido integralmente. Só juntos vamos conquistar o que a gente merece”, disse.
 
Lutas sem fronteiras – Segundo o presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, a Marcha representou um importante dia na luta da classe trabalhadora brasileira e também lembrou das lutas populares que estão acontecendo em todo o mundo.
 
“Somos internacionalistas, portanto vamos dar um forte viva à luta dos nossos irmãos na Europa, no norte da África, na Síria, Haiti”, conclamou.
 
Zé Maria fez ainda severas críticas ao pacote de ajuda ao setor sucroalcooleiro e ao agronegócio, anunciado pelo governo Dilma.
 
“Podemos ver que a natureza do governo Dilma é de subir os preços dos alimentos. Se não é assim, então por que os preços não são congelados? Por que não são reduzidos? Porque assim só os trabalhadores se beneficiariam. Já com a redução dos impostos, quem ganha são os atravessadores”. 
 
Reforma Agrária - O integrante da Coordenação do MST Alexandre Conceição e José Rainha, representando os sem-terra do entorno do Pontal do Paranapanema, criticaram a política de reforma agrária conduzida pelo governo Dilma.
 
“O governo paralisou a reforma agrária. Todo dia tem mandato de prisão contra sem-teto. No Supremo Tribunal Federal, tem mais de 500 processos de assentamentos parados. Estamos no campo para resistir e cobrar do governo Dilma, que foi um dos piores em relação à reforma agrária”, disse Alexandre.
 
Zé Rainha foi mais longe “Só tem um jeito de fazer a reforma, que é com todos os companheiros do campo. Se a Dilma não tiver tinta na caneta, vamos fazer a reforma agrária com a foice e o martelo”.  Zé Rainha lembrou dos 19 mortos do assentamento de Eldorado do Carajás, ocorrido no dia 17 de abril de 1996.
 
O Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL) chamou a unidade das lutas sociais,  “contra o governo que não tem compromisso com a luta do campo, mas investe nos campos de futebol. Esse governo covarde se furta de contribuir com a luta dos trabalhadores”, disse Cabral, do MTL.
 
Brasília da cor do arco Iris - Em meio a milhares de manifestantes, jovens da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) promoveram um beijaço e um casamento homossexual coletivos. Foi uma forma maneira de protestar contra a presença do deputado federal Marco Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
 
Por fim, uma bandeira colorida do LGBT foi pendurada nas torres do Congresso Nacional.
 
“Hoje pintamos Brasília da cor do arco iris, pelo Fora Feliciano. Não vamos aceitar nenhum corrupto e opressor nesse congresso. É com muita honra que digo que a juventude tem de lutar com vocês. Sem a aliança operária-estudantil não vamos alcançar nossas reivindicações. Nosso futuro não se negocia. Queremos um futuro livre”, disse Ana Clara Saraiva, da ANEL.
 
As mulheres também marcaram seu devido lugar na Marcha.
 
“Nosso lugar é nas ruas, nas lutas. Não podemos permitir que, mesmo com a primeira mulher a presidir o país, ainda mulheres continuem sendo assassinadas, recebam salários menores que os dos homens, que não possam decidir sobre seu próprio corpo. O MML (Movimento Mulheres em Luta) está nessa marcha para honrar as mulheres, porque é assim que se combate o machismo”, disse Letícia, do MML.
 
Uma só luta - Foram cerca de três horas de manifestações, que se encerraram com as palavras do presidente da Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), Élio Neves.
 
“Quando a gente luta como estudante, a gente acredita que o amanhã vai ser melhor. Quando a gente já tem barba branca, acredita que o futuro vai ser melhor. Nós, estudantes, índios, gays, funcionários públicos, sem-terra, sem moradia, sem trabalho, aposentados, nós somos todos um só, somos a classe trabalhadora”.
 
E finalizou: “O Brasil é nosso, mas estão querendo nos tirar. Ao terminar a marcha, temos que reafirmar que a luta não começou nem vai terminar aqui. É com essa energia que não cansaremos jamais. Seguiremos sem medo de construir uma sociedade justa, verdadeira, fraterna e feliz”.
 
Entidades organizadoras – Além da CSP-Conlutas, compõem a organização da Marcha as seguintes entidades e organizações: A CUT Pode Mais (corrente que integra a CUT), CNTA (Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação), Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais), Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), Cpers (Centro dos Professores Do Estado Do Rio Grande Do Sul), MST, Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), assim como entidades de movimento populares, entre outras.
 
Colaboração: ANDES-SN e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região

MP investigará espionagem da Vale sobre movimentos sociais

Por Wilson Tosta e Mônica Giaretti
Do Estado de S. Paulo
O Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento sigiloso para investigar denúncia de supostas atividades de espionagem - inclusive grampos telefônicos e infiltração em movimentos sociais - feita contra a Vale por seu ex-gerente de Inteligência André Almeida. O presidente da Vale, Murilo Ferreira, confirmou ontem, a abertura de auditoria interna para apurar as acusações do ex-funcionário.

Almeida fez a denúncia - referente à gestão de Roger Agnelli na presidência da companhia -por escrito à Procuradoria da República. O procurador Carlos Aguiar informou ontem, por meio de assessores, que busca "elementos para confirmar a credibilidade das informações", que incluem a violação do sigilo telefônico de uma jornalista.

De acordo com o advogado Ricardo José Régis Ribeiro, representante e porta-voz de Almeida, os arapongas obtiveram ilegalmente um extrato telefônico de uma repórter especializada no acompanhamento da Vale para saber quem vazava informações internas para a imprensa. O ex-gerente também relatou que o então chefe da área de Comunicação da empresa teve o seu telefone grampeado, assim como "pessoas estratégicas" de fora da companhia.

O presidente da Vale revelou que a área de segurança da empresa passou por uma reestruturação logo que ele assumiu o comando da companhia, há cerca de dois anos. "Fizemos uma reavaliação completa. Inclusive a área de que fazia parte o senhor André Almeida não existe mais", disse.

E apesar de ressaltar que prefere esperar a conclusão da auditoria interna para esclarecer "a verdade dos fatos", Ferreira destacou que o ex-funcionário foi demitido por justa causa há cerca de um ano por "largo uso" do cartão corporativo para despesas pessoais.

O advogado Ricardo Ribeiro disse que o cartão foi usado por engano, por ser da mesma bandeira que o cartão pessoal de Almeida, que teria devolvido o dinheiro à companhia. O advogado lembrou que a lei proíbe a divulgação do motivo de demissão (imotivada ou por justa causa) e prometeu que o ex-gerente processará a Vale no campo trabalhista.

Ainda de acordo com Ribeiro, Almeida disse que até políticos teriam sido investigados por espiões da Vale que, segundo o ex-gerente, contratou dois agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), agência sucessora do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI), outra possível ilegalidade.

"A maioria dos integrantes deste setor de segurança é de ex-membros do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) e NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva)", disse o advogado. Ele explicou que o ex-gerente serviu no CPOR e é oficial temporário (ou seja, por estar então em curso superior, prestou serviço militar como oficial e deu baixa nessa condição), tendo sido recrutado dessa forma para trabalhar com espionagem.

Almeida trabalhou oito anos para a empresa: dois para uma terceirizada e seis diretamente para a Vale. O ex-gerente, segundo o advogado, também apresentou ao MPF os nomes de empresas que seriam terceirizadas pela Vale para serviços ilegais de arapongagem. Uma teria infiltrado informantes no Movimento dos sem terra e na organização Justiça nos Trilhos, que afetariam interesses da mineradora.

Almeida também relatou visitas feitas à empresa pelo ex-mi-nistro-chefe da Casa Civil José Dirceu e pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, embora não tenha informado os motivos da presença dos visitantes, condenados ano passado no processo do mensalão.

"Temos de esperar a auditoria concluir as análises", disse ontem Murilo Ferreira, em entrevista por teleconferência; Ele esclareceu que o trabalho da auditoria responde diretamente ao presidente do conselho de administração da empresa e não à diretoria executiva. "Aguardo o resultado da auditoria para tirarmos todas as conclusões sobre o caso", disse.

Israel: Sindicato dos Assistentes Sociais se preparam para a próxima batalha

Membro do SSM, Suiher Daska e outros candidatos de esquerda foram eleitos para a liderança do sindicato no cenário de próximas lutas contra austeridade.
 
Doron Ginosar e Efrat Levin, do Movimento Luta Socialista (Socialist Struggle Movement, CWI in Israel/Palestine)
 
Uma conquista significativa para os delegados da oposição a cortes e privatização foi registrada na quinta feira, 9 de abril, quando a conferência do sindicato dos assistentes sociais de Israel elegeu membros do secretariado e sete comissões permanentes da união.
 
Suheir Daska, membro do Movimento Luta Socialista, foi eleito por delegados de Haifa e do Distrito Norte, para uma das dezesseis cadeiras no secretariado, junto com sete membros do movimento progressista dos assistentes sociais, “Atideiru” (Nosso Futuro), e Tami Farber, do Forum de Luta dos Assistentes Sociais. Juntas elas constituíram um reforço significativo das forças de esquerda no sindicato.
 
Membros de longa data do sindicato não se recordam deuma eleição com tantos candidatos, quase 90% dos delegados eleitos foram votar. Isso reflete a luta contínua para a futura direção do sindicato.
Anteriormente, nas eleições de delegados para a conferência pela base, em 29 de janeiro, também viram um significante ganho para os candidatos que desafiaram a atual direção do sindicato com base nas demandas por reforma democrática, por principio, a luta firme por melhorias de salários, e contra corte de orçamento e privatização.
 
Suheir Daksa Halabi e Naama Levin ambas assistentes sociais e membros do SSM iniciaram uma campanha conjunta, introduzindo um programa de 15 reivindicações por mudanças democráticas no sindicato e para preparar para as lutas futuras por maiores salários e contra as medidas de austeridade que virão.
 
Entre outras coisas, eles exigiram que qualquer acordo futuro de trabalho deve ser votado pelos milhares de membros do sindicato, antes de assinarem. Eles pediram a criação de uma sede, de onde a luta pode ser coordenada com todas as organizações de trabalhadores contra as medidas de austeridade e privatização, e lutas para a nacionalização dos serviços de bem-estar privatizados, que deveriam ser geridas de uma forma democrática. Eles também chamaram pelo fim da discriminação racial no orçamento e alocação da força de trabalho para cidades e comunidades palestinas e árabes.
Significativamente, Suheir foi eleito com base nesses principios após enfrentar outros candidatos mais conhecidos, como representante dos assistentes sociais em departamentos de assistência social em municipios Árabes no norte.

Para a próxima luta

Nas últimas três décadas, os serviços sociais foram deliberadamente subfinanciados, com as privatizações de larga escala por diferentes governos capitalistas neoliberais. A carga de trabalho aumenta ano após ano, e o número ridicularmente baixo de assistentes sociais não podem atender às reais necessidades, tendo em conta o aumento da pobreza e miséria social. O saláro absurdamente baixo foram reduzidos ainda mais ao longo da última década, e trabalhadores em setores privatizados sofrem pela falta de emprego e previdência social.
 
A luta dos militantes na assistência social em 2011 não atingiu seus objetivos uma vez que foi vendida pela cabeça de Histadrut (a maior federação sindicalista em Israel) e a liderança conservadora do sindicato dos assistentes sociais. Agora o sindicato deve se preparar para lutar pelas medidas de austeridade que virão, bem como para os ataques aos trabalhadores organizados. Ao mesmo tempo, deve demandar uma melhoria vital de salário e das condições de trabalho.
 
No fim de abril, o sindicato irá para a sua primeira reunião com as lideranças recém-eleitas, e em 12 de junho outra conferência será realizada. Par começar a preparar para a luta contra os novos planos do governo, Suheir irá propor uma resolução que pede a criação de uma sede onde a luta de todas as organizações sindicais, sociais e estudantis possam ser coordenadas, tendo como pauta contra todos os cortes e ataques do governo.
 
Suiher explica: “Nesse período, o governo planeja cortar o abono familiar, salários de trabalhadores do serviço público, incluindo de assistentes sociais, mas também impor medidas de austeridade que irão ferir diretamente os pobres e a classe trabalhadora e intensificar a carga sobre serviços de assistência social que já estão desabando. A necessidade de organizar os trabalhadores pela base para luta e tornar o sindicato um instrumento democrático e combativo dos trabalhadores para defender seus interesses – isso é realmente fundamental”.
 
O resultado da eleição para a conferência do sindicato e do secretariado mostram o potencial para uma mudança efetiva no sindicato. Para que isso aconteça existe a necessidade de organizar reuniões e discussões nos locais de trabalho e no sindicato. E há uma necessidade urgente de colaboração de todos os delegados dedicados para a virada do sindicato como uma estratégia comum que irá pavimentar o caminho para vitórias nas lutas que virão.
 
Para ler mais sobre os ataques que virão e as propostas do Movimento Luta Socialista de como respondê-los, veja também: “There is a future” – of cuts,racism and resistance.

Ocupação Tijolinho Vermelho protesta no centro de João Pessoa!

As 150 famílias que estão ocupando há uma semana um prédio abandonado no centro de João Pessoa foram na sexta-feira (26/04) às ruas reivindicar por suas moradias! Levaram faixas, bandeiras, panelas e palavras de ordem;  foram a Assembléia Legislativa, ao Palácio do Governo, a Câmara dos Vereadores; Teremos uma sessão especial na Câmara dos Vereadores dia 8 de maio, e enquanto isso continuaremos resistindo no centro!
 
O prédio está a cada dia mais adequado a moradia. Já está limpo e com energia, e as famílias estão todos os dias trazendo mais mudança! Todos os quartos estão ocupados, e muitos deles tem até geladeira e fogão! O prédio está agora cumprindo sua função social.
 
Segunda-feira, teremos uma reunião com a União, onde saberemos se o prédio poderá ser das famílias, pois está nas mãos da União. Haverá também uma audiência na Câmara Municipal no dia 8 de maio. 
 
Ocupação Tijolinho Vermelho- Venceremos!
 
Terra Livre- Movimento Popular do Campo e da Cidade (www.terralivre.org)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Roteiro hollywoodiano das ‘revoluções coloridas’ ainda não vingou na Venezuela

*Por Renan Veja Cantor
 
O que vem se apresentando em termos políticos na Venezuela desde muito antes de 14 de abril – quando se celebraram eleições presidenciais – faz parte de uma estratégia calculada pela chamada “oposição” e seus porta-vozes midiáticos no plano mundial, e, sem nenhuma dúvida, é o resultado de um roteiro estabelecido nas usinas intelectuais do imperialismo, que se conhece pelo eufemismo das “revoluções coloridas”, uma típica estratégia made in USA.
 

As “revoluções” coloridas
 
O primeiro caso de uma pretendida revolução colorida (na verdade, uma contrarrevolução) se apresentou em 1989 na antiga Tchecoslováquia, quando os dissidentes e opositores substituíram o governo existente mediante uma manobra que denominaram a “revolução de veludo”. Os personagens que dirigiram o acontecimento rapidamente mostraram seu verdadeiro rosto e converteram a República Tcheca em um país incondicional aos interesses de Washington e ao capitalismo, o que rubricaram com a implantação de um modelo abertamente neoliberal e privatizante, com sua participação militar nas guerras imperialistas no Oriente Médio, seu racismo contra os ciganos e respaldo à política anticubana dos Estados Unidos e da União Europeia, que se sustenta na pretendida defesa dos “direitos humanos”.
 
Posteriormente a esse caso, apresentaram-se “revoluções coloridas” de outras formas. Entre as exitosas se podem mencionar a Revolução do Bulldozer de 2000, na Sérvia (um nome pouco vistoso, que aparentemente se originou do papel que desempenharam os motoristas que dirigiam esse tipo de veículo); a Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003; a Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004; e a Revolução das Tulipas, no Quirguistão, em 2005. Entre as fracassadas estão a Revolução Branca na Bielorússia, a Revolução Verde no Irã e a Revolução do Twitter na Moldávia.
 
Todos esses acontecimentos têm muitas coisas em comum. Apresentam-se depois do fim da Guerra Fria e, em grande medida, no espaço pós-soviético, com a finalidade de implantar regimes fantoches e incondicionais aos Estados Unidos e a essa enteléquia que se autodenomina como “ocidente”. Esses movimentos costumam pintar a si mesmos como democráticos, liberais e inimigos da ditadura e do totalitarismo. É significativo porque sempre se geram em lugares no quais, por variadas razões, não se pôde implantar de maneira clara e direta o projeto neoliberal ou se encontram governantes incômodos ou pouco obedientes aos desígnios dos Estados Unidos e do sistema financeiro internacional. Igualmente, uma particularidade notável de tais “revoluções em cores” é que nelas não interveem de forma direta as Forças Armadas, como nos golpes clássicos, nem forças militares de tipo convencional, ficando a impressão de que os governos são derrubados pela luta heroica de jovens desarmados que enfrentam cheios de vontade e coragem um regime opressivo.
 
Tais “revoluções em cores” são impulsionadas por jovens aparentemente despolitizados, que se mostram inconformados com um determinado governo e recebem de imediato respaldo da imprensa autodenominada livre e independente (na qual se sobressai a CNN), a qual se encarrega de amplificar suas demandas e de denunciar o governo escolhido para ser derrubado. Inicia-se, então, uma campanha midiática, planificada e constante, que apresenta os “revolucionários” como expressão de novos tipos de movimentos sociais e inéditas formas de protesto, que não buscam a queda violenta de um governo, mas sua substituição aparentemente pacífica pela via eleitoral, mostrando-os como pluralistas, pacíficos e respeitosos aos métodos democráticos, enquanto ao mesmo tempo cataloga como ditatorial e autoritário o governo que se pretende substituir.
 
Antes de começarem as revoluções, a mão visível dos Estados Unidos opera através de vários instrumentos, entre os quais se encontram o financiamento a dirigentes e movimentos universitários, a criação de ONGs de fachada, que recebem vultosos fundos da USAID e da CIA, e a entrada em cena de outras ONGs internacionais, entre as quais se sobressaem as do especulador George Soros.
 
Os símbolos utilizados são similares, sobressaindo uma mão empunhada, e costumam ser da cor que se dá à “revolução”, sendo portados por jovens, em geral de classe média, que se comunicam pelo telefone celular, usam o twitter e se expressam através das redes sociais. Esses jovens começam a atuar antes de uma eleição presidencial e de antemão se sabe que sua finalidade é declará-la ilegal e fraudulenta, caso não triunfe seu candidato preferido. A “imprensa livre” do mundo faz eco de tais denúncias e, desde semanas antes das eleições, põe em dúvida a legalidade dos resultados. No dia da eleição, cria-se um ambiente de pânico e medo entre os eleitores, sabotam-se sistemas eletrônicos e se difundem todo tipo de mentiras e calúnias contra os inimigos da “democracia” e da “liberdade”, tal e como as entendem os opositores da “sociedade civil”, obviamente incondicionais às ordens dos Estados Unidos.
 
Na noite das eleições, nas quais os “revolucionários coloridos” saem perdedores, denuncia-se a fraude, convocam-se estudantes e jovens ao centro da cidade capital e se inicia o protesto para que mudem o resultado eleitoral ou que se volte à campanha. Tais manifestações foram preparadas com antecedência e organizadas pelas embaixadas dos Estados Unidos, a USAID e as ONGs “democráticas”. Quando se efetuam os protestos, a imprensa mundial automaticamente reproduz a notícia da suposta fraude, algo que quase nunca se confirma, e a mencionada “comunidade internacional” (um pseudônimo de Estados Unidos e lacaios) afirma que não reconhecerá ditas eleições, pressionando para que se mude o veredicto ou se realizem novamente. E, quando isso acontece, saem vitoriosos os “revolucionários”, como ocorreu na Ucrânia em 2004.
 
As “revoluções coloridas” na realidade são uma orquestrada manobra de desestabilização política que tem um roteiro pré-estabelecido, não por coincidência contando com um texto de cabeceira redigido pelo estadunidense Gene Sharp, do Instituto Albert Einstein, e que se intitula “Da ditadura à democracia”, que se constitui em um “Manuel do Golpe de Estado Perfeito”. A vitória de uma “revolução colorida” depende da debilidade interna do governo atacado, de sua incapacidade de entender o que está em jogo e de não proceder com firmeza para rechaçar as manobras desestabilizadoras. Seu objetivo, como se evidencia nos países aonde venceram, é implantar uma ordem completamente favorável e inclinada aos Estados Unidos, à União Europeia e à OTAN.

Como resultado, os novos governantes rapidamente mostram sua verdadeira cara antidemocrática e antipopular, incorrendo em piores níveis de corrupção do que aqueles que antes denunciavam, aplicando fanaticamente os dogmas neoliberais e abrindo as portas de seus países para as multinacionais dos países imperialistas. Com isso, fica claro que não constituem nenhuma revolução, mas que simplesmente se apropriaram da palavra, tirando seu sentido radical, para se apresentarem como porta-vozes de um sentimento de descontentamento e rejeição a um determinado governo. Dizem basear-se na ‘não violência’ e na desobediência pacífica, algo que nada tem a ver com seus verdadeiros interesses, como se demonstra quando estão no governo, onde colocam em marcha medidas antipopulares respaldadas na violência bruta, como se demonstrou nos casos da Geórgia e Sérvia.
 

A revolução vinho tinto (?) na Venezuela
 
Todo esse roteiro já conhecido e repetido em múltiplas ocasiões pelos Estados Unidos e seus cães de estimação é o que se tentou implantar na Venezuela há várias semanas. Isso se complementa com todos os métodos de subversão e sabotagem impulsionados pelos Estados Unidos desde quando Hugo Chávez ganhou as eleições de 1998, porque já correm 15 anos de uma prolongada ação contrarrevolucionária contra o povo venezuelano. Acontece que, diante do fracasso do golpe de Estado clássico em 2002, das sucessivas derrotas da “oposição” nas eleições e a desaparição física do líder do processo bolivariano, os Estados Unidos, junto à burguesia venezuelana, idealizaram como plano estratégico do momento efetuar uma “revolução colorida”, pondo em marcha o roteiro previamente conhecido em outras latitudes.
 
Não é casual que no início desse ano tenha aparecido um grupo de estudantes que se declarou em greve de fome e reclamou presença física do presidente Hugo Chávez, que estava doente em Cuba. Ao mesmo tempo, a CNN e todos os membros da ‘falsimídia’ começaram a difundir o rumor de que as eleições seriam fraudulentas e a oposição manifestou que não aceitaria os resultados em caso de derrota de seu candidato.
 
Ainda que a tentativa não tenha sido exitosa, a conjuntura eleitoral lhes foi favorável, na qual diminuíram os votos chavistas e aumentaram os do candidato pró-Estados Unidos, e o resultado final foi mais estreito que o pensado. Esse fato facilitou o trabalho golpista e desestabilizador que se pôs em marcha desde o momento em que se soube oficialmente da vitória de Nicolas Maduro. Durante a jornada eleitoral, além do mais, foram sabotadas as comunicações virtuais e eletrônicas dos principais dirigentes da Venezuela e se tentou bloquear o Conselho Nacional Eleitoral. Simultaneamente, a CNN e os canais privados de grande parte do mundo desinformavam e mentiam, dando de antemão, sem nenhum dado confiável, o candidato da direita como ganhador.
 
Como estava cantado, depois que se deram a conhecer os resultados oficiais, Capriles os desconheceu, apresentou supostas provas da fraude, negou-se a aceitar a autoridade do Conselho Nacional Eleitoral e pediu uma contagem manual de 10%, quer dizer, o retorno ao velho sistema eleitoral. Como que pra não deixar dúvidas, chamou seus seguidores a se manifestarem na rua em repúdio à pretensa fraude. Ao mesmo tempo, a CNN e quase a totalidade da imprensa internacional começaram a falar do resultado incerto, que não se sabia quem tinha vencido, da polarização reinante e do triunfo por ligeira margem de Henrique Capriles. Na Colômbia, por exemplo, os meios de “incomunicação”, que nos contaminam com sua brutalidade, recorreram a todos os instrumentos de enganação e mentira para deslegitimar a vitória de Nicolás Maduro.
 
Chama a atenção, nesse sentido, que o Canal Capital em Bogotá – dirigido por um reconhecido jornalista – tenha emprestado toda a noite do domingo a uma cientista política da Universidade dos Andes, de duvidosa idoneidade, para que, junto com uns mascates da propaganda antibolivariana, chegasse a dizer, inclusive antes de se conhecer o primeiro boletim do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, que Henrique Capriles tinha vencido. Essa foi a mesma infâmia da cobertura da CNN e companhia em nível mundial.
 
Até a noite de 14 de abril, Capriles e seus partidários haviam se apresentado como democratas, pluralistas, defensores do Estado de direito e mil embustes do estilo, seguindo as diretrizes das “revoluções coloridas”; mas, desde o mesmo momento em que se conheceu o veredicto eleitoral, todos eles tiraram a máscara e começaram a atuar como o que são, fascistas, exatamente como fizeram há 11 anos durante o fracassado golpe de Estado. E como nessa ocasião, procederam com os mesmos métodos: atacaram os pobres, evidenciaram todo seu racismo e rejeição ao povo chavista, destruíram hospitais e centros de saúde atendidos por médicos cubanos, queimaram várias sedes do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), bateram em centenas de pessoas que comemoravam a vitória de Nicolás Maduro, tentaram queimar viva uma pessoa e mataram até o momento em que se escrevem essas linhas sete pessoas.
 
Todos esses procedimentos criminosos, apoiados por todo o poder midiático internacional, não são contrários ao verdadeiro sentido dos mal chamados “revolucionários em cores”, mas sua verdadeira essência, ao passo que expressam a cara de pau do imperialismo dos EUA. Esse proceder tinha como finalidade gerar o caos, para dar a impressão de que na Venezuela não havia governo, reinava a instabilidade e estavam criadas as condições para passar a outra fase, de golpismo aberto. Afortunadamente, a reação tanto do CNE como de Nicolás Maduro – após um infeliz discurso na noite de 14 de abril – foi rápida e efetiva, entendendo que um fator chave para não deixar prosperarem as “revoluções coloridas” é o tempo e a firmeza. Agir com decisão e rapidez, sem dúvidas de nenhum tipo. Foi o que se fez nesse caso, porque na segunda, 15, o CNE proclamou oficialmente Nicolás Maduro como presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, negando-se a aceitar uma contagem manual de votos, manobra com a qual Capriles e os Estados Unidos buscavam tempo necessário para semear não só a dúvida, mas atuar pelas costas e realizar manobras de sabotagem e terrorismo, como tanto lhes apetece.
 
Foi essa atuação rápida que desesperou Capriles e o levou a incitar o ódio e a violência, com os resultados trágicos que se conhecem. E por essa mesma razão, os Estados Unidos, seu ministério de colônias, a moribunda e insepulta OEA e, como não podia deixar de faltar, o Reino da Espanha – os mesmos que respaldaram o golpe de 2002 – foram os únicos que se atreveram a por em dúvida a legitimidade do novo governo e sua vitória legal. Como dessa vez o roteiro das revoluções coloridas não saiu como nos filmes de Hollywood, em que aqueles que se apresentam como os bons vencem seus malvados inimigos, os Estados Unidos respiram pela ferida, ao dizer pela boca de seus funcionários de quinta categoria que a proclamação de Maduro como presidente, por parte do CNE, “foi um ato imprudente” e reflete “crise institucional”, segundo as palavras de Kevin Whitaker, subsecretário assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA. Claro, queriam tempo para montar uma armadilha aparentemente legal, baseando-se na contagem manual dos votos e na incerteza e vazio legal que isso provocaria, para consumar sua “revolução colorida”.
 
Dessa vez fracassou a revolução vinho tinto (cor da camisa da seleção venezuelana de futebol), mas o governo de Maduro e a condução do processo bolivariano devem aprender dessa dura experiência e dos erros cometidos (entre eles uma desastrosa campanha eleitoral) para encaminhar o processo e impedir a vitória da contrarrevolução. Isso não interessa somente à Venezuela, mas aos revolucionários da América e do mundo, que compreendemos ser necessário um processo de retificação para defrontar os diversos problemas econômicos, produtivos, sociais e políticos que a pátria de Bolívar e Chávez enfrenta, e que é a mesma de todos os que entendemos o que significa uma derrota do tipo que se viveu na Nicarágua em 1990.
 
 *Renan Veja Cantor é historiador, professor titular da Universidade Pedagógica Nacional de Bogotá e está exilado da Colômbia desde setembro de 2012, após ameaças de grupos de direita do país.
 
Traduzido por Gabriel Brito, jornalista do Correio da Cidadania.
 
Fonte: Cuba Debate.

OEA denuncia violação de direitos dos indígenas durante eleição no Paraguai

Crimes ocorreram do departamento do Chaco Paraguaio, de acordo com relatório da entidade divulgado no início desta semana.
 
A missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) que acompanhou as eleições do último domingo (21/04) no Paraguai denunciou em seu relatório a violação dos direitos dos indígenas durante o pleito no país. De acordo com o documento divulgado no início desta semana, os 68 observadores da entidade foram testemunhas das práticas de “cercos” e “currais eleitorais”.
 
De acordo com eles, “membros de comunidades indígenas foram transportados aos locais de votação” depois de permanecerem um ou dois dias presos em fazendas da região, onde supostamente foram ameaçados para que votassem em determinado candidato.
 
A OEA classifica a prática como uma “grave violação aos direitos humanos”, que “deve ser investigada, penalizada e prevenida em futuros processo eleitorais”. Tais crimes contra os indígenas aconteceram no departamento do Chaco Paraguaio e não foram verificadas no restante do país, segundo o relatório.


Fraudes

Apesar de destacar o alto índice de comparecimento dos paraguaios às urnas (68% da população, maior número da história do país), o informe da OEA também indicou que houve compra de cédulas e votos.
 
A transparência da eleição paraguaia era essencial, especialmente para o retorno do país ao Mercosul e à Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Brasil, Argentina e Uruguai sinalizaram reconhecimento ao novo presidente do país, Horacio Cartes.


Nos dias que antecederam a eleição, no entanto, observadores internacionais relataram que não havia como garantir uma eleição limpa no país. Além disso, partidos de esquerda também denunciaram crimes eleitorais nas últimas semanas.
 
 
Por Vitor Sion, Opera Mundi.

28 de abril: Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho!

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A reunião da Coordenação realizada nesta quinta-feira (25)  fez  um balanço positivo da marcha realizada no dia 24 que reuniu  mais de 20 mil pessoas em Brasília.
 

 Agora, é importante que a jornada de lutas iniciada com essa grande manifestação continue. Por isso, a Coordenação orientou para o dia 28 de abril, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, que os sindicatos e entidades do movimento sindical e popular busquem promover,  na medida do possível, atividades em alusão à data. 
 
Na semana em que se celebra o Dia Mundial em Memória às Vitimas de Acidentes de Trabalho a CSP-Conlutas orienta seus  sindicatos que coloquem nos seus jornais e ou boletins matérias sobre o tema. A Central orienta também as entidades façam  levantamentos dos acidentes que ocorreram nas suas bases, realizar assembleias nos locais de trabalho, promover encontros nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas que denunciem os acidentes e doenças profissionais. 
 
 
Organize atividades em seu estado e local de trabalho
 
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), no mundo são 270 milhões de vítimas de acidentes e trabalho. Cento e sessenta milhões sofrem com doenças profissionais. Por dia, morrem 5 mil em acidentes de trabalho, são três vidas a cada minuto. No Brasil são quase 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho. Esses números representaram uma verdadeira guerra contra os trabalhadores, fruto da ganância dos patrões e do descaso dos governos capitalistas.
 
Seja os trabalhadores nas obras da construção civil, nas fábricas, nas ferrovias, estradas, e, inclusive, os funcionários da saúde, a realidade é a mesma. O trabalho, que é um meio de vida, transforma-se e torna-se  o motivo de doenças e morte dos trabalhadores.
 
Esta situação esta sendo denunciada pelas organizações da CSP- Conlutas e pelo setorial de Saúde do Trabalhador da Central nas lutas cotidianas.
 
Em Minas Gerais, o Fórum Sindical e Popular de Saúde e Segurança do Trabalhador convida a todos a participar dos eventos e atividades nesse estado do dia 28 de abril.
 
Veja  aqui a agenda Sindical para ser divulgada pelas organizações sindicais.
 
Organize também em seu estado ações para lembrar a data.

Paralisação dos Trabalhadores em Educação no Paraná

*Por Vinícius Prado
  LSR - Paraná
 
Ontem dia 24/04 trabalhadores em educação da rede estadual de educação do estado do Paraná, realizaram uma paralisação geral. Esta paralisação foi tirada na última assembléia da APP – Sindicatom realizada no último 9 de março, assembléia a qual foi convocada para votar o indicativo de greve para o dia 13 do mesmo mês, e mesmo o governandor não tendo atendido nenhuma pauta da categoria, só sinalizado mais promessas, comos as fizera nos últimos dois anos, a direção do sindicato (DS/PT) realizou uma grande manobra para recuar e não deflagarmos greve.
 
Mesmo a proposta de paralização foi recuada, a data da paralisação faz parte da jornada nacional em defesa da educação pública, encaminhada pela CNTE e apoiada pela CUT, entidades as quais são reinvindicadas pela nossa direção, e que chamaram paralisação entre 23 e 25 de abril, nossa direção sindical conseguiu ser mais recuada do estas entidades e defenderam a paralisação de apenas um dia. Para justificar tal postura alegam que nosso estado esta entre os que tiveram maiores avanços para a categoria no último período e que não podemos “atrapalhar” as negociações com o governo.
 
O governo estadual demonstrando sua sintônia com a direção sindical, e aproveitando de sua maioria
na assembléia legislativa, encaminhou para a votação no dia da paralisação os dois projetos de lei que propunham alterações nos planos de carreira dos professores e funcionários de escola. Tais projetos apresentam apenas alterações superficiais ao plano de carreira, no que tange os professores o reconhecimento dos 33% de hora atividade com na hora aula, e não em hora relógio como o governo defenderá antes pode ser considerado um avanço, porém afim de garantir este acordo a direção sindical abandonou nos últimos tempos a reinvindicação da pauta permanente da APP Sindicato de 50% de hora atividade.
 
Ja no que se refere aos funcionários os avanços são menores ainda, a mensagem 021/2013 não comtempla em seu conteúdo duas pautas históricas da categoria, o recesso de final de ano, período compreendido entre natla e ano novo, o qual históricamente as escolas ficam as moscas, sem a presença de alunos, pais ou professores, onde apenas funcionários cumprem burocraticamente seus horários, gerando inclusive gastos para o estado como energia elétrica, água, entre outros. Além de deixar de lado também a bandeira da equiparação do auxílio transporte, pois atualmente o auxilío transporte que um funcionário recebe é metade do valor que um professor recebe, como se o transporte custasse menos para o funcionário, sem contar os funcionáris PSS que recebem apenas dois vales transporte por dia. Esta última pauta inclusive, vem sendo esquecida pela direção estadual da APP- Sindicato, nas últimas rodadas de conversa.
As pautas supostamente atendidas, trazem em seu escopo algum engodo para à categoria, como por exemplo, como a confusão de conceitos para criar a ilusão de uma valorização salarial, que na verdade não existe. A inclusão da promoção mediante o título de graduação para o agente educacional I e pós-graduação lacto sensu para o agente educacional II, representa apenas uma nova possibilidade de avanço, e não valorização salárial, além de amarrar que esta promoção só podera ser feita após ter sido feita a promoção através do curso profissionalizante Pró-Funcionário, ou seja, mesmo o funcionário já tendo a titulação reconhecida precisa ficar no minimo dois anos cursando o Pró-funcionário, para em um terceiro ano apresenta-lo, para que enfim no quarto ano poder usufruir de sua titulação, isto tudo contanto com a possibilidade de ser selecionado dentre as escassas vagas para o tal curso, haja visto que é ofertado pelo estado, e tem atuado como regulador da quantidade promoções que são concedidas.
 
Outra falsa valorização salarial, é o avanço de uma casa para os funcionários efetivos de uma classe em agosto de 2013, o que representa cerca de 3,5%, primeiramente não contemplara os trabalhadores e trabalhadoras em estágio probatório e muito menos os PSS, e em segundo lugar, avanço na carreira não é o mesmo que ganho salarial.
 
Alguns avanços apareceram como o reconhecimento de 100% da caraga horária da semana pedagógica para avanço de carreira, o aumento de 2 para 3 classes a dois anos, e a delimitação do concurso anual de remoção para agentes I e II, mas como a lei não regulamenta, ficamos a mercê de uma regulamentação por parte da SEED, que tendo em vista a regulamentação das licenças para mestrado e doutorado, torçamos para que a regulamentação da remosão não seja tão burocratizante, engessada e anti-funcional como a das licenças citadas.
 
Analisando friamente tal alteração do plano de carreira, constataremos que na verdade ele representa mais do mesmo, não traz representado pautas históricas da categoria que refletiriam diretamente na valorização tanto material, quanto de condições de trabalho, que históricamente os trrabalhadores em educação anseiam, apenas representa a continuação da política neoliberal de arroxo aos trabalhadores, que vem sendo implementada no Paraná nos últimos anos, sobre tudo com a volta dos lernistas ao poder. Porém Richa conta com uma grande vantagem em relação ao seu amigo Lerner, o primeiro não encontrou uma direção estadual da APP-Sindicato, tão cordial.
 
Devido a toda esta ação de cordialidade, e pouca mobilização do sindicato, o ato do dia 24 foi altamente esvaziado, em Curitiba cerca 1000 pessoas presentes,   contando com onibus de vários locais do estado, levando em conta que a categoria possui mais de 100.000 trabalhadores o números foi irrisório, para um enterro simbólico do SAS (Sistema de Assistencia ao Servidor), a direção sindical vem defendendo um novo modelo de assitência médica ao servidor, em discurso próximo ao do governo, privado, com pagamento de mensalidae e cooparticipação por parte do servidor. Além de acompanhamento da votação da alteração nos planos de carreira no período da tarde na ALEP, votação simbólica pois na atual conjuntura qualquer projeto encaminhado pelo governo Richa é aprovado. No interior tivemos alguns atos regionais, alguns puchados pela oposição que construimos e que tiveram um maior poder de mobilização em termos proporcionais.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Manifestação hoje em Brasília reuniu mais de 20 mil pessoas e foi encerrada com beijaço contra Feliciano

*Do site da CSP-Conlutas
 
Hoje uma grande marcha em Brasília reuniu mais de 20 mil trabalhadores. A manifestação foi encerrada no Congresso Nacional com um ato político que contou com a presença das principais entidades organizadoras. Ao final, estudantes ligados à entidade estudantil ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes) deram um beijaço coletivo e realizaram casamentos homossexuais em protesto à presença do deputado Marcos Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.  
 
Com faixas, músicas e bandeiras defenderam direitos trabalhistas e pediram a anulação da reforma da previdência de 2003 aprovada com dinheiro do mensalão. Os trabalhadores exigiram ainda o fim do fator previdenciário sem a aplicação da fórmula 85/95, que prejudica as aposentadorias, assim como a reforma agrária e as revindicações dos professores estaduais em greve.
 
Algumas faixas levadas pelas entidades sintetizavam as bandeiras de luta da marcha: “Basta de ataques aos trabalhadores!”, Chega de entregar dinheiro aos grandes empresários!” e “Mais verbas para a saúde, educação e reforma agrária!”.
 
“Viemos aqui para enterrar de uma vez por todas o ACE (Acordo Coletivo Especial), para lutar contra a reforma da previdência que prejudica milhões de trabalhadores. Viemos aqui porque somos parte da luta contra a opressão e a repressão. Não é só Feliciano que tem de sair.  O Congresso tem uma corja de preconceituosos, que não nos representam”, falou aos manifestantes o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
  
Entidades organizadoras – Além da CSP-Conlutas compõem a organização da Marcha entidades e organizações entre as quais – A CUT Pode Mais (corrente que integra a CUT), CNTA (Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação), Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas), Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais), CPERS (Centro dos Professores Do Estado Do Rio Grande Do Sul), MST, Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), ADMAP (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas), ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), assim como entidades de movimento populares e outras.
 
Há informações de que dois estudantes foram presos. Logo, logo, divulgaremos informações mais detalhadas, enviadas pelos que estão em Brasília.